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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A DEUS PEDI A VIDA QUE LEVO. SERÁ?





JESUS, O MELHOR E MAIS 
FASCINANTE PROJETO
DE VIDA

Tenho ouvido várias vezes essa afirmação "A Deus pedi a vida que levo", e fico pensando em seu  engano , notadamente quando se trata de alguém cujo viver não é aquele desejado nem dado por Deus.

Uma vida centrada nos prazeres mais diversos, no tempo gasto de forma improdutiva em pensamentos banais e muitas vezes maldosos, reflete exatamente uma vida longe dos parâmetros de Deus.

Claro que não devemos desprezar as coisas boas e prazerosas, mas jamais colocá-las em primeiro lugar.

Devemos isto sim, pedir a Deus uma vida que lhe dê prazer, pois só assim seremos úteis para o nosso próximo quando partilharmos com ele a vida que recebemos de Deus.

Se você está vivendo assim, parabéns, caso contrário sua vida não tem o menor sentido.

Bem falou o Apóstolo Paulo, "Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima". (I Carta aos Corintios cap.15 vers. 19.

Jesus é o melhor e mais fascinante projeto de vida

Viva com Deus e para Deus.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz




sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A SERPENTE AINDA FALA. SERÁ ?





      Quando lemos o relato de Gênesis 3, onde a serpente manteve uma conversação com Eva, há grave perigo em pensarmos que ela já não fala mais, que tornou-se rouca, perdeu sua voz e por último, ficou inativa. Entretanto, ela continua bem viva e sua voz ressoa através dos tempos , durante todos os minutos. É uma voz incansável.

     Com Eva ela  falou  transformada em uma serpente. Apenas em dois relatos na  Bíblia encontramos animais falando. Em Gênesis 3  Satanás fala para enganar; no caso da jumenta de Balaão, Deus fala para advertir o falso profeta do seu caminho perverso.

     A astúcia, a sagacidade, a maldade da serpente são as mesmas. Sua tecnologia é  bem avançada em nossos dias. E a serpente sabe usá-la  de forma perfeita.

     A serpente fala à criança desde os seus primeiros dias quando os seus pais dizem “não” e ela insiste na sua desobediência; fala aos adolescentes para se tornarem rebeldes, violentos, e os leva aos vícios tornando-os seus dependentes e escravos, e quando adultos já estão totalmente envolvidos nos engodos da serpente.

     Com tais pessoas a serpente não tem muito trabalho, pois o esquema diabólico que ela criou naquele jardim funciona de forma extraordinária; já com aqueles que um dia se viram livres dos seus laços é tarefa bastante difícil. Entretanto, podem ser  persuadidos em dar ouvidos à sua fala,  o que não é impossível.

     A serpente ainda fala aos ouvidos daqueles que um dia foram impactados com a mensagem do evangelho, e se renderam aos pés do Salvador. Que iniciaram a jornada cristã com todo zelo, estudando com diligência a Palavra de Deus. Fala incansavelmente com tais pessoas para que desistam de “tanta” obediência, de empenho e cuidado, até que veja sua fala sendo obedecida. O quadro é bem triste, mas é uma realidade.

     A serpente fala com o adolescente que desde pequeno foi levado à casa do Senhor com seus pais, que comparecia com alegria a todas as reuniões chegando a ser batizado, e quando adulto todo aquele entusiasmo foi apagado, abandonando o Senhor.  A serpente mostrou-lhe os prazeres deste mundo, as amizades que foram se formando longe do convívio cristão, as diversões, os prazeres, e, como o filho pródigo,  foi dissipar seus valores espirituais longe da casa do pai.

     A serpente fala com a jovem que foi instruída a ser fiel ao Senhor e manter uma vida pura, e que aos poucos foi deixando suas instruções para unir-se a um jugo desigual, afastando-se assim da comunhão com seu Senhor, sujeitando-se às mais tristes e 
nefastas consequencias.


     A serpente ainda fala em lares cristãos onde a família está totalmente perdida em seus muitos afazeres. Cada um cuida de si e mal se encontram dentro da mesma casa, e os interesses do Reino deixaram de exixtir. Daí as desavenças, o rancor, a mágoa, a falta de perdão, e o abismo de uma separação que poderia ser evitada. A serpente falou mais alto.

     A serpente ainda fala dentro da Casa do Senhor nas reuniões da igreja, onde o ajuntamento deveria ocorrer para exaltação e glória de Deus na pessoa do Senhor Jesus Cristo, mas intrigas internas, fofocas, más conversações, problemas resolvidos aparentemente, o perdão que não foi sincero, ainda ocupam o coração, entristecem o Espírito Santo, não há progresso espiritual e, pior, não há conversão de almas.

