Quando lemos a história da viúva pobre que deu suas duas
únicas moedas como oferta, ficamos impressionados. Ela demonstra sua fidelidade
para com Deus em oferecer-lhe tudo quanto possuía. Será que faríamos o mesmo?
Ofertar moeda de baixo valor como
gorjeta é bastante perigoso. Muitas vezes há constrangimento quando recusada.
Como esmola, não deixa de fora o mesmo risco.
Entretanto, há aqueles que
ofertam moedas a Deus sem o menor problema, e que não podem ser comparados com
a viúva pobre, pois possuem bens suficientes para uma boa vida.
E ainda há aqueles que ofertam
verdadeiras migalhas a Deus, totalmente desproporcionais com seus ganhos. E o
fazem sem o menor constrangimento, pois o que oferecem é encoberto a olhos
humanos.
É lastimável como muitos tratam a
Deus como um mendigo, ofertando valores irrisórios, que poderiam ser
devolvidos. Tiram da carteira a menor nota, e mesmo riscada, amassada, ou
rasgada, a oferecem no ofertório. E como Deus é invisível, ficam à vontade.
Nos tempos do profeta Malaquias
ocorria o mesmo com as oferendas de animais para o Templo:
“Pois quando ofereceis em sacrifício um animal cego,
isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau? Ora
apresenta-o ao teu governador; terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua
pessoa? diz o Senhor dos exércitos”.
Muitas vezes tais ofertas são insuficientes para
suprir as necessidades dos membros carentes, ou para reformar o prédio onde a
igreja se reúne, quando as casas desses ofertantes miseráveis são excelentes e seus
bens são de primeira. Gastam com seus prazeres, e nas suas listas Deus fica em
último lugar, se sobrar algum trocado.
As pessoas que veem tais ofertantes podem ser
enganadas, pois veem tão somente o gesto, e não o valor apertado entre os
dedos. O que não ocorre sob o olhar de Deus.
Quando o apóstolo deu instruções para a igreja da
cidade de Corinto, assim se expressou:
“No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver
prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar”.
Os ofertantes do século XXI não separam o que pertence a Deus, que no mínimo deveria ser 10%.
Estão bem distantes da viúva pobre que foi elogiada
por Jesus.
Tais ofertantes sempre patinam nas suas vidas, e nada dá certo. Suas economias se evaporam ou escorrem pelos dedos, porque são verdadeiros roubadores de Deus. Pensam nas suas aquisições, no embelezamento de seus corpos, na compra de roupas de “grife”. São verdadeiros egoístas.
Não se cogita de que o ofertante
sincero seja isento de dificuldades financeiras, como se estabelecesse um
negócio com Deus. De forma alguma. A promessa de Deus é que ele “abrirá janelas
do céu e derramará bênçãos sem medida”.
Que nossas ofertas sejam dignas e
ofertadas a Deus na mesma proporção de nossos ganhos, e quando forem de pequeno
valor Deus se alegrará, desde que nos identifiquemos com a viúva em gênero,
número e grau.
Que passemos a ofertar como
devedores da graça de Deus, com alegria e autenticidade, pois assim o Senhor se
agrada.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz
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