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sexta-feira, 2 de março de 2012

CÂNCER ? E AGORA, DOUTOR?




Nunca tanto se falou do câncer como nestes dias. É um mal que cresce de forma assustadora. A cada dia somos assaltados por notícias de parentes ou amigos que estão sendo vitimados por esse mal. Muitas vezes nossas palavras são fracas e pobres, e quase nada podemos fazer.

Tenho uma lista de oito nomes de queridos amigos, incluindo uma irmã mais velha,um sobrinho-neto e uma prima, os quais são levados por mim  a Deus em oração.Não faz muito tempo eram somente dois. Pouco     posso fazer por eles, mas sei que este é o melhor recurso colocado por  Deus à disposição do ser humano.

A oração é a via de mão única que me leva à presença do Todo Poderoso. Enquanto estou orando Deus está trabalhando.

Assim,posso orar por estes queridos e pedir que Deus conforte seus corações, que os acompanhe nas salas frias das quimioterapias, nas máquinas das hemodiálises, nas aplicações tão desgastantes, nas horas de solidão e de desânimo, e que na sua infinita bondade lhes conceda a cura.

O Apóstolo Paulo, preso numa cela fria por causa de sua fé, deixou-nos um monumento de esperança ao escrever aos cristãos da cidade de Filipos:

"Posso todas as coisas naquele que me fortalece". Não é um talismã de sorte, mas uma confiança inabalável no Deus que não pode falhar e nem mentir.

Confio nesse Deus que nunca me desapontou nos quase 70 anos de minha vida.

Davi nos anima com seus salmos maravilhosos, como este que destacamos:

“Ouve, ó DEUS, a minha súplica, atende a minha oração; desde os confins da terra clamo por ti, no ABATIMENTO do meu coração. Leva-me para a ROCHA que é mais alta que eu”.” Salmo 61.1-2

Há uma poesia cantada que transcrevo abaixo:

"Aflito e triste coração, Deus cuidará de ti.
Por ti opera sua mão que cuidará de ti".
Na dor cruel, na provação, Deus cuidará de ti.
Dará socorro e salvação, pois cuidará de ti.
O que é mister te pode dar quem cuidará de ti.
Nos braços Seus te sustentar,pois cuidará de ti".

Então, meus queridos oito amigos, vocês estão sendo levados a Deus  através das minhas  fracas orações, onde peço que Ele abra Suas mãos e derrame sobre vocês todos os recursos disponíveis em seus celeiros abençoados.

Um beijo em cada um de vocês.

Orlando Arraz Maz



quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012




Meditações no Livro de Rute

Obediência – A marca do verdadeiro filho (8)


O caminho da obediência leva aos mananciais da bênção. Deus sempre se agradou da obediência de seus filhos, e na sua Palavra temos inúmeros exemplos de pessoas que obedeceram sem reservas: Abraão, Moisés  e tantos ou­tros , e, como resultado, alcançaram bênçãos incontáveis.(Gen. 22:18:26:15, Josué 1:17)

Sem dúvida, o mesmo ocorreu com Rute. Após contar à sua sogra as experiências daquele dia, pacientemente esta lhe pediu para que agisse com toda cautela, procurando as companhias  femininas, e  ser  recatada. Instruções práticas de Noemi, sogra e mãe,  com vistas a ajudar Rute  encontrar o remidor certo e competente.

Temos nesta atitude de Noemi instruções preciosas para nossos jovens. Ao entrarem na adolescência, quantas moças sofregamente perseguem o rapaz que conhece­ram e fazem de tudo para iniciar o namoro, e o mesmo acontece com os moços. Esquecem  que "no Senhor" tudo deve ser diferente, pois há normas  em Sua Palavra que levam a uma descoberta clara de sua vontade. Os passos da obediência devem ser dados para que as bên­çãos venham sob a vontade do Senhor.

Rute agiu assim. Após ouvir as sabias instruções de Noemi, preparou-se para encontrar Boaz, e mais uma vez segue seus conselhos: “Lava-te, pois, unge-te, e veste os teus vestidos, e desce à eira..." (v.3) Tais conselhos revelam uma disposição firme e precisa de alcançar o favor de Senhor. E quanta lição resta para cada um de nós.

Quando obedecemos ao Senhor um processo de regeneração já se operou em nossas vidas, pois impossível é obedecer alguém que jamais conhecemos.

Rute, iniciando pela obediência, agora deve lavar-se. Talvez trouxesse em seu corpo marcas do luto e da tristeza e este era o momento para alegrar-se, banhando-se primeiramente. 

Lembremo-nos que as facetas de nossa vida espiritual se comparam com a vida de Rute: trazíamos em nós "vidas mortas" e éramos tristes pelos efeitos do pecado, mas Cristo, o nosso Remidor nos lavou com o seu precioso sangue (I Pedro. 1-19), ato contínuo nos santificou, ungindo-nos com o Espírito Santo. E como Ru­te vestiu seus melhores vestidos, Ele também nos ves­te com as vestes de uma salvação eterna (Isaias 61:10:Ap. 19:8). Portanto, purificados, santificados e aceitos!

Depois de todos os preparativos, Rute devia descer à eira, o lugar onde se secava o trigo, um lugar humilde, e encontrar-se com Boaz. Quando estamos dispostos a obedecer, purificados, santificados e aceitos em Cristo, precisamos "descer". Estamos acomodados no alto de nossos conceitos, de nosso eu, de nossas razões, fatores que nos distanciam das bênçãos desejadas. O Senhor se alegra quando descemos e, no lugar humilde, virá nos elevar com suas bênçãos. Maria,mãe de Jesus, assim se expressa em seu cântico. O Senhor Deus viu a sua humildade e "derrubou dos seus tronos os poderosos e. exaltou os humildes". (Lucas 1:48,52) Mais tarde, é Jesus quem ensina(Lucas 14:11). Portanto, sua apreciação é bem intensa, quando ele vê corações humildes . E a lição do lava-pés deixou marcas profundas nos discípulos(João 13:12 a 20). Tão humilde  que para nos salvar, também desceu dos céus, do trono ao lado do Pai, às camadas mais baixas da terra onde imperava o pecado, a fim de nos buscar.  E tudo fez para nos remir  o nosso Bendito Remidor.

Rute, bem disposta, obedeceu, lavou-se, ungiu-se, vestiu-se e desceu para buscar um lugar aos pés de Boaz que dormia entre os feixes de trigo. E lá, trilhando o ca­minho da obediência, aos seus pés alcançaria a bênção que tanto desejava.

Algo semelhante poderá ocorrer com todas as pessoas dispostas a obedecer Jesus Cristo, o perfeito Remidor.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz






sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Carnaval


 O carnaval se foi levando fantasias,
E uma enxurrada de risos e ilusões.
Qual solitário viajante em terras frias,
Partiu silencioso sem  explicações.

