As manifestações ocorridas nestes
últimos dias têm mexido com nossas emoções, e nos levado a criticar as
autoridades responsáveis. Nada mais do que natural, pois sofremos suas
consequências e o temor se apossa de cada um, e como diz o ditado “perdemos as
estribeiras”. Embora sejam inúmeras as criticas exacerbadas, não se justificam
à luz da Palavra de Deus. Vejamos algumas considerações.
Como cristãos somos exortados a
orar. O apóstolo Paulo em sua carta a Timóteo dá instruções específicas: “súplicas, orações, intercessões
e ações de graças por todos os homens”, e aqui não vai uma classificação, como homem alto, baixo, rico, pobre, culto,
inculto, etc. ”todos”. Este é nosso compromisso, e confesso que tenho falhado.
Em seguida o apóstolo acrescenta: “pelos reis e por todos os que exercem
autoridade”. Hoje são poucos os países com reis e rainhas, mas há os
presidentes e governadores. Assim, o texto
é atualíssimo em nossos dias, como toda a Bíblia. E aqui novamente perdemos
pontos!
E por fim nas suas instruções a
Timóteo, o resultado dessas orações é obter “uma vida tranquila e sossegada em
toda a piedade e honestidade, pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso
Salvador”. (I Tim. 2)
Mas há cristãos admitindo que
além das orações há necessidade de ação, como apoio nas passeatas, palavras de
ordem contra o governo, e muitas vezes expressões chulas e ofensivas.
Entretanto, não é este o caminho a ser seguido.
Deus não necessita de
auxiliares. Nossa parte é orar, interceder e suplicar. Devemos pedir que Ele
corrija os culpados, que venha punir os corruptos, desonestos, e que suscite
homens tementes a Ele.
Ao olharmos atentamente para as intervenções de Deus no
passado, estas foram feitas milagrosamente, sem a colaboração humana. Batalhas
contra grandes exércitos foram vencidas tão somente pelo poder de Deus. Assim
escreve o profeta: “Eu sou Deus; também de hoje em diante, eu o sou; e ninguém há que
possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá”? (Isaias
43:13).
Então, voltando aos escritos de Paulo
e Pedro, suas instruções foram claras no sentido de oração, intercessão e
suplica, e jamais de métodos e ações próprias diante de governantes insólitos,
maus, perseguidores e muitos assassinos. Eles não incitavam os cristãos a se
revoltarem com atitudes e palavras que desonrassem a fé que professavam.
Quando orarmos com fé o Senhor
agirá de forma milagrosa e extraordinária, sem o mover de um simples dedo de
nossas mãos. Deixar com o Senhor não é covardia, muito menos apatia frente à
situação, mas é próprio dos fortes no Senhor.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©
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