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sexta-feira, 18 de março de 2016

ÀS RUAS OU AOS CÉUS?




“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. (II Cron.7:14)






Uma agitação política afeta nosso País motivando passeatas, discursos inflamados, violências dos dois lados manifestantes, palavras de ordem contra ou a favor do Governo, opiniões nas redes sociais, e assim, um clima de pânico se instala em todos os lugares.

Tais recursos são utilizados pela grande maioria do povo, que entende serem os cabíveis para a solução de problemas, e desejoso por um final feliz, lança mão destes meios.

A mesma atitude é defendida e exercida por cristãos conhecedores da Palavra de Deus, que se envolvem com suas opiniões, e compartilham textos onde existem palavras ofensivas, expressões chulas, e palavrões explícitos. Com isto, admitem que sejam esses os caminhos indicativos de Deus para solucionar problemas e assuntos políticos.

Os métodos de Deus são totalmente diferentes, e seu povo, – a igreja hodierna – deve observá-los, e só assim encontrará pleno sucesso.

A “militância” do povo de Deus, os verdadeiros cristãos, tem caminhos próprios estabelecidos por Deus. Ao observarmos os povos bíblicos, que muitas vezes oprimiam Israel, e mais tarde o cristianismo, encontramos ensinamentos para os entregarmos aos cuidados de Deus através da oração. Não vemos atitudes de beligerâncias, revoltas maciças ou represálias, mas, sim, intercessão:

Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador”(I Tim.2:1-3) Não se exclui com tal procedimento a opinião dos cristãos, suas ponderações, apreensões ou preocupações, ou mesmo sua apatia diante de um quadro que possa causar a instabilidade e a segurança do País.

Como cristãos, deveríamos voltar nossos olhos para as sábias palavras do texto que encabeça esta meditação:

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”(II Crôn.7:14)

Aqui estão os “requisitos de Deus para abençoar uma nação, seja na terra de Salomão, seja na de Esdras, seja na nossa. Quem crê deve abandonar seus pecados, deixar a vida centrada no eu e se entregar à palavra e à vontade de Deus. Só então, e não antes, o céu enviará reavivamento”.(J.Barton Payne).

Precisamos com urgência levantar a bandeira da oração e abandonar aquelas que são partidárias, e suplicar em favor dos nossos dirigentes, com humilhação e jejum a fim de que eles sejam corrigidos por Deus.

Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer”.(Prov.21:1)

Assim foram ensinados os cristãos nos tempos de Paulo e de Pedro, sob um regime sanguinário, ou no tempo da carta aos Hebreus, quando muitos tiveram seus bens espoliados: “mas também com gozo aceitastes a espoliação dos vossos bens, sabendo que vós tendes uma possessão melhor e permanente”.(Heb.10:34).

Portanto, ao invés de sairmos para as ruas, praças ou avenidas, que nos juntemos com os demais cristãos, e levantemos um clamor a Deus e Ele fará a sua parte.

Clamemos pela Pátria, sem esquecermos aquela outra que nos pertence graças à obra da cruz.

Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas (Fil.3:20,21)

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

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