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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

CRISTÃOS NOMINAIS


O chamado “meio evangélico” tem sido palco de verdadeiros escândalos, causados por elementos que nele se infiltram para tirarem proveito. E assim, verdadeiros e falsos são colocados em um só pacote. Para os que comungam uma fé verdadeira tais fatos não os surpreendem, pois a Palavra de Deus, que para os tais tem sua eficácia, colocou sinais de alerta em suas páginas. São os lobos vestidos de ovelhas, ensino preconizado por Jesus e tão atual para os nossos dias.

Quando o estrago é produzido longe de nossos olhos é uma coisa, mas quando chega bem perto somos fartamente questionados: “fulano era de tal igreja”. E a colocação fica como uma exclamação.

Em todos os segmentos religiosos tem e sempre terá os verdadeiros e os falsos. Nos tempos dos apóstolos eles se infiltravam sorrateiramente, conquistavam a confiança dos demais, e logo davam o bote quais serpentes venenosas. Então, passados quase 21 séculos, a prática persiste e não é nenhuma novidade.

Ainda há os que exploram a boa fé com demonstrações de certa piedade, usam frases de efeitos, jargões usados nos meios evangélicos, e chegam a confundir os verdadeiramente piedosos. E muitos que não professam a mesma religiosidade ficam encantados e depositam neles total confiança, e não tarda, são pegos de surpresa.

O coração ocupado por Jesus é cenário de vidas corretas, que se exteriorizam de formas convincentes. Esforçam-se por produzir frutos saborosos a todos os paladares, palavras  ponderadas, gestos cautelosos, pensamentos puros, fazendo total diferença, custe o que custar, e isto independe de qualquer bandeira religiosa.

Quando Jesus se torna o verdadeiro pastor da ovelha, esta lhe obedece, ouve sua voz e  permite que Jesus caminhe à sua frente. O passo da ovelha deve ser sempre menor do que o passo do Pastor, e mesmo assim o cansaço pode ocorrer, quando Ele prontamente a coloca sobre seus ombros.

Por mais que se esforce, o falso jamais será ovelha, pois esta não surge de um passe de mágica, e sim de uma vida depositada aos pés de Cristo, fruto de um verdadeiro arrependimento, bem distante dos arraiais da religião. É obra da graça de Cristo.

Nosso dever é interceder em favor deles, suplicar ao Todo Poderoso que lhes abram os olhos para que vejam o  caminho da cruz, entrem por ele, se convertam e voltem a andar com honestidade diante de Deus e dos homens.

E para os que nos confrontam ou nos igualam, mostremos o nosso viver, e deixemos que descubram as diferenças entre o falso e o verdadeiro, entre a imitação barata e a imitação de Cristo.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz











domingo, 9 de dezembro de 2012

A BIBLIA






Hoje é comemorado o Dia da Bíblia. Um livro sem igual. É uma carta saída do coração de Deus para o coração do homem, e que visa a modificar toda sua estrutura. É o Livro dos milagres, não somente físicos, mas, sobretudo espirituais. Todos os esforços para melhorar o ser humano, as melhores leis e estatutos têm sido frustrados e completamente vãos, sem que primeiro o homem se submeta às Leis Divinas e tenha seu coração transformado. E este manancial de bênçãos encontra-se na Bíblia – O Livro dos livros.

A Bíblia é a Palavra de Deus. Nela descobre-se o estado do homem, o caminho da salvação, o destino dos pecadores e a felicidade eterna dos que creem.

Santas são suas doutrinas, invioláveis seus preceitos, verídicos seus relatórios e imutáveis suas decisões.
Para ser sábio deve ser lida; para ser salvo, acreditada;  e  para ser santo, praticada. 

Encerra luz para guiar, alimento para sustentar e consolo para alegrar.

A Bíblia é a carta geográfica do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espado do soldado e a credencial do cristão.

Nela se restaura o Paraíso, abrem-se os céus e se entreabrem as portas do inferno.
Jesus Cristo é seu grande objetivo, nosso bem seu desígnio e a glória de  Deus seu propósito.

A Bíblia deveria encher a memória, governar o coração e guiar os pés.

