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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

WILLIAM E LEILA MAXWELL - SR. GUILHERME

2ª E ÚLTIMA PARTE






PRIMEIROS RESULTADOS

A oposição não demorou a aparecer.  O padre da cidade de São Joaquim proibiu o povo de ir aos cultos, mandou que rasgassem os folhetos que receberam e ameaçou ir pessoalmente ver quem estava lá.  Isto diminuiu a frequência, e por alguns domingos não houve reunião porque ninguém apareceu.  Porém, lembrando que a ordem de pregar vinha do Senhor, William continuou e no devido tempo viu muitas almas salvas. Estes servos do Senhor enfrentaram oposição de várias formas, citamos aqui apenas dois exemplos. 

Em Outubro de 1940 Guilherme alugou uma sala em Santana (hoje chamada Ipuã) a fim de pregar o Evangelho.  Apesar de não atrair multidões, sempre havia algumas pessoas interessadas em ouvir.  O padre local passou a anunciar que o pregador era comunista, e estava sendo procurado pela policia.  Mais ou menos nesta época eles compraram um carro Ford 28 e assim podiam ir mais longe.  Ele foi levar o evangelho a Campina Verde, e Leila e sua filha, ainda bebe, foram juntos.  Chegando lá, a primeira coisa que fez foi reservar um quarto na única pensão da cidade, e deixando ali sua mulher e filha ele saiu para distribuir folhetos.  Não demorou, Leila ouviu o barulho de fogos de artifício e viu as pessoas correndo em direção à praça. Ela assistia o ‘show’ da janela da pensão sem imaginar que era por causa do seu marido.  O padre usou os fogos para reunir as pessoas, e ao mesmo tempo um homem armado acompanhava o pregador ajuntando os folhetos que ele havia distribuído.  Guilherme, conhecedor das leis do país foi conversar com o delegado, que disse não ter homens suficientes e não podia garantir a sua vida e nem de sua família e aconselhou-o a deixar a cidade antes do anoitecer.  Guilherme voltou à pensão para buscar a Leila e filha, e deixaram a cidade com dificuldade porque ninguém queria vender-lhes o combustível necessário.  Na saída da cidade tinham que atravessar uma ponte onde todas as crianças da escola foram levadas para insultá-los quando passavam.  Lembro de minha mãe dizer, anos mais tarde, que este foi o aspecto mais triste de todo o episódio.
Houve também oposição de outra natureza.  Várias denominações que se diziam evangélicas criaram muitos problemas, falando mal da pessoa de  Guilherme, e criando confusão doutrinária entre os recém convertidos, tentando atraí-los.

MUDANÇA PARA UBERABA

Em 1950, Alexandre Simpson, um dos seus colegas e bom amigo faleceu.  A morte deste dedicado servo do Senhor deixou uma grande lacuna no Triangulo Mineiro e por causa disto Guilherme resolveu mudar para Uberaba com a família em janeiro de 1951, onde sua terceira filha (Leila) nasceu em junho do mesmo ano.

Esta mudança, porem, não modificou a sua maneira de trabalhar.  O diário de Guilherme e informação de outras fontes nos mostram o mesmo entusiasmo e dedicação incansável ao pregar em Uberaba, também visitando fazendas e outras cidades, agora de motocicleta. Nomes como Conquista, Sacramento, Quenta Sol, Garimpo, Babilônia, Ituiutaba, Conceição das Alagoas, entre outros aparecem, sendo que alguns locais ele conhecia da época em que morou em Ituiutaba.

Em 1952 tiveram imensa alegria e encorajamento com a chegada do irmão mais novo de Leila, James Crawford, com sua esposa Jenny que também foram chamados pelo Senhor para servi-Lo no Brasil, e que depois de um tempo de estudo da língua foram morar em São Joaquim, onde poderiam assistir à igreja que crescia, assim deixando William e Leila mais livres para continuar o trabalho em Uberaba.

