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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

DEUS É O DEUS QUE NOS VÊ!



E ela chamou, o nome do Senhor,
que com ela falava, El-Rói; pois disse:
Não tenho eu também olhado neste lugar
para aquele que me vê? (Gên.16:13)



Em meio a tanto sofrimento, Agar, grávida, foi despedida por sua senhora, Sarai. Levando um filho no ventre, quem sabe uma pequena mochila sobre seus ombros, partiu em direção ao deserto. Apesar de toda dificuldade de uma gravidez, e seus incômodos, encontrou uma fonte no deserto para mitigar sua sede. 

E foi exatamente neste lugar que o anjo do Senhor a viu. Sendo Deus encarnado, ali presente, já conhecia seu nome, mas quis ouvir de seus lábios sua história. 

Muitas vezes no meio de um redemoinho de aflições, nosso desejo é fugir para um lugar distante, e nos esquecemos de que Deus está em toda a parte. Esta foi a experiência do salmista:Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?”(Salmo 139:7). Assim como Agar foi encontrada e respondeu com sinceridade, o Senhor Jesus, também nos conhece, sabe nosso nome, e deseja nos ajudar.

A bendita mão do Senhor sempre vem em nossa direção, pois assim afirma sua palavra: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir” (Isaias 59:1). Então, no deserto de nossas tristezas, dúvidas, desespero, abandono, lágrimas, ele nos ouve e suas mãos nos alcançam com seu poder.

Agar, depois de ouvir uma maravilhosa promessa por parte do anjo do Senhor, que inundou seu coração de alegria, soube que foi ouvida em sua aflição:porquanto o Senhor ouviu a tua aflição”. E chamou o nome do Senhor, “Tu és El-Roí, o Deus que Me Vê”.

Hoje,se tudo ficou escuro ao seu redor, creia que ele é o Deus que vê, e a escuridão para ele é como a luz:Se eu cogitar: As trevas, ao menos, haverão de me envolver, e a luz ao meu redor se tornará em noite, constatarei que nem as mais densas trevas são obscuras para teu olhar, pois a noite brilhará como o meio-dia, porquanto para ti as trevas são luz”(Salmos 139:11,12).

Não se esqueça destas verdades preciosas, pois mesmo no mais escaldante deserto das tristezas e provações, Deus é o Deus que te vê. Creia somente.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©




  



sexta-feira, 7 de setembro de 2018

OS CÉUS QUE SE ABRIRAM, UM DIA FORAM FECHADOS



Quando olhamos para o firmamento num dia bem iluminado pelo sol, ficamos maravilhados com sua beleza, seu azul profundo e sua extensão. E a noite, um céu cravejado de estrelas, e uma bela lua iluminada. Somente o poder de Deus para realizar obra tão majestosa.

Agora, imaginem se Deus escancarasse o céu, e permitisse sua visão! Anjos circulando de um lado para o outro, ruas de ouro e brilhantes, salvos formando grandiosos corais, e Jesus caminhando acompanhado de grande multidão! Claro que não passa de uma  hipótese, pois como míseros mortais, com uma natureza pecaminosa, não podemos desfrutar tais belezas. Entretanto, com um corpo de glória preparado por Deus na ressurreição dos salvos, tudo isso e muito mais será permitido desfrutarmos extasiados.

A Bíblia nos apresenta as várias vezes quando o céu foi aberto,  para demonstrar sua aprovação ao Filho:

Na noite quando os anjos anunciaram o nascimento de Jesus:

“De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor” ( Lucas 2:13,14)

No dia do seu batismo:

Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado" (Mat.3:16-17)

No monte da transfiguração com três dos seus discípulos:

Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!" (Mat.17:5

Certa ocasião em Jerusalém, quando alguns gregos desejavam conhecer a Jesus:

“Pai, glorifica o teu nome! Então veio uma voz do céu: “Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente”(João 12:28)

Às vésperas de sua morte na cruz, no jardim, um anjo desceu para confortá-lo:

Apareceu-lhe então um anjo do céu que o fortalecia”.(Lucas 22:43)

No dia de sua ressurreição dois anjos apareceram a Maria para animá-la, e anunciar a gloriosa ressurreição:

Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, curvou-se para olhar dentro do sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que você está chorando”?” Levaram embora o meu Senhor", respondeu ela, "e não sei onde o puseram"(João 20:11-13)
Tais manifestações do poder de Deus em abrir os céus, revelam seu desejo em dar aos homens ciência de seus atos em prol da salvação de suas almas, sem deixar margem de dúvidas de que seu amado filho foi enviado por Ele.

As belezas de um céu aberto que nos inundam de alegria e paz, entretanto, não ocorreram na morte de Jesus quando ele sofria. Não houve anjos sobrevoando a cruz, ora confortando, ora enxugando seu rosto, mas o que vimos foi um céu enegrecido e total abandono, levando-O a exclamar:

“Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mateus 27:46).

Um hino expressa bem a agonia de Jesus:

“A Sua vara Deus alçou E castigou-Te, enfim. Teu Deus a Ti desamparou, para amparar-me a mim. Verteste, então, como expiação, Teu sangue carmesim”.
(HC 506)

Que o nosso amor ao Senhor Jesus aumente mais e mais em nosso coração, pois Ele sofreu o abandono sem merecer, uma vez que não conheceu pecado, mas se fez pecado por mim e por você. Deus o abandonou na cruz porque via Nele os nossos pecados.

Assim escreve o profeta:

“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.”(Isaias 53:5)

O céu que foi fechado para Jesus felizmente está aberto. Deus o abriu no dia de sua ascensão para recebê-lo, onde foi preparar moradas junto ao Pai.  

Se hoje não podemos contemplar as belezas internas do céu, por certo podemos vivê-las no presente para desfrutá-las na eternidade, desde que cremos em Jesus como nosso Salvador e Senhor.
                                                                      
Que assim seja                                              

Orlando Arraz Maz©

sábado, 1 de setembro de 2018

HÁ ESPINHOS NO CAMINHO?






Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim.  
Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você,
pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza".
Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas,
para que o poder de Cristo repouse em mim.
Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você,
pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". (2ª Cor. 12:8-10)

Penso neste texto como uma sublime e inteligente troca. Paulo está diante de uma questão crucial. Estava se queixando do incômodo causado por um espinho na carne, por certo algo doloroso, e Deus lhe apresenta seu poder frente à fraqueza. E o apóstolo, então, opta por esta.

O caminho é regozijar-se nas fraquezas e receber alento com a graça de Cristo.

As “fraquezas” - necessidades, insultos,  perseguições,  angústias  -  suportadas por Paulo, são substituídas pela graça esplêndida de Deus, que o tornavam  forte.

Muitas vezes os “espinhos” em nossas vidas levam-nos a esquecer de que a graça de Deus está por cima deles. É através dela que podemos administrá-los. E o apóstolo descobriu este segredo.

Portanto, os espinhos nos aproximam da graça de Deus, quando olhamos para a sua Palavra, confiantes de que ela tem a melhor e única solução.

Os espinhos trouxeram contentamento para Paulo, pois assim desfrutaria da graça de Deus. Portanto, afirma: “Por isso eu me contento nas fraquezas”.

Quantas vezes os espinhos nos tiram as belezas da graça de Deus, pois através deles nos aproximamos mais de Deus. A dor, o pranto, o desespero, as perdas, são espinhos que visam nos aproximarmos de Deus através de uma vida de oração. E quando somos despertados pela graça, descobrimos que somente ela nos basta, e através dela nos vêm as forças que precisamos.

Sem dúvida este foi um notável impulso na carreira de fé do apóstolo. Assim deve ser com cada cristão, estar consciente de sua fraqueza e insignificância, e andar sempre na dependência do poder de Deus. E é exatamente quando estamos descansando nele, que se manifesta seu poder sobre nossas vidas.

Que seja este lema sobre cada um de nós, quando os espinhos tendem a nos machucar: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza".

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

CONQUISTAMOS MAIS UM DEGRAU



CASA DE ORAÇÃO DE JARDIM BOTUCATU

1973 – 2018

45 ANOS



“Então Samuel tomou uma pedra,
e a pôs entre Mizpá e Sem, e lhe chamou Ebenézer;
e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor”.(I Sam. 7:12)


Mais um ano de atividades em nossa igreja, e parece que foi ontem que comemoramos nossos 44 degraus, representados por uma escada.

Neste mês alcançamos o 45º degrau, e agradecemos nosso Deus porque Ele nos deu forças suficientes para movermos nossos passos.

Chegamos até aqui com a alegria dos vitoriosos, exclamando com todas as forças do nosso coração, “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Sim, nos ajudou bastante porque Dele dependemos exclusivamente. 

