O sucesso do rei Salomão é algo
extraordinário, pois qualquer pessoa gostaria de estar em seu lugar. Ainda
jovem teve uma revelação da parte de Deus, onde abriu seu coração expondo suas
dificuldades em governar um povo tão numeroso. E nessa sublime visão, com
humildade, pediu “um coração cheio de discernimento para governar”, o que
agradou sobremaneira ao Senhor. Mas Deus foi mais além demonstrando sua graça
para com ele. Deu-lhe um coração sábio, riquezas e fama, e uma vida prolongada,
sob as condições de obediência total. (I Reis 3:12-14)
Deus cumpriu suas palavras, pois
de fato Salomão tornou-se mais sábio do que qualquer outro homem, e sua fama espalhou-se por todas as nações em
redor. Foi autor de três mil provérbios e mil e cinco cânticos, e todas as
nações vinham ouvir sua sabedoria. (I Reis 4:31-34)
Mas chegou um dia que Salomão
abriu as portas do seu palácio e deixou entrar a rainha de Sabá, a qual passou
a conhecer sua grandiosidade. E abriu seu coração para ela.
A partir daí,
lamentavelmente há um declínio acentuado em sua vida, passando a desobedecer as
ordens de Deus e sendo por ele reprovado. E uma nota triste aparece em sua
biografia: “não seguiu completamente o Senhor” (I Reis 11:2-6).
Quantas lições nos trazem sua
vida e que servem para abrir os nossos olhos.
Há muitos que iniciaram sua vida
com Cristo de maneira esplêndida. Não receberam uma visão como Salomão, mas
pela fé contemplaram riquezas maiores: a graça de Jesus, sua compaixão, o perdão de todos os seus pecados e a garantia
de vida eterna. Viram um caminho novo e vivo que foi aberto na cruz, e que
seguia diretamente para os céus. Os tesouros de Cristo, e ele mesmo que é o
tesouro encontrado pelo homem, encheram todos os compartimentos de sua vida, e
ele passou a possuir a sabedoria que vem de Deus.
Entretanto, com o decorrer do
tempo, em muitos houve um declínio em sua fé. A porta do seu coração foi
escancarada para estranhos alheios à sua fé, deixou-se seduzir por seus
atrativos e distanciou-se do caminho da cruz. E a alegria da salvação
desapareceu, entristeceu o Espírito Santo, e sua vida espiritual passou a ser
um peso.
Em meio a esse estado de
distanciamento há esperança para todos aqueles que assim se encontram: afastar-se
das ofertas pecaminosas que este mundo oferece e voltar para os braços de
Cristo. Não permitir que outros entrem nos recônditos do seu coração onde se
encontram os tesouros de Cristo, e venham a provocar esfriamento total.
Finalmente, há um que foi
superior a Salomão, Jesus Cristo(Mat.12:42), e que nunca falhou e nem
conheceu pecado, e que está pronto para receber de volta todo aquele que um dia
se distanciou dos seus caminhos. Atentem para o seu convite: “Eis que estou à
porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei
com ele, e ele comigo”(Apoc. 3:20)
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
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