12/01/2011
Como passou tão depressa a tragédia que abalou o mundo! Ao depararmos as cenas que nos foram transmitidas pela televisão, era impossível não se emocionar: crianças, idosos, homens, mulheres, sob os escombros em meio aos ferros retorcidos. E o lamento de cada um ainda parece ecoar em nossos ouvidos.
Os terremotos sempre trouxeram em seu bojo uma história de desespero, de dor, de abandono, de impotência. E este, de maneira especial, foi apresentado ao mundo em tempo recorde com todos os seus detalhes, graças à tecnologia tão avançada do século 21.
Através dos anos muitos outros ocorreram, com vítimas sem conta, e que não chegou às nossas salas. Quase nada ficamos sabendo, e muitas histórias tristes não pudemos acompanhar.
Dois profetas relataram um grande terremoto: Amós e Zacarias. E segundo os entendidos, foi um terremoto de grandes proporções.
Voltando ao terremoto ocorrido no Haiti, muitos se questionaram: “Onde estava Deus”? “Ou, por que Deus não evitou tamanha tragédia”? “Envelheceu e caducou?”. “Ou não conseguiu “prever” a tempo, e o terremoto o pegou de surpresa?
Tais questionamentos são terríveis e beiram à loucura de quem assim pensa. Por certo, ainda, não entendeu o caráter de Deus e muito menos seu amor imutável, perfeito em todas as situações.
Tiago, o escritor da carta, assim escreve aos seus leitores: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”. A maior dádiva é o amor de Deus. O amor que entregou seu único Filho para morrer em uma cruz, para nos oferecer uma salvação eterna.
A tragédia do Haiti não foi a maior. A tragédia da cruz, cujas imagens chegam ao coração sem a necessidade da tecnologia, essa sim, foi a maior. Imagens do filho de Deus morrendo em uma cruz e que só podem chegar ao coração e convencer o homem pecador por obra e graça do Espírito Santo. As imagens de um Pai entregando seu Filho para morrer em uma cruz.
Sim, Deus estava presente durante o terremoto no Haiti. E quantos puderam sentir sua presença salvando, curando, livrando, confortando.
Mas na cruz, a maior tragédia de todos os tempos, Deus se fez ausente abandonando seu amado Filho, a ponto dele exclamar: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste”? Desviou seu rosto para não contemplar o meu e o teu pecado, que na morte de seu Filho caia sobre Ele.
E hoje, por causa dessa tragédia que atravessa os tempos, Deus se manifesta presente em cada coração de todo o que aceita seu filho como Salvador e Senhor, e nas situações mais tristes da história permanece ao nosso lado para nos confortar.
Assim foi com o povo do Haiti e assim será com todos que o amam e jamais duvidam da sua presença bendita e consoladora.
A Ele toda a glória.
Orlando Arraz Maz
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