Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?
Quando o rei Davi compôs este salmo, cerca de mil anos antes de Cristo, penso que ao terminá-lo o revisou várias vezes, assim como nós fazemos com nossos artigos. Entretanto, com uma diferença: as nossas revisões muitas vezes alteram totalmente nossos pensamentos, as de Davi, caso tenham sido feitas, do primeiro ao último versículo não houve modificação. Tudo estava perfeito. A pena de Davi foi serva do Espírito Santo, e o salmo saiu perfeito como toda a Palavra de Deus.
Mas me ocorre outro pensamento: teria Davi entendido o que escreveu? Apenas para lembrar: a pena de morte por crucificação foi imposta pelo Império Romano, até então inexistente, e Davi faz menção da mesma referindo-se a Cristo , tendo as suas mãos e pés trespassados pelos pregos romanos.
Outro aspecto interessante é que grande parte do sofrimento relatado neste salmo não ocorreu na vida de Davi, daí a nossa questão: teria Davi entendido o que escreveu?
Entendendo ou não, hoje nós o entendemos porque nos situamos após a tragédia da cruz. Antes dela, também estaríamos confusos e totalmente perdidos na sua leitura, mas hoje, quando a Cruz se tornou uma realidade e a maior bênção na vida do pecador, o Salmo 22 ilumina todo nosso conhecimento.
Por último, se hoje entendemos perfeitamente a tragédia da Cruz, jamais entenderemos a profundidade do amor de Deus em entregar seu único Filho a uma morte de Cruz , abandoná-lo e afastar-se do seu bramido. Daí seu lamento de dor: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?”.
Jesus foi desamparado na Cruz para se tornar o Maravilhoso Redentor de todo aquele que, arrependido, prostrar-se ao pé da Cruz e confessá-lo como Salvador e Senhor.
Que assim seja
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