OUTRAS ATIVIDADES

Alem de suas viagens e de constante pregação da palavra, vemos outra dimensão do esforço de Guilherme e Leila para alcançar a todos, em variadas atividades: 

Radio:

Deu inicio a um programa semanal de l5 minutos, onde com certeza muitas pessoas ouviram as boas novas, ainda que ele se sentisse desanimado pela falta de resultados visíveis. 

Hospitalidade:

Outra necessidade se manifestou quando Uberaba se tornou referência no tratamento médico, com bons hospitais e bom atendimento, servindo também às cidades vizinhas. Muitos crentes iam receber atendimento medico na cidade e eram sempre bem-vindos na casa dos Maxwell, alguns permanecendo por períodos prolongados.  O lar da família era acolhedor e alegre, pois Guilherme tinha muito bom humor e Leila era ótima anfitriã, assim sempre havia hospedes ou visitas na casa.

Acampamento:

No inicio dos anos 60 o pais estava se desenvolvendo, as igrejas locais crescendo e havia muitos jovens em todas elas.  Guilherme começou a pensar sobre um lugar especial para estes jovens e com o incentivo de alguns membros da igreja de Uberaba compraram uma chácara a uns 9 kms da cidade e deram inicio à construção de um acampamento.  Depois de muito trabalho, enfrentando todo o tipo de dificuldade o prédio ficou pronto, e o primeiro acampamento para jovens foi realizado em julho de 1964.  Daquela data até hoje, são realizados dois acampamentos para jovens por ano, e mais recentemente para crianças e casais.  Desde o inicio o lugar foi benção e é impossível dizer quantas pessoas foram salvas ali, ou saber o numero de outros que foram fortalecidos na fé, adquirindo um conhecimento melhor das Escrituras durante os períodos de estudo.

Ensino itinerante:

Com o crescimento do numero de igrejas em vários estados do Brasil, tornou-se necessário que mestres experientes pudessem viajar, levando o ensino bíblico necessário. Guilherme estava sempre pronto a ajudar, principalmente as igrejas mais isoladas e mais fracas.  Assim sendo, mesmo nos últimos anos de sua vida ele continuou sendo o que sempre fora, um pregador itinerante.  No final do século 20 e inicio do século 21 ele visitou muitos lugares distantes levando não somente um ensino sólido e prático, mas também visitando os lares e levando todo o calor de um amor sincero e de uma preocupação verdadeira pelo bem estar de cada irmão e irmã, com carinho especial pelas crianças.  E todos sabiam o quanto ele apreciava uma xícara de café quentinho. 

O POR DO SOL

Da mesma maneira que o sol se põe silenciosamente, mas com brilho intenso assim este homem de Deus passou os seus últimos dias, perdendo devagar a força física, mas mantendo até o fim sua paixão pelo Senhor e pelo Seu povo.  Sua companheira de vida foi levada para a presença do Senhor em 1988, mas apesar da tristeza e saudade ele continuou a fazer exatamente o que havia feito desde a sua chegada no Brasil e era muito amado e respeitado, não apenas entre o povo de Deus mas por todos aqueles que o conheciam e que foram tocados pela sua vida. 

Com 94 anos e muito fraco ele insistia em estar presente a todas as reuniões e ficava à porta, encostado na parede cumprimentando todos os presentes.  Nos últimos meses ele, às vezes, se mostrava confuso e voltava à sua língua natal ao orar, sendo que algumas vezes toda a sua oração foi feita em inglês.  Alguns diziam amém quando ele terminava, até que um dia alguém disse ao Julio Marcio: “como é que se pode dizer amém quando não entendemos o que ele falou”?  A resposta do Julio foi: “eu direi amém e amém a qualquer coisa que vem da boca do Sr. Guilherme”.

 No dia 15 de agosto quando o sol se punha em gloriosa exposição de cores, este homem simples, mas amado e respeitado foi triunfantemente recebido na Gloria, e apesar da tristeza pela sua falta louvamos a Deus na certeza de que em breve estaremos todos juntos novamente, EM CASA!

