“Porque
para mim tenho por certo que
as
aflições deste tempo presente não são para comparar
com a glória que em nós há de ser revelada”.
(Rom.8:18)
Aflição é uma palavra
que não gostamos de pronunciar, pois nos lembra momentos de tristeza em nossas
vidas, quer sejam passados ou presentes. As aflições que se foram deixaram
marcam profundas, e as que estamos passando, paralisados. Um exemplo bem
marcante é a crise de pandemia que assola o universo. Por todos os lados somos
atingidos, ora com a perda de familiares e amigos que tanto amamos, outros em
hospitais ou confinados em suas casas. E assim, a aflição tira toda a
tranquilidade.
A aflição ainda pode ser mental
que leva muitos à depressão, definhando-se a cada dia, sem ânimo para as
mínimas coisas.
Entretanto, para os que confiam na
Palavra de Deus, há lenitivo para as aflições, pois Deus tem suas
misericórdias, e estas não têm fim, pois a cada manhã se renovam. (Lam. 3:22)
Basta confiarmos de todo o coração e por certo Deus cuidará de cada aflição que
pesa sobre seus filhos.
Atentando
para a vida do apóstolo Paulo descobrimos suas aflições, conforme lemos na sua
segunda carta aos Coríntios capítulo 11: abundantes trabalhos que não poupavam
seu corpo cansado; crueldade e perseguições; perigos marítimos e terrestres;
cansaço e necessidades; ansiedade pelas igrejas; humilhação ao ser baixado num
cesto, e ainda pelo espinho na carne que o incomodava, e por fim sua morte
bárbara ainda oculta aos seus olhos.
Em face de tantas dificuldades, ele
escreve aos cristãos de Corinto e dá seu testemunho: “Porque a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”.
Ele sabia que suas tribulações eram como gotas no oceano da glória de Deus e
assim se tornavam em algo momentâneo, passageiro. E em sua carta aos irmãos de
Roma, escreve: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.
(Rom.8:18). A perspectiva da glória enchia seus olhos e coração.
Suas palavras deveriam transbordar de ânimo
todos os que passam por aflições, sabendo que o socorro vem da parte de Deus, e
elas se tornam tão insignificantes diante do seu grande amor.
Que possamos voltar nossos olhos para Jesus
nestes tempos tão difíceis, pois da mesma forma que um dia chorou em frente ao
sepulcro de Lázaro, ele compreende perfeitamente as aflições e lágrimas de seus
filhos.
Nas aflições
do apóstolo João na ilha de Patmos, a revelação de Cristo trouxe paz ao seu
coração:” E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte,
nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. (Apoc.
21:4)
As aflições são passageiras, enquanto a glória reservada aos seus filhos é
eterna.
Que
assim seja.
Orlando Arraz Maz©
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