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sexta-feira, 29 de abril de 2016

TERMÔMETRO




“e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”.
Mateus 24:12

Usamos o termômetro para medir a temperatura do corpo, e é ele quem vai sinalizar o grau de nossa enfermidade. Aferimos a febre de nossas crianças, e qualquer alteração é suficiente para nos assustar. Trata-se de um invento tão maravilhoso quanto útil e bastante  utilizado por todos.

Já imaginaram se existisse um termômetro para acusar o grau do nosso amor para com nossos irmãos?  Qualquer sinal por menor que fosse, colocaríamos o termômetro no peito, sobre o coração, e leríamos: amor muito fraco, fraquinho, etc. Será que ficaríamos assustados ou preocupados com sua leitura, e procuraríamos imediatamente o melhor remédio?

A falta de amor ou um amor inexpressivo tem caracterizado as igrejas nestes dias tão agitados. As pessoas estão muito ocupadas em cuidar de suas vidas, buscar seus interesses, e não cultivam o amor ensinado por Jesus e que deveria ser a marca fundamental de todo o cristão. Jesus nos ensinou que “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Embora seja uma profecia para tempos futuros, não restam dúvidas que atualmente já existe esfriamento do amor entre os irmãos, falta de sensibilidade, de uma palavra de ternura, de um abraço apertado, e por aí vai uma série de manifestações que há muito já não existem.   

Não há termômetro para essa finalidade, mas Deus já providenciou um que não falha, e que se chama “termômetro da Palavra de Deus”, que é colocado diante dos olhos das pessoas. É através dele que aferimos o grau do nosso amor, sempre observando como Jesus nos amou e como devemos amar os nossos irmãos. Lamentavelmente esse termômetro é desprezado, muitos se afastam dele, e consequentemente, o amor se esfria e o desânimo prevalece no seio de muitas igrejas.

Tal amor quase não se vê porque muitos abandonaram o amor dos primeiros dias da conversão. O afastamento da Palavra de Deus se tornou tão acentuado, e assim, deixou há muito de ser um termômetro confiável.

Que tal lançarmos mão com toda urgência deste termômetro abençoado, e de joelhos clamar ao Salvador que nos encha do seu amor, que o faça transbordar em nosso coração, e alcance os que dele tanto necessitam.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz


sexta-feira, 22 de abril de 2016

O VERDADEIRO PASTOR








"E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar, o meu servo Davi. Ele as apascentará, e lhes servirá de pastor. E eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse.(Ezequiel 34:23,24)






O trabalho do pastor é um dos mais antigos deste mundo. Desde os primórdios da humanidade eles se destacam por seu trabalho e dedicação ao rebanho. A Bíblia descreve a dedicação de muitos pastores, e a figura de Davi se destaca entre eles. Quando Samuel foi designado por Deus para ungir um rei sobre Israel, Davi se encontrava cuidando das         ovelhas de seu pai. E mais tarde ele relata ao rei Saul as suas vitórias em defendê-las das garras do urso e do leão. Um contraste notável entre Saul e Davi, entre os muitos, é que enquanto Davi protege o rebanho de seu pai, Saul busca as ovelhas perdidas do seu pai. Anos mais tarde, lemos que os pastores ao receberam a visitação gloriosa dos anjos anunciando o nascimento de Jesus, guardavam os seus rebanhos.

Jesus em seu ministério abençoado neste mundo se apresenta como o Bom Pastor.  Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (Ev. João 10:11). Ele se identifica perfeitamente como “o bom Pastor”, porque há os maus pastores, os mercenários, aqueles que são pagos para trabalhar, e as ovelhas não lhes pertencem. Frente à qualquer perigo eles fogem e deixam o rebanho desprovido de proteção. Na parábola da ovelha perdida contada por Jesus, o pastor deixa noventa e nove protegidas no aprisco e vai  buscar  a que se perdeu. Ao encontra-la, volta trazendo-a nos seus ombros, numa exuberante demonstração de alegria. Ele é o pastor no deserto perigoso, e é o pastor que nos leva às águas tranquilas e que refrigera a alma por amor ao seu Nome.