Deve ser lida de forma lenta, frequentemente e com oração.

É uma mina de riqueza, um paraíso de glória, um rio judicioso.

Ela é dada na vida, será aberta no Juízo e recordada por toda a eternidade.

A Bíblia encerra a mais alta responsabilidade, recompensará o mais árduo labor, e condena a todo que despreza o seu sagrado conteúdo.

Palavras de Spurgeon

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

QUEBROU ! E AGORA?





Há alguns dias mandei um vídeo para ser consertado, e qual não foi minha surpresa em ouvir do técnico que o conserto não compensava. Seu destino deveria ser o lixo. Uma tristeza, pois estava bem conservado, sem riscos, e parecia ter saído da loja. Mas, para nada mais servia.

E por falar em algo que se quebrou, vem à lembrança o vaso do oleiro descrito pelo profeta Jeremias.
A palavra que veio do Senhor a Jeremias, dizendo:
Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas.
Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer. (Jeremias 18:1-4)

Um oleiro e sua obra - um vaso - possivelmente para ser usado como decoração, o que requeria muito cuidado e atenção. Mas mesmo assim, quebrou-se nas mãos do oleiro.

Deus fez uma obra perfeita na criação do homem e sua mulher. Como um vaso de barro, sem rachaduras, uma verdadeira obra prima. Mas não tardou, exposto às tentações de Satanás, ficou totalmente destruído, com riscos por toda parte. Perdeu sua utilidade principal: glorificar seu criador através da obediência.

Através dos tempos o ser humano, qual vaso de barro, tentou cobrir as rachaduras e ocultar os defeitos. Tarefa impossível, cansativa, desgastante. Aparentava uma coisa, mas era realmente outra. Como bem diz o ditado:  "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

O que fazer, então? O conserto vem pelas hábeis mãos de Jesus, que nos molda de acordo com seu caráter. Nos dá uma nova vida, nos salva perfeitamente, e nos apresenta ao Pai como uma obra prima. Basta não fazer vistas grossas para as rachaduras, e suplicar seu perdão e pedir que nos restaure.

Para os aparelhos eletrônicos e todos os demais que apresentam defeitos, como o meu, embora conservados, nada se pode fazer. Mas para o ser humano há esperança de ser plenamente reciclado pelas mãos do nosso Amado Oleiro, o Senhor Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PARABÉNS! MUITOS ANOS DE VIDA


"Ensina-nos a contar os nossos dias para que os nossos corações alcancem sabedoria"


É interessante ler tais palavras saídas  da boca de Moisés, criado e instruído em toda a ciência ensinada nas côrtes Egípcias: pedia sabedoria a Deus para contar os seus dias.

Moisés aprendeu a matemática do Egito durante os 40 anos que lá esteve. Conhecia perfeitamente seu calendário que já era semelhante ao nosso.

Entretanto, no deserto, a matemática egípcia de nada servia, e seus conhecimentos foram reduzidos a nada. Se esgotaram.

Agora frequentava a Escola de Deus nas areias quentes do deserto, e lhe pedia instrução para contar os seus dias.

Egito e deserto são divisores de águas, assim como é a Cruz de Cristo e a trajetória humana. Frente à Cruz de Cristo nossos recursos se esgotam e nossos conhecimentos se tornam nulos, sem valor. 

A partir do caminho da Cruz, ao passar por ela, reconheço em Cristo toda a suficiência necessária para contar os meus dias.

Moisés adquiriu sabedoria de Deus, descalço, contemplando a sarça ardente que não se consumia. E no deserto, com humildade, confessava a Deus  sua incapacidade: "Ensina-nos a contar os nossos dias".

Vejo na cruz de Cristo um amor ardente que não se consome, e que me ensina a contar os meus dias e vivê-los com sabedoria, conhecendo a cada dia o amor divinal de Cristo.

Na minha juventude entrei por esse caminho abençoado, e na Escola de Deus passei a contar os meus dias, alcançando um coração sábio que descobriu o amor de Cristo.

É  com muita gratidão e alegria que escrevo  estas linhas, nesta data tão abençoada dos meus 70 anos.