     E no campo missionário, o lugar da batalha do Servo que um dia foi chamado pelo Senhor da Seara, e em obediência total declarou de coração: “Eis me aqui”? Sem dúvida, a serpente ainda fala. Quando os recursos escasseiam, a mesa outrora farta agora quase vazia, a serpente coloca em dúvida a fidelidade do Senhor :”Onde está o teu Deus que te comissionou?”. Quando há um trabalho extenuante em convites durante a semana, e na pregação do Evangelho ninguém apareceu apesar de tantas promessas. E logo vem a fala da serpente: “Pode desistir, você não serve para esse ministério”. E quando vem a doença, a dor, o luto, a incompreensão, e que abate seu coração profundamente, logo ela se põe a falar: “Teu Deus esqueceu de você”.

     O apóstolo Paulo escrevendo aos crentes de Corinto, em sua segunda carta, assim ensina: 11:3 “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo”.

     Penso que Paulo tinha em mente o cenário de Gênesis 2 e 3, onde a serpente inaugurou sua fala de sedução e engano, levando Adão e Eva a se desviarem da verdade. Agora Paulo teme pelos crentes de Corinto que estavam sendo levados pelo silvo da serpente, voltando à vida antiga, às práticas da idolatria, às prostituições, causando tristezas e divisões na igreja. Quando há permissão para que a serpente fale ao coração com pensamentos funestos, o passo para uma mente corrompida e o desvio da “simplicidade e purezas devidas a Cristo”, é muito  pequeno. 

        Portanto, lancemos mão de alguns conselhos que Deus nos dá em sua Palavra.

     Não permita que o “diálogo” da serpente cresça. Seja mal educado. Mostre quem você é e quanto é seu valor para Cristo. Fale das glórias em seguir os passos de Jesus, em contraste com a tragédia que ela causou ao mundo onde veio para roubar, matar e destruir. Grite bem alto do valor da vida abundante, eterna, que ele dá a todos que creem nele. (João 10:10).
    
     Somente quando forem ousados aqueles que pertencem a Cristo, quer sejam crianças, jovens, famílias, igrejas, obreiros, calando a cada instante a voz da serpente, deixando de dar a atenção que ela deseja, e buscar direção aos pés do Salvador, as vidas serão triunfantes.


      “Entre as vozes que nos chamam desejando ouvidas ser, há só uma que devemos prontamente obedecer: É a voz de quem nos ama, nosso Deus e Salvador, e que exige com direito nossa fé e nosso amor. Um verdadeiro “sim”, e de todo o coração, a tudo que o Senhor mandar, um Sim do coração. E não, um forte  “não”a toda a tentação,ao mundo e ao pecado sempre um forte e firme “Não”(HC 358)

        Então,  a serpente tem aborrecido muito você ? Tem causado tristeza? Você  sente que está perdendo a batalha? Não importa sua posição na igreja nem seu lugar no Reino, busque com urgência ao Salvador e redescubra a beleza de sua voz nas Escrituras.Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.(Apoc.1:3).

 O Salvador deseja uma comunhão com todos dispostos a dar valor à sua voz:

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo.”(Apoc.3:20).

Que assim seja

Orlando Arraz Maz



            

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Davi e Jônatas - Amigos Verdadeiros


Na cruz se revela o maior e o melhor amigo

“E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma”. I Samuel 18: 1 

"Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão." (Provérbios 17 : 17)

Há muitas histórias de amigos verdadeiros que nos deslumbram, como aquela do soldado que pediu permissão ao seu superior para procurar o amigo que não voltou para o acampamento. A resposta veio imediatamente: pedido negado. O soldado insistiu na sua pretensão, ao que o superior respondeu: “ele já está morto, e por que arriscaria a vida de mais um soldado”? “Mas, capitão, tenho certeza que meu amigo está vivo, esperando por mim”. Mesmo negado seu pedido, partiu em busca do amigo. Quando lá chegou, agonizava, e ainda pode balbuciar o seguinte: “eu tinha a certeza que você viria me buscar”.

Na canção de Milton Nascimento, a figura do amigo é cantada assim:

“Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam "não", mesmo esquecendo a canção, o que importa é ouvir a voz que vem do coração” 

Entretanto, a história de Jônatas e Davi supera todas as demais. Eram amigos verdadeiros, e a trajetória de vida de ambos não deixa margem para dúvidas.

Jonatas, filho de Saul, herdeiro natural do trono, abriu mão desse alto encargo em favor do amigo, quando “despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto”(I Sam.18:4)

A amizade de Jônatas nasceu no mesmo instante que presenciou a morte de Golias pelo jovem desconhecido até então. Quando viu os filisteus fugindo pelos montes, descobriu que o peso fora retirado dos ombros do seu povo. Agora era um povo feliz, sem o jugo pesado do inimigo. Podiam plantar suas lavouras sem riscos de serem queimadas, e podiam viver em paz sem o perigo de terem suas casas incendiadas.

Jônatas de pronto recebeu tudo isso como presente do pequeno Davi, e tornou-se a partir daí seu verdadeiro amigo. E sendo um experimentado general de exército nas fileiras de Israel, humildemente depôs suas armas e vestimentas como homenagem a um combatente mais corajoso do que ele.

