Os noticiários destes últimos dias são fartos de notícias
dos refugiados que estão deixando o seu país, em busca de uma nova terra, onde
não há guerra, morte e destruição. Desejam uma vida melhor, deixam seus bens
para trás, e partem para uma aventura, e muitos morrem pelo caminho. Muitos
países fecham suas portas, constroem cercas e colocam cães e guardas para
impedirem todas as tentativas de entrada.
O panorama já
é bastante triste por si só, mas toma grandes proporções quando envolvem idosos
e crianças, dentre elas, uma que morreu nas águas do mar, e que por elas foi
levada até a praia, e cuja imagem chocou profundamente todos os que a viram.
Os refugiados
vivem momentos dolorosos, pois são enxotados pelos seus países beligerantes, e
rejeitados pelos países em paz.
Esta situação
vivida nestes últimos dias me transporta à Palavra de Deus, e leva-me a meditar
que em Jesus não há barreiras nem cercas, como as criadas pelos governos, e que
Nele todos são bem vindos. O apóstolo Paulo ao escrever aos cristãos de Éfeso
afirma:
“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua
carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si
mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar
ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade e, vindo, ele evangelizou paz a vós que
estáveis longe, e paz aos que estavam perto, porque por ele ambos temos acesso
ao Pai em um mesmo Espírito. Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem
forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus”(Efésios
2:14-19).
Quando a esperança de alcançar uma nova terra para muitos já foi
perdida, e quando a tristeza os abate, resta-nos clamar ao Senhor Jesus que
ilumine seus corações com o consolo de sua Palavra, dando-lhes entendimento para
que vejam que nem tudo está perdido. Há uma cerca mais forte com elos indestrutíveis que nos separa do amor de Deus, e que já foi quebrada na cruz do calvário. Basta
levantar os olhos e confessar a Cristo como Salvador, Senhor e Libertador, e o
caminho será aberto e as cercas não mais existirão.
As cercas levantadas
pelas autoridades, as mortes, as violências contra grandes e pequenos sempre
vão existir no coração do homem, enquanto não for moldado pelas mãos do oleiro.
Vamos rogar pelos refugiados para que tenham forças para resistir e encontrem um
lugar seguro onde viver, e ao mesmo tempo encontrem a paz no Senhor Jesus.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
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