“Todos os atenienses e
estrangeiros
que ali viviam não
cuidavam de outra coisa
senão falar ou ouvir as
últimas novidades”.(Atos 17:21)
O relato dos Atos dos Apóstolos narra a visita do apóstolo
Paulo à Atenas. Não sei se esta foi a primeira vez, ou se já a teria visitado.
Seja como for, ficou deveras impressionado com o que viu: uma cidade mergulhada
na idolatria, e um povo sedento pelas últimas novidades, especialmente na área
da religião e da filosofia. Por toda a parte via somente grupos de homens
discutindo as ideias mais recentes que chegavam das grandes cidades, como Roma
e Corinto. E Paulo ficou bastante impressionado.
Ao meditar neste texto das Sagradas Escrituras, dei vazão à
imaginação, dando de cara com o Apóstolo Paulo na estação Sé do Metrô. Lá estava ele rodeado por um pequeno grupo de pessoas. Aproximei-me, cheguei bem perto dele e externei minha agradável surpresa em
conhecê-lo. E logo tasquei uma pergunta: “O que o senhor achou do povo de nossa
cidade?” E gentilmente começou a responder:
“Agora estou no metrô e vejo pessoas com fones nos ouvidos,
outras escrevendo mensagens, completamente alheias ao que se passa à sua volta;
pelas praças e avenidas as pessoas atravessam ruas movimentadas, umas falando,
outras digitando mensagens, tirando “selfs”, arriscando suas vidas. Outro dia
visitei uma igreja e notei que as pessoas se ocupavam com seus celulares, e
percebi que muitas pessoas se comunicavam entre si, outros acessavam o facebook,
totalmente alheias à mensagem pregada. Após o culto fui convidado por uma
família para lanchar em sua casa, um casal bastante simpático. Assim que o lanche
foi servido, os quatro filhos do casal, cada um com o seu celular, passaram a
mexer ávidos por mensagens e fotos”.
Nesta altura, o grupo de pessoas no metrô aumentou
consideravelmente, e todos queriam ouvi-lo. E ele continuou sua resposta: “Sabem
de uma coisa, quando pisei nesta cidade, lembrei-me de Atenas. Lá era a
idolatria que dominava a cidade, e aqui são os celulares. Na verdade eles têm
sua utilidade e atestam os avanços da tecnologia, mas têm sido a fonte de
muitas distrações, não somente no trânsito, mas dentro das igrejas, quando o
correto seria desligá-los totalmente. Muitas pessoas estão deixando de lado a
voz de Deus querendo salvá-las, e esta distração certamente, irá leva-las à
perdição eterna”.
Quando o ilustre pregador se retirou, fiquei imaginando na
seriedade da mensagem, e constatei que muitos estão vivendo como os atenienses
do passado, querendo novidades na tecnologia, e recusando às boas novas do
Evangelho. Gastam seu tempo nesta e em muitas outras novidades, e o deus que
trazem no coração não pode transformá-los em novas criaturas. Precisam
descobrir o Deus de amor que deseja a salvação de todos, pois não quer que ninguém se perca, mas "sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (I Tim.2:4)
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
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