A CHACINA DO RIO DE JANEIRO
UMA DOR INCALCULÁVEL
Não há palavras apropriadas em situações tão tristes como a vivida pelas crianças na escola de Realengo, no Rio de Janeiro.
Como bem falou nossa presidente, com lágrimas nos olhos: “mostremos a nossa homenagem a esses brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida”.
Resta-nos em oração clamar ao nosso Deus que console o coração de tantos pais angustiados, pois só Ele conhece e entende um coração triste.
Que o fardo a ser carregado doravante por todos os que foram mergulhados em tamanho sofrimento, seja levado pelas mãos carinhosas do Senhor Jesus, pois ele enxugará dos olhos toda a lágrima.
“ Bendito seja o Senhor que dia a dia leva o nosso fardo. Deus é a nossa salvação” (Salmo 68:19)
Quando leio sobre fardo, logo me vem à mente a história do Peregrino. Um fardo às suas costas era qual montanha que o impedia de andar pelo caminho estreito. Quando se aproximou da cruz o fardo ficou para trás como um passe de mágica.
No decorrer da vida quantos fardos uma pessoa leva! O fardo do trabalho, da incompreensão de amigos e familiares, da doença, da dor, do infortúnio, da morte, e por aí teremos uma longa e infindável lista.
Mas, que tal descermos um pouco do “geral” e passarmos para o “individual”?
Qual o meu fardo, ou melhor, o principal fardo? Que fardo hoje vai me acompanhar e me oprimir? Tirar a alegria do coração, deixar sulcos no meu rosto? Eu não sei qual é o seu fardo, mas o meu eu bem o conheço.
Infelizmente cada um de nós tem um fardo a carregar, e muitas vezes dele não escapamos.
Pode ser leve ou pesado, passageiro ou demorado, gratuito ou oneroso, mas não deixa de ser um fardo.
Fardo não é pecado. Pecado é tentar levar o fardo sem pedir ajuda, ser orgulhoso, arrogante, cheio de autoconfiança.
Neste salmo Deus se dispõe a levar nosso fardo dia a dia. Um fardo por dia, que maravilha do amor de Deus.
Que tal, então, pedir ajuda ao Senhor Deus? Confessar que o fardo é pesado e que eu sou inútil e fraco.
Quando tomo este passo, ele arrebata de mim meu fardo, coloca sobre o meu pescoço seu jugo e me conforta dizendo:
” Deixa comigo o seu fardo e toma o meu que é leve, porque sou manso e humilde de coração”.
Orlando Arraz Maz
De Meditações nos Salmos
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