Uma expressão que por certo
muitos já ouviram, ou talvez até mesmo tenham compartilhado: “A voz do povo é a
voz de Deus”, é bastante antiga, entretanto, não expressa a realidade. Ela é
contrária a toda lógica e a toda a verdade espiritual.
O que seria do ser humano ser guiado
pela voz do povo, seguir seus conselhos, tirar suas conclusões, orientar sua
vida e a vida de seus filhos, simplesmente ouvindo essa voz. Por certo seria
uma catástrofe. Quando Adão ouviu a voz da sua mulher já enganada pela serpente,
e seguiu seu conselho, o desfecho foi o banimento da presença de Deus, e tudo
que era maravilhoso naquele jardim, se tornou um caos.
E a partir deste infausto
acontecimento, a voz do homem demonstrou-se fraca, sem vida e sem qualquer
veracidade. E a história comprova que a voz humana jamais poderá ser a voz de
Deus
O apóstolo Paulo descreve de
forma magistral como o ser humano faz uso de sua língua, quando escreve sua
carta aos Romanos:
“A sua
garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente;
peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; a sua boca está cheia de
maldição e amargura”.(Rom. 3:13,14)
A voz de Deus é inigualável porque
sai dos lábios de um Deus santo. Quando Jesus esteve entre os
homens sua voz tinha autoridade, no meio de uma sociedade totalmente
corrompida. Certa ocasião o evangelista João relata um depoimento dos guardas
encarregados de prendê-lo:
“Os
guardas, pois, foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus, e estes
lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam os guardas: Nunca homem
algum falou assim como este homem”. (Ev.João 7:45,46)
Se através dos tempos, e mais do
que nunca em nossos dias, os homens atentassem para a voz de Deus, ouvissem seus
sábios conselhos, não teríamos tantas decepções, revoltas, amarguras,
infelicidades. O que ocorre hoje é uma atenção redobrada à voz dos homens e
muitos a obedecem como sendo a voz de Deus. Pode ser, sim, a voz de deus, e
este com minúsculo, mas do Deus que está nos céus, por certo não é.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
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