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quinta-feira, 17 de abril de 2014

SALMO 22 - O SALMO DA CRUZ

                   Deus meu, Deus meu por que me desamparaste? 





Quando o rei Davi compôs este salmo, cerca de mil anos antes de Cristo, penso que ao terminá-lo o revisou várias vezes, assim como nós fazemos com nossos artigos. Entretanto, com uma diferença: as nossas revisões muitas vezes alteram totalmente nossos pensamentos, as de Davi, caso tenham sido feitas, do primeiro ao último versículo não houve modificação. Tudo estava perfeito. A pena de Davi foi serva do Espírito Santo, e o salmo saiu perfeito como toda a Palavra de Deus.

Mas me ocorre outro pensamento: teria Davi entendido o que escreveu? Apenas para lembrar: a pena de morte por crucificação foi imposta pelo Império Romano, até então inexistente, e Davi faz menção da mesma referindo-se a Cristo , tendo as suas mãos e pés trespassados pelos pregos romanos.

Outro aspecto interessante é que grande parte do sofrimento relatado neste salmo não ocorreu na vida de Davi, daí a nossa questão: teria Davi entendido o que escreveu?

Entendendo ou não, hoje nós o entendemos porque nos situamos após a tragédia da cruz. Antes dela, também estaríamos confusos e totalmente perdidos na sua leitura, mas hoje, quando a Cruz se tornou uma realidade e a maior bênção na vida do pecador, o Salmo 22 ilumina todo nosso conhecimento.


A Cruz do Salmo 22 é a mesma que nosso Salvador foi suspenso entre o céu e a terra, onde ofereceu sua vida por nós. É a rude Cruz tão bem apresentada no velho hino que diz: "Rude Cruz se erigiu, dela o dia fugiu como emblema de afronta e de dor. Não esqueço essa Cruz porque nela Jesus deu a vida por mim pecador".

Por último,  se hoje entendemos perfeitamente a tragédia da Cruz, jamais entenderemos a profundidade do amor de Deus em entregar seu único Filho a uma morte de Cruz , abandoná-lo e afastar-se do seu bramido. Daí seu lamento de dor: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?”.

Jesus foi desamparado na Cruz para se tornar o Maravilhoso Redentor de todo aquele que, arrependido, prostrar-se ao pé da Cruz e confessá-lo como Salvador e Senhor.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

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