Os anos se passaram, outras batalhas foram ganhas e perdidas, até que nos montes de Gilboa, Saul e Jônatas tombaram. E Davi lamenta essas mortes, compondo uma das elegias mais emocionantes nos relatos bíblicos:

“Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres. Como caíram os poderosos, e pereceram as armas de guerra!” (II Samuel 1:26,27).

 Afirmei no princípio deste artigo que esta amizade supera todas as demais, porque há um amigo verdadeiro que se chama Jesus.

Aquele que confia e o confessa como seu Salvador, um dia também estava sendo escravizado e hostilizado por um poderoso inimigo,  o mesmo que um dia foi expulso dos céus. Vivia sem paz, sem proteção, empobrecido a cada dia. Mas Cristo veio a este mundo para tirar o ser humano do seu estado de miséria. E o apóstolo Paulo esclarece:

" O qual (Deus) nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor." 
(Colossenses 1 : 13)

Na grande batalha Jesus veio para mudar nossa história, nos tirar do império de trevas e nos transportar para um reino de paz e de amor. Na cruz combateu o gigante e venceu a batalha ressuscitando ao terceiro dia.

Não há amigo melhor como Jesus, que pode dizer um pouco antes de sua morte: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. (Ev.João 15:13,14)

Os bons amigos de hoje podem falhar amanhã e nos deixar abandonados. O único amigo que não falha é Jesus, e este sim, deve ser levado do lado esquerdo do peito.

Devemos agir com a mesma humildade de Jônatas, depor aos pés de Cristo todos os nossos recursos que não podem derrubar gigantes, e declararmos nossa amizade irrestrita. Confiar em Cristo e deixar que ele reine em nosso coração.

“És meu amigo ó bendito Salvador, acho refúgio no teu grande amor.
“Na jornada canso, mas o teu poder me traz uma nova força e celeste paz.
“És meu amigo no perigo ou dissabor, sempre comigo tu estás Senhor.
“Tu és quem me guia nesta peregrinação, e Senhor desfruto tua proteção. (HC 454)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz






                                                                          














sexta-feira, 20 de julho de 2012

ORAÇÃO - O MELHOR E ÚNICO RECURSO





”De tarde, e de manhã, e ao meio dia, orarei: e clamarei, e ele ouvirá a minha voz”. 


Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitira que o justo seja abalado” (Salmo 55:17,22)

Os muçulmanos oram três vezes ao dia em qualquer lugar onde se encontram. Aqui no Brasil muitos seguidores exercitam tal prática, voltando-se para a direção de Jerusalém.

Este era o costume de Davi e de muitos profetas nos tempos bíblicos.

Para o rei Davi diante de situações calamitosas e de fatos assustadores este era o único recurso: abrir o coração na presença de Deus através da oração.

Daniel  orava três vezes ao dia e orou quando foi enviado à cova dos leões. E o poder de Deus veio em seu socorro enviando um anjo para fechar a boca dos leões. Sua oração foi atendida.

Davi neste salmo nos ensina a prática da oração  em face das circunstâncias adversas:

“De tarde” – quando as sombras caem, quando a noite chega, passam em nossa mente as faltas cometidas durante o dia, como uma palavra de ofensa contra alguém, um pensamento mau, uma ira não controlada, e isso tudo tira a nossa paz e satanás aproveita para nos acusar diante de Deus. Davi nos dá a receita: “de tarde orarei”.

“De manhã e ao meio dia”, quando saímos para tantas atividades, “clamarei e ele me ouvirá”.

Os que são filhos de Deus, (aqueles que O receberam como Salvador pela fé – Ev. de João 1:l2 ), tão diferentes de muçulmanos, a oração tem um destinatário infalível.

Orar é transferir nossos “cuidados” para o Senhor e sairmos de sua presença sem qualquer abalo,com sua paz na certeza que Ele nos ouvirá.

A poesia deste hino é bem ilustrativa: “Bem de manhã, embora o céu sereno pareça um dia calmo anunciar, vigia e ora o coração pequeno, um temporal pode abrigar”.

Coloquemos em prática o hábito da oração, tal como fazia Davi, Daniel, e tantos outros como o apóstolo Paulo que nos manda: “orai sem cessar” ( I Carta aos Tessalonicenses 5:17)

Para Davi este era o melhor recurso, pois enquanto os homens maquinavam o mal, ele diz:  “Mas eu invocarei a Deus, e o Senhor me salvará”.

Que sejamos filhos felizes e que não deixemos de orar, não somente  três vezes durante o dia, mas muitas.

 Ele deseja ouvir a voz do nosso coração.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Fátima Garcia – Chamada pelo Pai


 E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.
 Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente.(Daniel 12:2,3)




 Fátima e Mariana, sua filha


27/05/1953 – 12/07/2012

Na manhã do dia 12 de julho por volta das 7 horas, foi chamada à presença do Pai nossa querida Fátima Garcia, após uma longa enfermidade.

Neste mesmo dia foi velada na Capela do Hospital Beneficência Portuguesa de São Caetano do Sul, com a presença de um número considerável de amigos, vizinhos e irmãos em Cristo.