Leila Maxwell - nasceu em 23 de dezembro de 1909 e falaceu em 17 de dezembro de 1988

William Maxwell - nasceu em 19 de dezembro de 1909 e faleceu dia 15 de agosto de 2005

Ambos estão sepultados em Uberaba - MG.

Ronaldo Watterson
Agnes Penna Maxwell 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

WILLIAM E LEILA MAXWELL -SR. GUILHERME

WILLIAM E LEILA MAXWELL 
1ª  Parte


Ainda bem jovem tive a honra de conhecer este notável casal. Foi lá pelos idos de 1973, no Acampamento Verdes Pastos, onde despontou o primeiro dente de minha filha Méleri.
A alegria e a vitalidade do Sr. Guilherme e D. Leila, entre os acampantes, era contagiante e todos se empolgavam com alegres hinos e uma preciosa comunhão com o Senhor.

D Leila, entre tantos serviços dedicados ao seu Mestre, além de ser uma cooperadora fiel de seu marido, enriqueceu nosso hinário Hinos e Cânticos  com a tradução de  três belíssimos hinos, onde é possível avaliar sua alta sensibilidade poética: nº 41 - "Deixa os cuidados"; nº 54 "A maravilhosa história" e nº95 - "Vem como estás".
Os versos adiante dão de sua autoria:
                                  
Oração
Ontem levantei-me bem cedinho, e fui correndo a trabalhar.
Era tanto serviço me esperando que não tive tempo para orar.
Mas, nada deu certo aquele dia, que veloz como o vento escapuliu.
Pensei: "Deus não está me ajudando! e Ele respondeu:"Você não pediu!".
Hoje levantei-me bem cedinho,muito serviço tinha para acabar,
E por estar, assim, tão fatigada, tirei, primeiro, tempo para orar


Deixo minha gratidão à sua filha Agnes Maxell Penna e Ronald Watteson  pela biografia tão excelente que  aqui reproduzimos.

Meu desejo e oração é que a vida deste nobre casal de missionários inspire e abençoe a todos quantos passarem por este blog.

Orlando Arraz Maz






Eram dias de pioneirismo, e a diferença no estilo de vida entre os dois países era enorme, sem falar do clima, da comida e da língua.  Viajar era uma aventura, de trem ou por estradas de terra, poeirentas e esburacadas.  Rumores de guerra, e eventualmente a própria guerra aumentavam ainda mais as preocupações e a ansiedade dos primeiros anos, com a saudade companheira sempre presente, enquanto recebiam cartas com pedaços recortados pelos censores, durante a 2ª. Guerra mundial.

São Paulo, Ituiutaba e Uberaba:

O primeiro ano passou-se entre São Paulo, Ituiutaba e Uberaba no estudo da língua e aguardando a direção do Senhor com respeito ao seu lugar de trabalho, e eventualmente, depois de visitar várias pequenas cidades margeando a estrada de ferro Mogiana, mudaram-se para

São Joaquim da Barra,

porque as pessoas ali pareciam dispostas a ouvir a Palavra.  Alugaram uma casa cuja sala dava para a rua, e o Guilherme saiu pela cidade com folhetos, falando do Senhor Jesus a quem se dispunha a ouvi-lo. A presença da família causou muita curiosidade na cidade: “estrangeiros protestantes” com hábitos diferentes, e todos saiam às suas janelas ou portas quando a Leila saia com a sua primeira filha (Agnes, apelidada Ana) em um carrinho de bebê – o único da cidade.