A Deus seja glória

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ALGEMAS QUEBRADAS



“Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”. (Salmo 79:11)

Ao ler este versículo me vem à mente o período triste da escravidão, fartamente relatado em nossa história, e bem realçado por Castro Alves em sua obra “O Navio Negreiro”.

Asafe, o escritor deste Salmo, também apresenta a situação trágica dos cativos. O  inimigo invadiu Israel, tomou posse da capital, corrompeu o templo sagrado, e reduziu a cidade em ruínas. Os que sobreviveram ao massacre se tornaram escravos e foram levados como cativos para outras terras. Daí o clamor do povo: “Venha perante a tua face o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte”.  

Clamar por socorro a Deus é a melhor e única solução. Foi exatamente o que fez o povo  de Israel outrora escravo no Egito. “Sob o açoite dos feitores de Faraó, também clamaram e Deus os atendeu: ”Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo... por isso desci a fim de livrá-los” (Êxodo 3:,8-9)

Entretanto, há uma escravidão que supera todas as demais, e que foi apontada por Jesus ao combater os fariseus: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado."  (João 8 : 34)

O pecado tem sido o algoz do ser humano, que o leva a  um viver fadado ao sofrimento e  à separação eterna  de Deus. Rouba-lhe a paz, tira-lhe o sono, e estabelece um clima de terror. O pecado esfria o amor e separa famílias. O pecado é uma fonte contínua de lágrimas a jorrar.

Jesus veio ao mundo, nasceu de uma virgem, e como Deus-Homem  levou sobre si as nossas transgressões, e como nosso substituto morreu em uma cruz.

Diante do quadro tenebroso do pecado, mais uma vez Jesus vem nos ensinar: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

Há uma poesia adaptada por José Ilídio Freire, em forma de canto que diz: “Os meus grilhões Jesus quebrou com sua poderosa mão; por seu poder me libertou, não vivo mais na escravidão” (HC 596). Na cruz Jesus Cristo com sua morte vicária, proclamou a libertação dos escravos,  e trouxe a paz ao coração do homem.

Quando o ser humano compreender e depositar sua fé na obra redentora de Jesus, crer que Ele padeceu na cruz por seus pecados, passa a ter total posse da libertação obtida por Ele. E tem a plena liberdade.

Você, ainda, carrega grilhões nos pés? Busque em Jesus a Verdade, e Ele te libertará. Só assim você poderá cantar: “Os meus grilhões Jesus quebrou...não vivo mais na escravidão”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

FICHA LIMPA






Nunca se falou tanto em “ficha limpa” como nos últimos dias. Nas eleições ocorridas recentemente os candidatos a algum cargo precisavam apresentar uma ficha limpa, isenta de apontamentos ou ressalvas. Caso contrário seus nomes seriam vetados.

As fichas limpas também são aplicáveis às pessoas comuns, que se habilitam para um emprego nos órgãos públicos, ou para comprarem através de uma venda financiada. E caso apareçam ressalvas precisam quitar seus débitos para terem novamente uma ficha limpa.

As portas são abertas com mais facilidade e os entraves são bem menores, quando as “fichas” não nos acusam. Podemos respirar com alívio e conseguir nossos objetivos tão almejados.

E nossas fichas espirituais, aquelas que estão nas mãos de Deus, e que só ele pode apagá-las, como estão? Elas têm nos preocupado? Têm tirado o nosso sono? São extensas?

Olhando para as Escrituras onde há inúmeras referências às nossas transgressões que  nos afastam de Deus, destacamos as seguintes:

"Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades;" (Isaías 59 :12)

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rom.3:23).

As nossas fichas estão manchadas, sim, com fortes anotações feitas por Deus, abrindo um enorme fosso entre nós e Ele. Portanto, mais do que lógico estarmos preocupados.

Então, o que fazer? Se fossem as “fichas” manipuladas por mãos humanas, saberíamos o caminho. Mas o que fazer com as “fichas” que estão sob o controle divino?

Deus, mais do que ninguém, nem mais do que nós mesmos tem interesse em torná-las limpas. Ele mesmo afirma seu desejo:

"Vinde então, e argui-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã."  (Isaías 1 : 18)

“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro." (Isaías 43 :25).

Deus nos apresenta um escrivão competente – Jesus Cristo, seu filho -que conhece todos os procedimentos, e vai usar o seu sangue precioso como tinta para apagar a nossa transgressão.
Basta chegarmos à sua presença, humilhados aos seus pés, e confessarmos nossos pecados e o desejo de termos "fichas limpas":


“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
...e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. (I João:1:7,8,9).

 Se as “fichas limpas” abrem portas para as tarefas mais diversas e nos trazem tranquilidade, muito mais as que são limpas por Deus, pois elas abrem as portas do céu e nos dão a paz de Cristo aos nossos corações.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz













domingo, 18 de novembro de 2012

UMA DATA PARA SER LEMBRADA E AMADA




“Celebrai com júbilo a Deus, todas as terras.
Cantai a glória do seu nome; dai glória ao seu louvor.
Dizei a Deus: Quão tremendo és tu nas tuas obras
Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito à minha alma.
A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua”.
Salmo 66


A bondade de Deus mais uma vez se manifesta nesta data tão especial. Mais um ano de vida foi acrescentado aos teus anos.

Agradeço a Deus de todo o coração pela companheira que você é. Apesar dos cabelos embranquecidos, sua juventude permanece inalterável, seu entusiasmo em nada mudou e o seu sorriso permanece o mesmo de sempre. E sua postura de mulher de oração e fé cresce com os anos, e assim me sinto totalmente grato e  dependente.

Que tal nós dois usarmos as palavras do salmista: “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito?” O salmista tinha seus benefícios e assim louvava ao Senhor. Por certo você tem uma grande quantidade de benefícios presenteados por Deus. E  eu tenho  benefícios, também,  vindos através de sua vida, e por eles sou grato e abençoado.Resta-nos a Deus, assim,  rendermos toda a nossa gratidão.

Parabéns e que nosso Deus conserve sua vida por longos e saborosos anos.

Com muito amor, eu. Quem mais poderia ser?






sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CABELOS BRANCOS


"Por ti tenho sido sustentado desde o ventre...tu és minha confiança desde a mocidade... agora,também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração,e o teu poder a todos os vindouros”
(Salmo 71)
                                                                                                                         
Meditar neste Salmo é algo notável. Cada versículo apresenta de forma nítida o traçado de uma vida  dirigida pela  mão de Deus que é uma realidade notada desde a fecundação do embrião no ventre,  uma confiança inabalável na mocidade e uma companhia certa na velhice.

Quantas vezes surgem desculpas na mocidade e lamúrias na velhice. Coisas assim: “Sou relativamente novo para estas coisas. Ou “já fiz muito e agora preciso descansar, que façam os mais novos".

O salmista ensina que nossa atitude deve ser totalmente diferente.Ele se apresenta  como uma pessoa cheio de vigor, repleto de esperança, embora com  cabelos brancos.   

“Mas eu esperarei continuamente e te louvarei cada vez mais” (vers.14). A vida para ele era feita de pedaços de alegria, de ânimo e de coragem. Embora conhecesse suas limitações, depositava total confiança na força do Senhor seu Deus.                                                                                                                                   

 Como tenho encarado meu dia-a-dia? Envergonhado, confesso que muitas vezes  não  agi  como o salmista ensina neste salmo. O aparecimento de cabelos brancos tem sido suficiente para pensar em descanso das tarefas dadas por Deus.                                                                                                                                 

Deus deseja um comportamento totalmente diferente. Ele nos alimenta  desde a infância     e nos equipa  na mocidade, para quando os cabelos brancos chegarem  possamos transmitir um cântico de esperança às novas gerações.                                                                                                                                    

Que os nossos olhos estejam abertos para  contemplação e aprendizado deste salmo. Deus é uma realidade desde antes da nossa formação no ventre materno, e deseja ser o  Deus durante a mocidade, e tê-lo como companheiro inseparável na velhice.

O desejo do salmista na sua velhice era prestar um  trabalho anunciando a força de Deus aos seus amigos e o Seu poder às gerações futuras.