Após o velório seu corpo seguiu para a cidade de Miguelópolis – SP -, onde foi sepultado nesta manhã.

Conheci Fátima Garcia em janeiro de 1995, após participar de um culto fúnebre onde estava com seu marido Silvano. E então descobri que Silvano era um primo de 3º grau.
A partir desta data passamos a visitá-los e  estudar as Sagradas Escrituras, e logo se converteram e foram batizados nas águas.Já não eram somente primos, mas irmãos em Cristo pela Graça de Deus.

Fátima Garcia sempre foi uma pessoa entusiasta e gostava de falar de sua fé para todos, especialmente na Capelania Evangélica, onde tratava com muito carinho os internados em vários hospitais.

Visitou duas vezes Israel e se alegrava em mostrar centenas de fotos, comentando lugares onde o Senhor Jesus caminhou, o lugar de sua crucificação, e tantos outros.

Resta-nos uma imensa saudade compensada com a certeza de que ela descansa de suas obras na presença do Senhor.

 "E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os acompanham" (Ap.14:13)

Orlando Arraz Maz




sexta-feira, 6 de julho de 2012

OS QUE FICARAM SEM NOME - O SOBRINHO DO APÓSTOLO PAULO



Lucas, não sei se médico e historiador, ou historiador e médico, em seu segundo livro apresenta uma interessante particularidade na vida do grande apóstolo Paulo: a existência de uma irmã e de um sobrinho.

Paulo estava sendo ouvido por um conselho, tendo o sumo sacerdote Ananias como seu presidente. E o assunto em pauta era a fé em Jesus que Paulo professava, e uma nova doutrina que crescia por toda a parte, e que assustava os religiosos daqueles dias.

A reunião começou de forma tensa e agressiva, sob a ordem do sumo sacerdote para que ferissem o apóstolo em sua boca, talvez numa tentativa para impedi-lo  que falasse em sua defesa. Imediatamente Paulo repreendeu o sumo sacerdote, embora não o reconhecera como tal, ou porque não trajava vestes sacerdotais (ele foi convocado às pressas para presidir o conselho), ou pela pouca visão do apóstolo. Mesmo falando uma verdade, pois o sumo sacerdote não deixava de ser uma parede branqueada, ocultando no seu coração uma atitude contrária às leis que tanto defendia, de forma humilde retratou-se perante o sumo sacerdote, reconhecendo sua posição.


Assim, formando uma grande confusão, o tribuno determinou a retirada do apóstolo para uma fortaleza onde poderia gozar de proteção.

Naquela noite o Senhor se apresentou a Paulo animando-lhe o coração com a mensagem que deveria comparecer em Roma, a fim de falar a todos do seu amor salvador.


Ao amanhecer o dia mais de quarenta judeus fizeram uma conspiração, e decidiram matar o apóstolo, sob o pretexto de uma nova assembléia onde seria ouvido novamente.

Nesta altura entra em cena o sobrinho do apóstolo Paulo. Não sabemos o seu nome, muito menos sua idade, mas sua lealdade e coragem são prontamente identificadas no caráter deste jovem. Poderia tratar-se de um adolescente, já sabendo expressar-se perante as autoridades romanas.

E decidido procurou seu tio na fortaleza contando-lhe os pormenores da trama para matá-lo.

Uma vez na presença do tribuno, expôs-lhe o plano daqueles homens com o objetivo de matá-lo. E prontamente o tribuno tomou as medidas necessárias, detalhadas com seus pormenores pelo nosso historiador Lucas.


Um jovem usado por Deus. Talvez não se apercebesse deste detalhe, mas a conversa daqueles homens chegou ao seu conhecimento por intervenção de Deus e não por acaso. Sua coragem em adentrar na fortaleza vinha de Deus, pois a guarda romana era temida por todos. E Deus, por fim, age movendo o coração do tribuno romano, ouvindo atentamente as palavras do rapaz.


Um jovem cujo nome não foi anotado pelo historiador. Sua omissão foi providencial a fim de que apreciássemos sua lealdade e coragem, tão valorizadas por Deus.

Através dos anos a atitude deste moço tem enternecido muitos corações, e têm levado muitos a refletir em comportamentos que já perderam o seu brilho. 

Deus deseja usar nossa lealdade e coragem em seus caminhos. Devemos ser leais a Ele e testemunhar de nossa fé e coragem com convicções absolutas.

Não importa o fato de sermos desconhecidos, ou serem poucas nossas qualidades e instruções, ou mesmo nosso nome desconhecido. Assim como Deus conhecia o sobrinho de Paulo, conhece a mim e a você, e deseja nossa lealdade e coragem.

Relato em Atos 23

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz





sábado, 30 de junho de 2012

PENSAMENTOS PARA UM VIVER FELIZ: Trânsito, um caos

PENSAMENTOS PARA UM VIVER FELIZ: Trânsito, um caos: “Seja paciente comigo. Estou sendo trabalhado por Deus” Há poucos dias deparei com essa frase estampada num adesivo no vidro de um carr...

