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sexta-feira, 6 de julho de 2012

OS QUE FICARAM SEM NOME - O SOBRINHO DO APÓSTOLO PAULO



Lucas, não sei se médico e historiador, ou historiador e médico, em seu segundo livro apresenta uma interessante particularidade na vida do grande apóstolo Paulo: a existência de uma irmã e de um sobrinho.

Paulo estava sendo ouvido por um conselho, tendo o sumo sacerdote Ananias como seu presidente. E o assunto em pauta era a fé em Jesus que Paulo professava, e uma nova doutrina que crescia por toda a parte, e que assustava os religiosos daqueles dias.

A reunião começou de forma tensa e agressiva, sob a ordem do sumo sacerdote para que ferissem o apóstolo em sua boca, talvez numa tentativa para impedi-lo  que falasse em sua defesa. Imediatamente Paulo repreendeu o sumo sacerdote, embora não o reconhecera como tal, ou porque não trajava vestes sacerdotais (ele foi convocado às pressas para presidir o conselho), ou pela pouca visão do apóstolo. Mesmo falando uma verdade, pois o sumo sacerdote não deixava de ser uma parede branqueada, ocultando no seu coração uma atitude contrária às leis que tanto defendia, de forma humilde retratou-se perante o sumo sacerdote, reconhecendo sua posição.


Assim, formando uma grande confusão, o tribuno determinou a retirada do apóstolo para uma fortaleza onde poderia gozar de proteção.

Naquela noite o Senhor se apresentou a Paulo animando-lhe o coração com a mensagem que deveria comparecer em Roma, a fim de falar a todos do seu amor salvador.


Ao amanhecer o dia mais de quarenta judeus fizeram uma conspiração, e decidiram matar o apóstolo, sob o pretexto de uma nova assembléia onde seria ouvido novamente.

Nesta altura entra em cena o sobrinho do apóstolo Paulo. Não sabemos o seu nome, muito menos sua idade, mas sua lealdade e coragem são prontamente identificadas no caráter deste jovem. Poderia tratar-se de um adolescente, já sabendo expressar-se perante as autoridades romanas.

E decidido procurou seu tio na fortaleza contando-lhe os pormenores da trama para matá-lo.

Uma vez na presença do tribuno, expôs-lhe o plano daqueles homens com o objetivo de matá-lo. E prontamente o tribuno tomou as medidas necessárias, detalhadas com seus pormenores pelo nosso historiador Lucas.


Um jovem usado por Deus. Talvez não se apercebesse deste detalhe, mas a conversa daqueles homens chegou ao seu conhecimento por intervenção de Deus e não por acaso. Sua coragem em adentrar na fortaleza vinha de Deus, pois a guarda romana era temida por todos. E Deus, por fim, age movendo o coração do tribuno romano, ouvindo atentamente as palavras do rapaz.


Um jovem cujo nome não foi anotado pelo historiador. Sua omissão foi providencial a fim de que apreciássemos sua lealdade e coragem, tão valorizadas por Deus.

Através dos anos a atitude deste moço tem enternecido muitos corações, e têm levado muitos a refletir em comportamentos que já perderam o seu brilho. 

Deus deseja usar nossa lealdade e coragem em seus caminhos. Devemos ser leais a Ele e testemunhar de nossa fé e coragem com convicções absolutas.

Não importa o fato de sermos desconhecidos, ou serem poucas nossas qualidades e instruções, ou mesmo nosso nome desconhecido. Assim como Deus conhecia o sobrinho de Paulo, conhece a mim e a você, e deseja nossa lealdade e coragem.

Relato em Atos 23

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz





sábado, 30 de junho de 2012

PENSAMENTOS PARA UM VIVER FELIZ: Trânsito, um caos

PENSAMENTOS PARA UM VIVER FELIZ: Trânsito, um caos: “Seja paciente comigo. Estou sendo trabalhado por Deus” Há poucos dias deparei com essa frase estampada num adesivo no vidro de um carr...

Trânsito, um caos





“Seja paciente comigo. Estou sendo trabalhado por Deus”

Há poucos dias deparei com essa frase estampada num adesivo no vidro de um carro, e confesso que a mesma ficou martelando meu pensamente o dia todo.

A mensagem é dirigida ao condutor que vem atrás, muitas vezes impaciente, quer seja pela morosidade do trânsito ou do motorista. E nesse caso, haja paciência.

Mas onde entra o trabalho de Deus? Em que área o portador da mensagem precisa ser trabalhado? Claro que não tenho a resposta, pois não o conheço, embora muito gostasse.

E eu, que me conheço bem, onde preciso ser trabalhado por Deus? Por certo em muitas áreas, mas principalmente no trânsito que é um caos nesta Cidade.

Deus precisa trabalhar, e muito, na linguagem, no pensamento, nos gestos, no olhar de censura. O motorista que vem atrás muitas vezes não é paciente, mas eu devo mostrar sinais de quem é ensinado por Deus. Deus me ensina e eu faço a lição de casa no trânsito.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cabelos Brancos! E agora? Velhice?






  A Velhice

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas…


O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.


Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,


Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!


Olavo Bilac



Há algum tempo li num site de relacionamento sobre um homem cuja idade já passava dos 50, querendo uma fórmula para esconder seus cabelos brancos.  Ele não queria que os outros o vissem como um velho, com direito à fila de idosos, assento preferencial nos coletivos ou metrôs etc  Confesso que fiquei estarrecido com tamanho pavor.


Num passado não muito distante esse medo era das mulheres, que providenciavam todos os meios para ocultar sua idade e para realçar sua beleza. Hoje encaramos com a maior naturalidade esse recurso, pois algumas realmente rejuvenescem e  ficam mais bonitas.

Mas de uns tempos para cá os homens passaram a usar os mesmos recursos, o que não há nada de errado. Cabelos, maquiagem, unhas, tratamento de pele, e também se sentem rejuvenescidos.

O que há de estranho é usar tais recursos para esconder a idade que é uma dádiva de Deus. Os anos acumulados trazem experiências daqueles que uma vez erraram, e agora podem abrir os olhos dos que vêm atrás.

Por que esconder algo que está inserido em nosso corpo, que nos avisa a cada manhã que nossos recursos diminuem, nossas forças se esvaem e nosso andar se torna trôpego? Será que cabelos tingidos vão resolver tais contingências da vida? É como uma caiação numa parede descascada onde por mais que se apliquem retoques qualquer um vai enxergá-los.

O cabelo tingido pode ser comparado a uma vida manchada pelo pecado, inclinação latente em toda a pessoa para contrariar a vontade de Deus. Daí  surgem as fórmulas de "tingimento" para camuflar a realidade. 


Os bons modos, a educação, a religião, a honestidade, que não deixam de ser ótimos ingredientes, mas à luz da Palavra de Deus não passam de camuflagens baratas.

O pecado vai estar sempre presente tal como o cabelo branco escondido pelo tingimento.

Por último, se você quiser continuar ocultando seus cabelos dando uma aparência jovial, tudo bem. Não há nada de errado. Mas não se envergonhe de ser idoso.

O que ninguém pode fazer é esconder o seu pecado, maquiá-lo da forma mais atraente, pois Deus o vê de qualquer forma.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz








                     







  

quarta-feira, 13 de junho de 2012

BODAS DE PRATA




 Nosso Blog deseja homenagear nossos queridos sobrinhos Davi e Andrea, que hoje completam 25 anos de uma união feliz e abençoada.

Sem dúvida o caminho trilhado por vocês não foi fácil, mas foi gratificante, com Deus sempre providenciando as forças necessárias.

As bênçãos sem medida chegaram de mansinho, e vocês que eram dois hoje são sete: três filhos, uma nora e um neto.

Que o caminho que vocês têm pela frente, na perfeita soberania do Todo Poderoso, seja por Ele amaciado, e se as lágrimas aparecerem, sejam por Ele estancadas.

Não se esqueçam de que o sol está sempre presente no firmamento, embora muitas vezes as nuvens nos impeçam de vê-lo. E vocês sabem que Jesus é o nosso Sol de Justiça, o nosso Redentor, sempre presente nas nuvens de nossas provações. Ele é forte nas palavras do profeta Jeremias: “Mas o seu Redentor é forte,o Senhor dos Exércitos é o seu nome” (50:34 –B).

Recebam nosso afetuoso abraço.

Tios Orlando e Fátima


Salmo 22 - O salmo da cruz


Deus meu, Deus meu por que me desamparaste? 





Quando o rei Davi compôs este salmo, cerca de mil anos antes de Cristo, penso que ao terminá-lo o revisou várias vezes, assim como nós fazemos com nossos artigos. Entretanto, com uma diferença: as nossas revisões muitas vezes alteram totalmente nossos pensamentos, as de Davi, caso tenham sido feitas, do primeiro ao último versículo não houve modificação. Tudo estava perfeito. A pena de Davi foi serva do Espírito Santo, e o salmo saiu perfeito como toda a Palavra de Deus.

Mas me ocorre outro pensamento: teria Davi entendido o que escreveu? Apenas para lembrar: a pena de morte por crucificação foi imposta pelo Império Romano, até então inexistente, e Davi faz menção da mesma referindo-se a Cristo , tendo as suas mãos e pés trespassados pelos pregos romanos.

Outro aspecto interessante é que grande parte do sofrimento relatado neste salmo não ocorreu na vida de Davi, daí a nossa questão: teria Davi entendido o que escreveu?

Entendendo ou não, hoje nós o entendemos porque nos situamos após a tragédia da cruz. Antes dela, também estaríamos confusos e totalmente perdidos na sua leitura, mas hoje, quando a Cruz se tornou uma realidade e a maior bênção na vida do pecador, o Salmo 22 ilumina todo nosso conhecimento.


A Cruz do Salmo 22 é a mesma que nosso Salvador foi suspenso entre o céu e a terra, onde ofereceu sua vida por nós. É a rude Cruz tão bem apresentada no velho hino que diz: "Rude Cruz se erigiu, dela o dia fugiu como emblema de afronta e de dor. Não esqueço essa Cruz porque nela Jesus deu a vida por mim pecador".

Por último,  se hoje entendemos perfeitamente a tragédia da Cruz, jamais entenderemos a profundidade do amor de Deus em entregar seu único Filho a uma morte de Cruz , abandoná-lo e afastar-se do seu bramido. Daí seu lamento de dor: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?”.

Jesus foi desamparado na Cruz para se tornar o Maravilhoso Redentor de todo aquele que, arrependido, prostrar-se ao pé da Cruz e confessá-lo como Salvador e Senhor.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz


sábado, 9 de junho de 2012

AMOR PELA CASA DO SENHOR


Igreja em São Tomé e Príncipe




“Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; por-me-á sobre uma rocha”. (Salmo 27:4,5)

Que homem especial seria o salmista Davi, autor deste salmo, onde demonstra seu amor pela Casa do Senhor. É bem provável que ainda não reinava sobre Israel e que compôs este salmo por ocasião da sua terceira unção para ser rei ( II Sam.5:4).

Estava prestes a reinar, e por longos anos aguardou pacientemente por essa ocasião. Entretanto, não duvidou, nem esmoreceu diante das promessas de Deus, pois sabia que Ele  era fiel. E nesses anos de espera, seu amor pelo Senhor e por sua casa aumentava dia a dia.                                                                                               

Na época de Davi, desde os seus primeiros dias, sabia que Deus se manifestava no tabernáculo, no lugar escondido, onde somente entrava o Sumo Sacerdote. E uma vez na Casa do Senhor sentia uma paz profunda.

Como vai o seu amor pelo Senhor e por sua casa? Hoje sabemos que Deus se revela em cada um na pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Buscamos a sua casa, e como igreja nos ajuntamos para ter comunhão com Deus e com os nossos irmãos. E como é apreciável nos ajuntarmos como uma família. Parece-nos que estamos abrigados de todo o vento e tempestade quando sentimos o calor de um abraço, o sorriso no rosto de um irmão e uma expressão cordial. Diante de tudo isso, dá vontade de morar na casa do Senhor.

Que esta seja a minha oração, pois contemplando a face de cada crente vejo refletida a obra da cruz, onde contemplo a formosura do Senhor. E no dia da adversidade, Deus estará por cima e eu estarei seguro na rocha que é Cristo, bem abrigado por ele.

Amemos cada vez mais nossos irmãos, e que ao findar o domingo   comecemos a sentir saudades deles,desejando vê-los e abraçá-los na próxima reunião.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 1 de junho de 2012

SANSÃO, UM HOMEM FRACO





A história de Sansão está contida em cinco capítulos do livro dos Juízes. Sua força descomunal enche de satisfação crianças, e por que não adultos, também?

A tendência normal é direcionar a atenção tão somente na sua musculatura, e não atentar para a fraqueza do seu caráter, sua obstinação, sua desobediência aos pais, e sua falta de temor a Deus. Além do mais era convencido e arrogante e seu pensamento era voltado somente para mulheres. Era um homem enganador, vingativo e cruel.

Contra vontade de seus pais escolheu uma mulher da cidade de Timna, reduto dos filisteus. No sétimo dia das bodas o pai da moça a entregou para seu companheiro de honra, e Sansão não se casou com ela.

Depois de tanta vingança, ao final de seu governo, passou a coabitar com uma prostituta, e mais tarde apaixonou-se por uma filistia chamada Dalila, que ao descobrir a fonte de sua força o entregou ao seu povo, tendo um fim mergulhado na cegueira.

 Sansão tinha de tudo para ser feliz: um lar que foi abençoado com a presença do Anjo do Senhor dando notícias de seu nascimento, e instruções sobre sua criação.. Mas ele bem cede desejou seguir seu caminho distanciando-se a cada dia das diretrizes deixadas por Deus, o Anjo do Senhor, o Maravilhoso.

Seria melhor concentrarmos nossa atenção nas causas da fraqueza do caráter de Sansão e não na sua força, e salientar o amargo preço que paga uma vida longe da obediência de Deus e dos pais. Conforme alguém comentou com bastante propriedade: o pecado aprisiona, cega e oprime.

Lembremos dos conselhos do sábio Salomão “ Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz. Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. E acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e do homem. Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas¨ (Proevérbios 3: 1 a 6)

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 25 de maio de 2012

SOBRECARREGADO, MAS SUSTENTADO



  
                                               

                “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá;
                                          nunca permitirá que o justo seja abalado”. (Salmo 55:22)

Um homem perplexo e sobrecarregado, mas sustentado por Deus. E o rei Davi era este homem, passando por um momento bastante tumultuado.

Depois de expor vários pensamentos alinhados neste salmo, todos carregados de ressentimentos, ele chega à última parte nos versículos 16 a 23, mostrando a sua fé para com Deus. “Mas eu invocarei a Deus e o Senhor me salvará” (16).

Como está o seu coração neste dia? Sobrecarregado, aflito, amargurado? Talvez tantas coisas têm acontecido que cooperaram para afugentar o riso dos seus lábios.

Todos nós passamos por momentos assim, não é? Quem se atreve a atirar a primeira pedra?

Precisamos estar a sós com Deus, e fazer o mesmo que Davi: “Mas eu invocarei a Deus e o Senhor me salvará”.

“Lança o teu cuidado”  Com  estas palavras  Deus falou ao coração de Davi: Onde lançar? Sobre o Senhor, e como resultado, sua sustentação virá sem qualquer abalo.

Esta lição foi dada por Jesus no sermão do monte (Mateus 6:25). Ele conhecia a personalidade de cada um dos seus discípulos, e como receberiam mais tarde as fortes provações, os vendavais do inimigo, e, portanto, desejava instruí-los neste sentido.

Pedro aprendeu a lição, pois já envelhecido, ao escrever aos crentes da Dispersão, ensinou-lhes a importância de lançar sobre Ele toda ansiedade: “Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”(I Pedro 5:7).

Que tal absorvermos a mesma lição? Deus a ensinou a Davi e este se apropriou dela. Jesus ensinou aos discípulos e Pedro em especial guardou-a em seu coração; os estrangeiros da Dispersão, por sua vez aprenderam a grandiosa lição dos lábios de Pedro, e assim por diante.

Estamos dispostos a aprendê-la? Deixar que nosso coração se aproprie dela? Só assim encontraremos a paz desejada e com entusiasmo poderemos ensiná-la. A quantos? Sem dúvida será uma quantidade muito expressiva de pessoas.

Deixemos com o Senhor nossas ansiedades. Seu ombro é forte e seu coração é sensível e amoroso às nossas apreensões.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 18 de maio de 2012

QUANDO É IMPOSSÍVEL CANTAR


“Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?
Salmo 137:5

Quando leio este salmo uma imagem triste vem à minha mente. Sugere um fim de tarde, o sol se pondo, e de mansinho as nuvens brancas se retirando dos céus. Homens, mulheres e crianças estão sentados à margem do rio, calados, pensativos. Facilmente se descobre que são judeus, longe dos campos de trigo, das terras outrora fartas, dominados por um povo estranho. 

Mais além há um outro grupo de pessoas sorrindo e despreocupadas, longe de problemas. São os que oprimem os judeus e que pedem para que cantem os salmos de Davi, de Asafe,compositores judeus.

Mas a voz não lhes sai da garganta e as harpas estão sem uso, suspensas nos salgueiros que cobrem o rio. Que quadro mais sombrio e triste.

É difícil cantar as canções do Senhor em terra estranha, inimiga, na presença de um povo cruel e sanguinário como os babilônios. Um povo que desconhecia a grandiosidade do Deus de Israel.

Quantas vezes podemos nos encontrar à “beira de um rio”, ao cair de uma tarde com nossos pensamentos longe de Deus, distante das nossas origens. E cercado de “amigos” que nos pedem uma canção, nossa voz não sai.

Naquela noite fria, Pedro, o discípulo impulsivo estava sentado entre os inimigos de Jesus. Estava numa “terra estranha”, sem poder contar as maravilhas de seu Mestre e seus grandes feitos. Outra não foi a saída, senão dizer bem alto que não conhecia o Galileu recentemente preso, na sala do julgamento.

O que fazer então em uma terra estranha? Primeiramente, jamais deveríamos  estar  lá. Mas a nossa fraqueza e distância do Senhor permitiu que o inimigo nos tornasse cativos. Então devemos fazer o que Pedro fez: chorar amargamente, e arrependidos, buscar refúgio nos braços de Jesus. Confessar nossa fraqueza, nossa derrota e nunca mais sairmos da sua presença.

O cântico do Senhor jamais será entoado em terra estranha, pois seus ocupantes não conhecem os acordes dos céus.

Que o Senhor nos guarde preservando nossas vidas e testemunho dentro de seus limites, onde podemos entoar o cântico dos remidos, lavados pelo sangue do Cordeiro.


Que assim seja

Orlando Arraz Maz

domingo, 13 de maio de 2012

SER MÃE



         
Meu carinhoso abraço na mãe dos meus filhos 
e em todas as mães, leitoras deste blog. 
Um dia como este não é para ser festejado com presentes 
caros ou baratos, 
mas com amor, respeito e consideração. 
E tais dádivas nada custam. Beijo no coração de vocês.




       SER MÃE

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
O coração! Ser mãe é ter no alheio
Lábio, que suga, o pedestal do seio,
Onde a vida, onde o amor cantando vibra.
 
Ser mãe é ser um anjo que se libra
Sobre um berço dormido; é ser anseio,
É ser temeridade, é ser receio,
É ser força que os males equilibra!
 
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
Espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
 
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso! 
Coelho Neto

sexta-feira, 11 de maio de 2012

CACOS,O QUE FAZER COM ELES?


 

 Lembra-se daquela xícara de porcelana que escapou da sua mão e se espatifou no chão? De repente a beleza que encantava as visitas foi transformada em cacos, e só restou um aí profundo e um prejuízo enorme. Os cacos foram recolhidos com uma pazinha, pois nada mais se podia fazer.


O homem por mais inteligente que seja não pode juntar os cacos e refazer a xícara quebrada.

O grande restaurador de cacos é Deus.

Um dia o homem escapou das mãos de Deus, se embrenhou no caminho do pecado, caiu e se transformou num monte de cacos. 

E Deus enviou seu Filho Jesus ao mundo para buscar e salvar o homem entregou-o a uma morte de Cruz, e a partir daí tornou-se o maravilhoso restaurador de cacos.

Basta crer e confiar no seu poder, e a vida que foi quebrada e transformada em cacos é totalmente restaurada. E aos olhos de Jesus é mais preciosa do que a porcelana ou ouro refinado. Dai, a poesia do hino: "De Jesus a beleza se veja em mim, seu amor e pureza revele assim, ó que todo o meu ser possa se converter na beleza de Cristo Jesus em mim".

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O SUICÍDIO DE JUDAS



"Ora, o traidor tinha-lhes
dado esta senha:
Aquele a quem eu beijar,
é esse; prendei-o
e levai-o com segurança"
(Marcos 14:44).



Judas nunca conseguiu derramar lagrimas. Atravessou a vida totalmente insensível, e nem as cenas mais comoventes vividas pelos personagens bíblicos nos Evangelhos tocaram seu coração.

Quando em Betânia, Maria, agradecida pela ressurreição do seu irmão Lázaro, ungiu os pés de Jesus, enxugando-os com seus cabelos, foi por ele duramente censurada: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?”.

Aquela cena tocou profundamente o coração de Jesus, pois falava de sua morte. Judas, ao contrário, foi ter com os principais dos sacerdotes e lhes propôs um grande negocio: um plano para entregar seu Mestre pela soma de trinta moedas de prata, dez por cento do valor atribuído ao perfume de Maria.

E diante de muitas curas e ressurreições, seu coração permanecia qual pedra de mármore.

Um coração seco jamais fará brotar lágrimas dos olhos.

Na escura noite da traição, frente à frente com Jesus, aproxima-se do seu rosto para beijá-lo. Provavelmente a única vez que o beijou. E mesmo assim, para dar um sinal aos soldados. Aquele era um beijo enganoso: “... porém, os beijos de quem odeia são enganosos” (Provérbios 27:6).

O olhar de Jesus jamais lhe comoveu: "com um beijo trais o Filho do Homem?”.

Que diferença do seu colega de apostolado, Pedro, que ao presenciar a prisão de Jesus, passou a segui-lo de longe. O amor fez com que Pedro tivesse vergonha de fugir; o medo fez com que ele tivesse vergonha de se aproximar. Mas, ao presenciar a cena do julgamento de Jesus, foi profundamente tocado pelo seu olhar e chorou amargamente.  

Judas, tocado pelo remorso, foi enforcar-se. Nada mudou seu coração desde o primeiro contato com Jesus até aquela última noite. Uma vida cheia de contrastes: viveu e caminhou ao lado da luz, mas nunca abandonou as trevas. Depois da ceia memorável, saiu na escuridão. O evangelista João destaca: “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite”. Como viveu, morreu na escuridão do pecado e sem derramar lagrimas.

Pedro, tocado pelo arrependimento, foi restaurado por Jesus. Judas, tocado pelo remorso, seguiu seu próprio caminho para longe de Jesus e foi enforcar-se.

Que nossas vidas tirem lições destas duas vidas: sigamos o caminho de Pedro levando sempre no coração o olhar de Jesus, e jamais permitamos que uma pequena faísca da vida de Judas incendeie nossa vida.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz






  

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O paradoxo da vergonha




"Mas o injusto não se 
envergonha da sua injustiça"
Sofonias 3:5


O título deste pensamento não é de minha autoria. Foi dado pelo Pr. Carlos Oswaldo Cardoso Pinto, a sua brilhante palestra, fundamentada no livro do profeta Sofonias 3: 1 a 5, na formatura dos alunos do "O Nutra - Núcleo de Treinamento, Recursos e Aconselhamento Bíblico",turma de 2005.

 Assim, pensando neste texto, vejo uma sociedade que se encontra em um estado deplorável, igual ou pior do que foi relatado pelo profeta Sofonias há quase três mil anos. E com a postura de um profeta de Deus, afirma: "o injusto, pois, não conhece a vergonha".

 Os meios de comunicações são ávidos para o ganho de seus lucros, e nesta ânsia desenfreada não medem recursos para promovê-los. Basta ligar o aparelho de televisão, e em meio a um programa sério, em seus intervá-los vêm cenas deprimentes de sexo quase explícito, onde não há tempo para acionar o controle remoto, a fim de poupar crianças e idosos, ou amigos, que nos visitam.Assim, o vexame é total.

As crianças não são mais inocentes na área sexual, e a grande incidência de meninas-mães é prova evidente. Antigamente assuntos pertinentes ao sexo se falavam de forma reservada, longe das crianças, mas hoje elas sabem mais do que os adultos e comentam sem qualquer pudor. O assunto sexo a que me refiro não é aquele sadio, instrutivo, que deve ser ensinado no lar e na escola, mas sim o que descamba para a imoralidade, o vício e que deturpa o caráter da criança e do jovem.

Grande parte de nossa sociedade perdeu a vergonha. Não há mais respeito dentro do lar, na escola, no trabalho. Há por toda a parte um linguajar obsceno, chulo, palavrões ditos com a maior naturalidade em qualquer recinto. Mas o cúmulo da falta de vergonha se deu há poucos dias, como foi noticiado amplamente na imprensa:

"As câmeras de segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, mais conhecida como CPTM, em São Paulo, registraram o ato sexual de um casal dentro de um trem da linha 12- Safira. As imagens foram gravadas no início desta semana (17), por volta das 23h. A mulher chegou a ficar totalmente pelada na ação que durou cerca de dez minutos em um vagão completamente vazio".

O que fazer diante de um quadro sórdido como este? Como reagirão nossas crianças ao ouvirem tais notícias ou assistirem tais cenas vergonhosas? O que ensinarão seus pais e mestres?

Ensinar com exemplo é o primeiro passo. Buscar sabedoria em Deus que é a fonte inesgotável. E nada melhor do que o lar, a escola por excelência, onde o diálogo deve ser incentivado, o respeito cultivado e a decência estabelecida em primeiro lugar. Só assim teremos uma geração modificada, com princípios solidamente estruturados.

O profeta Sofonias tinha diante de si um panorama sombrio onde a sociedade estava enterrada até o pescoço. A razão de todo este afastamento é apontada nos seguintes versículos:

“Não escuta a voz, não aceita a correção, não confia no Senhor, nem se aproxima do seu Deus”.

“Os seus oficiais são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que nada deixam para o dia seguinte”.

“O Senhor é justo no meio dela; ele não comete iniquidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; o injusto, porém, não conhece a vergonha”.

Enquanto a voz de Deus, que no silêncio dó coração fala alto e amorosamente, não for ouvida, o caos permanecerá e a falta de vergonha crescerá como erva daninha no coração do povo.

Além do mais, a falta de vergonha se instalou em muitos setores da sociedade porque houve um afastamento de Deus, e consequentemente de seus ensinos. Mais do que nunca muitos se esqueceram das palavras de Jesus proferidas no Monte das Bem-aventuranças: “Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus”

Nos tempos do Apóstolo Paulo, muitos moradores da cidade de Corinto, um antro de prostituição, descobriram em Cristo os rumos para uma vida decente, e foram “lavados, santificados e justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus” (I Cor.6:11).

Ainda há remédio para nossa sociedade, quando cada família, de mãos dadas, buscar os ensinos de Jesus e com fé se voltar para Ele.

Só assim o paradoxo da vergonha terá seu final.

 Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Moços ontem, avós hoje.






O tempo passou tão depressa, e hoje, ainda, nos assustamos em sermos chamados de vovô ou vovó. Mas não deixa de ser prazeroso.

Naqueles tempos não se cogitava de redes sociais como o facebook,o orkut, o twitter.  Tínhamos a máquina de escrever e o correio à espera de nossas cartas de amor, e o telefone, privilégio de poucos.

Hoje nossos netos nos dão aulas de internet, nos ensinam a mexer com o celular, ganham nos jogos eletrônicos e se riem de nossa ignorância.

Nós envelhecemos, sim, mas eles não se dão conta de que envelhecem como nós. Na cabeça deles  o tempo não passa. Logo serão pais, mais tarde avós, e toda  a tecnologia terá sido mudada. Como nós, estarão ultrapassados e serão objetos de riso de seus filhos e netos.

Assim é a vida, uma roda gigante que gira sem parar.Os que estão no alto contemplam o vulto dos pequenos lá em baixo, mas num instante a situação se inverte e tudo muda. E a roda gigante não para.

Então, que tal curtirmos nossos netos, amá-los o melhor possível, e deixá-los na sensação de que nunca serão velhos como nós. Afinal, os espertos não são eles?

Orlando Arraz Maz



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Jenny Crawford - Uma vida a serviço do Mestre





No dia 9 de março estávamos reunidos na Casa de Oração  de São Joaquim da Barra, SP,  para um culto de gratidão e louvor a Deus pela precisa vida da irmã Jenny Crawford.

Ela foi chamada ao Lar que pela fé tanto amava no dia 8 de março de 2012, quando se aproximava de seus 85 anos.

O Bom Pastor que conduziu sua vida por pastagens verdejantes, segurou suas mãos e a levou às moradas que um dia lhe prometeu. Ela descansa de suas obras aguardando a transformação de seu corpo.

Seu ministério foi abençoado e profícuo. Cumpriu seu papel como a mulher virtuosa de Provérbios, aquecendo seu lar com suas  mãos que nunca largaram o " fuso e a roca". Ultrapassou as fronteiras de sua casa,e seu ministério alcançou muitas mulheres nas igrejas e fora delas.Quantas lindas histórias teríamos para contar de vidas que foram tocadas por sua vida.

D.Jenny não escondeu seus talentos, os quais foram usados no serviço do Senhor. Um deles era seu senso de organização, e como eficiente secretária, cuidava da nossa tão querida "A Senda do Cristão". Expedia correspondência de gratidão por ofertas recebidas, mantinha os endereços totalmente em dia, e traduzia bons artigos que edificaram muitas vidas.

Mas não parava por aí. O "Hinário Hinos e Cânticos com Música"  foi composto por ela, manualmente, tornando-se excelente cooperadora de outros irmãos usados pelo Senhor em favor desta obra tão abençoada. Algumas músicas de hinos que cantamos nas reuniões foram  escritas por ela, daí seu talento musical.

D. Jenny viveu para servir, e servir ao Senhor com alegria. Companheira fiel de seu esposo nas viagens missionárias, quer longas ou curtas, sendo levados por sua filha tão abnegada.

Realmente uma vida à serviço do mestre, que aguarda o majestoso dia que será levada à sala do banquete, hasteando a bandeira do amor que dedicou ao Senhor Jesus. E na sua presença dirá: "O meu amado é meu e eu sou dele"

Amou a Cristo enquanto viveu,
Amou a Cristo enquanto serviu,
Amou a Cristo enquanto chorou,
Amou a Cristo enquanto sofreu,
E agora continua amando a Cristo descansando em seus braços.

Que nosso adorável Salvador seja engrandecido por esta tão preciosa vida.

Orlando Arraz Maz

domingo, 8 de abril de 2012

RESSURREIÇÃO E NADA MAIS



O nascimento de Cristo mudou o curso da história,
Seu viver mudou os planos do coração,
Sua morte na Cruz trouxe aparente derrota
E sua ressurreição esperança de vida eterna.

O cético não pode ver tal realidade,
O religioso tenta encontrar razão para a fé,
O crente aceita tudo por fé e exclui a razão,
E assim aceita a ressurreição.

Sem fé é impossível agradar a Deus,
Assim nos diz as Escrituras,
Foi exatamente como creu o patriarca Abraão,
E ganhou um filho a mamãe Sara.

Foi uma simples fé a da virgem Maria,
Ao receber a noticia que seria mãe do Salvador,
E no tempo de Deus, ainda virgem,
Deu à luz o Redentor do mundo.

Eu creio na ressurreição de Cristo,
E na esperança da vida eterna.
Ele ressurgiu e trouxe esperança a todos que crêem,
Pois prometeu , não vai e nem pode falhar:

"Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê 
em mim, ainda que morra viverá."

Ressurreição e nada mais.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 6 de abril de 2012

MEDITAÇÃO AO PÉ DA CRUZ


 

Ao meditar Jesus Senhor
Na Tua amarga cruz por mim,
Com gratidão e com louvor
Celebro a quem me amou assim.

Mas como o Salvador, contar
O amor que foi a cruz por mim?
Não poderá ninguém sondar
A dor de quem sofreu assim.

Pecado meu Te fez sofrer
De Deus o desamparo ali;
Mas mesmo pelo teu morrer
Pudeste vida dar me em Ti.

Té  que contigo vá gozar
O fruto dessa cruz, Senhor
Que aqui Tu possas sempre achar
Em mim agrado e ver o amor.


Letra: Issac Watts - Nasceu no dia 17 de julho de 1674 em South­amp­ton, Inglaterra. Faleceu no dia 25 de novembro de 1748 em Stoke New­ing­ton, Inglaterra. Descansa no cemitério  Bun­hill Fields, Londres, Inglaterra.
Música: Edward Miller.

O autor deste hino é considerado o mais importante da hinologia inglesa, tanto pela quantidade de hinos que escreveu (cerca de seiscentos), como também pela alta qualidade espiritual dos mesmos. De físico franzino  como o apóstolo Paulo, e muito doentio, era, contudo, dotado de irresistível fibra. Muito precoce,  revelou os seus extraordinários talentos. Para se ter uma ideia, Issac Watts começou a estudar latim aos quatro anos de idade; grego aos nove; francês aos onze; e hebraico aos treze! Grande amante da poesia.

Logo começou a versejar e tudo quanto falava, fazia-o em versos.
Seu pai, um comerciante em Southampton, Inglaterra, cansado de ouvi-lo falar em rimas, ameaçou até espancá-lo para que parasse com aquilo, mas o garoto, entre lagrimas e soluços, exclamava: “Pai meu, tem piedade de mim / nunca mais rimarei assim!”.

Logo aos quinze anos de idade o jovem Issac dedicou seus talentos também ao trabalho da igreja, No seu tempo, na Inglaterra, os cânticos na igreja eram limitados à repetição dos Salmos do Velho Testamento, cantados, linha por linha, por um dirigente e repetidos pela congregação. Issac achava aquilo muito monótono e dizia:

“Os cânticos em louvor ao nosso Deus devem ser a parte mais sublime da nossa adoração, mas o que estamos fazendo é o pior que se  pode fazer na terra”. A isto, seu pai respondeu:

“Jovem, dê alguma coisa melhor”! Issac aceitou o desafio e logo desenvolveu o seu trabalho com eficiência tal, que veio a ser considerado “O pai da hinódia inglesa”.
Watts é um dois mais antigos autores de hinos sacros.
Seus últimos 36 anos foram de enfermidade e fraqueza física, mas isso de modo nenhum o impediu da realização de sua obra, antes contribuiu para que ele se empenhasse com mais afinco em suas tarefas. Ele pôde dizer como disse o apóstolo Paulo: “Quando estou fraco, então sou forte”.

 Smith, um dos membros da cruzada Billy Graham, escreveu o seguinte a respeito deste hino:
“Tenho a impressão de que Issac Watts, quando escreveu este hino, parecia estar ao pé da cruz de Cristo, juntamente com o apóstolo João, a mãe de Jesus e a multidão estarrecida. Quando canto este hino procuro fazer minhas as palavras de Isaac Watts. Com ele posso compartilhar o inacreditável assombro daquela cena – o Rei dos reis pregado na cruz. E a minha voz foi uma daquelas que gritaram perante Pilatos: ‘Crucifica-O, crucifica-O. Minhas mãos, tal como as mãos dos soldados romanos, foram as que pegaram o martelo e cravaram os pregos nas mãos e nos pés do meu Jesus. Então, ainda na minha contemplação, vejo o sangue das Suas feridas mostrando-me, como o hino sugere, os Seus sofrimentos e, também, por causa do Seu grande amor por mim!. Como pode alguém  permanecer insensível diante das palavras do apóstolo Paulo: 'Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo?'”
É exatamente isso o que dizem  a segunda e terceira estrofes do nosso hino.
É realmente  emocionante pensar nisto. A letra que aqui temos, é uma adaptação feita, em português, pelo saudoso irmão José  Ilídio  Freire, por sinal, muito linda e merecedora de que façamos nossas as suas palavras  todas  vezes que as cantamos. A música “Rockingham” é de Edward Miller (1731-1807).

 Transcrito do site:http://www.verdade-viva.net


sábado, 31 de março de 2012

PÉROLA, EU?



 



                                   "Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu, e pelo gozo dele, vai,vende tudo quanto tem, e compra aquele campo”.
                                   
                                      “Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a”. (Mateus 13: 44,45)

                                        Quando leio esta parábola tão curta, mas extremamente profunda em seu significado, me sinto objeto de um amor sem medida  da parte de Jesus.

                                       Ele é o negociante que partiu da eternidade para este campo contaminado pelo pecado, e encontrou pérolas de altíssimo valor. Eram pessoas que viviam escravizadas pelo antigo "senhor "de suas vidas, Satanás, e que as levava para a morte. Ele se apossou deste campo com o objetivo de escravizar o ser humano, tornar sua vida infeliz, destruí-lo e levá-lo para junto de si ao inferno.

                                        E Jesus veio a este mundo, comprou o campo onde tais pérolas se encontravam. Ele veio para buscar e salvar o perdido. Deu sua vida na cruz em preço de redenção. E assim comprou o campo onde estavam as pérolas. E o apóstolo Paulo lembra os cristãos de Corinto esta aquisição: “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens” (ICor.7:23)

                                 As pessoas que foram achadas por Cristo e que creram nele, agora lhe pertencem.

                                O amor de Deus se estende para todo o mundo, conforme nos ensina o Evangelista  João: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna".(João 3:16)

                               O mundo foi efetivamente amado por Deus, mas somente os que nele crêem são seu tesouro.

                               Ainda há pérolas enterradas neste campo sendo preservadas, e que ainda serão levadas a crer na obra da cruz pelo Espírito Santo.

                               Eu fui uma dessas pérolas, enterrada boa arte de minha vida, mas que fui encontrado pelo sacrifício na cruz, o lugar onde Jesus me comprou.

                              Nada custou para mim, mas para Jesus,sim, pois sua vida foi dada na cruz em preço de redenção.

                             Agora faço parte de sua igreja, como pérola preciosa, e sou edificado sobre o único fundamento que é Cristo.

                             Quem sabe, você que esteja lendo esta pequena meditação seja uma pérola ainda enterrada, e que crendo no sacrifício de Cristo na cruz do calvário, venha ser descoberta.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz