“Enquanto
estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz,
e teve a seu
filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque
não havia lugar para eles na estalagem”.
As notícias
recentes veiculadas pela imprensa trazem manchetes de pastores bilionários, até
então não desmentidas por eles, que sem dúvida nos causam verdadeira
indignação, pois contraria frontalmente os ensinos do Senhor Jesus, que nasceu,
viveu e morreu na pobreza.
O apóstolo Paulo escreve aos cristãos da cidade de
Corinto:
“Tende em vós aquele sentimento que houve
também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o
ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma
de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de
cruz”.
(II Cor.2:5 a 8)
Entre nós viveu como servo,
sem nada possuir, para nos tornar verdadeiros bilionários da graça de Deus.
O texto acima,
que por certo você já leu diversas vezes, assim como eu, leva-me a meditar
nele, trazendo-me muitos pensamentos.
Ninguém se
condoeu de Maria, vendo sua gravidez e suas necessidades tão prementes para dar
à luz seu primogênito. Maria e José, extremamente pobres, sem um lugar digno
para nascer o primeiro filho, vão parar nos fundos de uma estalagem,
precisamente no “estacionamento” onde os animais eram guardados com palhas em
abundância.
Nasceu numa
humilde manjedoura e viveu uma vida de pobreza. Durante os três anos
aproximados que conviveu com seus discípulos, viveu através de dádivas
recebidas. E tudo o que possuía não era seu, era emprestado.
Transcrevo
abaixo o poema que de maneira fiel retrata a vida do Senhor Jesus, por Gióia
Júnior.
Desde a
primeira vez que o li fiquei profundamente impactado por sua
mensagem, e espero que aconteça o mesmo com os novos
bilionários, “pastores”, que vivem da lã de suas ovelhas, aquecidos por
elas, quando muitas nem sequer têm onde morar.
Que assim seja
Orlando Arraz
Maz
Nada era dele
Disse um poeta um dia,
fazendo referência ao Mestre amado:
"o berço que Ele usou na estrebaria,
"o berço que Ele usou na estrebaria,
por acaso era dele? Era emprestado!
E o manso jumentinho,
E o manso jumentinho,
que em Jerusalém chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho,
Por acaso era dele? Era emprestado!
E o pão - o suave pão,
Por acaso era dele? Era emprestado!
E o pão - o suave pão,
que foi por seu amor multiplicado
alimentando a multidão
Por acaso era dele? Era emprestado!
E os peixes que comeu junto ao lago,
Por acaso era dele? Era emprestado!
E os peixes que comeu junto ao lago,
ficando alimentado. Esse prato era seu? Era emprestado!
E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado
E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado
Mostrando à multidão qual o caminho
Por acaso era seu? Era emprestado!
E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos
Por acaso era seu? Era emprestado!
E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos
Ao lado de Judas que o traiu, de Pedro, que o negou
Por acaso era dele? Era emprestado!
E o berço tumular, que depois do calvário foi usado
Por acaso era dele? Era emprestado!
E o berço tumular, que depois do calvário foi usado
de onde havia de ressuscitar
Por acaso era dele? Era emprestado!
Enfim, nada era dele!
Mas a coroa que Ele usou na cruz era dele!
E a cruz que carregou e onde morreu,
Por acaso era dele? Era emprestado!
Enfim, nada era dele!
Mas a coroa que Ele usou na cruz era dele!
E a cruz que carregou e onde morreu,
Essas eram de fato de Jesus! "
Isso disse um poeta certa vez,
Isso disse um poeta certa vez,
numa hora de busca da verdade;
mas não aceito essa filosofia
que contraria a própria realidade.
O berço, o jumentinho, o suave pão,
os peixes, o barquinho, a sepultura e o quarto
eram dele a partir da criação;
Ele os criou - assim diz a Escritura;
mas a cruz que Ele usou, a rude cruz,
a cruz tosca e mesquinha,
onde meus crimes todos expiou,
essa cruz não era sua! Essa cruz era minha
Gioia Junior
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