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terça-feira, 4 de maio de 2021

ÁGUAS DE DEUS

 

 



“Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro, lava-me e ficarei mais alvo do que a neve” (Salmo 51:2,7)




A sujeira nunca foi agradável. A infância é um período da vida onde o banho é recusado. Crianças, na maioria das vezes, lutam contra o banho. Já na adolescência há banho demais. O jovem cuida do seu corpo. Se for homem, após o banho escolhe o seu perfume predileto; se for mulher, os cremes apropriados. Desejam mais estar limpos e asseados para os outros do que para si mesmos.


Quando olho para este Salmo descubro um homem que desejava ser lavado por Deus. A sujeira do pecado o incomodava, tirava-lhe o sono, perturbava, mexia fundo no seu coração. E desejava o lavar de Deus para apresentar-se a Ele limpo de seu pecado.

A lavagem do corpo é necessária. Os ingredientes e os métodos escolhidos são meus. A lavagem da alma, bem como seus critérios, é de Deus. Quando tomamos a iniciativa em usarmos nossos métodos, saímos mais sujos da presença de Deus.

Deus tem condições para me lavar. Quando sinto a sujeira do pecado, e logo o confesso e o abandono, e me entrego à limpeza de Deus, o processo é perfeito e a limpeza é total.

Notem a colocação do verbo no texto: “lava-me” e não “lavo-me”. Quando a iniciativa é de Deus, estou me submetendo a Ele. Devo abaixar-me, devo curvar-me, a fim de que todo o meu ser seja atingido por sua “escova”. Pode doer, mas o sucesso é garantido. As manchas são removidas e a alma fica mais branca do que a neve. Deus deseja ver-me limpo para Ele e só assim posso mostrar-me aos que me cercam.

Que exemplo notável Davi nos deixa. Um homem sujo lavado por Deus, um coração quebrantado, totalmente renovado, uma voz abafada encantadoramente afinada, oferecendo um louvor perfeito a Deus.

O processo de Deus não falha. E Davi experimentou-o como uma das maiores experiências de sua vida.

Anos mais tarde Pedro recusou ter seus pés lavados por Jesus. Em tempo mudou seus pensamentos e os efeitos foram prontamente notados.

Quando Deus nos lava somos usados por Ele e vistos por Ele como dignos de nos assentar à sua mesa e participar das suas iguarias deliciosas.

Mesmo lavados e purificados os homens impõe seus critérios, os preconceitos permanecem e a desconfiança torna-se uma constante. Que conforto saber que Deus não age assim.

Que tal nos mergulharmos na “banheira de Deus”, deixar que suas mãos santas nos lavem, e purificados, voltarmos a Servi-lo de todo o coração.

Humilhar é preciso. Reconhecer o pecado é indispensável e confessá-lo é o único caminho do retorno para Deus.

“Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo”

 Que assim seja.

 Orlando Arraz Maz©

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