Naqueles dias Guilherme escreveu no seu diário:
“A casa que alugamos está muito desarrumada, e vai levar uns 10 a 15 dias para começar as reuniões. Sentimo-nos muito sozinhos aqui: ‘perdidos’ sem conhecer ninguém. Queremos muito começar as pregações, mas precisamos de paciência. Hoje cedo lemos Josué 17 e esta leitura nos animou e fortaleceu. Temos inimigos fortes aqui, e também em nossos corações... pensamentos de temor e duvidas – mas certamente venceremos porque o Senhor está conosco”.
Assim que tudo ficou pronto, resolveram começar uma reunião de pregação do evangelho, todos os domingos.  A primeira foi no dia 6 de outubro de 1939, sendo que na semana anterior ele visitara todas as casas da rua convidando os vizinhos.  Ficaram contentes porque 15 pessoas aceitaram o convite, e quando começaram uma classe para crianças ficaram ainda mais felizes porque vieram 22.


COMPANHIA

Alguns outros casais missionários que trabalhavam na região eram os amigos e o apoio que tinham: João e Elizabeth Murray junto com Allan e Maria Bull em Ituiutaba; Ricardo e Maria Jones em Uberaba; Alexandre e Nettie Simpson em Conquista e Leonardo e Irene Nye em Sacramento.  Eles passavam férias nas casas uns dos outros, ajudavam quando havia reuniões especiais, estavam presentes no nascimento dos filhos e eram tios e tias das crianças.  Discutiam problemas e comparavam estratégias o que ajudava-os a lembrar que, embora longe de ‘casa’, tinham amizade e companheirismo com pessoas que compartilhavam os mesmos ideais, na terra que eventualmente seria o ‘seu lar’ e onde firmariam base duradoura, junto com as três filhas que Deus lhes deu.

AMPLIANDO OS HORIZONTES

Enquanto continuava pregando o evangelho em sua casa, como evangelista que era, William estava pensando em outras cidades e começou a visitar algumas, mais próximas, distribuindo folhetos e falando do Senhor.  Foi assim que levou o evangelho a Orlândia, Ipuã, Sales de Oliveira e Guará Chegando de uma destas visitas escreveu: “Passei outro dia, sozinho em Sales de Oliveira, e deixei um folheto em quase todas as casas da cidade”.
Em Guará, ao ser convidado pelo Snr. Antonio de Paula a pregar em sua casa, passou a ir todos os sábados durante muito tempo, fazendo, de bicicleta, o percurso de cerca de 40 quilômetros que separa as duas cidades. 

Lendo o que escreveu no seu diário, ficamos maravilhados com o esforço e perseverança deste casal.  Só o amor de Deus e a compaixão pelas almas perdidas podem levar alguém a tanto esforço, sempre ampliando os seus horizontes na tentativa de levar o evangelho a toda criatura.  Leila, naturalmente, foi a sua companheira fiel, usando seus conhecimentos de enfermagem para ajudar muitas famílias carentes.  Também passou muitas noites solitárias cuidando de duas crianças pequenas, (pois no ano de 1941 nasceu a segunda filha – Janeta), com a mesma determinação que Guilherme tinha em alcançar as almas.
Não era fácil chegar às fazendas que Guilherme visitava, mas ele não poupava a sua velha bicicleta, e voltando à noite, no escuro com apenas a luz fraca produzida pelo dínamo na roda da bicicleta muitas foram as quedas.  Mais tarde quando outro irmão, recém-convertido, passou a ir com ele, as coisas ficaram ainda piores, porque a segunda bicicleta nem luz tinha, então o Snr. Laurindo ia na frente, e a bicicleta do Guilherme iluminava o caminho de ambos, resultando em colisões e tombos, encarados sempre com muito bom humor!  Outros lugares só poderiam ser alcançados a cavalo ou a pé.

A extensão do trabalho feito por uma pessoa, sem a ajuda de companheiros na maior parte do tempo, mas dirigido pelo Senhor é impressionante.  Sem as boas estradas e os modernos meios de comunicação que temos hoje, ele plantou a boa semente nas cidades e fazendas de uma área enorme do Triangulo Mineiro e Nordeste do estado de São Paulo. (2a.parte em 07/10/2011)


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MORTE APARENTE - UMA VERDADE PARA SER CONTADA


Nestes últimos dias temos assistido reportagens alusivas de pessoas que quase morreram, e neste curto intervalo entre a vida e a suposta morte, afirmaram ter visto luzes e até Jesus.


