“Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro, lava-me e ficarei mais alvo do que a
neve” (Salmo 51:2,7)
A sujeira nunca foi agradável. A infância é um período da vida onde o banho é recusado. Crianças, na maioria das vezes, lutam contra o banho. Já na adolescência há banho demais. O jovem cuida do seu corpo. Se for homem, após o banho escolhe o seu perfume predileto; se for mulher, os cremes apropriados. Desejam mais estar limpos e asseados para os outros do que para si mesmos.
Quando olho para este Salmo descubro um homem que desejava ser lavado por Deus.
A sujeira do pecado o incomodava, tirava-lhe o sono, perturbava, mexia fundo no
seu coração. E desejava o lavar de Deus para apresentar-se a Ele limpo de seu
pecado.
A lavagem do corpo é necessária. Os ingredientes e os métodos escolhidos são
meus. A lavagem da alma, bem como seus critérios, é de Deus. Quando tomamos a
iniciativa em usarmos nossos métodos, saímos mais sujos da presença de Deus.
Deus tem condições para me lavar. Quando sinto a sujeira do pecado, e logo o
confesso e o abandono, e me entrego à limpeza de Deus, o processo é perfeito e
a limpeza é total.
Notem a colocação do verbo no texto: “lava-me” e não “lavo-me”. Quando a
iniciativa é de Deus, estou me submetendo a Ele. Devo abaixar-me, devo
curvar-me, a fim de que todo o meu ser seja atingido por sua “escova”. Pode
doer, mas o sucesso é garantido. As manchas são removidas e a alma fica mais
branca do que a neve. Deus deseja ver-me limpo para Ele e só assim posso
mostrar-me aos que me cercam.
Que exemplo notável Davi nos deixa. Um homem sujo lavado por Deus, um coração
quebrantado, totalmente renovado, uma voz abafada encantadoramente afinada,
oferecendo um louvor perfeito a Deus.
O processo de Deus não falha. E Davi experimentou-o como uma das maiores
experiências de sua vida.
Anos mais tarde Pedro recusou ter seus pés lavados por Jesus. Em tempo mudou
seus pensamentos e os efeitos foram prontamente notados.
Quando Deus nos lava somos usados por Ele e vistos por Ele como dignos de nos
assentar à sua mesa e participar das suas iguarias deliciosas.
Mesmo lavados e purificados os homens impõe seus critérios, os preconceitos
permanecem e a desconfiança torna-se uma constante. Que conforto saber que Deus
não age assim.
Que tal nos mergulharmos na “banheira de Deus”, deixar que suas mãos santas nos
lavem, e purificados, voltarmos a Servi-lo de todo o coração.
Humilhar é preciso. Reconhecer o pecado é indispensável e confessá-lo é o único
caminho do retorno para Deus.
“Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo”
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