Foram seus braços fortes que nos sustentaram na subida, portanto é nosso grande Ebenezer. Na história de Israel, depois de uma grande vitória, o profeta Samuel ergueu uma pedra e lhe chamou Ebenezer, que representa a força e a fidelidade de Deus, e disse: “até aqui o Senhor nos ajudou”.

Como cristãos, uma guerra espiritual foi vencida na cruz, onde se manifestaram a força e a fidelidade de Deus, e nosso Salvador venceu as hostes inimigas, e nós, com Ele, saímos vitoriosos.

Estamos alegres e queremos juntar nossas vozes de louvor à voz do Salmista nesta oportunidade tão maravilhosa:

Louvai ao Senhor todas as nações, exaltai-o todos os povos. Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor”. (Salmo 117)

Sem dúvida, somos “povo” do Senhor, a igreja que Ele comprou com seu sangue, e sua salvação nos alcançou. E conforme escreveu o apóstolo Pedro em sua primeira carta, vós que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes alcançado”.( 1ªPedro 2:10)

Nesta comemoração, como povo do Senhor, desejamos erguer uma “pedra” como marco de suas bênçãos, onde nela se lê em grandes letras: “Até aqui nos ajudou o Senhor”.

A Ele toda a glória e louvor.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

EM QUE VOCÊ CRÊ?




“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo
se desfizer, temos  de Deus um edifício,
uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.”(II Cor.5:1)

A Bíblia está repleta de promessas. Muitas já foram cumpridas, outras aguardando o seu tempo.

Por outro lado, ouvimos diariamente incontáveis promessas proferidas pelos religiosos em suas pregações, como riquezas, prosperidade nos negócios, saúde, e todas visando o bem estar para esta vida, exclusivamente. E muitos são levados a acreditarem, e quando não as alcança, sentem-se frustrados. Daí o ensino de Jesus: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mateus 6:33)

Entretanto, crer na Bíblia para muitos é algo difícil, para outros sua leitura é enfadonha, maçante. O segredo consiste em lê-la com o olhar da fé e não da razão, uma vez que seu Autor é Deus-Espírito Santo. Se for lida como um livro qualquer, ou mesmo se for lida para cumprir um plano de leitura, ela não passará de um amontoado de letras e sentenças como nos livros escritos por homens. 

Quando a Bíblia for lida com reverência e fé, e acreditada em todo seu conteúdo, será o livro mais agradável, e Deus saltará em suas páginas, porque é Palavra Viva, e sem dúvida  abençoará o seu leitor.

Leia mais uma vez a promessa que foi colocada acima desta meditação: “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos  de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.”

Quer figura mais expressiva do que esta? Nosso corpo envelhece a cada dia, e ninguém poderá rebater tal afirmativa. Com a vinda da idade, as células morrem, as doenças chegam rapidamente, gememos noite e dia, e nosso “tabernáculo”, o corpo vai se desfazendo.

Deus, que é conhecedor de nosso frágil corpo, preparou um edifício, uma casa, algo sólido, não fruto da engenharia humana, mas celestial, com suas próprias mãos.  

Uma casa eterna, nos céus é sua promessa. Não sujeita às intempéries do tempo, às corrosões do solo, mas edificada no seu amor, não para durar 70 ou 80 anos, mas eterna.

Jesus quando aqui esteve confortou os seus discípulos com uma promessa semelhante a essa:  

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar”.(Ev.João 14:1,2)

Que tal confiar Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e lê-la com o coração – não com a razão - a partir de hoje? Atentar para o conselho do Senhor Jesus Cristo:  Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim”(João 5:39.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

LÁGRIMAS, JAMAIS.


 A linda historia de Rute, a moabita, ( registrada na Bíblia) é uma autêntica gema literária e espiritual. Uma das maiores autoridades da literatura do século XVIII, Dr. Samuel Johnson levou o livro de Rute aos seus amigos reunidos num clube londrino, e ali lhes leu todo o livro, dizendo tratar-se de um poema pastoril que ele encontrara, e eles imaginavam que fosse recentemente composto. Ao findar a leitura, todos, unânimes, teceram os mais entusiásticos elogios, referindo-se à simplicidade, à beleza e ao sentimento da peça. Foi aí que o Dr. Johnson revelou aos seus amigos tratar-se tão somente da historia de Rute, que ocorre nas páginas do livro que eles tanto desprezavam - a Bíblia. Foi uma surpresa tal revelação. Não há na literatura humana beleza superior a declaração de Rute à sua sogra. (1:16, 17).É sublime. (A Bíblia em esboço de Robert Lee).

É bem provável que a conversa a seguir transcrita se deu nos termos abaixo, entre Noemi, sua nora Rute, e a concunhada Orfa:

Noemi: "Não desejo permanecer em Moabe. Guardo tristes lembranças dessa terra árida, onde provei de perto tanta amargura, pela morte do meu marido e de dois filhos.
Devo partir para a terra de onde saí há quase dez anos, Belém de Judá, lugar fértil, de campos verdejantes entre plantações de cevada. Jamais deveria ter saído. Naqueles dias havia escassez de pão, por ironia a terra do pão, e com medo de morrer de fome, resolvi partir para o exterior. Duvidei do poder de Deus, pois sem dúvida ele supriria as necessidades da nossa família em Belém."

Orfa decidiu permanecer em Moabe, mas Rute acompanhou sua sogra, e deixou para trás  Moabe com suas tristezas, e começar uma nova vida na terra do pão, a pequena Belém de Judá.

Quantas vezes o medo e a desconfiança do poder de Deus nos levam a tomar decisões erradas. Trocamos o lugar onde fomos colocados por Deus, assim que chegam as primeiras provações. Buscamos conforto e segurança não importa se distante da aprovação de Deus, e entramos em terreno inóspito, lugar de sombras, e encontramos a dor. Assim se deu com Noemi. Pagou um alto preço, mas em tempo oportuno fez seu caminho de volta.

Sua decisão foi a mesma tomada pelo filho pródigo que retornou à casa do pai (Lucas 15:11-32). Noemi voltou para a terra de Belém, para seu antigo lar, e com sua nora Rute iniciou uma nova vida. E Deus as abençoou de tal forma, concedendo a honra de constituir nova família, e ter o Senhor Jesus como seu descendente, que veio nascer em Belém de Judá.

Felizes os que reconhecem e corrigem seus erros por decisões mal tomadas, e em tempo voltam-se para Deus, e buscam Nele o lugar da fartura. Voltam para o Pão da Vida, aquele que sacia nossa fome, coloca uma mesa farta à nossa frente, perdoa nossos pecados e nos dá a vida eterna.

Se "Moabe"  tem trazido decepção e dor, volte imediatamente para "Belém", e tenha diante de si mesa farta, água para saciar sua sede e pão para te nutrir. E além de tudo isso, você se tornará filho de Deus, (Ev. João 1:12), e fará parte da genealogia espiritual de Jesus Cristo, como filho amado.

Que assim seja.


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

“FAKE NEWS”



Nunca se usou tanto a expressão “fake news” como em nossos dias, especialmente em tempos de eleição, com o objetivo de punir os autores de “fake news”. A frase revela “noticia mentirosa”, “mentira nas redes sociais”, “invenção”, “falácia”, “calúnia”.

Assim, em nosso idioma, torna-se bem conhecida a frase inglesa.

 A "fake news” não é nenhuma novidade. É velha demais. O primeiro a usá-la foi Satanás. Ele é um poliglota (rs). No Jardim do Édem apresentou sua “fake news” a um casal chamado Adão e Eva. Seus argumentos pareciam verdadeiros, que balançou a pobre mulher. Ela acreditou, duvidou da ordem dada por Deus, e com isto perdeu a comunhão com Ele. Uma horrenda “fake news”.  Por tal razão tornou-se o pai da mentira nas palavras do Senhor Jesus:
“... Quando ele (Satanás) profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira." (João 8 : 44)

A partir daí a mentira se expandiu, tomou diversas formas, entrou na vida das pessoas, passou a fazer parte do seu dia a dia, entrou no lar, na escola, na igreja, na família, como um rio caudaloso com muitos afluentes.

E o ser humano criou uma classificação para a mentira: social, infantil, inocente, boba, ingênua e daí uma lista infindável dos seus tipos diversos. Mesmo assim, não deixa de ser mentira.

E ainda há os que são viciados em mentiras. Um vício pior que o álcool, fumo e outras drogas, pois estas atacam o corpo, quando a mentira ataca, deforma e contamina o caráter.

A mentira se espalhou como um rastilho de pólvora e vem causando estragos por toda a parte. As redes sociais são um testemunho eloquente, onde crianças alteram suas idades para entrar nelas, com a aprovação dos pais; os adultos alteram informações como escolaridade, estado civil, e tantas outras. E daí abre-se um leque para outras inúmeras mentiras.

Assim escreveu Rui Barbosa em 1919:

“Mentira de tudo, em tudo e por tudo; Mentira na terra, no ar, no céu”.
Mentira nos protestos. Mentira nas promessas. Mentira nos progressos.
Mentira nos projetos. Mentira nas reformas.
Mentira nas convicções. Mentira nas soluções.
Mentira nos homens, nos atos e nas coisas.
Mentira no rosto, na voz, na postura, no gesto, na palavra, na escrita.
Mentira nos partidos, nas coligações e nos blocos. (…) Mentira nas instituições, mentira nas eleições.
Mentira nas apurações. Mentira nas mensagens. Mentira nos relatórios.
Mentira nos inquéritos. Mentira nos concursos.
Mentira nas embaixadas. Mentira nas candidaturas.
Mentira nas garantias.
Mentira nas responsabilidades. Mentira nos desmentidos.
A mentira geral. O monopólio da mentira”.

A conivência dos pais é algo triste e lamentável, pois tira-lhes a força para uma correção efetiva sobre os filhos. A criança poderá mentir desbragadamente, e ao ser arguida por seus pais, lançar-lhes em rosto sua aprovação em mentir sua idade nas redes sociais.

Certa vez li um relato vivido por um pastor evangélico que mentiu na presença dos seus filhos, ao ser procurado por um vizinho que alegava seu o cachorro em seu poder. Este, para alegrar seus filhos, insistiu que o cão sempre fora seu, apesar das evidências de ser mentira. E este pastor, mais tarde, afirmou: “por ter mentido na presença de meus filhos, ganhei um cachorro e os perdi para Cristo”.

A mentira já destruiu um casal no jardim do Éden, e jamais deixou de exercer sua pérfida influência através dos anos.

Não permita que ela entre em seu lar, estrague por completo seu caráter, e prejudique seus filhos. Basta o estrago que ela vem produzindo em nossa sociedade.

Deus abomina a mentira, e na Cidade Celestial onde ele receberá seus filhos, os que praticam a mentira serão barrados:

"Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.(Apocalipse 22 : 15)

Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 27 de julho de 2018

AMOR INCONDICIONAL DE DEUS



Meu Deus é um Deus que me ama tanto, tanto,
Que cuida de mim e me leva em seus braços,
Que a cada dia enxuga todo o meu pranto
E bem de pertinho dirige os meus passos.

Por que me ama tanto? Tal amor não mereço,
O que em mim viu? Por certo, de bom, nada.
E quando menos espero, mais o entristeço,
Ao prosseguir nesta minha curta jornada.

E porque me ama tanto, bem escondido,
Meu dia de amanhã guarda bem em segredo:
Uma dor que me deixaria entristecido,
Ele não me revela e posso viver sem medo.


Ele quer que eu sinta e viva a cada dia
Avaliando seu socorro que não falha.
E quando a dor chegar resoluta e fria,
Seu coração de amor pronto me agasalha.


Esse é o Deus que garante meu futuro
O Deus que quero honrar mesmo sendo incapaz.
E se chegar o dia mau, o dia escuro,
Estarei bem seguro porque Ele é minha paz.

                                  Que assim seja 
                                  Orlando Arraz Maz©









sexta-feira, 20 de julho de 2018

DAVI,UM CORAÇÃO SENSÍVEL E TEMENTE A DEUS


   


“O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor,
 ao ungido do Senhor,
que eu estenda a minha mão contra ele,
 pois é o ungido do Senhor” ISam. 24:6)
   


São muitos os detalhes registrados na Bíblia sobre a vida do rei Davi, e todos com preciosas lições. 

Desejo focalizar a perseguição do rei Saul relatada no livro de 1ª Samuel capitulo 24. Ele é informado que Davi se encontra no deserto de En Gedi, e sai a seu encalço com três mil dos seus melhores soldados. Ambos se instalam na mesma caverna: Davi à procura de esconderijo; Saul para fazer suas necessidades. E como Davi e seus soldados chegaram antes e se alojaram bem no fundo da caverna, um lugar bem escuro, não foram vistos por Saul.

Os soldados de Davi, na certeza de que era o rei, disseram  “Eis aqui o dia do qual o Senhor te disse: Eis que entrego o teu inimigo nas tuas mãos; far-lhe-ás como parecer bem aos teus olhos. Então Davi se levantou, e de mansinho cortou a orla do manto de Saul”. (1º Sam.24:4)

Mais uma vez Davi nos ensina a não sermos precipitados em nossas decisões, e atribuir a ocasião perfeitamente enquadrada nos planos e direção de Deus. Seria bem fácil matá-lo e ascender ao trono, como tantos outros reis de Israel fizeram no futuro. Mas por ser um homem segundo o coração de Deus, estava certo que este não era o caminho.

Era um homem sensível e temente a Deus, e estas qualidades foram adquiridas pela comunhão com Ele. O tempo que gastara cuidando das ovelhas de seu pai, na solidão do deserto, forjou nele um caráter nobre, pois era assim conhecido por um dos servos de Saul: “Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e destemido, homem de guerra, sisudo em palavras, e de gentil aspecto; e o Senhor é com ele”.( 1ª Samuel 16:18).

Sensível, sim, pois após cortar a ponta do manto de Saul, sentiu remorso; e temente a Deus, pois não levantaria sua mão contra o ungido do Senhor.

Quantas vezes agimos em desacordo com a vontade de Deus, queremos vingança e retribuímos de forma agressiva as provocações.  Falta-nos comunhão mais intima com Deus, leitura atenta das escrituras, pois ela é “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho”(Salmo 119:105)

Que as lições do rei Davi nos impactem em dias de tanta violência e trevas, e que em nosso viver possamos mostrar a luz de Cristo que brilha em nosso coração.

Sejamos sensíveis e tementes a Deus.

Que assim seja.

 Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 13 de julho de 2018

DAVI,UM HOMEM APRECIADO POR DEUS


“... aproximando-se deles, os saudou em paz”
I Sam. 30:21)


Davi, depois de um ano e quatro meses lutando contra Israel na terra dos Filisteus, está voltando para a cidade de Ziglague, mas quando lá chega depara com a cidade totalmente queimada e saqueada, sendo levados cativos  homens, mulheres, crianças,  jovens e idosos.

Davi entra em pânico e consulta ao Senhor se deveria persegui-los, e frente a aprovação marcha noite adentro com seus soldados, todos  cansados e exaustos, até restituir todas as pessoas e bens.

O que me impressiona é o comportamento de Davi diante dessa situação. O texto bíblico bem esclarece: “
Quando Davi chegou aos duzentos homens que, de cansados que estavam, não tinham podido segui-los, e que foram obrigados a ficar ao pé do ribeiro de Besor, estes saíram ao encontro de Davi e do povo que com ele vinha; e Davi, aproximando-se deles, os saudou em paz”.(I Sam. 30:21). 

Atitude nobre de um homem segundo o coração de Deus, pois não os desprezou, tampouco os tratou de maneira ríspida, mas “saudou-os em paz”. Ao contrário, os que voltaram com Davi, homens maus, assim se manifestaram: “Visto que não foram conosco, nada lhes daremos do despojo que recobramos, senão a cada um sua mulher e seus filhos, para que os levem e se retirem”.

Quantas vezes temos falhado em situações aflitivas e que nos desequilibram, e deixamos de agir como pessoas restauradas por Deus, que devem honra-lo, tal qual Davi, pois diante da atitude hostil dos que voltaram com ele, expos sua nobre decisão:

“Mas Davi disse: Não fareis assim, irmãos meus, com o que nos deu o Senhor, que nos guardou e entregou nas nossas mãos a tropa que vinha contra nós”.

 E quem vos daria ouvidos nisso? pois qual é a parte dos que desceram à batalha, tal será também a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes”.(I Sam.30:23,24)

Além de repartir os bens saqueados com os que ficaram com a bagagem, enviou “do despojo presente aos anciãos de Judá, seus amigos, dizendo: Eis aí para vós um presente do despojo dos inimigos do Senhor”(I Sam.30:26). E sua decisão tornou-se estatuto e direito em Israel. 

Que possamos lembrar sempre da atitude de Davi, para não deixarmos que o egoísmo tome conta de nossas vidas, e exaltarmos a Deus sabendo que todas as bênçãos e dádivas vêm das suas bondosas mãos.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©