“Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa”
Salmo 91:3
Tenho visto este Salmo estampado em quadros ou folhas avulsas, ou em Bíblias muitas vezes abertas em bibliotecas ou estantes. Muitos apreciam este Salmo apenas como um talismã para dar sorte ou livramento dos perigos, fazendo uso dele de forma absurda.
O diabo também conhece erroneamente este Salmo, pois o aplicou de forma indevida no monte da tentação.
Como filhos de Deus cada palavra deste Salmo deve ser recebida como uma mensagem de bênção e de alerta para o seu povo, e como uma prova do grandioso amor de Deus.
Hoje quero meditar no versículo três. Há duas figuras interessantes: laço e peste.
A primeira era o terror das aves, a segunda,das pessoas.
O passarinheiro podia ser um hábil caçador, criador ou vendedor de pássaros. Neste texto é um caçador que armava sua armadilha, normalmente feita de bambus, espalhava alimento por perto e ficava à espera da ave.
Na minha infância muitas vezes construí armadilhas, entretanto poucas vezes apanhei pássaros.
Na minha infância muitas vezes construí armadilhas, entretanto poucas vezes apanhei pássaros.
Você e eu, como pássaros, somos vítimas das armadilhas que são colocadas perto de nossos pés. Ora são colocadas por pessoas que não desejam nosso bem estar, ou o progresso em nossas atividades, ou pelo inimigo das nossas vidas que não deseja nosso sucesso espiritual.
Na primeira, os danos são materiais, como a perda do trabalho, da promoção; na segunda, é a tristeza do coração.
Quantas vezes o “astuto caçador” preparou sua armadilha, espalhou “alimento” por perto e fomos pegos de surpresa.
A peste era outro temor. Naqueles tempos dizimava tanto pessoas, como o gado e a plantação. Era sinônimo de tragédia e de miséria.
Mas o salmista confiava em Deus. Tinha certeza que estes males não o atingiam, pois seu segredo era estar escondido entre as penas e debaixo das asas do seu Deus. Que lugar abençoado. Que tranquilidade para o coração.
Quando tais males nos apanham é porque confiamos em nossa sabedoria: para as armadilhas, mostramos nossa inteligência, nossas habilidades; para as pestes buscamos remédios “caseiros”.
Tanto você e eu estamos sujeitos às armadilhas e às pestes. E para fugirmos delas, abandonemos os recursos próprios e busquemos o mesmo lugar preferido pelo salmista: o coração de Deus.
Amados por seu Filho, estaremos seguros e lá ouviremos seus conselhos de vida e de saúde espiritual. Só assim seremos livres do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.
Sejamos obedientes.
"De meditações diárias nos Salmos"(12/03/2002)
Orlando Arraz Maz
Um comentário:
"sejamos obedientes"Amém e
Amém Grato, abraço.
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