O profeta Ezequiel no capítulo 34 apresenta um quadro dos falsos pastores que viviam nos seus tempos, e no meio de tanto desalento e decepção, ele aponta para o rei Davi: E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar, o meu servo Davi. Ele as apascentará, e lhes servirá de pastor. E eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse”. Trata-se de uma profecia majestosa, onde o Senhor Jesus no milênio será o Rei-Pastor. Aquele que deu sua vida pelas ovelhas morrendo na cruz, será o mesmo que apascentará o seu povo. Hoje, lá dos céus Ele cuida do rebanho, dá a provisão necessária, corrige, e nos transporta em seus ombros. Mas naquele glorioso dia, Ele caminhará à nossa frente, e com corpos transformados, o veremos face a face.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 15 de abril de 2016

UM GOVERNANTE JUSTO









‘Quem governa o povo com justiça, quem o governa com o temor de Deus, é como a luz da manhã ao nascer do sol, numa manhã sem nuvens. É como a claridade depois da chuva, que faz crescer as plantas da terra’.
2 Samuel 23:3,4





Nosso País vive momentos agitados em sua história. Há um clima de incerteza, medo, desalento em toda a parte, e ainda uma insatisfação e descrença de seus dirigentes. A mentira e a desonestidade imperam, e o que se ouve num dia, no dia seguinte é desmentido. 

Em meio a todo esse quadro nebuloso, deparei-me com o texto acima, da lavra do rei Davi, escrito há quase três mil anos. Quanta verdade. Não foi difícil transportar-me para esse país. Fechei meus olhos e deixei os pensamentos tomarem conta com toda a sua força.

Quem seria o governante justo? Quem governaria com o temor de Deus? Sem dúvida não seria o autor do texto bíblico, ou seu filho Salomão, e muito menos um rei daqueles tempos que já se foram. Davi, entretanto, falou sob a direção do Espírito Santo, e apontou para o Senhor Jesus que ainda virá com todo o poder e glória. “Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça.    ( 2 Pedro 3:13). A sua primeira vinda neste mundo foi de humilhação e morte de cruz; sua segunda vinda será de exaltação, onde Ele implantará um reinado de paz e justiça, e assim se cumprirá em sua integridade o texto profético.

Embora também esteja decepcionado com o rumo que segue nosso País, senti-me mais revigorado nutrindo pensamentos de uma cidade que um dia será plena realidade. Eu creio nesta promessa e espero pelo estabelecimento de uma nova ordem, onde Jesus Cristo será o governante inigualável. Se hoje as nuvens são escuras e a luz do sol é fraca, um dia aquele que é o “Sol da Justiça” fará brilhar a sua luz em todos os lugares.Não haverá mais noite. Eles não precisarão de luz de candeia nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre.” (Apoc.22:5)

Pensando no texto desta meditação, o velho hino veio para reforçá-la, e o cantei baixinho:

“Jesus à terra voltará com grande majestade, e neste mundo tomará suprema potestade.
“Jesus, justiça e paz dará e proteção ao povo; o seu reinado amor trará, ao mundo feito novo”
“Dominará de mar a mar e até os fins da terra; felicidade nos vem dar; não haverá mais guerra”.
“Compadecer-se-á Jesus dos tristes e dos pobres. Florescerão na sua luz os justos como os nobres”.
“Qual chuva bênçãos descerão aos povos refrescando; os reis e príncipes virão curvar-se sob seu mando”.

Estribilho:

“Saudai ao Rei celestial, que toma aqui poder real! Saudai o imperial Senhor; Jesus, Rei santo, Salvador” ( HC 329)

Que as decepções, medos e desconfianças não empanem nossa visão, nem nos afastem da trajetória da cruz, “pois se nada aqui me anima, Jesus me satisfaz”. Elevemos aos céus nossas súplicas para que Deus abra os olhos dos nossos governantes, e acalme o nosso coração.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

quinta-feira, 7 de abril de 2016

O CANTOR DESAFINADO





O evangelho da prosperidade não produziu uma nova geração de grandes hinos cristãos. Nem a Confissão Positiva ou o Cristianismo Progressista.
Há uma razão pela qual não deveríamos esperar por isso. O fato é que as canções mais profundas vêm das verdades mais profundas. As canções mais fiéis vêm das expressões mais fiéis da fé cristã. As canções mais ricas vêm do entendimento mais rico de quem Deus é o que Deus fez.

Como cristãos, nos é dito que devemos cantar a partir do evangelho, uns com os outros, para o Senhor – um resumo de Colossenses 3:16, que diz “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”. Conforme Paulo escreve para a igreja em Colossos, seu desejo é que eles percebam que todo cristão precisa de aulas de canto. Se queremos cantar uma canção que glorifica o Senhor, primeiro precisamos aprender algumas lições.

A primeira lição é: O evangelho precisa ser a base de sua canção. Antes de cantar uma música que glorifique a Deus, a palavra de Cristo – o evangelho – precisa habitar em você. Paulo havia acabado de dizer “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Colossenses 2:13-14). Essa é uma mensagem gloriosa, uma que vale a pena cantar a respeito. Não há nada melhor que isso em todo o universo, literalmente. Você nunca ouvirá uma mensagem melhor, mais doce e mais preciosa. Se você deseja cantar uma canção que glorifica a Deus, você precisa primeiro ter uma rica e doce mensagem habitando em você.

A segunda lição é: O evangelho precisa habitar ricamente em você. Não é o suficiente ser habitado pelo evangelho. Antes que você possa cantar – realmente cantar – você precisa que o evangelho habite ricamente em você. Para habitar profundamente em você, a mensagem precisa ser rica. Você não pode se encher de uma mensagem rasa, tola e fraca e esperar que ela habite ricamente.

E isso é exatamente o porquê de o evangelho da prosperidade não ter produzido a próxima geração de grandes hinos da fé cristã. É por isso que não buscamos nas igrejas dominadas pela confissão positiva por músicas ricas e centradas no evangelho. Onde há uma mensagem rasa e não bíblica, haverá também músicas rasas e não bíblicas. Por outro lado, uma mensagem rica gera uma habitação rica, e essa rica habitação gera rica contemplação, e essa rica contemplação gera ricas canções.

Quando cantamos a Deus, proclamamos quem Ele é, o que Ele fez e o que Ele requer de nós. Também suplicamos, clamando por aquilo que o faz se deleitar em seu povo. Se isso é verdade, há um requerimento para que haja substância em nossas músicas.

Temos milhares de grandes músicas ao nosso dispor, então por que perder tempo com canções que não dizem praticamente nada? Quanto mais rico nosso entendimento de Deus, mais ricas serão as nossas expressões de louvor e mais ricas e ousadas as nossas petições quando cantarmos. Se conhecemos Deus apenas como aquele que distribui riquezas, nossas músicas apenas não pedirão nada além de prosperidade. Se conhecemos Deus como fraco e mais ou menos santo, nossas músicas irão falar de um Deus muito pequeno e indigno de nossa adoração. Mas se conhecemos Deus como ele é e se conhecemos o que ele conquistou por meio de seu Filho, nossas músicas serão cheias de ricas e doces verdades.

Cantamos melhor quando o evangelho habita ricamente em nós. Deus não está observando a perfeição dos tons em que cantamos. Ele está observando o coração. Tom e ritmo importam, mas quando você se levanta com a congregação e canta ao Senhor, é o seu coração que é muito mais importante. Você pode ser absolutamente desafinado e ainda assim cantar belas canções aos ouvidos de Deus quando o evangelho está habitando ricamente e quando você canta exultante no Salvador. 

 * Texto de autoria de Tim Challies - Traduzido por Filipe Schulz | e publicado em Reforma21.org



Que assim seja. 

sexta-feira, 1 de abril de 2016

MÂOS GRUDADAS NAS ESCRITURAS





“Depois dele, Eleazar, filho do aoíta Dodô. Ele era um dos três principais 
guerreiros e esteve com Davi
 quando os filisteus se reuniram em Pas-Damim para a batalha.
 Os israelitas recuaram, mas ele manteve a sua posição e feriu 
os filisteus até a sua mão ficar dormente e grudar na espada.” (2ª Samuel 23: 9,10)



Já imaginaram uma cena assim? Um homem em plena guerra, de tanto manusear a espada, sua mão fica dormente e grudada nela. Este era um fiel guerreiro do rei Davi, que antes de sua morte,  faz uma menção honrosa a este soldado.

A espada nas Sagradas Escrituras representa a Palavra de Deus. Vejam as palavras de Paulo escritas aos cristãos de Éfeso: Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. (Efésios 6:17).

Assim como o soldado de Davi, literalmente, fazia uso tão eficiente de sua espada, e os cristãos dos primeiros tempos da igreja precisavam usar a Palavra de Deus (escrituras do Velho Testamento), e pouquíssimas porções do Novo Testamento, mais do que nunca eu e você precisamos manuseá-la, pois a temos de forma completa em nossas mãos.

O soldado do rei teve sua mão dormente, tal a força com que  segurava a espada. Não podia cair de sua mão, pois corria o risco de ser ferido ou morrer na batalha.

Tal empenho não se vê em nossos dias de cristãos ávidos por sua leitura, e menos ainda em estudá-la, sequiosos como os antigos bereanos em conferir as palavras dos apóstolos. O que se depara em nosso cenário religioso é um batalhão de soldados preguiçosos, que empunham suas “armas” que para nada servem, e que por falta de uma leitura atenta são levados ao erro, adotando crendices como lenços “ungidos”, copos com água “abençoada”, orações de sete dias, práticas inexistentes nas Sagradas Escrituras. Outros são arrastados por doutrinas que negam a divindade de Cristo, e que vivem sem paz com medo de perder a salvação. Caso conferissem tais ensinos errôneos à luz da Palavra de Deus, por certo estariam seguros e firmes no Senhor Jesus.

Nosso cristianismo precisa com urgência apegar-se à Palavra de Deus, amá-la e  praticá-la de todo coração, sem se importar que suas mãos se tornem dormentes por segurá-la com todas as forças.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©