Não deveria ser este o nosso desejo?  Quer privilégio maior do que anunciar o poder e a força de Deus revelados na pessoa de Jesus Cristo?  “A minha língua falará da tua justiça todo o dia...os meus lábios  exultarão quando eu te cantar,assim como a minha alma que tu remiste...também eu te louvarei com o saltério, bem como a tua verdade, ó meu Deus;cantarei com a harpa, ó Santo de Israel”.

Ao concluir, que nossa oração seja dirigida a Deus neste sentido:  ”Muda, Senhor, o meu coração; corrija os meus pensamentos; feche os meus olhos para os meus “cabelos brancos” e abra o meu coração para o vigor da Tua força e que eu cante e conte todas as tuas maravilhas.

Que assim seja 
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

PRAIA OU MAR







‘Que mar imensurável é teu profundo amor,
Ó como és deleitável insigne Salvador.
Em ti nós descansamos, na tua perfeição,
E a ti apresentamos a nossa adoração.”
(HC 519)

Passear pela praia e observar o mar que parece juntar-se no horizonte, ou entrar no mar profundo e mergulhar em suas águas, o que é melhor?

As duas colocações são interessantes, mas a segunda é bastante arriscada, mesmo para os que estão habituados em mergulhos. O mar é traiçoeiro e nele muitos já perderam suas vidas.

Nas cenas do naufrágio do Titanic, vimos como as pessoas lutaram para não morrer nas águas profundas e geladas daquele mar bravio.

Enfim, na praia os riscos são pequenos, no mar estão presentes.

Entretanto, pensando na poesia inserida neste texto, um hino cantado nas igrejas evangélicas, o amor de Cristo é retratado como um mar imensurável. Ao mergulhar em suas águas profundas encontro vida em abundância.

Não pretendo passear pela praia e observar o seu amor, pensar nele como fuga para os meus males, como um talismã para curar minhas feridas, mas quero mergulhar e sentir o envolvimento de suas águas da cabeça aos pés. Banhar-me em suas águas refrigera minha alma, e assim sou muito feliz.

Entremos neste mar. Fujamos da praia onde há desilusões e mágoas, e confortados no  amor de Cristo, juntos descansemos.

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15 : 13)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ESTOU COM PRESSA





“Espera no Senhor; anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, pelo Senhor”. Salmo 27:14

Devo confessar que a paciência não é meu ponto forte. Ao executar alguma tarefa quero terminá-la logo; no trânsito em meio a um congestionamento sou impaciente, e no consultório médico nem se fala.  E as situações seriam intermináveis.

A ausência de paciência é crônica, notadamente em dias onde nos acostumamos com a rapidez. A internet, por exemplo, deve ser rápida.

As ocorrências do dia-a-dia, essa pressa desenfreada, são prejudiciais, também, quando direcionadas nas atividades  espirituais.

Quero pressa nos meus pedidos de bênçãos, proteção, sabedoria, e sendo assim, deixo a paciência de lado e quero resolver os problemas num piscar de olhos, ou num simples toque de botão.

Lembro-me de Moisés quando viu um egípcio espancar um hebreu, e resolveu matá-lo imediatamente. Teve pressa e não esperou a providência divina.

E Saul, que depois de sete dias à espera pela chegada de Samuel, resolveu oferecer o holocausto ao Senhor, serviço privativo do sacerdote. Perdeu a paciência, e levado pela pressão das circunstâncias, cometeu pecado e foi reprovado por Deus.

Quando tratamos assuntos espirituais e perdemos a paciência, os prejuízos são inevitáveis.

Necessitamos exercitar uma boa disciplina para corrigir essa falha que só nos causam prejuízos.

Devo habituar-me a esperar nas providências do Senhor como  Davi me ensina neste salmo. Ele sabe o que é paciência, pois soube esperar pela morte de Saul para subir ao trono. Teve muitas oportunidades para ver-se livre , mas não lançou mão delas. Deixou esta parte para Deus.


O que hoje me faz querendo soluções apressadas de Deus? Um carro novo, uma casa confortável? Um casamento? Ou a cura de alguma enfermidade que me perturba?Será que posso correr na frente de Deus? Impossível.

Devemos fazer a nossa parte, correr atrás do nosso sonho e copiar a receita de Davi: Espera!   E o ingrediente é ter bom ânimo e um coração fortificado. É certeira e não falha. Davi provou-a em muitas circunstâncias de sua vida e teve pleno sucesso.

Há um ditado bem conhecido: a pressa quando não mata, pode levar alguém a ser paciente no hospital. E no hospital de Deus é o melhor lugar para sermos curados.

Deixemos nossas impaciências nas mãos de Deus, descansemos Nele, e Ele fará sempre o melhor.

As conquistas vindas de Deus são garantidas, não falham nem nos  decepcionam.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SERVO FIEL - UM RETRATO



“E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.”  (Mateus 25 : 21)

Este blog presta sua homenagem ao amado irmão João Claudino, que no dia 17 de outubro por volta das seis horas da manhã, partiu para estar com Cristo.

Servo fiel e valoroso que testemunhou até o fim, de seu precioso Salvador  a quem sempre serviu com alegria.

Fica guardado em nosso coração seu sorriso, bem como suas palavras de ânimo e consolo que sempre nos tocavam. 
Que possamos imitar seu exemplo de vida, e honrar a “cristãos como este”, nas palavras do Apóstolo Paulo (Filip.2:29)

O poema abaixo foi escrito por sua filha Magda e lido por seu filho Maurici na cerimonia fúnebre. 

Corre João!

João Claudino da Silva, assim lavrou-se o registro no dia 01 de abril de 1933.
Um menino pobre, nascido na cidade de Pindorama, interior de S.P.

Corre João, corre. 
Corre atrás da mãe querida, buscando carinho que nesta vida, só mãe pode dar.
O menino crescia agora mais solitário, porém mais responsável;

Corre Joãozinho, corre. 
Corre atrás da casa, pegando lenha, andando na mata, atrás do sustento para se alimentar.

O tempo voava, o menino não parava de correr. 
Corre João! Corre atrás do estudo em tempo oportuno para dar-lhe condições de um futuro melhor para viver.
O menino mudou; agora jaz um rapaz. Do campo para a cidade; correndo sempre…
Corre Servilho, corre atrás da bola, quão linda ela rola o sonho da vitória que ele queria conhecer.
Bailes, encontros juvenis, clubes; o jovem João almejava sua cara metade.

Corre João! Corre atrás da linda morena com ar de sereia que conquistou-lhe o coração.

Os filhos vieram, que alegria para João, mas os tempos eram de escassez, o que fazer então?

Corre meu bem, corre; corre atrás do financiamento da casa, mesmo sendo difícil a marcha, liquidou sua dívida com a caixa.

Comecei a concluir que João havia parado de correr, mas de repente, vi seus pezinhos saltitantes. Ele não corria atrás de sua mãezinha, pois esta se foi. Não mais atrás da casa, pois esta se foi, não mais do estudo, não mais atrás da bola, ele não corria mais atrás da linda morena e nem do financiamento da casa. Ele agora corre atrás do ser que lhe proporcionou toda essa jornada.

Corre Sr João, corre!Corre atrás do Deus vivo; corre atrás de estudos bíblicos, corre atrás dos netos queridos, corre atrás de consagração!

Puxa esse Sr João é incansável. Ele não para de correr!
Corre João, corre! 

Corre atrás das mansões celestiais que Teu Pai eterno te prometeu e agora com certeza receberás a coroa da vida em recompensa da Tua vitória.

Corre João, corre.

Magda Claudino

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

PLANTADOS NOS JARDINS DE DEUS




“Os que estão plantados na Casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus”  (Salmo 92:13)

Há pouco tempo eu e Fátima visitamos um comércio de venda de mudas de árvores e flores. Estávamos à procura de uma mexeriqueira, que além de enfeitar nosso  jardim, dá mexericas pequenas e cheirosas.

Vimos árvores pequenas de diversas espécies, que após alguns meses se tornariam grandes.Cada uma tinha as suas peculiaridades e lá estavam para serem escolhidas e bem cultivadas. E o vendedor nos apresentava cada uma  com  suas qualidades.                                                                                                                 

Certa vez comprei uma pequena árvore plantada em uma lata, que veio confortavelmente no carro. Anos mais tarde tornou-se um cipreste bem alto, com raízes profundas, obrigando-me a cortá-la por comprometer os alicerces de nossa casa.

Ao meditar neste salmo vejo como florescem os que são plantados na Casa do Senhor. As raízes neste caso são benéficas e não comprometem os alicerces. Quanto mais profundas, mais firmes se tornam.

Quantas vezes os vendavais da tristeza, da solidão, da enfermidade, da falta de recursos  tendem a nos derrubar. E,  se uma árvore arrancada pelo vento causa sérios transtornos, quanto mais nós, seres humanos frente à nossa fragilidade.Nos tornamos embaraços para nós mesmos e para os que estão por perto.

Deus deseja que seus justos floresçam como a palmeira. E sem dúvida, somos justos pela obra do Senhor Jesus.

Que sejamos plantados na Casa do Senhor com raízes profundas, a fim de que nenhum vendaval possa nos demover. Sejamos fortes como os carvalhos, que embora encurvados pelos ventos,após as tempestades  voltam às suas posições normais, fornecendo abrigo para os que passam e sombra para os cansados.

Como nós procurávamos uma árvore  para nosso jardim, Deus procura pessoas desejosas de serem cultivadas  em sua Casa. Ele aprecia “árvores” fortes e viçosas para quando vierem os vendavais, permaneçam firmes Nele.

Florescer para o nosso Deus deve ser nosso alvo.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TEMPO: PERDIDO OU GANHO





"Remindo o tempo; porquanto os dias são maus." (Efésios 5 : 16)
“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo." 
(Colossenses 4:5)

Fiquei surpreso e ao mesmo tempo envergonhado ao ler a biografia de William Carey, conhecido como “Amigo da Índia e pai das missões modernas”.Selecionei o texto abaixo, onde consta as suas atividades durante um dia que começou às 5:45 da manhã e terminou  por volta das 23 horas!

Quantas vezes deixo passar um dia com resultados mesquinhos, com oportunidades perdidas. Corro de um lado para o outro, e ao fazer um balanço no final do dia, vejo que fiz tão pouco, quase nada. Que vergonha!

Penso que o apóstolo Paulo seria um homem como William Carey, com todo o seu tempo tomado. Caso não fosse assim, não teria escrito os versículos acima.  Ele sabia remir o tempo, o que significa um viver marcado pela santidade, ações de misericórdia e palavras de consolo. Em Atenas  não perdeu tempo consoante o relato de Atos 17:15-16: “E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram.  E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria”.

Dê uma olhada num só dia de William Carey, e isso há mais de 250 anos, quando a modernidade de nossos dias estava bem distante. O que seria um homem desse em nossos dias!

Ainda há esperança para mim em melhorar um pouco, usar melhor o meu tempo, claro, bem longe do que foi William Carey.

E há esperança, também, para você.

Arregacemos as mangas para que cada minuto de nosso dia produza mais, e com qualidade.

Acompanhe o dia de William Carey:

William Carey (17/08/1761 – 1.821)  era um autodidata, apaixonado por linguística, botânica, história e geografia. Ele aprendeu latim, grego, hebraico italiano, francês, holandês bengali, sânscrito, marathi, outras línguas orientais. Uma página de seu diário dá a idéia de sua dedicação: Leu a Bíblia em hebraico às 5,45hs  para sua devoção particular, realizou o culto doméstico em bengali às 7hs, leu com um intérprete um escrito em marathi às 8hs, trabalhou na tradução de um poema em sânscrito para o inglês às 9hs, deu uma aula de bengali na Universidade às 10hs, leu as provas do livro de Jeremias em bengali às 15hs, traduziu o oitavo capítulo de Mateus para o sânscrito com o auxílio de um tradutor da Universidade às 17hs, estudou um pouco a língua telinga às 18hs, pregou em inglês para um grupo de oficiais britânicos e suas famílias às 19,30 hs, traduziu o nono capítulo de Ezequiel para o bengali às 21hs, escreveu cartas para a Inglaterra às 23hs, e antes de dormir, ainda leu um capítulo do Novo Testamento em grego. 

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz