João Diener – 1889 - 1963
A comovente história do autor do hino “A última hora”, cantado nas igrejas
evangélicas, extraído do hinário “Hinos e Cânticos” nº 9:
Ao findar o labor desta vida, quando a morte ao teu lado chegar,
Que destino há de ter tua alma? Qual será no futuro teu lar?
Tu procuras a paz neste mundo em prazeres que passam em vão,
Mas nas últimas horas da vida eles nunca te satisfarão.
Meu amigo talvez tenhas rido ao ouvires falar de Jesus,
Não te esqueças que para salvar-te Ele deu sua vida na cruz.
Estribilho:
Meu amigo, hoje tens tu a escolha: vida ou morte qual vais aceitar?
Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo te quer libertar.
O
autor deste hino, João
Diener, nasceu em 24 de setembro de 1889, próximo a Moscou na
Rússia. Sua família era evangélica, de origem letã. Chegou ao Brasil em agosto de
1897, instalando-se no Estado de São Paulo, onde trabalhou como operário numa
de tecelagem.
Este,
seu hino mais célebre, foi escrito em 1911, de uma forma inesperada.
Henriqueta
Rosa Fernandes Braga conta que João Diener estava trabalhando na tecelagem e
pensava na mensagem proferida no dia anterior pelo missionário batista A. B.
Deter. Seu trabalho tornou-se mecânico, enquanto aflorava em sua mente uma
melodia nunca ouvida antes, mas muito clara. Repetiu a melodia várias vezes e,
em sua casa trabalhou a letra que surgira na fábrica.
Durante
um período de desemprego, Diener foi amparado pela família do missionário Deter,
e continuava a morar com eles. Ele pediu a Edith, filha de 13 anos do
missionário que lhe auxiliasse ao piano, e na partitura, enquanto ele compunha
"voz por voz" a harmonia desta linda melodia.
João
Diener cantou-a pela primeira vez na Igreja Batista do Alto da Serra, em São
Paulo, num culto em que pregou o missionário William Buck Bagby.
O
Pr. Francisco Cid, missionário da Junta de Missões Mundiais (da Convenção
Batista Brasileira) na Argentina, escreve em O Jornal Batista
uma história comovente da influência mais dramática deste hino:
Certo
domingo à tarde, vagueava um homem nas ruas da cidade de São Paulo. Depois de
haver bebido durante o dia, se recostou para dormir num dos bancos da Praça
Princesa Isabel, a mesma onde fica a primeira Igreja Batista. Passadas algumas
horas, ele despertou. Já era noite. De longe lhe vinha aos ouvidos o cântico de
um hino! E era seu hino!
Lá
na Igreja, o pastor havia terminado a pregação e anunciou o hino final do
culto. O hino era A Última Hora. Este homem, separado da família e longe de
Deus, ainda trôpego e um tanto ébrio, se levantou daquele lugar frio e caminhou
em direção ao templo. Quando entrou, o Pr. Tertuliano Cerqueira se aproximava
da porta, e viu aquele homem desalinhado e com forte cheiro de bebida alcoólica,
o cumprimentou e disse: "Que mensagem de Deus tem este hino”, e continuou:
"Eu sei que o compositor foi alguém inspirado por Deus" Diener lhe
disse, então: "Eu escrevi esse hino! "
Em
seguida, mostrou ao pastor a sua identidade. Depois, o pr. Tertuliano levou
Diener à sua casa, ouviu sua comovedora história e a manifestação daquele
coração, que naquela noite havia se arrependido.
João
Diener reconstruiu o seu lar, que estava desfeito, reconciliando-se com sua
mulher. Voltou a cantar o seu hino, tornou-se outra vez regente do coro da
igreja, e foi fiel ao Senhor até a sua partida, no ano 1963.
Que este hino maravilhoso continue propagando sua mensagem do amor de Deus, salvando vidas e conduzindo-as para o céu.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz
Um comentário:
A Maria vai ficar impressionada com este relato pois foi o Hino de sua conversão aos 13 anos(1950, em Conceição de Carangola-MG (Culto numa Fazenda- pregador, falecido há pouco tempo, Jonas Jota). Outro fato que me chamou à atenção foi o ano do nascimento e morte do compositor - o mesmo ano do vô Antonio (04/11/1989 - ?? l963). Milagre +++ milagre! Só pela Bondade e Misericórdia de nosso Deus para com esse caído, mas guardado (um adendo para nós à ser usado na Eternidade, em Louvor Honra e Glória ao Senbhor Jesus! Grato. Abraço. Arraz,tonico
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