22/01/2011
Os cristãos de nossos dias assistem com espanto as preferências religiosas que se apresentam em toda parte. Há movimentos que crescem com rapidez espantosa, com seguidores “fiéis” dispostos a defenderem seus líderes, envidando todos os esforços para atraírem mais adeptos.
Hoje não são seitas que nos espantam. São cristãos, aqueles que têm as mesmas Bíblias como os demais; são os que comparecem todos os domingos nas igrejas, que lotam os estádios,que comparecem às passeatas empunhando suas bíblias e ostentando cartazes.
Sim, são estes que são conduzidos e “ensinados” por homens descritos pelo apóstolo Paulo em sua 2ª carta a Timoteo (3:5): “tendo forma de piedade, negando-lhes, entretanto, o poder. Foge também destes”.
Assim, está surgindo nesse meio babilônico, um evangelho que apresenta uma “graça barata” e não aquela graça bendita manifestada pelo Senhor Jesus.
O movimento cresce, sim, porque basta alguém levantar sua mão e decidir-se por Cristo. O céu já está garantido. A apólice já está adquirida. Não há qualquer risco de parar no inferno. E foi exatamente essa inverdade que lhes foi pregada. Nada se falou do custo do discipulado, da renúncia, do sepultamento com Cristo, da nova vida que nasce da obra da cruz, do pecado enraizado no coração de todos e da realidade do inferno.
Eis a razão desse crescimento anômalo composto de homens e mulheres que não sabem nem conhecem o verdadeiro evangelho.
São iguais ou piores dos que nunca entraram em uma igreja evangélica, pois neles não houve mudança que os identifique como discípulos de Cristo.
Daí o descrédito do evangelho, que na vida deles deixou de ser poder para se transformar num talismã bem guardado, e que é para ser usado em determinadas situações.
São iguais ou piores dos que nunca entraram em uma igreja evangélica, pois neles não houve mudança que os identifique como discípulos de Cristo.
Daí o descrédito do evangelho, que na vida deles deixou de ser poder para se transformar num talismã bem guardado, e que é para ser usado em determinadas situações.
Hoje prega-se uma mensagem adocicada de acordo com o desejo do ouvinte. Uma mensagem “a la carte”. E há interesse nesse tipo de pregação, pois o retorno é garantido na coleta dos dízimos e ofertas.
E nesse cenário medonho, tudo vale para atrair os ouvintes: músicas copiadas de movimentos profanos, palcos com holofotes de luzes de
diversas cores, sistemas sofisticados de som que em nada perdem para os trios elétricos carnavalescos. Não há uma mensagem de confronto, aquela que caracterizou a pregação dos apóstolos nos primeiros dias da igreja: “tomai conhecimento vós todos e todo o povo de Israel de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós”(Atos 4:10). Tais palavras foram dirigidas, talvez, às pessoas que assistiram sua crucificação,ou mesmo autoridades responsáveis, e não havia qualquer temor em esconder tais verdades.
O crescimento da igreja em seus primórdios foi fruto de uma mensagem sadia, impactante, transformadora e cheia de esperança. A ninguém os apóstolos ocultavam os efeitos do pecado, e muito menos davam outro nome para pecado, como hoje se faz, afirmando que se trata de desvio de conduta; a mensagem da cruz, o derramamento do sangue de Cristo era o foco das pregações de Pedro e dos demais apóstolos.
Hoje não se fala em sangue vertido porque é algo repugnante e assusta os ouvintes, e como consequência, nada se fala da cruz do calvário e do caminho vivo que lá foi aberto. E para tristeza dos verdadeiros cristãos, essa é a mensagem que lota as mega igrejas – igrejas cheias e vidas vazias.
Hoje não se fala em sangue vertido porque é algo repugnante e assusta os ouvintes, e como consequência, nada se fala da cruz do calvário e do caminho vivo que lá foi aberto. E para tristeza dos verdadeiros cristãos, essa é a mensagem que lota as mega igrejas – igrejas cheias e vidas vazias.
Diante desse quadro que marca nosso século, o verdadeiro cristão, aquele que frequenta uma pequena igreja, que já foi realmente transformado pela obra da cruz e lavado pelo sangue do Senhor Jesus, deve prosseguir com alegria, sem se deixar impressionar por tais movimentos extravagantes.
Que jamais haja qualquer transação em nossa mensagem com vistas a um número maior de ouvintes; que as tecnologias usadas pelo mundo que jaz no maligno não sejam trazidas para dentro de nossas igrejas, e que nossa pregação seja de confronto, sem qualquer omissão.
Quando a verdadeira mensagem do evangelho for anunciada com poder, muitas vidas serão transformadas com o entendimento perfeito do convite do Senhor Jesus: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23).
Que o crescimento sem poder não seja nossa atração.
Mas, sim, o verdadeiro crescimento, mesmo sendo lento e muitas vezes imperceptível seja alvo de nossa aspiração, a ponto daqueles que nos conhecem sentirem e se maravilharem que fomos transformados pelo Senhor Jesus (Atos 4:13)
Quando permanecemos aos pés de Jesus e aprendemos dele mesmo, outros verão cunhadas em nós as marcas da cruz e serão atraídos a Cristo.
A Ele seja toda a glória.
ORLANDO ARRAZ MAZHá bem pouco tempo quem nos assustavam eram as seitas, que arrastavam para seu meio cristãos inexperientes na Palavra de Deus e que se deixavam seduzir por elas.
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