Trânsito, um caos





“Seja paciente comigo. Estou sendo trabalhado por Deus”

Há poucos dias deparei com essa frase estampada num adesivo no vidro de um carro, e confesso que a mesma ficou martelando meu pensamente o dia todo.

A mensagem é dirigida ao condutor que vem atrás, muitas vezes impaciente, quer seja pela morosidade do trânsito ou do motorista. E nesse caso, haja paciência.

Mas onde entra o trabalho de Deus? Em que área o portador da mensagem precisa ser trabalhado? Claro que não tenho a resposta, pois não o conheço, embora muito gostasse.

E eu, que me conheço bem, onde preciso ser trabalhado por Deus? Por certo em muitas áreas, mas principalmente no trânsito que é um caos nesta Cidade.

Deus precisa trabalhar, e muito, na linguagem, no pensamento, nos gestos, no olhar de censura. O motorista que vem atrás muitas vezes não é paciente, mas eu devo mostrar sinais de quem é ensinado por Deus. Deus me ensina e eu faço a lição de casa no trânsito.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cabelos Brancos! E agora? Velhice?






  A Velhice

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas…


O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.


Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,


Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!


Olavo Bilac



Há algum tempo li num site de relacionamento sobre um homem cuja idade já passava dos 50, querendo uma fórmula para esconder seus cabelos brancos.  Ele não queria que os outros o vissem como um velho, com direito à fila de idosos, assento preferencial nos coletivos ou metrôs etc  Confesso que fiquei estarrecido com tamanho pavor.


Num passado não muito distante esse medo era das mulheres, que providenciavam todos os meios para ocultar sua idade e para realçar sua beleza. Hoje encaramos com a maior naturalidade esse recurso, pois algumas realmente rejuvenescem e  ficam mais bonitas.

Mas de uns tempos para cá os homens passaram a usar os mesmos recursos, o que não há nada de errado. Cabelos, maquiagem, unhas, tratamento de pele, e também se sentem rejuvenescidos.

O que há de estranho é usar tais recursos para esconder a idade que é uma dádiva de Deus. Os anos acumulados trazem experiências daqueles que uma vez erraram, e agora podem abrir os olhos dos que vêm atrás.

Por que esconder algo que está inserido em nosso corpo, que nos avisa a cada manhã que nossos recursos diminuem, nossas forças se esvaem e nosso andar se torna trôpego? Será que cabelos tingidos vão resolver tais contingências da vida? É como uma caiação numa parede descascada onde por mais que se apliquem retoques qualquer um vai enxergá-los.

O cabelo tingido pode ser comparado a uma vida manchada pelo pecado, inclinação latente em toda a pessoa para contrariar a vontade de Deus. Daí  surgem as fórmulas de "tingimento" para camuflar a realidade. 


Os bons modos, a educação, a religião, a honestidade, que não deixam de ser ótimos ingredientes, mas à luz da Palavra de Deus não passam de camuflagens baratas.

O pecado vai estar sempre presente tal como o cabelo branco escondido pelo tingimento.

Por último, se você quiser continuar ocultando seus cabelos dando uma aparência jovial, tudo bem. Não há nada de errado. Mas não se envergonhe de ser idoso.

O que ninguém pode fazer é esconder o seu pecado, maquiá-lo da forma mais atraente, pois Deus o vê de qualquer forma.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz








                     







  

quarta-feira, 13 de junho de 2012

BODAS DE PRATA




 Nosso Blog deseja homenagear nossos queridos sobrinhos Davi e Andrea, que hoje completam 25 anos de uma união feliz e abençoada.

Sem dúvida o caminho trilhado por vocês não foi fácil, mas foi gratificante, com Deus sempre providenciando as forças necessárias.

As bênçãos sem medida chegaram de mansinho, e vocês que eram dois hoje são sete: três filhos, uma nora e um neto.

Que o caminho que vocês têm pela frente, na perfeita soberania do Todo Poderoso, seja por Ele amaciado, e se as lágrimas aparecerem, sejam por Ele estancadas.

Não se esqueçam de que o sol está sempre presente no firmamento, embora muitas vezes as nuvens nos impeçam de vê-lo. E vocês sabem que Jesus é o nosso Sol de Justiça, o nosso Redentor, sempre presente nas nuvens de nossas provações. Ele é forte nas palavras do profeta Jeremias: “Mas o seu Redentor é forte,o Senhor dos Exércitos é o seu nome” (50:34 –B).

Recebam nosso afetuoso abraço.

Tios Orlando e Fátima


Salmo 22 - O salmo da cruz


Deus meu, Deus meu por que me desamparaste? 





Quando o rei Davi compôs este salmo, cerca de mil anos antes de Cristo, penso que ao terminá-lo o revisou várias vezes, assim como nós fazemos com nossos artigos. Entretanto, com uma diferença: as nossas revisões muitas vezes alteram totalmente nossos pensamentos, as de Davi, caso tenham sido feitas, do primeiro ao último versículo não houve modificação. Tudo estava perfeito. A pena de Davi foi serva do Espírito Santo, e o salmo saiu perfeito como toda a Palavra de Deus.