Levou na mala pesada o desencanto,
Decepções e promessas sem medida,
Deixou corações em meio a dor e pranto,
Murchos,abatidos,sem força e vida

Bem falou no passado o rei Salomão,
Com sabedoria e total certeza:
"Até no riso terá dor o coração,
E o fim da alegria é tristeza".

Busque em Cristo a alegria que permanece
E não deixa marcas e nem frustrações,
Nele a vida é feliz e sempre floresce
Sem sustos,sem mágoas e desilusões.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Meditações no Livro de Rute - Jesus,o companheiro inseparável (7)




                      Notaram como começou o dia de Rute no capítulo dois?  Um dia repleto de novidades, mas iniciado com obediência e no temor de Deus. Ao terminar o dia, podia voltar para junto de sua sogra e contar-lhe tudo o que lhe aconteceu: cuidado, proteção, boa comida e água gostosa. E, ainda mais, conheceu um homem que lhe falou ao coração, consolando-a.

                   Como iniciamos cada dia que o Senhor nos dá? Ele faz com fidelidade sua parte - "Suas misericórdias se renovam a cada manha". E nós temos feito a nossa parte buscando sua sábia orientação e oferecendo nossa obediência?

                 O resultado de muitas frustrações analisadas ao voltarmos para nossas casas, à noite, está no fato de que começamos mal o dia, e sem dúvida, assim será o dia todo.

                         O Senhor quer ser "consultado" todo o dia, an­tes de qualquer atividade e não quer o tempo que sobra de cada filho, ao final de mais um dia, quando o cansaço toma conta do corpo e o sono inexoravelmente vem.

                         Há uma poesia em forma de canto que expressa a necessidade de buscarmos em oração a face de Jesus: "Bem de manha embora o céu sereno, pareça um dia calmo anunciar, vigia e ora o coração pequeno, um temporal pode abrigar” (Hinos e Cânticos 324)

                         Rute encontrou bênçãos incontáveis ao longo  desse dia, mas o que mais marcou seu coração, foram as palavras ditas por Boaz. Ele sabia tudo a seu respei­to (v.11), sua afeição por sua sogra, sua decisão em deixar a casa de seus pais e adotar Belém e seu Deus como valores preciosos e, como resultado de tamanha coragem, Boaz desejava-lhe o galardão da parte do Deus de Israel, o mesmo que a abrigara sob suas asas (vers. 12).

                          Ao voltar para casa, à tarde, tinha muita coisa para contar à sua sogra (vs. 18-23), muitas novidades, muitas bênçãos. Encontrara um homem rico e bom,forte e compassivo, mas o que só descobrira depois, é que Boaz era um parente chegado, um dentre os remidores (vs. 20). Que grata surpresa!

                           Tudo isso e muito mais que excede o nosso en­tendimento, temos no Senhor Jesus, o nosso Boaz: amor, compaixão, força, sabedoria, riqueza. Entretanto, quantas vezes esquecemos de procurá-lo bem de manhã, e ao final de um dia, pouca ou nenhuma descoberta fizemos. Corremos de um lado para outro, falamos de tudo, pensamos em  tudo, menos no Amado Salvador, aquele cujas belezas são incontáveis e deseja que o busquemos a cada manhã e quer ser nosso conselheiro durante todo o dia. Quando isso acontece temos surpresas que inundam nosso coração de alegria.

                            Claro que durante o dia, mesmo buscando sua direção, podem ocorrer contratempos, preocupações, dissabores. Mas estes serão diferentes porque Ele estará ao nosso lado, pronto para trazer o  seu conforto. Sua Palavra nos diz que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Ate hoje não falhou e jamais falhará. Quantas vezes, atrás de uma nuvem escura, o sol brilha intensamente, embora não possamos vê-lo.
                           
                             Rute encontrou tudo em Boaz e não foi de­cepcionada. E nós, filhos do Pai Celestial, com tudo à nossa disposição, por que não entrarmos em seus celeiros a cada manhã e encher nossas mãos das mais preciosas bênçãos reservadas para cada um de nós?

Que assim seja para  glória de Jesus

Orlando Arraz Maz


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Julgamento sem recurso

O julgamento de Lindemberg, o assassino de Santo André, impactou  a opinião pública.
Uma multidão de repórteres, câmeras de televisão, pessoas entrevistadas, promotores dando seu parecer jurídico, e o público, ávido por uma condenação por certo merecedora.

Ao findar  do dia o veredito foi dado com a leitura da sentença: 98 anos de prisão, com o lançamento do nome do réu no rol dos culpados. 

E a advogada do réu informou que pretende ingressar com recurso, com vistas à anulação do júri. 

Lembrei-me de um julgamento totalmente diferente deste, presidido por Deus, que julga retamente grandes e pequenos, não por crimes específicos praticados, mas por obras más provenientes de vidas pecaminosas, e que não se submeteram à lavagem dos seus pecados no sangue precioso de Jesus.

Suas obras más foram lançadas no livro do juízo, e a condenação foi decretada por Deus. E não há qualquer interposição de recurso, pois a sentença é perfeita.

Lindemberg, que passou por um juízo humano, se não se arrepender de seus pecados, sem dúvida comparecerá perante este Tribunal onde será julgado com retidão, sem direito a qualquer recurso.

Felizes aqueles cujos nomes foram encontrados no Livro da Vida, e que tiveram suas causas ganhas pelo Defensor, no alto de uma tribuna levantada na Cruz do calvário. Lá, Jesus, o Advogado maravilhoso e competente, venceu a Satanás e ganhou a vitória para mim. E lançou meu nome no Livro da Vida.

A Ele minha eterna gratidão.

"E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles.
E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.
E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo". (Apocalipse 20:11a15)

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - O CAMPO IDEAL (6)




Em nosso último comentário discorremos sobre a direção do Senhor Deus na vida de Rute, a qual encontrou um amigo compassivo.

Boaz era filho de Raabe (Mt 1.5 e Os 2.1),que pela misericórdia de Deus passou a gozar das bênçãos de Israel,ficando livre da destruição de Jerico (Os 6.25). Portanto, Boaz era um homem que conhecia bem o Deus de Israel. Sua mãe, sem duvida, contou-lhe do dia em que foi visitada pelos dois espias, do esconderijo que improvisou para eles e, quem sabe, toda a vitoria de Israel derrubando os muros de Jerico ao som das trombetas. Um Deus como este, somente o Deus de Israel!

No dia em que Rute começou a trabalhar, Boaz, não se encontrava no campo. Por certo, cuidando de negócios na cidade, ou, segundo alguns, vol­tando de uma batalha. No entanto, assim que chegou, sua atenção se volta para Rute e começa a se interessar por ela. Nesses versículos temos uma amostra do caráter e do coração de Boaz.

Primeiramente, seu cuidado para que ela, distraída, não passasse para outro campo, mas que estivesse entre as demais empregadas da fazenda. Ele queria exclusividade em seu trabalho. Somente assim te­ria condições de analisar seu serviço e apreciar sua obediência.
  
Interessante este cuidado. No estudo anterior escrevemos que Boaz é um pálido tipo do Senhor Jesus, e, portanto, cumpre-nos tirar do texto boas e preciosas lições.  

Assim como Boaz chegou ao seu campo vindo de fora, nosso Salvador chegou a este mundo vindo dos céus, e encontrou-nos famintos, sem os laços da família espiritual, salvando-nos e perdoando-nos.  Agora, Ele tem interesse por nós. Quer que trabalhemos em Seu campo, pois pertencemos a Ele (I Pedro 2.9).

Como seria fácil para Rute deixar seu lugar de trabalho, quer por mera distração ou mesmo por de­sobediência. Mas a ordem era clara: "não passes daqui, aqui ficarás, estarás atenta”.Somente assim seria protegida pelo dono daquelas ter­ras, seu novo senhor.

Na Palavra de Deus somos ensinados a permanecer em nosso campo de trabalho, e prestar nosso serviço atentamente. São muitas as "distrações" deste mundo e nossa tendência é buscar aquilo que nos agrada e nesses desvãos, passarmos das divisas e nos perdermos em "outros campos".

Mas Boaz tem mais instruções para Rute: ha­via dado ordens para que seus servos não a tocassem, e quando sentisse sede estes dariam água para ela. Uma água boa, garantida, e da melhor qualidade,

Como filhos de Deus somos guardados por ele, e o maligno não nos toca. "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca." (I João 5 : 18)


Será que a cada instante buscamos a fonte certa para saciar nossa sede? Ou será que temos avançado, passando dos limites e nossa sede esta sendo mitigada em poços alheios? Em João 7.37 o ensino de Jesus é este: “Se alguém tem sede venha a Mim e beba” Um dia mitigamos nossa sede de salvacão na pessoa de Cristo. E hoje, algum tempo depois, continuamos a nos dessedentar nessa Fonte?


Rute se sentia bem protegida, tinha comida boa e água preciosa, portanto, não é sem razão que se inclina com o rosto em terra (2:10),  conhecendo o favor imerecido da parte de Boaz: era uma estrangeira e mesmo  assim, Boaz lhe mostra seu coração amoroso.

Nós também fomos alcançados por uma salvação imerecida, pois éramos estrangeiros,mas Ele nos  buscou e nos amou primeiro!  Será que estamos dando o devido valor?  Será que a água preciosa e a co­mida farta estão sendo apreciadas e consumidas devidamente por nós?  Ou será que estamos nos satisfazendo em outros campos, bebendo água salobra e comendo apenas "alfarrobas"?       

Curvemo-nos diante do nosso Sal­vador e rendamos nosso louvor pelo cuidado de­monstrado a cada um de nós, colocando-nos num campo ideal, fornecendo-nos água preciosa, segurança e comida farta.

Que assim seja.
Leitura: Rute 2

Orlando Arraz Maz



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PREGADOR IRADO


Há alguns dias recebi um vídeo postado no YouTube e o assiste,atraído pela expressão usada pelo pregador: "blogueiros filhos do diabo".

Lamentavelmente, nos últimos tempos os pregadores que usam a mídia eletrônica apelam para práticas totalmente condenadas pelas Escrituras, ora prometendo favores de Deus mediante ofertas, uma barganha vergonhosa, ora se auto intitulando profetas, apóstolos, bispos. Não se apresentam como "servos",pois o título não tem carisma para eles.

Mas o pregador irado ultrapassou os limites por onde qualquer filho de Deus deve caminhar. Deixou de ser um autêntico filho de Deus para ser um pregador colérico, com ameaças, sob a expressão "e eu sou profeta,te cuida malandro,te cuida meu chapa”.

A expressão usada jamais deveria ser adotada, pois a mansidão é ensinada pelo Senhor Jesus, e esse pregador a desconhece, pois é do tipo: "bateu, levou". As instruções deixadas pelo apóstolo Paulo em sua primeira carta a Timoteo (Cap.3), são esclarecedoras no tocante ao comportamento dos presbíteros, entre as quais “moderado, não contencioso”,ou “inimigo de contendas”, traduzida por W.E.Vine como “não combatente".Deve ter um caráter pacífico,não arrogante,e estará sempre a renunciar seus direitos pessoais”(Comentário Ritchie vol.12 –pgs.88).

Além do mais, esta não é a postura de um homem que se diz ser homem da Deus. Não nos cabe o julgamento de qualquer pessoa, e este bastante ousado, de dizer que alguém é "filho do diabo". Os pregadores devem amar as pessoas que ainda não conhecem o amor de Cristo, e jamais julgar aqueles que já se confessam filhos de Deus (no caso blogueiros cristãos).

O apóstolo Paulo escrevendo sua carta aos Romanos, salienta: (12:17 a 21)

“A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.

Cabe ao ilustre pregador rever suas prédicas com urgência, pois aqueles que ainda não conhecem Jesus como Salvador, esperam uma mensagem de paz, de esperança e de vida eterna. Querem ouvir palavras de graça e não palavras chulas, pois estas são ouvidas em muitos lugares. O púlpito é um lugar onde os céus devem se aproximar da terra e mostrar as belezas de Jesus.

Muitos blogueiros cristãos se esforçam na apresentação de uma mensagem sadia, que só podem ser produzidas por pessoas restauradas, e jamais ser considerados como “filhos do diabo”.

Ainda é tempo, pregador, para a correção deste ato tão vergonhoso, e o senhor sabe qual é o caminho indicado nas Escrituras.

Orlando Arraz Maz
Blogueiro cristão pela Graça de Deus.











quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

GIGANTES DOMINADOS (CORRIGIDO)

 Márcio, um leitor bem atento e um querido irmão apontou  um erro na descrição dos milagres de Elias, pois este ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, e não o filho da Sunamita,milagre de Eliseu, conforme constou no artigo.
Vai aqui nossa sincera gratidão.

Achamos por bem publicar novamente o artigo

Gigantes dominados 

Você que já foi forte, que animou e encorajou a tantos, que estancou as lágrimas de muitos, que perdeu noites de sono pensando em resolver problemas dos outros, agora se sente prostrado, sem ânimo, apático, quieto, com seu sorriso apagado, enfim, com todas as forças exauridas.

Quem sabe uma enfermidade avassaladora chegou de surpresa, e te largou no meio de um deserto, sob o sol escaldante. A voz do médico que falava pausadamente tornou - se um eco distante, e ao final você estava totalmente confuso. Saiu do consultório devagar com a sensação de que logo iria cair.

Ou ainda, a morte de alguém abriu um buraco tão grande dentro de você, que custa ser fechado. E você não segura mais suas lágrimas.

Lembra-se de Elias? O profeta de Deus que desafiou os 450 profetas de Baal no monte Carmelo, e alcançou estonteante vitória? Que enfrentou o perverso rei Acabe e que ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, e que realizou milagres extraordinários?

Sim, ele mesmo, agora é visto fugindo de uma mulher chamada Jezabel, e seu medo foi tão grande que pediu a morte para Deus. Por que? Tiago, o irmão de Jesus nos esclarece: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós”. Em outras palavras, era barro puro. E o anjo do Senhor o socorre no mais profundo vale do desânimo e do medo: ”e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come”.

Deus pode e quer agora fazer o mesmo com você . Deseja alimentá-lo com sua Palavra. Elias serviu-se da comida preparada por Deus: “Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus”.

Deus deseja reanimá-lo com sua alimentação que o tornará forte e capaz de prosseguir sua caminhada, vencer obstáculos, derrotar gigantes, e curar todas as cicatrizes de seu coração.

"Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador".

Basta levantar-se, e pela fé segurar suas fracas mãos às fortes mãos de Deus e caminhar lado a lado com Ele.
Que assim seja.

Leituras bíblicas: 1º Livro dos Reis 19; Carta de Tiago 5: Isaías 43:2,3.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

BOAZ – O AMIGO COMPASSIVO (5)



Como é gostoso ao amanhecer do dia e sentir os raios do sol aos poucos inundando e terra e nos aquecendo. Entretanto, poucos gostam da noite escura e fria.

Após a “noite” das provações, um raio de sol começa a aquecer os corações de Noe­mi e Rute, recém chegadas a Belém. Sem dúvida era a presença de Deus atuando em suas vidas. -"Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam re­tamente" (Salmos 84:1)

Este capítulo nos apresenta um novo personagem chamado Boaz, cujo nome significa “Nele há força”.

Era um parente do falecido Elimeleque, sogro de Rute, a qual, sem nada saber, se dirige ao seu campo a fim de colher espigas entre os demais empregados. Um trabalho cansativo, mas que alegrava seu coração. O que terá atraído Rute a trabalhar naquele campo? Sem dúvida a mão de Deus dirigia seus passos em direção ao campo de Boaz. Ela de nada sabia, mas Deus começara a realizar maravilhas em sua vida. Ela percebeu a graça de Deus no tratamento recebido pelos demais empregados e pelo encarregado dos serviços do campo.


Tais pensamentos levam-me a pensar no pecador que busca alimento na  casa do Senhor, na igreja. Lá encontra um grupo de homens e mulheres dispostos a ajudar. São amáveis, compassivos, dedicados. E todo esse primeiro contato serve para apresentar ao visitante o ilustre “Senhor da Seara”, que é rico e poderoso, disposto a encher de bens os famintos (Lucas 1:53).E quando o Evangelho é exposto para tais pessoas, o Espírito Santo iniciará um trabalho perfeito em suas vidas. Daí, uma enorme responsabilidade no trato com nossos semelhantes, pois antes de conhecerem a Cristo precisam conhecer seus seguidores. Quantos têm chegado aos pés do Salvador pela vida exemplar de outros. Vidas que marcaram outras vidas.

Rute encontrou prazer em servir no campo de Boaz.

Jesus, de quem Boaz é um pálido tipo, veio a este mundo – o vasto campo – buscar e salvar o perdido. Encontrou o homem faminto e deu por ele sua vida na cruz. Por isso Jesus pode dizer: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome”(João 6:35).

Exaltemos ao Senhor Jesus porque um dia Ele nos encontrou, mudou a nossa sorte,assim como Rute, e se tornou um amigo fiel e compassivo.

Leitura: Rute 2: 1 a 7

Orlando Arraz Maz









sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

GIGANTES DOMINADOS


Você que já foi forte, que animou e encorajou a tantos, que estancou as lágrimas de muitos, que perdeu noites de sono pensando em resolver problemas dos outros, agora se sente prostrado, sem ânimo, apático, quieto, com seu sorriso apagado, enfim, com todas as forças exauridas.

Quem sabe uma enfermidade avassaladora chegou de surpresa, e te largou no meio de um deserto, sob o sol escaldante. A voz do médico que falava pausadamente tornou - se um eco distante, e ao final você estava totalmente confuso. Saiu do consultório devagar com a sensação de que logo iria cair.

Ou ainda, a morte de alguém abriu um buraco tão grande dentro de você, que custa ser fechado. E você não segura mais suas lágrimas.

Lembra-se de Elias? O profeta de Deus que desafiou os 450 profetas de Baal no monte Carmelo, e alcançou estonteante vitória. Que enfrentou o perverso rei Acabe e que ressuscitou o filho da Sunamita, e que realizou milagres extraordinários.

Sim, ele mesmo, agora é visto fugindo de uma mulher chamada Jezabel, e seu medo foi tão grande que pediu a morte para Deus. Por que? Tiago, o irmão de Jesus nos esclarece: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós”. Em outras palavras, era barro puro. E o anjo do Senhor o socorre no mais profundo vale do desânimo e do medo: ”e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come”.

Deus pode e quer agora fazer o mesmo com você . Deseja alimentá-lo com sua Palavra. Elias serviu-se da comida preparada por Deus: “Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus”.

Deus deseja reanimá-lo com sua alimentação que o tornará forte e capaz de prosseguir sua caminhada, vencer obstáculos, derrotar gigantes, e curar todas as cicatrizes de seu coração.

"Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador".

Basta levantar-se, e pela fé segurar suas fracas mãos às fortes mãos de Deus e caminhar lado a lado com Ele.
Que assim seja.

Leituras bíblicas: 1º Livro dos Reis 19; Carta de Tiago 5: Isaías 43:2,3.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - CORAGEM PARA VOLTAR (4)

                                                                       
A viagem para Belém iniciou-se fundada na decisão de duas mulheres - Noemi e Rute. Aquela, amparada na fé de seus antepassados, esta no desejo firme de seguir o Deus de sua sogra.

O versículo 19 deste capítulo nos apresenta o desfecho de tal decisão: "então ambas se foram". Deixaram Moabe e as lembranças de tantas mágoas, e juntas partiram para Belém - a terra de Noemi, a nova terra de Rute. Para Noemi, antigas lembranças seriam restauradas, para Rute novas amizades, sonhos e ideais.

E essas duas mulheres, com idades diferentes, estavam unidas à procura de Belém na esperança de encontrar segurança e paz, conforto e consolo, descanso e fartura, e unidas nesse ideal, partiram.

Pensemos no regresso de Noemi. Quão difícil para ela seria o caminho de volta. Dez anos antes saiu alegre e agora volta tão triste; dez anos antes sua família era composta de quatro pessoas,e agora reduzida somente a duas, ela e sua nora; dez anos antes partiu de Belém para fugir da fome e da pobreza, agora volta novamente,mais pobre do que antes! Mesmo assim, envelhecida pelos anos de sofrimento e pelos reveses da vida, quer voltar para Belém, sua terra, o povo de seu Deus.


O caminho da volta é sempre difícil. Um verdadeiro desafio de preconceitos, de barreiras e do próprio orgulho ferido, se faz mister vencer! Assim foi com o filho pródigo.  Vencido o seu orgu­lho (já quebrado antes de apascentar porcos), tão fácil se tornou o caminho de volta à casa paterna.Não terá sido assim com Noemi? Quebrado o seu orgu­lho pela mão do Senhor Deus na morte de seu marido e de seus dois filhos, bem fácil se tornou o caminho de volta.

O filho pródigo encontrou um pai cu­jo coração transbordava de amor. Noemi encontrou e confiou num Deus fiel, o mesmo de seus antepassados, num Deus pronto para oferecer o melhor e restaurar a alegria perdida. E devido à sua submissão e confi­ança, foi honrada pelo Senhor que cumpriu o seu pla­no de enviar o Salvador ao mundo, através de sua nora, RUTE.

Realmente Deus é maravilhoso. Lendo sua Palavra encontramos em cada página um amor verdadeiro, sempre buscando e salvando. O homem o deixa para seguir seus projetos, mas ele vai ao seu encontro como fiel pastor que busca sua ovelha teimosa. E Noemi descansava nesse Deus.

Ao chegar à Belém antigas amizades mal a reconheceram: - "Não é esta Noemi? teria mudado tanto? encanecido seus cabelos? um olhar dis­tante e triste?” Por certo, estava bem mudada! Fa­cilmente poderia ficar no anonimato, retirada de tu­do e de todos, esconder sua triste história, mas assim não fez. Sem qualquer subterfúgio e com toda a humildade, disse-lhes que se tratava dela mesma, era Noemi, mas que poderiam chamá-la de "MARA", pois  era tanta a amargura de seu coração.

"Coração compungido e contrito não desprezarás, ó Deus", assim se expressara o salmista. E quanta verdade!

O caminho da volta é difícil, mas deverá ser feito resolutamente com muita humildade e contrição. Somente assim o Senhor abençoará aqueles que um dia partiram, mas que, mesmo em meio a tantos percalços, não se esqueceram do caminho e volta­ram confiantes no Senhor Deus.


Ainda há aqueles que se encontram distan­tes, sem coragem, cheios de orgulho, entretanto é necessário que, uma vez quebrados pelo Senhor, sem subterfúgios, façam o caminho de volta e aguardem, dos céus, as bênçãos do Senhor, como as que receberam Noemi, em companhia de sua nora Rute.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

QUER VER A JESUS?


            “Senhor, queremos ver a Jesus”. (Ev. João 12:21).

            Que pedido cheio de significado !  Homens de origem grega convertidos ao judaísmo  desejavam ver a Jesus.Não escondiam desejos maldosos nem vinham para buscar vantagens pessoais. Queriam simplesmente  ver, olhar, contemplar, apreciar a Jesus. Por certo estavam impressionados com as informações recebidas sobre sua pessoa íntegra, dos milagres extraordinários e da autoridade exercida nos discursos proferidos. “Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas”. (Mateus 7:29).

Ainda circulava a notícia da ressurreição de Lázaro – que fato surpreendente devolver à vida um homem morto há quatro dias! Depois, as notícias da ceia farta  numa demonstração de gratidão oferecida pelas irmãs do ressuscitado; e finalmente a entrada na cidade de Jerusalém montado em um jumentinho, sendo recepcionado com ramos de árvores e aclamado pelo povo “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
           
E os gregos estavam encantados com o magnetismo do homem chamado “Jesus” e desejavam vê-lo. 
Ate que ponto a pessoa de Jesus tem fascinado cada um de nos? Sua personalidade, seus milagres, seus discursos, seu poder, sua vida santa? Como chegamos, hoje, à sua presença? Queremos vê-lo pelos olhos da fé, ou apenas queremos explorar seu rico c bondoso coração com algum pedido para o nosso bem?
             
Claro que devemos apreciar todos os seus poderosos feitos, mas chega uma hora em que devemos fazer como os gregos de outrora.
           
“Senta ao meu lado querido Jesus, pois eu quero só contemplar-te”. E no silêncio da alma, ficar horas contemplando só a Jesus.
           
Vivemos numa época onde as pessoas se tornaram pedintes das graças para o seu bem estar, onde o egoísmo alcançou dimensão sem medida, e nada se faz sem desejar algo em troca. Pretendem ofertar cada vez mais para ter sucesso em seus negócios, numa barganha vergonhosa com Deus.

Quando o ser humano se tornar menos ganancioso para com Deus, menos mesquinho, e anular-se por inteiro desejando no seu coração “ver” a Jesus, tudo por certo vai mudar.
           
Aqueles gregos viram em Jesus o “Deus dos impossíveis”, e por certo seguiram para suas casas com vidas e corações repletos de alegria.
           
Que tal olharmos para a ressurreição de Lázaro e descobrirmos que “Jesus é a ressurreição e a vida”? E na ceia em casa de Lázaro saber que quando ele está presente tudo muda e ele deve ser adorado? E cavalgando no jumentinho, podemos descobrir que é o “Bendito que veio em nome do Senhor”, e que entra triunfante em nosso coração?
                       
Que nossos olhos sejam abertos, e que com toda a reverência possamos viver a cada dia “querendo ver a Jesus”.    

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz                   
           
           
   
           
            
           
           

            
            

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE SÁBIA ESCOLHA (3)


No último estudo abordamos aspectos de uma decisão irrefletida com seus tristes reflexos. Neste abordaremos uma decisão sábia e uma escolha sensata tomada por Rute, a moabita.

Após a morte de seu marido Malom e de seu cunhado Quiliom, esposo de Orfa, Noemi, a sogra dessas duas mulheres, resolveu voltar para terra de Belém, uma vez que lá os campos se tornaram férteis.

Ao iniciar sua viagem, notou que suas duas noras a seguiam. A partir daí, trava-se entre elas um diálogo interessante. Noemi, então, faz um apelo para que ambas permanecessem em Moabe, não se vislumbrando, em princípio, qualquer meio de convencê-las (vers. 8,9).  E como resultado,choraram, dispondo-se a acompanhá-la (vers.10). Noemi tenta convencê-las uma segunda vez (vers. 11) e, finalmente, uma terceira vez (vers.12), mostrando-lhes que teriam pela frente um futuro incerto. Orfa, mesmo em meio às lagrimas, não resiste, e prefere permanecer em Moabe.

Por que Orfã teria resolvido permanecer em Moabe, sua terra ? Medo de enfrentar um futuro numa terra estranha? Incerteza? Desconfiança? Falta de fé no Deus de Noemi? Ou os deuses e prazeres de Moabe teriam maior atração sobre ela? Embora seja difícil responder a tais perguntas, por certo sabemos que não foi a melhor escolha.

A escolha por Moabe leva-me a pensar naquela gravura tão familiar retratando os dois caminhos - um largo, com seus atrativos, e o outro estreito com suas dificuldades (Mat. 7:13,14).Quantos hoje  estão resolvidos a permanecer em "Moabe" , acomodados com seu "povo", seus "deuses",seus costumes etc. Esta foi a infeliz decisão tomada por Orfa.

Entretanto Rute, após ouvir mais um apelo de Noemi decide acompanhá-la, mesmo sabendo das consequências de sua mudança para Belém, deixando para trás seu povo, seus deuses, sua pátria. Os vers. 16,17 constituem-se numa das mais belas páginas da Bíblia, espelhando uma decisão apoiada na fé e num amor sem interesse. E mais, Rute revela dependência e submissão total. E tudo isto, aos pés de Noemi. Uma decisão sábia e abençoada.

Será que temos demonstrado em nosso viver rompimento total da "Moabe" em que vivemos, ou ainda há amarras que não foram cortadas? Será que ainda há coisas     que nos impedem de contemplar a fartura de "Belém"? Uma avaliação urgente se faz necessária: ou fugimos de "Moabe" e a bênção do Senhor nos acompanhará, ou permanecemos  e a mão do Senhor não será conosco.
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Que tal procurarmos sinais  de Moabe em    nossas vidas,   livrar-mo-nos deles e caminhar confiantes pelo caminho  estreito  sempre  aos pés do  Salvador?

Leitura: Rute 1: 6 a 22

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Os que ficaram sem nomes O menino dos cinco pães e dois peixes

Este é um milagre extraordinário. Todos os milagres são extraordinários, mas os realizados por Jesus têm algo para nos ensinar e são revestidos de extrema beleza e simpatia.

Sempre notamos em seus milagres sua compaixão: quer pela dor causada pela enfermidade, quer pela aflição dos familiares, notadamente dos pais, quer pela tristeza dos amigos incapacitados. Ele via o sofrimento de todos e se condoía profundamente.

Neste milagre ele viu uma multidão faminta. Em pleno deserto, ao findar do dia, quase noite, talvez sob o vento forte, sem as mínimas condições para comprarem algo para comer. João em seu Evangelho nos diz que Jesus disse a Filipe: “Onde compraremos pão para esse povo comer?”. Certamente Ele conhecia todos os detalhes para o suprimento da multidão, pois assim nos revela a conclusão do versículo: “Fez essa pergunta apenas para pô-lo à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer” (João 6:5,6).

Como é bom crer num Salvador que conhece nossas necessidades, nossas aflições e temores. Sabe perfeitamente que muitas vezes palmilhamos pelo deserto, batidos por ventos fortes das nossas culpas, sofrendo e lamentando, famintos por sua Palavra que pode mudar nossos rumos.

Filipe logo se dispôs a fazer cálculos: “Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço!” Os demais sugeriram que fossem aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer e ainda disseram: “Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar-lhes de comer?”

Não podemos criticar esse comportamento dos discípulos, pois no fundo somos todos iguais. Mas Jesus é diferente. Ele vê necessidades e necessitados, e tem todo o poder para as soluções.

Ele veio para saciar os famintos. Assim lemos nos Salmos: “Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados” (132: 15), ou no sermão da montanha: “Bem aventurados vós os que agora tendes fome, porque sereis fartos”(Lucas 6:21).

Nesta altura, André, irmão de Simão Pedro, tomou a palavra. “Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente?” Raciocínio e não fé.

Sempre me perguntei: “Como André descobriu esse rapaz?” E eu mesmo respondo pensando naquele dia que ele correu em busca de seu irmão para contar que achara o Messias. Vejo em André uma pessoa falante, comunicativa, expansiva. Sem dúvida ele já teria conversado com o rapaz,e falado de seu Amado Mestre, e nessa conversa tomou conhecimento de sua escassa provisão.

Nada sabemos do menino: sua idade, seu nome, sua família, seus recursos, embora os pães que levava eram de cevada, alimento dos pobres. Se nada disso sabemos, uma coisa é certa: com alegria entregou sua provisão barata para que nas mãos de Jesus fosse enriquecida.

E foi o que aconteceu naquele findar de dia. Jesus acomodou o povo em grupos de cinquenta, deu graças pelos pães e pelos peixinhos, mandou os discípulos distribuírem e todos se fartaram.

A Bíblia omite o nome do menino, assim como de muitos outros que serviram a Jesus. Assim quis o seu Autor, o Espírito Santo, e nada há de errado nessa omissão, pois nosso Deus é inerrante.

Seu nome está omitido, mas sua ação está registrada e milhões e milhões já a leram e foram beneficiados por ela através dos anos, e outros tantos ainda a lerão.

Vivemos tempos onde as ações de muitos são registradas, beneméritos por toda a parte com ostentação de seus nomes em lugares de destaques, arrancando o aplauso das multidões.

O rapaz dos pães e peixinhos, um benemérito autêntico, anônimo, abriu mão de sua frugal provisão que serviu para alimentar a multidão, deixando-nos lições preciosas e profundas:

Deu do que mais precisava;
Não ficou com uma pequena parte para si;
Não pensou que ofertando voltaria para casa com fome;
E entregou tudo nas mãos de André que os repassou a Jesus.

Quantas vezes nos assustamos com o amanhã, duvidamos do poder de Jesus, queremos fazer “reservas” de ideologias, de crenças, de pensamentos positivos, e não abrimos mão daquilo que Jesus nos pede.

O rapaz sem nome ganhou muito mais do que deu. Talvez tenha saboreado mais pãezinhos e peixinhos, e estes tinham o sabor do poder de Jesus.

Que tal imitarmos esse rapaz sem nome, entregar tudo a Jesus, para que ele multiplique bênçãos sem medida.

Hoje Ele quer corações, vidas, ações, gestos, compromissos, e ainda nos fala: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos”. (Provérbios 23:26)

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE
LONGE DE BELÉM   (2)
 Rute 1:1 a 5

Assinala o Livro de Rute em sua introdução, um fato bem triste: mudança de cidade, fome e finalmente, mortes. Elimeleque, com sua mulher e seus dois filhos, resolve mudar de Belém para Moabe, a fim de fugir da fome e da miséria. Assim, empreendem uma longa viagem, deixando para trás a pequena Belém, seu povo, seus costumes, e o pior, um lugar onde Deus era cultuado como único e verdadeiro.

Esta família trocou Belém por Moabe, a terra do Senhor por uma terra pagã e inimiga; trocou a cidade de Davi e mais tarde do Senhor Jesus, pela terra de Balaque, o adivinho. Quantos contrastes. Sem dúvida, uma decisão irrefletida, dos que não querem ver tais diferenças e seguem seu próprio caminho. Tal foi a decisão de Elimeleque com tristes consequências para toda sua família.

Quantas vezes decisões desse caráter trazem prejuízos, sem conta entre os filhos de Deus, muitos dos quais tomam decisões apressadas sem permitir que Deus se revele favorável ou não. Mudam da cidade onde residem, do emprego, de atividade, e partem para um novo negocio. Um caminho desconhecido à espera de que o Senhor os abençoe. E quando vêm as decepções, culpam tudo e todos, menos a si próprios.

O texto à nossa frente revela as lições de uma decisão contrária à vontade do Senhor. Querendo Elimeleque escapar da fome, encontrou a morte, destino igual o de seus filhos. Ao invés de fartura e sucesso em Moabe, encontraram a dor e a tristeza. Os filhos, talvez jovens ainda, amaram prontamente os costumes de Moabe. E o pai sem a força necessária para instruí-los nos caminhos do Deus de Israel. E quando adultos, casaram-se com mulheres moabitas, resultando um jugo desigual.

Quais as lições que o texto nos fornece, sobretudo quando temos uma família para cuidar? Ou quando nos decidimos em mudanças apressadas ? Ou quando partimos para o desconhecido sem a direção do Senhor, envolvendo nossos entes queridos ?

A vontade de Deus deve ser consultada antes de qualquer mudança e dele receber plena aprovação. Seria conveniente formularmos as seguintes perguntas antes de tomarmos quaisquer iniciativas: "Estou seguro de que esta é a vontade do Senhor ?". "Para onde vou com minha família há discípulos do Senhor Jesus, onde posso me alegrar com eles?". "Continuarei naquela cidade servindo ao Senhor?", honrando o seu Nome ?" ,"Estarei com minha mulher e filhos e com eles vigiando em oração ?". "Deixarei uma lacuna na igreja onde congrego, acarretando algum prejuízo ?".  "Esse prejuízo espiritual não me fará sofrer ?". E tantas outras perguntas poderiam ser formuladas antes de qualquer mudança com influência direta na vida espiritual.

Quantas vezes ouvimos queixas de irmãos queridos no tocante à sua família, ora porque não são convertidos os seus filhos, ora porque não andam nos caminhos do Senhor. Talvez tenham se esquecido que um dia partiram para outra “terra" (negócios, ambições, dinheiro, fama ) e o fruto que colheram foi amargoso e trágico. Ganharam bens terrenos, mas perderam o mais precioso e rico bem - a família.

Praza o Senhor guardar-nos de decisões apressadas, e que busquemos sempre o sinal verde de sua vontade. Que haja em cada um de nós sabedoria em nossas escolhas, resultando em bênçãos maravilhosas. Caso contrario, estaremos longe de “Belém”, a terra do pão, e entristecidos em “Moabe”.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ANO NOVO SEM SOBRESSALTOS


"Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu a conheces inteiramente, Senhor.
Tu me cercas por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim.
Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance; é tão elevado que não o posso atingir"
Salmos 139: 4 a 6 -NVI

2012 ainda é uma criança. Está em seus primeiros dias. Muitas novidades virão, quer sejam elas boas ou más Precisamos estar bem preparados para recebê-las, e nossa serenidade deve repousar na confiança que temos em Deus.
O salmo em apreço vem em nosso socorro preparando-nos para tais eventualidades.
Não faz muito, ouvi a invocação de uma bênção datada do século V, e que gostaria de deixar aqui transcrita para todos os nossos queridos leitores:


Que o Senhor esteja à tua frente para te mostrar o caminho certo;
Que o Senhor esteja ao teu lado para te abraçar e te proteger;
Que o Senhor esteja atrás de ti para impedir que homens maus e perversos te armem ciladas;
Que o Senhor esteja dentro de ti para te consolar quando estiveres triste;
Que o Senhor esteja acima de ti para te abençoar;
Que assim te abençoe, que assim te proteja o Deus Pai,
O Deus Filho e o Deus Espírito Santo que te envia ao mundo para viveres uma nova vida e fazer a diferença até  Jesus Cristo voltar.


Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE

             INTRODUÇÃO (I)

Com esta publicação daremos início a uma série de estudos extraídos do Livro de Rute.Os leitores deste blog podem emitir suas opiniões, que por certo serão benvindas.
Pensamos publicar tais estudos todas as quartas-feiras.
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Há apenas dois livros com nome de mulher na Bíblia - Rute e Ester. Em Rute conhecemos a estrangeira que se casou com um judeu e em Ester a judia que se casou com um estrangeiro.

O livro de Rute vem logo após o livro dos Juízes, onde, a partir do Cap. 17 até o fim,passamos a conhecer um clima bastante conturbado : rebelião e idolatria (17,18), imoralidade (19), guerra civil (20 e 21), terminando com uma nota bem triste:" ...porem cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos..."

Assim, quando tudo parecia estar perdido,um verdadeiro caos, Deus entra em cena e nos apre¬senta um quadro maravilhoso, desenrolado na vi¬da de Rute e de sua sogra Noemi, com vistas a abençoar, salvar e dar um descanso merecido.

O Livro de Rute tem o seu inicio relatando várias mortes - uma cena de tristeza -, mas o seu fim é repleto de alegria - um casamento e em seguida um nascimento '. Não mais a morte,mas a vida, não mais a tristeza, mas a alegria. Poderíamos fazer uma comparação com o livro de Gênesis - inicia com morte, tristeza e expulsão, quando em Apocalipse um ambiente feliz, de ale¬gria, com o homem restaurado novamente e gozando as delícias da Arvore da Vida.

O Livro de Rute é uma verdadeira jóia literária. Certa vez, por volta do século XVIII, um famoso escritor por nome de Dr. Samuel Johnson, numa reunião com outros escritores famosos, leu o Livro de Rute. Ao findar a leitura foi aplaudido, supondo seus amigos que se tratava de um escrito de sua autoria. Mas qual não foi a surpresa daqueles homens, ao descobrirem que se tratava de um livro da Bíblia - o livro que eles
tanto desprezavam.

A autoria do livro ê desconhecida. Ha muitos que admitem ser o profeta Samuel seu escritor, entretanto, nenhuma base existe para tal afirmação. Contente-mo-nos com o rico e precioso conteúdo do livro de Rute.

Seu propósito é traçar uma linha genealógica entre Davi e o Senhor Jesus Cristo. Portanto, nas veias de Jesus corria o sangue de Rute. Também descobrimos um tipo do Senhor Jesus em Boaz, o remidor, e em Rute a figura dos gentios alcançados por maravilhosa graça. Rute faz-nos lembrar de que também éramos estrangeiros e fomos recebidos na Igreja pela graça do Senhor Jesus, éramos pobres, viemos de longe e pelo Seu sangue chega¬mos perto e fomos enriquecidos !

O tema central do livro ê o descanso através da remissão e união. Rute não encontrou descanso em Moabe, sobretudo quando de sua viuvez. Encon¬trou-o mais tarde em Belém - terra do pão - quando foi remida por Boaz e unida a ele.

Como salvos, gozamos descanso em Cristo, pois por Ele fomos alcançados. Não importa quem somos, de onde viemos, o que fazíamos, nem raça, cultuara, riqueza, ou pátria. Assim como foi com Rute; "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Vós, que em ou¬tro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia".(1Pedro 2-9,10)

Longe de Cristo nosso descanso é impossível. Somente aconchegados nele e cobertos por Ele, encontramos descanso seguro e verdadeiro.

Por último, apresentamos uma divisão que poderá nos ajudar no estudo deste precioso livro: 1)O descanso deixado (1: 1 a 5); 2) O descanso desejado (1: 6 a 22); 3) O descanso procurado (2 e 3); 4) O descanso alcançado (4).

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A MENTIRA NA INTERNET



A mentira não é coisa nova. Ela foi usada por Satanás em seus argumentos contrários às ordens de Deus aos nossos antigos pais, bem nos primeiros dias da humanidade.

Por tal razão tornou-se o pai da mentira nas palavras do Senhor Jesus:

“... Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira." (João 8 : 44)

A partir daí a mentira se expandiu, tomou diversas formas, entrou na vida das pessoas, passou a fazer parte do seu dia a dia, entrou no lar, na escola, na igreja, na família, como um rio caudaloso com inúmeros afluentes.

E o ser humano criou uma classificação para a mentira: mentira social, infantil, inocente, boba, ingênua e daí uma lista infindável dos seus tipos diversos.

E ainda há os que são viciados em mentiras. Um vício pior que o álcool, fumo e outras drogas, pois estes atacam o corpo, quando a mentira ataca, deforma e contamina o caráter.

A mentira se espalhou como um rastilho de pólvora e vem causando estragos por toda a parte. As redes sociais são um testemunho eloquente, onde crianças alteram suas idades para sua admissão nelas, com a aprovação dos pais; os adultos alteram informações como escolaridade, estado civil, e tantas outras. E daí abre-se um leque para outras inúmeras mentiras.

Assim escreveu Rui Barbosa em 1919:

“Mentira de tudo, em tudo e por tudo; Mentira na terra, no ar, no céu.
Mentira nos protestos. Mentira nas promessas. Mentira nos progressos.
Mentira nos projetos. Mentira nas reformas.
Mentira nas convicções. Mentira nas soluções.
Mentira nos homens, nos atos e nas coisas.
Mentira no rosto, na voz, na postura, no gesto, na palavra, na escrita.
Mentira nos partidos, nas coligações e nos blocos. (…) Mentira nas instituições, mentira nas eleições.
Mentira nas apurações. Mentira nas mensagens. Mentira nos relatórios.
Mentira nos inquéritos. Mentira nos concursos.
Mentira nas embaixadas. Mentira nas candidaturas.
Mentira nas garantias.
Mentira nas responsabilidades. Mentira nos desmentidos.
A mentira geral. O monopólio da mentira.”

A conivência dos pais é algo triste e lamentável, pois hes tira a força para uma correção efetiva em outras mentiras. A criança poderá mentir desbragadamente, e ao ser arguida por seus pais, lançar-lhes em rosto sua aprovação em mentir sua idade nas redes sociais.

Certa vez li um relato vivido por um pastor evangélico que mentiu na presença dos seus filhos, ao ser procurado por um vizinho que alegava ser seu o cachorro em seu poder. Este, para alegrar seus filhos, insistiu que o cão sempre fora seu, apesar das evidências de ser mentira. E este pastor conclui: “por ter mentido na presença de meus filhos, ganhei um cachorro e perdi meus filhos para Cristo”.

A mentira já destruiu um casal no jardim do Éden, e jamais deixou de exercer sua pérfida influência através dos anos.

Não permita que ela entre dentro de seu lar e estrague por completo o caráter de seus filhos. Basta o estrago que ela vem produzindo em nossa sociedade.

Deus abomina a mentira, e na Cidade Celestial onde ele receberá seus filhos, os que praticam a mentira serão barrados:

"Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.(Apocalipse 22 : 15)

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz






sábado, 31 de dezembro de 2011

ESPERANÇA QUE NÃO FALHA

Aos bons amigos que caminharam comigo durante o ano neste blog, meus sinceros agradecimentos.
Que Deus ilumine o caminho de todos fazendo despontar aquele que é a Luz da Vida, o Senhor Jesus,
E que cada manhã traga esperanças que nunca falhem, à luz da esperança do autor deste belo Salmo:

LEVANTAREI os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra.
Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.
Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.
O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.
O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.
O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.
O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.
(Salmo 121)

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano velho - desejos que se foram

Os anos velhos me trazem saudades de
caminhar descalço pelas ruas após a chuva,
e mergulhar o pé nas poças de água,

De subir nas mangueiras e chupar mangas até sujar a boca,
De correr atrás das pipas e dos balões,
E de se esconder atrás de um muro qualquer e assustar outros meninos...

Correr atrás do caminhão do circo,
E fazer amizade com o palhaço de cara pintada,
E não ter pressa para nada.

E quando chegar a hora de ir para a escola, fingir uma forte dor de cabeça.

Saudades de ficar em casa na janela do quarto vendo a chuva cair,
Fazer cabana no mato pulando o muro de casa,
E só voltar pelos gritos da mãe chamando.
Juntar um monte de madeira velha e fazer um automóvel,
com banco, freio e acelerador,
E fazer de conta que está em alta velocidade.

E quando cansar, partir para o carrinho de rolimãs, descer pela rua sem calçamento, aos solavancos, e só parar firmando o pé no chão.

E no sábado, após a pelada,com bola de pano de meia velha e furada,
Voltar para casa e tomar banho de chuveiro de balde com furinhos, levantado por uma corda,
Lambuzar o cabelo de brilhantina, sentar no muro de casa esperando a menina de vestido azul.

Mas os anos que passaram velozes,
Trouxeram cabelos brancos e escassos,
As ruas foram asfaltadas,
Os pés de mangas sumiram,
Os muros deram lugar aos altos edifícios,
E os palhaços todos morreram.
As cabanas construídas de matos e galhos perderam seus espaços,
E o chuveiro improvisado perdeu a graça.
A brilhantina ficou de lado,pois os cabelos se foram,
E a menina de vestido azul desapareceu.

Que o ano novo segure no colo a criança que existe em cada um,
E que a cada novo dia essa criança ressuscite
Mais verdadeira, mais honesta, mais alegre,
Sem se importar com os cabelos brancos.

Feliz ano novo
Orlando Arraz Maz