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quarta-feira, 14 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - FARTOU DE BENS OS FAMINTOS (10)




                                    Na contabilidade de Deus nossos  lucros nunca são esquecidos. Aquele que nos vê em secreto, e seu olho é preciso e infalível, nos 
recom­pensará (Mat. 6:6). “O tempo que permanecemos aos pés do Salvador determina nosso lucro, reverti­do em bênçãos incontáveis.

                                   Quando em contrição nos achegamos a ele e nos colocamos aos seus pés traspassados, e im­ploramos que nos cubra com seu precioso manto carmesim, ele nos atende imediatamente. Suas palavras nos confortam e suas bênçãos nos enchem de satisfação.

                                     Assim foi com Rute. Naquela noite memorável, após a festa, deitando-se aos pés de Boaz e sendo coberta pela sua capa(3:9), recebe como recompensa, ao raiar da manha, seis medidas de cevada.

                                       O gesto de Boaz se assemelha com o querido Bom Pastor do Salmo 23. "O Senhor é o meu pastor e nada me faltará". Um que nos tira o temor e nos dá consolo e coragem, bondade e misericór­dia, mesa farta, e uma casa por longos dias (João 14).

                                        O vale percorrido por Rute desde Moabe  foi escuro e pro­fundo, com  dias cheios de incerteza e medo. Seus dias se transfor­maram na mais vibrante realidade,confiando no Pastor de todo o seu coração. Atravessou com calma o vale, mas sempre apoiada em sua vara e em seu cajado.

                               Será que a experiência de Rute tem sido a nossa experiência dia após dia? Ou será que nos esquecemos de nos apoiar no bordão do Pastor, andando com as nossas "pernas", e ao final só temos contemplado  quedas e fracassos ao longo de  caminho?

                                         O nosso remidor quer que sejamos vitoriosos, que andemos firmados em seu bordão, pois a sua mesa é sempre farta e preciosa.


                                          Rute ganhou de Boaz seis  medidas de cevada. Seu coração se revela assas bondoso e terno. E numa demonstração  de carinho ele mesmo toma o manto de Rute, agora repleto de cevada, e o coloca às suas costas, e despede-a para  junto de sua sogra, agora alegre é tranquila.

                                            As seis medidas oferecidas por Boaz nos  leva a pensar no significado bíblico do numero seis - o número imperfeito. A medida que faltava para com­pletar a sétima, cujo número nos fala do que é per­feito, foi completada com a própria entrega de Boaz,  oferecendo-se para ser o resgatador de Rute.

                               Em Cristo temos ampla e farta provisão. Ele nos cumula de bênçãos eternas e se oferece a si mesmo em preço de redenção, e nos alimentamos dele, o Salvador Perfeito, como o verdadeiro pão do céu.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz  

quinta-feira, 8 de março de 2012

UMA GRANDE MULHER



Quero homenagear uma grande mulher neste dia Internacional da Mulher.

Era filha de espanhóis numa família de onze irmãos.
Ainda jovem se casou, e moradora da cidade, foi para o interior.
E lá veio o primeiro filho.
Mudou-se para a cidade grande em busca da cura para o filho, e nunca mais voltou para o campo.
Depois, mais quatro filhos vieram. Com cinco filhos o quadro estava completo: três homens e duas mulheres.
E passou a ajudar o marido na sobrevivência de todos eles.
Primeiro, como costureira para grandes lojas, onde buscava fardos de roupa e os carregava sobre os ombros até sua casa. E tudo a pé para economizar alguns trocados.
Mais tarde foi faxineira em uma escola em troca do ensino para os seus filhos.
Essa grande mulher com pouca cultura se esforçava para dar um futuro promissor a cada um deles.
E assim foi por longos anos.
Aos 24  anos colocou sua vida nas mãos de Cristo, e apesar das dificuldades, era feliz.
E na trajetória dessa vida, sofreu pelo pai e alguns irmãos presos por motivos políticos.
O pai nunca mais viu, pois deportado para a Espanha, ali morreu.
Os anos passaram e essa grande mulher, aos 54 anos  viu a morte arrebatar seu marido;e cinco meses depois a morte levou sua filha, deixando quatro crianças que foram criadas por ela.
E começou tudo de novo aos 54 anos de idade, cuidando de crianças, roupas, livros, escola. E não fracassou. Em cada momento as forças de Deus desciam ao seu coração e ela se renovava a cada manhã.
Aos  76  anos a morte chegou novamente levando seu filho caçula com 40 anos de idade.
Embora mergulhada na mais profunda tristeza, não se deixou abater.
Essa grande mulher viveu mais 9 anos, e apesar de tantas curvas, descidas e subidas nessa estrada, era feliz.
Tinha uma voz grave  (ela nunca gostou),que  não a impedia que cantasse seus hinos favoritos. E muitos em castelhano, língua que aprendeu na juventude.E este era um dos seus favoritos:
“Cuando la trompeta del Señor se toque la final,
Com fulgor apunte El alba eternal,
Y los redimidos suban a su casa celestial,
Quando allá se pase lista yo estaré.

Estribilho:
Cuando allá se pase lista, quando allá se pase lista,
Cuando allá se pase lista, cierto estoy que por su gracia alli estaré.

Tradução:
Quando lá dos céus descendo para os seus Jesus voltar,
E o clarim de Deus a todos proclamar a chegada desse dia da vitória do meu rei,
Eu, por sua imensa graça, lá estarei.

Estribilho:
Quando enfim chegar o dia da vitória do meu rei,
Pela  graça de Jesus eu lá estarei.

Essa notável mulher foi chamada por Deus aos 85 anos de vida e já se passaram 12 anos. E que saudades!
 Ela plasmou meu caráter e me conduziu  aos pés de Cristo.

Fermina Mas Arraz, minha mãe, receba esta  humilde homenagem.

Orlando Arraz Maz - seu filho







quarta-feira, 7 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE AOS PÉS DE BOAZ (9)


     
Desde a saída de Moabe temos acompanhado os firmes passos de Rute, sempre atenta aos sábios conselhos de Noemi. Muitas coisas aconteceram em sua vida, e os dias sombrios ficaram para trás, apontando para uma nova esperança que  começara a brotar em seu coração.

O relato encontrado neste capítulo, bem como em algumas partes deste belo livro, pode parecer estranho, pois se desenrola num cenário campestre.   Acompanhemos com reverência sem quaisquer ilações  de nossa parte,tais como: Rute foi atrás de Boaz;  deitou-se junto dele, aos seus pés, atitudes incomuns e impróprias em nossos dias, sobretudo entre aqueles que te­mem ao Senhor Deus. E sendo comuns naquela época,tão somente vemos em Rute e Boaz um comportamento puro,próprio daqueles que pautam por uma vida de obediência e amor pelas coisas do Senhor (v. 14).

A época da colheita transcorria num clima festivo.  O período de árduo labor terminara após longas horas sob o sol inclemente e forte. Mas a compensação maior encontrava-se nos celeiros que estavam cheios  de trigo, garantindo uma vida abun­dante e feliz.  E Boaz, como talvez outros fazendeiros de Belém, também estava alegre. E depois da festa (v.7), foi deitar-se ao pé de um monte de grãos.

Rute , por sua vez, instruída por Noemi(v.4), após Boaz deitar-se junto ao monte de grãos, também foi para lá e deitou-se.“Então chegou  ela de mansinho, e lhe descobriu os pés e se deitou.(v.7). Sem qualquer barulho, quieta e submissa, pois ali, bem pertinho, estava o seu  remidor.
Este belo quadro evoca-me a lembrança do  hino: "Aos pés de Cristo eu quero estar, benditas horas ali passar”. Como Rute aos pés de Boaz, quieta e submissa, humilde e confiante, eu e você, encontraremos tudo aos pés do Se­nhor Jesus. Mas urge estarmos imbuídos de igual sentimento.
Antigamente aprendia-se aos pés dos sá­bios mestres, indicando assim, que o "saber" do discípulo estava ao  rés do  chão.  Foi assim com Paulo aos pés de Gamaliel, e com Maria, irmã de Marta, aos pés do Salvador.
Que tal chegarmos de mansinho aos pés de Jesus, deixando tudo o que faz barulho, qual nosso orgulho, nosso "eu",nosso saber, nossas posses, nossa "espiritualidade", nossa boca falante, e tudo, enfim. Somente bem pertinho de Jesus, Ele nos cobrirá, a fim de que nos sintamos protegidos, amparados, acalentados, confortados. E no silêncio de nossos   corações, sua voz mansa e delicada nos en­cherá de paz e de sabedoria.

Que assim seja
 Orlando Arraz Maz
    


sexta-feira, 2 de março de 2012

CÂNCER ? E AGORA, DOUTOR?




Nunca tanto se falou do câncer como nestes dias. É um mal que cresce de forma assustadora. A cada dia somos assaltados por notícias de parentes ou amigos que estão sendo vitimados por esse mal. Muitas vezes nossas palavras são fracas e pobres, e quase nada podemos fazer.

Tenho uma lista de oito nomes de queridos amigos, incluindo uma irmã mais velha,um sobrinho-neto e uma prima, os quais são levados por mim  a Deus em oração.Não faz muito tempo eram somente dois. Pouco     posso fazer por eles, mas sei que este é o melhor recurso colocado por  Deus à disposição do ser humano.

A oração é a via de mão única que me leva à presença do Todo Poderoso. Enquanto estou orando Deus está trabalhando.

Assim,posso orar por estes queridos e pedir que Deus conforte seus corações, que os acompanhe nas salas frias das quimioterapias, nas máquinas das hemodiálises, nas aplicações tão desgastantes, nas horas de solidão e de desânimo, e que na sua infinita bondade lhes conceda a cura.

O Apóstolo Paulo, preso numa cela fria por causa de sua fé, deixou-nos um monumento de esperança ao escrever aos cristãos da cidade de Filipos:

"Posso todas as coisas naquele que me fortalece". Não é um talismã de sorte, mas uma confiança inabalável no Deus que não pode falhar e nem mentir.

Confio nesse Deus que nunca me desapontou nos quase 70 anos de minha vida.

Davi nos anima com seus salmos maravilhosos, como este que destacamos:

“Ouve, ó DEUS, a minha súplica, atende a minha oração; desde os confins da terra clamo por ti, no ABATIMENTO do meu coração. Leva-me para a ROCHA que é mais alta que eu”.” Salmo 61.1-2

Há uma poesia cantada que transcrevo abaixo:

"Aflito e triste coração, Deus cuidará de ti.
Por ti opera sua mão que cuidará de ti".
Na dor cruel, na provação, Deus cuidará de ti.
Dará socorro e salvação, pois cuidará de ti.
O que é mister te pode dar quem cuidará de ti.
Nos braços Seus te sustentar,pois cuidará de ti".

Então, meus queridos oito amigos, vocês estão sendo levados a Deus  através das minhas  fracas orações, onde peço que Ele abra Suas mãos e derrame sobre vocês todos os recursos disponíveis em seus celeiros abençoados.

Um beijo em cada um de vocês.

Orlando Arraz Maz



quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012




Meditações no Livro de Rute

Obediência – A marca do verdadeiro filho (8)


O caminho da obediência leva aos mananciais da bênção. Deus sempre se agradou da obediência de seus filhos, e na sua Palavra temos inúmeros exemplos de pessoas que obedeceram sem reservas: Abraão, Moisés  e tantos ou­tros , e, como resultado, alcançaram bênçãos incontáveis.(Gen. 22:18:26:15, Josué 1:17)

Sem dúvida, o mesmo ocorreu com Rute. Após contar à sua sogra as experiências daquele dia, pacientemente esta lhe pediu para que agisse com toda cautela, procurando as companhias  femininas, e  ser  recatada. Instruções práticas de Noemi, sogra e mãe,  com vistas a ajudar Rute  encontrar o remidor certo e competente.

Temos nesta atitude de Noemi instruções preciosas para nossos jovens. Ao entrarem na adolescência, quantas moças sofregamente perseguem o rapaz que conhece­ram e fazem de tudo para iniciar o namoro, e o mesmo acontece com os moços. Esquecem  que "no Senhor" tudo deve ser diferente, pois há normas  em Sua Palavra que levam a uma descoberta clara de sua vontade. Os passos da obediência devem ser dados para que as bên­çãos venham sob a vontade do Senhor.

Rute agiu assim. Após ouvir as sabias instruções de Noemi, preparou-se para encontrar Boaz, e mais uma vez segue seus conselhos: “Lava-te, pois, unge-te, e veste os teus vestidos, e desce à eira..." (v.3) Tais conselhos revelam uma disposição firme e precisa de alcançar o favor de Senhor. E quanta lição resta para cada um de nós.

Quando obedecemos ao Senhor um processo de regeneração já se operou em nossas vidas, pois impossível é obedecer alguém que jamais conhecemos.

Rute, iniciando pela obediência, agora deve lavar-se. Talvez trouxesse em seu corpo marcas do luto e da tristeza e este era o momento para alegrar-se, banhando-se primeiramente. 

Lembremo-nos que as facetas de nossa vida espiritual se comparam com a vida de Rute: trazíamos em nós "vidas mortas" e éramos tristes pelos efeitos do pecado, mas Cristo, o nosso Remidor nos lavou com o seu precioso sangue (I Pedro. 1-19), ato contínuo nos santificou, ungindo-nos com o Espírito Santo. E como Ru­te vestiu seus melhores vestidos, Ele também nos ves­te com as vestes de uma salvação eterna (Isaias 61:10:Ap. 19:8). Portanto, purificados, santificados e aceitos!

Depois de todos os preparativos, Rute devia descer à eira, o lugar onde se secava o trigo, um lugar humilde, e encontrar-se com Boaz. Quando estamos dispostos a obedecer, purificados, santificados e aceitos em Cristo, precisamos "descer". Estamos acomodados no alto de nossos conceitos, de nosso eu, de nossas razões, fatores que nos distanciam das bênçãos desejadas. O Senhor se alegra quando descemos e, no lugar humilde, virá nos elevar com suas bênçãos. Maria,mãe de Jesus, assim se expressa em seu cântico. O Senhor Deus viu a sua humildade e "derrubou dos seus tronos os poderosos e. exaltou os humildes". (Lucas 1:48,52) Mais tarde, é Jesus quem ensina(Lucas 14:11). Portanto, sua apreciação é bem intensa, quando ele vê corações humildes . E a lição do lava-pés deixou marcas profundas nos discípulos(João 13:12 a 20). Tão humilde  que para nos salvar, também desceu dos céus, do trono ao lado do Pai, às camadas mais baixas da terra onde imperava o pecado, a fim de nos buscar.  E tudo fez para nos remir  o nosso Bendito Remidor.

Rute, bem disposta, obedeceu, lavou-se, ungiu-se, vestiu-se e desceu para buscar um lugar aos pés de Boaz que dormia entre os feixes de trigo. E lá, trilhando o ca­minho da obediência, aos seus pés alcançaria a bênção que tanto desejava.

Algo semelhante poderá ocorrer com todas as pessoas dispostas a obedecer Jesus Cristo, o perfeito Remidor.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz






sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Carnaval


 O carnaval se foi levando fantasias,
E uma enxurrada de risos e ilusões.
Qual solitário viajante em terras frias,
Partiu silencioso sem  explicações.

Levou na mala pesada o desencanto,
Decepções e promessas sem medida,
Deixou corações em meio a dor e pranto,
Murchos,abatidos,sem força e vida

Bem falou no passado o rei Salomão,
Com sabedoria e total certeza:
"Até no riso terá dor o coração,
E o fim da alegria é tristeza".

Busque em Cristo a alegria que permanece
E não deixa marcas e nem frustrações,
Nele a vida é feliz e sempre floresce
Sem sustos,sem mágoas e desilusões.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Meditações no Livro de Rute - Jesus,o companheiro inseparável (7)




                      Notaram como começou o dia de Rute no capítulo dois?  Um dia repleto de novidades, mas iniciado com obediência e no temor de Deus. Ao terminar o dia, podia voltar para junto de sua sogra e contar-lhe tudo o que lhe aconteceu: cuidado, proteção, boa comida e água gostosa. E, ainda mais, conheceu um homem que lhe falou ao coração, consolando-a.

                   Como iniciamos cada dia que o Senhor nos dá? Ele faz com fidelidade sua parte - "Suas misericórdias se renovam a cada manha". E nós temos feito a nossa parte buscando sua sábia orientação e oferecendo nossa obediência?

                 O resultado de muitas frustrações analisadas ao voltarmos para nossas casas, à noite, está no fato de que começamos mal o dia, e sem dúvida, assim será o dia todo.

                         O Senhor quer ser "consultado" todo o dia, an­tes de qualquer atividade e não quer o tempo que sobra de cada filho, ao final de mais um dia, quando o cansaço toma conta do corpo e o sono inexoravelmente vem.

                         Há uma poesia em forma de canto que expressa a necessidade de buscarmos em oração a face de Jesus: "Bem de manha embora o céu sereno, pareça um dia calmo anunciar, vigia e ora o coração pequeno, um temporal pode abrigar” (Hinos e Cânticos 324)

                         Rute encontrou bênçãos incontáveis ao longo  desse dia, mas o que mais marcou seu coração, foram as palavras ditas por Boaz. Ele sabia tudo a seu respei­to (v.11), sua afeição por sua sogra, sua decisão em deixar a casa de seus pais e adotar Belém e seu Deus como valores preciosos e, como resultado de tamanha coragem, Boaz desejava-lhe o galardão da parte do Deus de Israel, o mesmo que a abrigara sob suas asas (vers. 12).

                          Ao voltar para casa, à tarde, tinha muita coisa para contar à sua sogra (vs. 18-23), muitas novidades, muitas bênçãos. Encontrara um homem rico e bom,forte e compassivo, mas o que só descobrira depois, é que Boaz era um parente chegado, um dentre os remidores (vs. 20). Que grata surpresa!

                           Tudo isso e muito mais que excede o nosso en­tendimento, temos no Senhor Jesus, o nosso Boaz: amor, compaixão, força, sabedoria, riqueza. Entretanto, quantas vezes esquecemos de procurá-lo bem de manhã, e ao final de um dia, pouca ou nenhuma descoberta fizemos. Corremos de um lado para outro, falamos de tudo, pensamos em  tudo, menos no Amado Salvador, aquele cujas belezas são incontáveis e deseja que o busquemos a cada manhã e quer ser nosso conselheiro durante todo o dia. Quando isso acontece temos surpresas que inundam nosso coração de alegria.

                            Claro que durante o dia, mesmo buscando sua direção, podem ocorrer contratempos, preocupações, dissabores. Mas estes serão diferentes porque Ele estará ao nosso lado, pronto para trazer o  seu conforto. Sua Palavra nos diz que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Ate hoje não falhou e jamais falhará. Quantas vezes, atrás de uma nuvem escura, o sol brilha intensamente, embora não possamos vê-lo.
                           
                             Rute encontrou tudo em Boaz e não foi de­cepcionada. E nós, filhos do Pai Celestial, com tudo à nossa disposição, por que não entrarmos em seus celeiros a cada manhã e encher nossas mãos das mais preciosas bênçãos reservadas para cada um de nós?

Que assim seja para  glória de Jesus

Orlando Arraz Maz


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Julgamento sem recurso

O julgamento de Lindemberg, o assassino de Santo André, impactou  a opinião pública.
Uma multidão de repórteres, câmeras de televisão, pessoas entrevistadas, promotores dando seu parecer jurídico, e o público, ávido por uma condenação por certo merecedora.

Ao findar  do dia o veredito foi dado com a leitura da sentença: 98 anos de prisão, com o lançamento do nome do réu no rol dos culpados. 

E a advogada do réu informou que pretende ingressar com recurso, com vistas à anulação do júri. 

Lembrei-me de um julgamento totalmente diferente deste, presidido por Deus, que julga retamente grandes e pequenos, não por crimes específicos praticados, mas por obras más provenientes de vidas pecaminosas, e que não se submeteram à lavagem dos seus pecados no sangue precioso de Jesus.

Suas obras más foram lançadas no livro do juízo, e a condenação foi decretada por Deus. E não há qualquer interposição de recurso, pois a sentença é perfeita.

Lindemberg, que passou por um juízo humano, se não se arrepender de seus pecados, sem dúvida comparecerá perante este Tribunal onde será julgado com retidão, sem direito a qualquer recurso.

Felizes aqueles cujos nomes foram encontrados no Livro da Vida, e que tiveram suas causas ganhas pelo Defensor, no alto de uma tribuna levantada na Cruz do calvário. Lá, Jesus, o Advogado maravilhoso e competente, venceu a Satanás e ganhou a vitória para mim. E lançou meu nome no Livro da Vida.

A Ele minha eterna gratidão.

"E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles.
E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.
E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo". (Apocalipse 20:11a15)

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - O CAMPO IDEAL (6)




Em nosso último comentário discorremos sobre a direção do Senhor Deus na vida de Rute, a qual encontrou um amigo compassivo.

Boaz era filho de Raabe (Mt 1.5 e Os 2.1),que pela misericórdia de Deus passou a gozar das bênçãos de Israel,ficando livre da destruição de Jerico (Os 6.25). Portanto, Boaz era um homem que conhecia bem o Deus de Israel. Sua mãe, sem duvida, contou-lhe do dia em que foi visitada pelos dois espias, do esconderijo que improvisou para eles e, quem sabe, toda a vitoria de Israel derrubando os muros de Jerico ao som das trombetas. Um Deus como este, somente o Deus de Israel!

No dia em que Rute começou a trabalhar, Boaz, não se encontrava no campo. Por certo, cuidando de negócios na cidade, ou, segundo alguns, vol­tando de uma batalha. No entanto, assim que chegou, sua atenção se volta para Rute e começa a se interessar por ela. Nesses versículos temos uma amostra do caráter e do coração de Boaz.

Primeiramente, seu cuidado para que ela, distraída, não passasse para outro campo, mas que estivesse entre as demais empregadas da fazenda. Ele queria exclusividade em seu trabalho. Somente assim te­ria condições de analisar seu serviço e apreciar sua obediência.
  
Interessante este cuidado. No estudo anterior escrevemos que Boaz é um pálido tipo do Senhor Jesus, e, portanto, cumpre-nos tirar do texto boas e preciosas lições.  

Assim como Boaz chegou ao seu campo vindo de fora, nosso Salvador chegou a este mundo vindo dos céus, e encontrou-nos famintos, sem os laços da família espiritual, salvando-nos e perdoando-nos.  Agora, Ele tem interesse por nós. Quer que trabalhemos em Seu campo, pois pertencemos a Ele (I Pedro 2.9).

Como seria fácil para Rute deixar seu lugar de trabalho, quer por mera distração ou mesmo por de­sobediência. Mas a ordem era clara: "não passes daqui, aqui ficarás, estarás atenta”.Somente assim seria protegida pelo dono daquelas ter­ras, seu novo senhor.

Na Palavra de Deus somos ensinados a permanecer em nosso campo de trabalho, e prestar nosso serviço atentamente. São muitas as "distrações" deste mundo e nossa tendência é buscar aquilo que nos agrada e nesses desvãos, passarmos das divisas e nos perdermos em "outros campos".

Mas Boaz tem mais instruções para Rute: ha­via dado ordens para que seus servos não a tocassem, e quando sentisse sede estes dariam água para ela. Uma água boa, garantida, e da melhor qualidade,

Como filhos de Deus somos guardados por ele, e o maligno não nos toca. "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca." (I João 5 : 18)


Será que a cada instante buscamos a fonte certa para saciar nossa sede? Ou será que temos avançado, passando dos limites e nossa sede esta sendo mitigada em poços alheios? Em João 7.37 o ensino de Jesus é este: “Se alguém tem sede venha a Mim e beba” Um dia mitigamos nossa sede de salvacão na pessoa de Cristo. E hoje, algum tempo depois, continuamos a nos dessedentar nessa Fonte?


Rute se sentia bem protegida, tinha comida boa e água preciosa, portanto, não é sem razão que se inclina com o rosto em terra (2:10),  conhecendo o favor imerecido da parte de Boaz: era uma estrangeira e mesmo  assim, Boaz lhe mostra seu coração amoroso.

Nós também fomos alcançados por uma salvação imerecida, pois éramos estrangeiros,mas Ele nos  buscou e nos amou primeiro!  Será que estamos dando o devido valor?  Será que a água preciosa e a co­mida farta estão sendo apreciadas e consumidas devidamente por nós?  Ou será que estamos nos satisfazendo em outros campos, bebendo água salobra e comendo apenas "alfarrobas"?       

Curvemo-nos diante do nosso Sal­vador e rendamos nosso louvor pelo cuidado de­monstrado a cada um de nós, colocando-nos num campo ideal, fornecendo-nos água preciosa, segurança e comida farta.

Que assim seja.
Leitura: Rute 2

Orlando Arraz Maz



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PREGADOR IRADO


Há alguns dias recebi um vídeo postado no YouTube e o assiste,atraído pela expressão usada pelo pregador: "blogueiros filhos do diabo".

Lamentavelmente, nos últimos tempos os pregadores que usam a mídia eletrônica apelam para práticas totalmente condenadas pelas Escrituras, ora prometendo favores de Deus mediante ofertas, uma barganha vergonhosa, ora se auto intitulando profetas, apóstolos, bispos. Não se apresentam como "servos",pois o título não tem carisma para eles.

Mas o pregador irado ultrapassou os limites por onde qualquer filho de Deus deve caminhar. Deixou de ser um autêntico filho de Deus para ser um pregador colérico, com ameaças, sob a expressão "e eu sou profeta,te cuida malandro,te cuida meu chapa”.

A expressão usada jamais deveria ser adotada, pois a mansidão é ensinada pelo Senhor Jesus, e esse pregador a desconhece, pois é do tipo: "bateu, levou". As instruções deixadas pelo apóstolo Paulo em sua primeira carta a Timoteo (Cap.3), são esclarecedoras no tocante ao comportamento dos presbíteros, entre as quais “moderado, não contencioso”,ou “inimigo de contendas”, traduzida por W.E.Vine como “não combatente".Deve ter um caráter pacífico,não arrogante,e estará sempre a renunciar seus direitos pessoais”(Comentário Ritchie vol.12 –pgs.88).

Além do mais, esta não é a postura de um homem que se diz ser homem da Deus. Não nos cabe o julgamento de qualquer pessoa, e este bastante ousado, de dizer que alguém é "filho do diabo". Os pregadores devem amar as pessoas que ainda não conhecem o amor de Cristo, e jamais julgar aqueles que já se confessam filhos de Deus (no caso blogueiros cristãos).

O apóstolo Paulo escrevendo sua carta aos Romanos, salienta: (12:17 a 21)

“A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.

Cabe ao ilustre pregador rever suas prédicas com urgência, pois aqueles que ainda não conhecem Jesus como Salvador, esperam uma mensagem de paz, de esperança e de vida eterna. Querem ouvir palavras de graça e não palavras chulas, pois estas são ouvidas em muitos lugares. O púlpito é um lugar onde os céus devem se aproximar da terra e mostrar as belezas de Jesus.

Muitos blogueiros cristãos se esforçam na apresentação de uma mensagem sadia, que só podem ser produzidas por pessoas restauradas, e jamais ser considerados como “filhos do diabo”.

Ainda é tempo, pregador, para a correção deste ato tão vergonhoso, e o senhor sabe qual é o caminho indicado nas Escrituras.

Orlando Arraz Maz
Blogueiro cristão pela Graça de Deus.











quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

GIGANTES DOMINADOS (CORRIGIDO)

 Márcio, um leitor bem atento e um querido irmão apontou  um erro na descrição dos milagres de Elias, pois este ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, e não o filho da Sunamita,milagre de Eliseu, conforme constou no artigo.
Vai aqui nossa sincera gratidão.

Achamos por bem publicar novamente o artigo

Gigantes dominados 

Você que já foi forte, que animou e encorajou a tantos, que estancou as lágrimas de muitos, que perdeu noites de sono pensando em resolver problemas dos outros, agora se sente prostrado, sem ânimo, apático, quieto, com seu sorriso apagado, enfim, com todas as forças exauridas.

Quem sabe uma enfermidade avassaladora chegou de surpresa, e te largou no meio de um deserto, sob o sol escaldante. A voz do médico que falava pausadamente tornou - se um eco distante, e ao final você estava totalmente confuso. Saiu do consultório devagar com a sensação de que logo iria cair.

Ou ainda, a morte de alguém abriu um buraco tão grande dentro de você, que custa ser fechado. E você não segura mais suas lágrimas.

Lembra-se de Elias? O profeta de Deus que desafiou os 450 profetas de Baal no monte Carmelo, e alcançou estonteante vitória? Que enfrentou o perverso rei Acabe e que ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, e que realizou milagres extraordinários?

Sim, ele mesmo, agora é visto fugindo de uma mulher chamada Jezabel, e seu medo foi tão grande que pediu a morte para Deus. Por que? Tiago, o irmão de Jesus nos esclarece: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós”. Em outras palavras, era barro puro. E o anjo do Senhor o socorre no mais profundo vale do desânimo e do medo: ”e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come”.

Deus pode e quer agora fazer o mesmo com você . Deseja alimentá-lo com sua Palavra. Elias serviu-se da comida preparada por Deus: “Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus”.

Deus deseja reanimá-lo com sua alimentação que o tornará forte e capaz de prosseguir sua caminhada, vencer obstáculos, derrotar gigantes, e curar todas as cicatrizes de seu coração.

"Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador".

Basta levantar-se, e pela fé segurar suas fracas mãos às fortes mãos de Deus e caminhar lado a lado com Ele.
Que assim seja.

Leituras bíblicas: 1º Livro dos Reis 19; Carta de Tiago 5: Isaías 43:2,3.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

BOAZ – O AMIGO COMPASSIVO (5)



Como é gostoso ao amanhecer do dia e sentir os raios do sol aos poucos inundando e terra e nos aquecendo. Entretanto, poucos gostam da noite escura e fria.

Após a “noite” das provações, um raio de sol começa a aquecer os corações de Noe­mi e Rute, recém chegadas a Belém. Sem dúvida era a presença de Deus atuando em suas vidas. -"Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam re­tamente" (Salmos 84:1)

Este capítulo nos apresenta um novo personagem chamado Boaz, cujo nome significa “Nele há força”.

Era um parente do falecido Elimeleque, sogro de Rute, a qual, sem nada saber, se dirige ao seu campo a fim de colher espigas entre os demais empregados. Um trabalho cansativo, mas que alegrava seu coração. O que terá atraído Rute a trabalhar naquele campo? Sem dúvida a mão de Deus dirigia seus passos em direção ao campo de Boaz. Ela de nada sabia, mas Deus começara a realizar maravilhas em sua vida. Ela percebeu a graça de Deus no tratamento recebido pelos demais empregados e pelo encarregado dos serviços do campo.


Tais pensamentos levam-me a pensar no pecador que busca alimento na  casa do Senhor, na igreja. Lá encontra um grupo de homens e mulheres dispostos a ajudar. São amáveis, compassivos, dedicados. E todo esse primeiro contato serve para apresentar ao visitante o ilustre “Senhor da Seara”, que é rico e poderoso, disposto a encher de bens os famintos (Lucas 1:53).E quando o Evangelho é exposto para tais pessoas, o Espírito Santo iniciará um trabalho perfeito em suas vidas. Daí, uma enorme responsabilidade no trato com nossos semelhantes, pois antes de conhecerem a Cristo precisam conhecer seus seguidores. Quantos têm chegado aos pés do Salvador pela vida exemplar de outros. Vidas que marcaram outras vidas.

Rute encontrou prazer em servir no campo de Boaz.

Jesus, de quem Boaz é um pálido tipo, veio a este mundo – o vasto campo – buscar e salvar o perdido. Encontrou o homem faminto e deu por ele sua vida na cruz. Por isso Jesus pode dizer: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome”(João 6:35).

Exaltemos ao Senhor Jesus porque um dia Ele nos encontrou, mudou a nossa sorte,assim como Rute, e se tornou um amigo fiel e compassivo.

Leitura: Rute 2: 1 a 7

Orlando Arraz Maz









sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

GIGANTES DOMINADOS


Você que já foi forte, que animou e encorajou a tantos, que estancou as lágrimas de muitos, que perdeu noites de sono pensando em resolver problemas dos outros, agora se sente prostrado, sem ânimo, apático, quieto, com seu sorriso apagado, enfim, com todas as forças exauridas.

Quem sabe uma enfermidade avassaladora chegou de surpresa, e te largou no meio de um deserto, sob o sol escaldante. A voz do médico que falava pausadamente tornou - se um eco distante, e ao final você estava totalmente confuso. Saiu do consultório devagar com a sensação de que logo iria cair.

Ou ainda, a morte de alguém abriu um buraco tão grande dentro de você, que custa ser fechado. E você não segura mais suas lágrimas.

Lembra-se de Elias? O profeta de Deus que desafiou os 450 profetas de Baal no monte Carmelo, e alcançou estonteante vitória. Que enfrentou o perverso rei Acabe e que ressuscitou o filho da Sunamita, e que realizou milagres extraordinários.

Sim, ele mesmo, agora é visto fugindo de uma mulher chamada Jezabel, e seu medo foi tão grande que pediu a morte para Deus. Por que? Tiago, o irmão de Jesus nos esclarece: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós”. Em outras palavras, era barro puro. E o anjo do Senhor o socorre no mais profundo vale do desânimo e do medo: ”e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come”.

Deus pode e quer agora fazer o mesmo com você . Deseja alimentá-lo com sua Palavra. Elias serviu-se da comida preparada por Deus: “Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus”.

Deus deseja reanimá-lo com sua alimentação que o tornará forte e capaz de prosseguir sua caminhada, vencer obstáculos, derrotar gigantes, e curar todas as cicatrizes de seu coração.

"Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador".

Basta levantar-se, e pela fé segurar suas fracas mãos às fortes mãos de Deus e caminhar lado a lado com Ele.
Que assim seja.

Leituras bíblicas: 1º Livro dos Reis 19; Carta de Tiago 5: Isaías 43:2,3.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - CORAGEM PARA VOLTAR (4)

                                                                       
A viagem para Belém iniciou-se fundada na decisão de duas mulheres - Noemi e Rute. Aquela, amparada na fé de seus antepassados, esta no desejo firme de seguir o Deus de sua sogra.

O versículo 19 deste capítulo nos apresenta o desfecho de tal decisão: "então ambas se foram". Deixaram Moabe e as lembranças de tantas mágoas, e juntas partiram para Belém - a terra de Noemi, a nova terra de Rute. Para Noemi, antigas lembranças seriam restauradas, para Rute novas amizades, sonhos e ideais.

E essas duas mulheres, com idades diferentes, estavam unidas à procura de Belém na esperança de encontrar segurança e paz, conforto e consolo, descanso e fartura, e unidas nesse ideal, partiram.

Pensemos no regresso de Noemi. Quão difícil para ela seria o caminho de volta. Dez anos antes saiu alegre e agora volta tão triste; dez anos antes sua família era composta de quatro pessoas,e agora reduzida somente a duas, ela e sua nora; dez anos antes partiu de Belém para fugir da fome e da pobreza, agora volta novamente,mais pobre do que antes! Mesmo assim, envelhecida pelos anos de sofrimento e pelos reveses da vida, quer voltar para Belém, sua terra, o povo de seu Deus.


O caminho da volta é sempre difícil. Um verdadeiro desafio de preconceitos, de barreiras e do próprio orgulho ferido, se faz mister vencer! Assim foi com o filho pródigo.  Vencido o seu orgu­lho (já quebrado antes de apascentar porcos), tão fácil se tornou o caminho de volta à casa paterna.Não terá sido assim com Noemi? Quebrado o seu orgu­lho pela mão do Senhor Deus na morte de seu marido e de seus dois filhos, bem fácil se tornou o caminho de volta.

O filho pródigo encontrou um pai cu­jo coração transbordava de amor. Noemi encontrou e confiou num Deus fiel, o mesmo de seus antepassados, num Deus pronto para oferecer o melhor e restaurar a alegria perdida. E devido à sua submissão e confi­ança, foi honrada pelo Senhor que cumpriu o seu pla­no de enviar o Salvador ao mundo, através de sua nora, RUTE.

Realmente Deus é maravilhoso. Lendo sua Palavra encontramos em cada página um amor verdadeiro, sempre buscando e salvando. O homem o deixa para seguir seus projetos, mas ele vai ao seu encontro como fiel pastor que busca sua ovelha teimosa. E Noemi descansava nesse Deus.

Ao chegar à Belém antigas amizades mal a reconheceram: - "Não é esta Noemi? teria mudado tanto? encanecido seus cabelos? um olhar dis­tante e triste?” Por certo, estava bem mudada! Fa­cilmente poderia ficar no anonimato, retirada de tu­do e de todos, esconder sua triste história, mas assim não fez. Sem qualquer subterfúgio e com toda a humildade, disse-lhes que se tratava dela mesma, era Noemi, mas que poderiam chamá-la de "MARA", pois  era tanta a amargura de seu coração.

"Coração compungido e contrito não desprezarás, ó Deus", assim se expressara o salmista. E quanta verdade!

O caminho da volta é difícil, mas deverá ser feito resolutamente com muita humildade e contrição. Somente assim o Senhor abençoará aqueles que um dia partiram, mas que, mesmo em meio a tantos percalços, não se esqueceram do caminho e volta­ram confiantes no Senhor Deus.


Ainda há aqueles que se encontram distan­tes, sem coragem, cheios de orgulho, entretanto é necessário que, uma vez quebrados pelo Senhor, sem subterfúgios, façam o caminho de volta e aguardem, dos céus, as bênçãos do Senhor, como as que receberam Noemi, em companhia de sua nora Rute.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

QUER VER A JESUS?


            “Senhor, queremos ver a Jesus”. (Ev. João 12:21).

            Que pedido cheio de significado !  Homens de origem grega convertidos ao judaísmo  desejavam ver a Jesus.Não escondiam desejos maldosos nem vinham para buscar vantagens pessoais. Queriam simplesmente  ver, olhar, contemplar, apreciar a Jesus. Por certo estavam impressionados com as informações recebidas sobre sua pessoa íntegra, dos milagres extraordinários e da autoridade exercida nos discursos proferidos. “Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas”. (Mateus 7:29).

Ainda circulava a notícia da ressurreição de Lázaro – que fato surpreendente devolver à vida um homem morto há quatro dias! Depois, as notícias da ceia farta  numa demonstração de gratidão oferecida pelas irmãs do ressuscitado; e finalmente a entrada na cidade de Jerusalém montado em um jumentinho, sendo recepcionado com ramos de árvores e aclamado pelo povo “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
           
E os gregos estavam encantados com o magnetismo do homem chamado “Jesus” e desejavam vê-lo. 
Ate que ponto a pessoa de Jesus tem fascinado cada um de nos? Sua personalidade, seus milagres, seus discursos, seu poder, sua vida santa? Como chegamos, hoje, à sua presença? Queremos vê-lo pelos olhos da fé, ou apenas queremos explorar seu rico c bondoso coração com algum pedido para o nosso bem?
             
Claro que devemos apreciar todos os seus poderosos feitos, mas chega uma hora em que devemos fazer como os gregos de outrora.
           
“Senta ao meu lado querido Jesus, pois eu quero só contemplar-te”. E no silêncio da alma, ficar horas contemplando só a Jesus.
           
Vivemos numa época onde as pessoas se tornaram pedintes das graças para o seu bem estar, onde o egoísmo alcançou dimensão sem medida, e nada se faz sem desejar algo em troca. Pretendem ofertar cada vez mais para ter sucesso em seus negócios, numa barganha vergonhosa com Deus.

Quando o ser humano se tornar menos ganancioso para com Deus, menos mesquinho, e anular-se por inteiro desejando no seu coração “ver” a Jesus, tudo por certo vai mudar.
           
Aqueles gregos viram em Jesus o “Deus dos impossíveis”, e por certo seguiram para suas casas com vidas e corações repletos de alegria.
           
Que tal olharmos para a ressurreição de Lázaro e descobrirmos que “Jesus é a ressurreição e a vida”? E na ceia em casa de Lázaro saber que quando ele está presente tudo muda e ele deve ser adorado? E cavalgando no jumentinho, podemos descobrir que é o “Bendito que veio em nome do Senhor”, e que entra triunfante em nosso coração?
                       
Que nossos olhos sejam abertos, e que com toda a reverência possamos viver a cada dia “querendo ver a Jesus”.    

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz                   
           
           
   
           
            
           
           

            
            

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE SÁBIA ESCOLHA (3)


No último estudo abordamos aspectos de uma decisão irrefletida com seus tristes reflexos. Neste abordaremos uma decisão sábia e uma escolha sensata tomada por Rute, a moabita.

Após a morte de seu marido Malom e de seu cunhado Quiliom, esposo de Orfa, Noemi, a sogra dessas duas mulheres, resolveu voltar para terra de Belém, uma vez que lá os campos se tornaram férteis.

Ao iniciar sua viagem, notou que suas duas noras a seguiam. A partir daí, trava-se entre elas um diálogo interessante. Noemi, então, faz um apelo para que ambas permanecessem em Moabe, não se vislumbrando, em princípio, qualquer meio de convencê-las (vers. 8,9).  E como resultado,choraram, dispondo-se a acompanhá-la (vers.10). Noemi tenta convencê-las uma segunda vez (vers. 11) e, finalmente, uma terceira vez (vers.12), mostrando-lhes que teriam pela frente um futuro incerto. Orfa, mesmo em meio às lagrimas, não resiste, e prefere permanecer em Moabe.

Por que Orfã teria resolvido permanecer em Moabe, sua terra ? Medo de enfrentar um futuro numa terra estranha? Incerteza? Desconfiança? Falta de fé no Deus de Noemi? Ou os deuses e prazeres de Moabe teriam maior atração sobre ela? Embora seja difícil responder a tais perguntas, por certo sabemos que não foi a melhor escolha.

A escolha por Moabe leva-me a pensar naquela gravura tão familiar retratando os dois caminhos - um largo, com seus atrativos, e o outro estreito com suas dificuldades (Mat. 7:13,14).Quantos hoje  estão resolvidos a permanecer em "Moabe" , acomodados com seu "povo", seus "deuses",seus costumes etc. Esta foi a infeliz decisão tomada por Orfa.

Entretanto Rute, após ouvir mais um apelo de Noemi decide acompanhá-la, mesmo sabendo das consequências de sua mudança para Belém, deixando para trás seu povo, seus deuses, sua pátria. Os vers. 16,17 constituem-se numa das mais belas páginas da Bíblia, espelhando uma decisão apoiada na fé e num amor sem interesse. E mais, Rute revela dependência e submissão total. E tudo isto, aos pés de Noemi. Uma decisão sábia e abençoada.

Será que temos demonstrado em nosso viver rompimento total da "Moabe" em que vivemos, ou ainda há amarras que não foram cortadas? Será que ainda há coisas     que nos impedem de contemplar a fartura de "Belém"? Uma avaliação urgente se faz necessária: ou fugimos de "Moabe" e a bênção do Senhor nos acompanhará, ou permanecemos  e a mão do Senhor não será conosco.
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Que tal procurarmos sinais  de Moabe em    nossas vidas,   livrar-mo-nos deles e caminhar confiantes pelo caminho  estreito  sempre  aos pés do  Salvador?

Leitura: Rute 1: 6 a 22

Orlando Arraz Maz