Mas me ocorre outro pensamento: teria Davi entendido o que escreveu? Apenas para lembrar: a pena de morte por crucificação foi imposta pelo Império Romano, até então inexistente, e Davi faz menção da mesma referindo-se a Cristo , tendo as suas mãos e pés trespassados pelos pregos romanos.

Outro aspecto interessante é que grande parte do sofrimento relatado neste salmo não ocorreu na vida de Davi, daí a nossa questão: teria Davi entendido o que escreveu?

Entendendo ou não, hoje nós o entendemos porque nos situamos após a tragédia da cruz. Antes dela, também estaríamos confusos e totalmente perdidos na sua leitura, mas hoje, quando a Cruz se tornou uma realidade e a maior bênção na vida do pecador, o Salmo 22 ilumina todo nosso conhecimento.


A Cruz do Salmo 22 é a mesma que nosso Salvador foi suspenso entre o céu e a terra, onde ofereceu sua vida por nós. É a rude Cruz tão bem apresentada no velho hino que diz: "Rude Cruz se erigiu, dela o dia fugiu como emblema de afronta e de dor. Não esqueço essa Cruz porque nela Jesus deu a vida por mim pecador".

Por último,  se hoje entendemos perfeitamente a tragédia da Cruz, jamais entenderemos a profundidade do amor de Deus em entregar seu único Filho a uma morte de Cruz , abandoná-lo e afastar-se do seu bramido. Daí seu lamento de dor: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?”.

Jesus foi desamparado na Cruz para se tornar o Maravilhoso Redentor de todo aquele que, arrependido, prostrar-se ao pé da Cruz e confessá-lo como Salvador e Senhor.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz


sábado, 9 de junho de 2012

AMOR PELA CASA DO SENHOR


Igreja em São Tomé e Príncipe




“Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; por-me-á sobre uma rocha”. (Salmo 27:4,5)

Que homem especial seria o salmista Davi, autor deste salmo, onde demonstra seu amor pela Casa do Senhor. É bem provável que ainda não reinava sobre Israel e que compôs este salmo por ocasião da sua terceira unção para ser rei ( II Sam.5:4).

Estava prestes a reinar, e por longos anos aguardou pacientemente por essa ocasião. Entretanto, não duvidou, nem esmoreceu diante das promessas de Deus, pois sabia que Ele  era fiel. E nesses anos de espera, seu amor pelo Senhor e por sua casa aumentava dia a dia.                                                                                               

Na época de Davi, desde os seus primeiros dias, sabia que Deus se manifestava no tabernáculo, no lugar escondido, onde somente entrava o Sumo Sacerdote. E uma vez na Casa do Senhor sentia uma paz profunda.

Como vai o seu amor pelo Senhor e por sua casa? Hoje sabemos que Deus se revela em cada um na pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Buscamos a sua casa, e como igreja nos ajuntamos para ter comunhão com Deus e com os nossos irmãos. E como é apreciável nos ajuntarmos como uma família. Parece-nos que estamos abrigados de todo o vento e tempestade quando sentimos o calor de um abraço, o sorriso no rosto de um irmão e uma expressão cordial. Diante de tudo isso, dá vontade de morar na casa do Senhor.

Que esta seja a minha oração, pois contemplando a face de cada crente vejo refletida a obra da cruz, onde contemplo a formosura do Senhor. E no dia da adversidade, Deus estará por cima e eu estarei seguro na rocha que é Cristo, bem abrigado por ele.

Amemos cada vez mais nossos irmãos, e que ao findar o domingo   comecemos a sentir saudades deles,desejando vê-los e abraçá-los na próxima reunião.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 1 de junho de 2012

SANSÃO, UM HOMEM FRACO





A história de Sansão está contida em cinco capítulos do livro dos Juízes. Sua força descomunal enche de satisfação crianças, e por que não adultos, também?

A tendência normal é direcionar a atenção tão somente na sua musculatura, e não atentar para a fraqueza do seu caráter, sua obstinação, sua desobediência aos pais, e sua falta de temor a Deus. Além do mais era convencido e arrogante e seu pensamento era voltado somente para mulheres. Era um homem enganador, vingativo e cruel.

Contra vontade de seus pais escolheu uma mulher da cidade de Timna, reduto dos filisteus. No sétimo dia das bodas o pai da moça a entregou para seu companheiro de honra, e Sansão não se casou com ela.

Depois de tanta vingança, ao final de seu governo, passou a coabitar com uma prostituta, e mais tarde apaixonou-se por uma filistia chamada Dalila, que ao descobrir a fonte de sua força o entregou ao seu povo, tendo um fim mergulhado na cegueira.

 Sansão tinha de tudo para ser feliz: um lar que foi abençoado com a presença do Anjo do Senhor dando notícias de seu nascimento, e instruções sobre sua criação.. Mas ele bem cede desejou seguir seu caminho distanciando-se a cada dia das diretrizes deixadas por Deus, o Anjo do Senhor, o Maravilhoso.

Seria melhor concentrarmos nossa atenção nas causas da fraqueza do caráter de Sansão e não na sua força, e salientar o amargo preço que paga uma vida longe da obediência de Deus e dos pais. Conforme alguém comentou com bastante propriedade: o pecado aprisiona, cega e oprime.

Lembremos dos conselhos do sábio Salomão “ Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz. Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. E acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e do homem. Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas¨ (Proevérbios 3: 1 a 6)

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 25 de maio de 2012

SOBRECARREGADO, MAS SUSTENTADO



  
                                               

                “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá;
                                          nunca permitirá que o justo seja abalado”. (Salmo 55:22)

Um homem perplexo e sobrecarregado, mas sustentado por Deus. E o rei Davi era este homem, passando por um momento bastante tumultuado.

Depois de expor vários pensamentos alinhados neste salmo, todos carregados de ressentimentos, ele chega à última parte nos versículos 16 a 23, mostrando a sua fé para com Deus. “Mas eu invocarei a Deus e o Senhor me salvará” (16).

Como está o seu coração neste dia? Sobrecarregado, aflito, amargurado? Talvez tantas coisas têm acontecido que cooperaram para afugentar o riso dos seus lábios.

Todos nós passamos por momentos assim, não é? Quem se atreve a atirar a primeira pedra?

Precisamos estar a sós com Deus, e fazer o mesmo que Davi: “Mas eu invocarei a Deus e o Senhor me salvará”.

“Lança o teu cuidado”  Com  estas palavras  Deus falou ao coração de Davi: Onde lançar? Sobre o Senhor, e como resultado, sua sustentação virá sem qualquer abalo.

Esta lição foi dada por Jesus no sermão do monte (Mateus 6:25). Ele conhecia a personalidade de cada um dos seus discípulos, e como receberiam mais tarde as fortes provações, os vendavais do inimigo, e, portanto, desejava instruí-los neste sentido.

Pedro aprendeu a lição, pois já envelhecido, ao escrever aos crentes da Dispersão, ensinou-lhes a importância de lançar sobre Ele toda ansiedade: “Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”(I Pedro 5:7).

Que tal absorvermos a mesma lição? Deus a ensinou a Davi e este se apropriou dela. Jesus ensinou aos discípulos e Pedro em especial guardou-a em seu coração; os estrangeiros da Dispersão, por sua vez aprenderam a grandiosa lição dos lábios de Pedro, e assim por diante.

Estamos dispostos a aprendê-la? Deixar que nosso coração se aproprie dela? Só assim encontraremos a paz desejada e com entusiasmo poderemos ensiná-la. A quantos? Sem dúvida será uma quantidade muito expressiva de pessoas.

Deixemos com o Senhor nossas ansiedades. Seu ombro é forte e seu coração é sensível e amoroso às nossas apreensões.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 18 de maio de 2012

QUANDO É IMPOSSÍVEL CANTAR


“Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?
Salmo 137:5

Quando leio este salmo uma imagem triste vem à minha mente. Sugere um fim de tarde, o sol se pondo, e de mansinho as nuvens brancas se retirando dos céus. Homens, mulheres e crianças estão sentados à margem do rio, calados, pensativos. Facilmente se descobre que são judeus, longe dos campos de trigo, das terras outrora fartas, dominados por um povo estranho. 

Mais além há um outro grupo de pessoas sorrindo e despreocupadas, longe de problemas. São os que oprimem os judeus e que pedem para que cantem os salmos de Davi, de Asafe,compositores judeus.

Mas a voz não lhes sai da garganta e as harpas estão sem uso, suspensas nos salgueiros que cobrem o rio. Que quadro mais sombrio e triste.

É difícil cantar as canções do Senhor em terra estranha, inimiga, na presença de um povo cruel e sanguinário como os babilônios. Um povo que desconhecia a grandiosidade do Deus de Israel.

Quantas vezes podemos nos encontrar à “beira de um rio”, ao cair de uma tarde com nossos pensamentos longe de Deus, distante das nossas origens. E cercado de “amigos” que nos pedem uma canção, nossa voz não sai.

Naquela noite fria, Pedro, o discípulo impulsivo estava sentado entre os inimigos de Jesus. Estava numa “terra estranha”, sem poder contar as maravilhas de seu Mestre e seus grandes feitos. Outra não foi a saída, senão dizer bem alto que não conhecia o Galileu recentemente preso, na sala do julgamento.

O que fazer então em uma terra estranha? Primeiramente, jamais deveríamos  estar  lá. Mas a nossa fraqueza e distância do Senhor permitiu que o inimigo nos tornasse cativos. Então devemos fazer o que Pedro fez: chorar amargamente, e arrependidos, buscar refúgio nos braços de Jesus. Confessar nossa fraqueza, nossa derrota e nunca mais sairmos da sua presença.

O cântico do Senhor jamais será entoado em terra estranha, pois seus ocupantes não conhecem os acordes dos céus.

Que o Senhor nos guarde preservando nossas vidas e testemunho dentro de seus limites, onde podemos entoar o cântico dos remidos, lavados pelo sangue do Cordeiro.


Que assim seja

Orlando Arraz Maz

domingo, 13 de maio de 2012

SER MÃE



         
Meu carinhoso abraço na mãe dos meus filhos 
e em todas as mães, leitoras deste blog. 
Um dia como este não é para ser festejado com presentes 
caros ou baratos, 
mas com amor, respeito e consideração. 
E tais dádivas nada custam. Beijo no coração de vocês.




       SER MÃE

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
O coração! Ser mãe é ter no alheio
Lábio, que suga, o pedestal do seio,
Onde a vida, onde o amor cantando vibra.
 
Ser mãe é ser um anjo que se libra
Sobre um berço dormido; é ser anseio,
É ser temeridade, é ser receio,
É ser força que os males equilibra!
 
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
Espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
 
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso! 
Coelho Neto

sexta-feira, 11 de maio de 2012

CACOS,O QUE FAZER COM ELES?


 

 Lembra-se daquela xícara de porcelana que escapou da sua mão e se espatifou no chão? De repente a beleza que encantava as visitas foi transformada em cacos, e só restou um aí profundo e um prejuízo enorme. Os cacos foram recolhidos com uma pazinha, pois nada mais se podia fazer.


O homem por mais inteligente que seja não pode juntar os cacos e refazer a xícara quebrada.

O grande restaurador de cacos é Deus.

Um dia o homem escapou das mãos de Deus, se embrenhou no caminho do pecado, caiu e se transformou num monte de cacos. 

E Deus enviou seu Filho Jesus ao mundo para buscar e salvar o homem entregou-o a uma morte de Cruz, e a partir daí tornou-se o maravilhoso restaurador de cacos.

Basta crer e confiar no seu poder, e a vida que foi quebrada e transformada em cacos é totalmente restaurada. E aos olhos de Jesus é mais preciosa do que a porcelana ou ouro refinado. Dai, a poesia do hino: "De Jesus a beleza se veja em mim, seu amor e pureza revele assim, ó que todo o meu ser possa se converter na beleza de Cristo Jesus em mim".

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O SUICÍDIO DE JUDAS



"Ora, o traidor tinha-lhes
dado esta senha:
Aquele a quem eu beijar,
é esse; prendei-o
e levai-o com segurança"
(Marcos 14:44).



Judas nunca conseguiu derramar lagrimas. Atravessou a vida totalmente insensível, e nem as cenas mais comoventes vividas pelos personagens bíblicos nos Evangelhos tocaram seu coração.

Quando em Betânia, Maria, agradecida pela ressurreição do seu irmão Lázaro, ungiu os pés de Jesus, enxugando-os com seus cabelos, foi por ele duramente censurada: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?”.

Aquela cena tocou profundamente o coração de Jesus, pois falava de sua morte. Judas, ao contrário, foi ter com os principais dos sacerdotes e lhes propôs um grande negocio: um plano para entregar seu Mestre pela soma de trinta moedas de prata, dez por cento do valor atribuído ao perfume de Maria.

E diante de muitas curas e ressurreições, seu coração permanecia qual pedra de mármore.

Um coração seco jamais fará brotar lágrimas dos olhos.

Na escura noite da traição, frente à frente com Jesus, aproxima-se do seu rosto para beijá-lo. Provavelmente a única vez que o beijou. E mesmo assim, para dar um sinal aos soldados. Aquele era um beijo enganoso: “... porém, os beijos de quem odeia são enganosos” (Provérbios 27:6).

O olhar de Jesus jamais lhe comoveu: "com um beijo trais o Filho do Homem?”.

Que diferença do seu colega de apostolado, Pedro, que ao presenciar a prisão de Jesus, passou a segui-lo de longe. O amor fez com que Pedro tivesse vergonha de fugir; o medo fez com que ele tivesse vergonha de se aproximar. Mas, ao presenciar a cena do julgamento de Jesus, foi profundamente tocado pelo seu olhar e chorou amargamente.  

Judas, tocado pelo remorso, foi enforcar-se. Nada mudou seu coração desde o primeiro contato com Jesus até aquela última noite. Uma vida cheia de contrastes: viveu e caminhou ao lado da luz, mas nunca abandonou as trevas. Depois da ceia memorável, saiu na escuridão. O evangelista João destaca: “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite”. Como viveu, morreu na escuridão do pecado e sem derramar lagrimas.

Pedro, tocado pelo arrependimento, foi restaurado por Jesus. Judas, tocado pelo remorso, seguiu seu próprio caminho para longe de Jesus e foi enforcar-se.

Que nossas vidas tirem lições destas duas vidas: sigamos o caminho de Pedro levando sempre no coração o olhar de Jesus, e jamais permitamos que uma pequena faísca da vida de Judas incendeie nossa vida.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz