Ao meditar Jesus Senhor
Na Tua amarga cruz por mim,
Com gratidão e com louvor
Celebro a quem me amou assim.
Mas como o Salvador, contar
O amor que foi a cruz por mim?
Não poderá ninguém sondar
A dor de quem sofreu assim.
De Deus o desamparo ali;
Mas mesmo pelo teu morrer
Pudeste vida dar me em Ti.
Té que contigo vá gozar
O fruto dessa cruz, Senhor
Que aqui Tu possas sempre achar
Em mim agrado e ver o amor.
Letra: Issac Watts - Nasceu no dia 17 de julho de 1674 em Southampton, Inglaterra. Faleceu no dia 25 de novembro de 1748 em Stoke Newington, Inglaterra. Descansa no cemitério Bunhill Fields, Londres, Inglaterra.
Música: Edward Miller.
O autor deste hino é considerado o mais importante da hinologia inglesa, tanto pela quantidade de hinos que escreveu (cerca de seiscentos), como também pela alta qualidade espiritual dos mesmos. De físico franzino como o apóstolo Paulo, e muito doentio, era, contudo, dotado de irresistível fibra. Muito precoce, revelou os seus extraordinários talentos. Para se ter uma ideia, Issac Watts começou a estudar latim aos quatro anos de idade; grego aos nove; francês aos onze; e hebraico aos treze! Grande amante da poesia.
Logo começou a versejar e tudo quanto falava, fazia-o em versos.
Seu pai, um comerciante em Southampton, Inglaterra, cansado de ouvi-lo falar em rimas, ameaçou até espancá-lo para que parasse com aquilo, mas o garoto, entre lagrimas e soluços, exclamava: “Pai meu, tem piedade de mim / nunca mais rimarei assim!”.
Logo aos quinze anos de idade o jovem Issac dedicou seus talentos também ao trabalho da igreja, No seu tempo, na Inglaterra, os cânticos na igreja eram limitados à repetição dos Salmos do Velho Testamento, cantados, linha por linha, por um dirigente e repetidos pela congregação. Issac achava aquilo muito monótono e dizia:
“Os cânticos em louvor ao nosso Deus devem ser a parte mais sublime da nossa adoração, mas o que estamos fazendo é o pior que se pode fazer na terra”. A isto, seu pai respondeu:
“Jovem, dê alguma coisa melhor”! Issac aceitou o desafio e logo desenvolveu o seu trabalho com eficiência tal, que veio a ser considerado “O pai da hinódia inglesa”.
Watts é um dois mais antigos autores de hinos sacros.
Seus últimos 36 anos foram de enfermidade e fraqueza física, mas isso de modo nenhum o impediu da realização de sua obra, antes contribuiu para que ele se empenhasse com mais afinco em suas tarefas. Ele pôde dizer como disse o apóstolo Paulo: “Quando estou fraco, então sou forte”.
Smith, um dos membros da cruzada Billy Graham, escreveu o seguinte a respeito deste hino:
“Tenho a impressão de que Issac Watts, quando escreveu este hino, parecia estar ao pé da cruz de Cristo, juntamente com o apóstolo João, a mãe de Jesus e a multidão estarrecida. Quando canto este hino procuro fazer minhas as palavras de Isaac Watts. Com ele posso compartilhar o inacreditável assombro daquela cena – o Rei dos reis pregado na cruz. E a minha voz foi uma daquelas que gritaram perante Pilatos: ‘Crucifica-O, crucifica-O. Minhas mãos, tal como as mãos dos soldados romanos, foram as que pegaram o martelo e cravaram os pregos nas mãos e nos pés do meu Jesus. Então, ainda na minha contemplação, vejo o sangue das Suas feridas mostrando-me, como o hino sugere, os Seus sofrimentos e, também, por causa do Seu grande amor por mim!. Como pode alguém permanecer insensível diante das palavras do apóstolo Paulo: 'Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo?'”
É exatamente isso o que dizem a segunda e terceira estrofes do nosso hino.
É realmente emocionante pensar nisto. A letra que aqui temos, é uma adaptação feita, em português, pelo saudoso irmão José Ilídio Freire, por sinal, muito linda e merecedora de que façamos nossas as suas palavras todas vezes que as cantamos. A música “Rockingham” é de Edward Miller (1731-1807).
Transcrito do site:http://www.verdade-viva.net
Um comentário:
Epoca de safra excelente! Que lição de superação.
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