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sexta-feira, 3 de julho de 2015

AH! MINHA LÍNGUA






         “Disse comigo mesmo: 
guardarei os meus 
caminhos para não 
pecar com a língua;
porei mordaça à minha boca,
enquanto estiver na minha
presença o ímpio” (Salmo 39:1).








Fico estarrecido em programas de rádio ou de televisão, ouvindo palavras inconvenientes e desrespeitosas. Nas filas de bancos, de ônibus, nos mercados, não há constrangimento por parte de muitas pessoas em usar  palavras chulas, na presença de idosos ou de crianças.

Infelizmente os tempos mudaram. Os meios de comunicação, aliados aos entendidos em psicologia e outras ciências, ensinam que tudo é permitido.

Em meio a tudo isto, descortina-se um panorama sombrio que se instala na vida do cristão verdadeiro,  que convive com pessoas que adotam este péssimo comportamento.
Quer seja no trabalho, na escola, no dia a dia, nos defrontamos com atitudes e palavras que não correspondem com o linguajar de um filho de Deus. O que fazer, então?

A palavra de Deus tem a solução para este problema, assim como para todos os demais.

No texto em questão a preocupação de Davi era não pecar com a língua. Embora não sofresse as influências dos meios de comunicação como em nossos dias, sofria as influências de pessoas inimigas de Deus. Tanto Saul como seus assessores não mediam esforços para afastá-lo da direção de Deus e levá-lo a pecar.

Hoje eu e você estamos rodeados de fortes tentações e muitos tentam nos arrastar para um circulo de pessoas que não temem ao Senhor, ora com piadas irreverentes, palavras blasfemas, gestos e olhares maliciosos. As pressões são inúmeras e, portanto, devemos buscar socorro nas orientações divinas.

Fazer o que Davi sempre fazia é a melhor solução: colocar mordaça na boca. A mordaça é bem conhecida dos cavalos, pois incomoda o movimento da boca e permite que siga o caminho desejado pelo seu dono.

Só assim alcançaremos vitória em nosso comportamento, dando um testemunho nobre de nossa fé na presença de estranhos. Assim nos ensina o apóstolo Paulo em sua carta: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem” (Efésios 4:29)

Que este seja o meu comportamento e que não me canse de repetir para mim mesmo: ”guardarei os meus caminhos para não pecar com a língua”.

Lembremo-nos do ensino de Tiago sobre o uso da língua e alcançaremos o favor da parte do Senhor.  “Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã”. (Tiago 1:26)

Que possamos cantar e exercitar sempre: “A língua me soltou a fim de o bendizer, e com prazer lhe chamo sempre meu Senhor” (HC 308).

Que a mordaça nunca seja esquecida nem tampouco desprezada.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz


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