Milhões de pessoas devem ter assistido, e extasiadas foram dormir tranquilamente, pois a reportagem infundiu-lhes a certeza de que a passagem para outra vida é muito bonita, com luzes e cores em profusão, e que a morte pode ser encarada com naturalidade.

Ledo engano.

Sem dúvida tais experiências podem agradar a muitas pessoas, mas submetidas à avaliação divina são totalmente infundadas.

A reportagem veiculada deixou transparecer informações que fogem dos parâmetros divinos, e que podem ser usadas por satanás para confundir e desviar pessoas da verdade.

A Biblia é categórica em afirmar que o diabo se transforma em um anjo de luz "E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz." (2a carta de Paulo aos Corintios 11:14) e assim torna-se claro que o objetivo de Satanás é enganar, e Jesus afirma que ele veio para roubar,matar e destruir (Ev. de João 10:10)

Mas, na reportagem, por que Satanás deseja enganar?

Para não me alongar neste blog, vou expor algumas razões:

1 - Para que ninguém se preocupe em arrepender-se dos seus pecados, crer no Senhor Jesus Cristo, e recebê-lo como verdadeiro Salvador.

A Cruz de Cristo deve ser o caminho que me leva ao céu, e ao passar por ela pela fé, meu acesso é garantido. Somente assim a morte será um prazer, e o céu um lugar de maravilhas.

2 - Causa estranheza o fato de que alguns parentes já mortos e inclusive Jesus, tenham aconselhado tais pessoas a voltarem para cuidar de seus familiares, especialmente filhos pequenos.

O céu é um lugar real, onde o pecado não existe, e jamais alguém daria tal conselho para voltar à terra. É o lugar onde o profeta do apocalipse, João, afirma ser o local onde os “mortos vão descansar de seus trabalhos” .(Apocalipse 14:13)

O ladrão arrependido entrou no paraíso quando deu seu último suspiro neste mundo, uma vez que confessou a Jesus Cristo como Senhor.

Imaginem esse ladrão ao entrar no paraíso e encontrar um parente seu aconselhando-o a voltar à terra para cuidar de algum familiar que aqui ficou.

3 - As Escrituras sagradas afirmam que depois da morte vem o juízo. Não há ,portanto, qualquer possibilidade de retorno e nem tampouco um estado intermediário.

4 - O apóstolo Paulo contou uma experiência de alguém que foi ao terceiro céu, e que se supõe seja ele mesmo:

"Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar" .(2a Carta aos Corintos cap.12)

Referida pessoa não passou pela morte, mas teve uma preciosa revelação da parte do Senhor, e o que sabemos é que ouviu palavras inefáveis. Algo que não se pode exprimir, inebriante,delicioso.

5 - Aqueles que morreram de verdade, e que morreram confiados em Cristo,tem a sua mente e seus pensamentos na vida eterna voltados somente à pessoa maravilhosa de Cristo. É Ele que encherá a vida do salvo de perene alegria, e a sua pessoa será louvada por toda a eternidade.

A experiência magnífica do apóstolo João na ilha de Patmos nos dá uma amostra da experiência dos salvos na eternidade:

" E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. (Apocalipse 5)

6 - Por último, a memória dos que morreram sem Cristo, sem recebê-lo como Senhor e Salvador, ainda de acordo com o relato contado por Jesus, estará plenamente ativada,como parte do sofrimento para toda a eternidade:

“Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.No hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós. Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. (Ev de Lucas 16)

A vida eterna é um presente de Deus oferecido a todo o que receber a seu Filho como Salvador, e o céu será um lugar de delicias.

A promessa deixada por Jesus a Filipe é para todos os que crerem:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.(Ev.de João cap.14)

Que assim seja.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pedro, apóstolo, pregador e pastor


Foto de Lumina Multimídia: Esta igreja foi construída,,onde, tradicionalmente,seria o local do café da manha de Jesus com seus discípulos em João 21.Dizem que a rocha ao lado da igreja foi o lugar onde Jesus chamou os seus discípulos


Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos.

 Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas.

 Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.(João 21:15-17)

Este diálogo emocionante deve ter causado um susto em Pedro. Suas emoções estavam agitadas devido aos últimos acontecimentos. A manhã da ressurreição, a corrida até ao sepulcro, a conversa de Jesus com Tomé, e agora, o encontro na praia, após uma noite de cansaço e frustração.

Quase três anos se passaram desde que se encontrou com o Senhor na condição de um pescador; logo em seguida foi convidado para ser um discípulo, um pescador de almas, e finalmente, nesta ocasião, saiu da presença de Jesus com o honroso ofício de pastor: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Será que Pedro entendeu bem esta responsabilidade dada por Jesus? Este convite tão honroso?Um homem rude, agora um pastor de cordeirinhos. Aquelas mãos calosas e pesadas de um pescador, agora seriam usadas como as mãos de um pastor.

Podem existir diferenças entre as mãos de um pescador, acostumado às cordas pesadas, às redes muitas vezes cheias, com as mãos de um pastor, ora dando de beber ao rebanho, ora acariciando, ou mesmo carregando a ovelha ferida em seus braços? Há um ponto em comum: as mãos precisam ser hábeis e fortes.

Logo, após a ascensão do Senhor Jesus, demonstrou seu dom de evangelista, levando, com a sua pregação, quase três mil almas aos pés de Cristo. A mensagem do arrependimento, a mesma pregada por Jesus, teve um efeito surpreendente naquele dia memorável para a igreja.

Este resultado é prova evidente do cumprimento da promessa do Senhor Jesus: “...não temas; de agora em diante serás pescador de homens”. (Lucas 5:10)

Nem sempre o pregador é um pastor, mas Pedro demonstrou sua capacidade tão notável no exercício destes dons ao longo de seu ministério. Seu modelo era Cristo e ele procurava segui-lo a cada dia.

Nos primeiros dias da igreja aplicou a disciplina em Ananias e Safira, e com o mesmo zelo que alcançava corações, foi enérgico diante da conduta reprovável deste casal.

O pastor é o homem de Deus que sabe dosar a força de seus argumentos e aplicá-los na ocasião própria.

Certa vez, impulsionado pelo Espírito Santo, levou a mensagem de salvação a Cornélio, abrindo a porta do Evangelho, de uma vez por todas, aos gentios. E esta graça maravilhosa custou-lhe uma lição inesquecível que recebeu como ensino da parte do Senhor (Atos 10).

O pastor é o homem que se curva diante das lições amargas quando estas são dadas pelo Senhor e tira delas um manancial de bênçãos para si e para o rebanho. É aquele que conhece suas deficiências, mas que, uma vez corrigidas pela Palavra do Senhor, aceita a correção da melhor maneira possível.

O pastor é o homem que corrige e sabe ser corrigido. A força que coloca na aplicação deve ser a mesma com que recebe a correção.

Não é pastor o que se impõe pela força como alguém que nunca erra, mas é pastor o que sabe compreender seu erro e corrigi-lo com dignidade.

Pedro foi assim. Ao ser repreendido por Paulo no tocante aos alimentos, conforme lemos em Gálatas 2:11 a 14,não guardou qualquer rancor, nem retrucou imediatamente. Bem poderia pensar na sua posição entre os discípulos, a tarefa deixada por Jesus e todo o seu vasto conhecimento que alcançara naqueles três anos, e assim, prontamente revidar a repreensão de Paulo. Mas não. Mais tarde encontramos o próprio apóstolo escrevendo sua segunda carta, fazendo uma menção extremamente carinhosa à pessoa de Paulo (II Pedro 3:15).

O pastor não guarda mágoas nem se torna um repositório de futuras revanches.

Pouco material temos do seu pastorado na leitura de Atos dos Apóstolos; mas em compensação, ao lermos as suas duas cartas, podemos descobrir como era seu coração em relação ao rebanho do Senhor.

“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente,nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pedro 5:2,3).

Novamente vemos cumpridas as palavras de Jesus Cristo ditas naqueles dias que já ficavam para bem distantes: pescador de almas e pastor de cordeirinhos.

Muitos anos se passaram, e Pedro desempenhava as funções de um verdadeiro pastor entre o rebanho.Um entre os demais pastores. “Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar” (I Pedro 5:1).

Não era o supremo pastor, mas aquele que aguardava a vinda do Sumo Pastor das ovelhas. Aquele que tratava com carinho e voluntariamente o rebanho que lhe fora confiado pelo Senhor.

O apóstolo Pedro, sem dúvida, teria provado na sua vida tais palavras. Toda a impetuosidade daqueles dias tinha terminado, pois jamais usara sua personalidade para ditar regras ou impor ordens. Era simplesmente o servo e apóstolo de Jesus Cristo. Queria usar esta credencial entre aqueles que desfrutavam da mesma fé.

Que lição oportuna podemos tirar desta vida tão usada e desgastada na obra do Senhor. Que bendita humildade colocar-se em pé de igualdade com os demais presbíteros, escondendo-se atrás da cruz do seu amado Salvador.

Há um grande prejuizo em não observar tais ensinos em nossos dias, quando muitos desejam o lugar de destaque, ou primazia. Quando os títulos de tratamento tão honrosos são exigidos e a reverência se vê em toda a parte.

As lições de Pedro são lições de vida de um verdadeiro pastor de cordeirinhos.

A humildade de Jesus naquela noite em lavar os seus pés falou profundamente à sua alma, e no decorrer dos anos os efeitos daquela majestosa lição, mais fulgurante se destacavam.

Queria ser um pastor seguindo as pisadas do Sumo Pastor, colocando em prática o seu amor e cuidado pelo rebanho. Jamais esquecera o ensino daquele dia, quando Jesus convidou os seus discípulos para descansarem num lugar à parte: “E disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco...” ou “ ...e Jesus viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não tem pastor...”(Marcos 6: 31,34). Por certo,este cuidado de Jesus para com os discípulos e para com o povo ficou marcado para sempre em seu coração.

Assim é o pastor. O modelo está na Palavra de Deus.

Que não haja nenhuma inovação em seu figurino, pois qualquer alteração esmaecerá a luz divina que é colocada na vida do pastor.

Quer sejamos pregadores ou pastores, sigamos os passos do apóstolo Pedro, que por sua vez fixou seus olhos na pessoa do Sumo Pastor.

Que a coroa incorruptível de glória seja o desejo de cada coração na vinda do Senhor Jesus, o Sumo Pastor(I Pedro 5:4).

E, sem dúvida, o Grande Pastor das ovelhas há de coroar o ministério dos seus filhos, quer sejam eles discípulos, pregadores, ou pastores.


Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MÉTODOS DE DEUS


 E, chegando à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus, e pegou nela; porque os bois a deixavam pender.
Então a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus. (II Sam. 6:6,7)

Quando leio este relato, ao chegar nestes dois versículos, sempre prendo a respiração, tal o susto que levo. Logo me vêem os seguintes pensamentos: por que, em meio a tanta alegria, morreu um homem bem intencionado? Ele não queria fazer o melhor pela arca, querendo evitar sua queda?

Bem, tal raciocínio é meramente humano, sem qualquer embasamento espiritual, e prontamente devo fazer uma pausa e pedir perdão a Deus por tal irreverência. E prosseguir a leitura até o final do texto sem tais conjeturas terríveis.

Davi preparou uma grandiosa festa para  transportar a arca. Mandou fazer um carro novo, e acompanhado de 30.000 homens e de todo o povo de Israel, iniciou a triste jornada para o transporte da arca.

Davi, na sua euforia, deixou de consultar as instruções deixadas por Moisés, e procurou imitar a conduta dos Filisteus quando devolveram a arca do Senhor.

Davi, assim como Uzá, desejaram fazer o melhor, porém longe da vontade de Deus: um carro novo.E tudo só podia sair errado.

Para os filisteus nada aconteceu ao transportarem a arca, pois desconheciam o Deus de Israel, e o simbolismo da arca que para eles não passava de um talismã.

Entretanto, para o povo de Israel a arca representava a presença do "El Gibbor" o Deus todo poderoso , e ainda trazia belas recordações dos grandiosos feitos de Deus em prol do povo de Israel.

Quantas lições podemos tirar deste lamentável acontecimento.

A primeira é que estamos vivendo dias de muita religiosidade, onde muitos procuram agradar a Deus usando métodos próprios, praticas completamente divorciadas de sua Palavra e imitações baratas de culturas pagãs. E tudo porque deixam de procurar a vontade de Deus em sua Palavra e obedecê-la de coração. E assim, o vazio do coração se aprofunda cada vez mais.

Uzá, cujo nome significa "força", o homem que foi fulminado, fala-nos de pessoas sem o conhecimento de Deus, que depositam sua força em seus métodos e não em um Deus todo poderoso.

Assim que aconteceu a tragédia, Davi, logo percebeu e corrigiu seu erro.

Levou a arca do Senhor para a casa de Obede Edom, um geteu, que a recebeu com alegria, sem temor, pois sabia que a arca simbolizava a presença de Deus e, por esta razão , sua casa foi abençoada.

A segunda lição: Três meses depois Davi transportou a arca para Jerusalém, sendo a mesma levada por levitas, tudo de conformidade com as instruções de Deus. E foi um sucesso.

Um final feliz é o que podemos descobrir na leitura do texto:

“Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca do SENHOR, com júbilo, e ao som das trombetas” (vers.15).

Quando observamos atentamente as instruções de Deus só podem fluir cânticos de alegria, tranquilidade, paz e sucesso espiritual.

Que estes pensamentos  falem  ao seu coração retirando todas as suas conclusões humanas, seus métodos próprios, e que o façam descansar na força de Deus e não na sua própria força e sabedoria.

E tudo isso resultará em bênçãos e cânticos de vitória.

Que assim seja para a glória do Senhor Jesus.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ODRE DE DEUS PARA MINHAS LÁGRIMAS




Salmo 56:8 Tu contaste as minhas aflições; põe as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas no teu livro?

Aos olhos do Senhor Deus nada passa despercebido. Ele conta os cabelos de nossa cabeça e nosso valor excede muito aos passarinhos.


Deus sempre deu valor às pequenas coisas. Os dois pãezinhos e os cinco peixinhos do menino, a moeda insignificante da viúva pobre, a funda de Davi com cinco pedrinhas. Coisas de pequeno valor que nas mãos de Deus foram usadas de forma maravilhosa.

O ser humano, tão infinitamente pequeno, detesta coisas pequenas; nosso Deus que é infinitamente grande se preocupa com as coisas pequenas. Como o ser humano é pretensioso.

E as lágrimas? Quer algo tão simples como a gota de uma lágrima?Deus se preocupa com nossas lágrimas.

Há lágrimas de alegrias, de surpresas, mas há  também  lágrimas de aflições.

Muitas vezes nossos amigos não entendem nossas lágrimas, desconhecem a nossa dor  e raramente têm algo para nos dizer.

À beira do túmulo de Lázaro, Jesus chorou. E Deus, seu amado Pai, conhecia a preciosidade daqueles olhos marejados de lágrimas.

Deus conta as minhas aflições, em outras palavras, Deus está atento a todas elas.

E quando as aflições vêm à minha vida lágrimas são derramadas.E essas lágrimas, Ele  guarda em seu odre, um recipiente de couro em forma de uma bolsa. E a seguir  registra minhas lágrimas em seu livro.

Davi tinha plena certeza deste cuidado de Deus. “... isto sei porque Deus está comigo” (vers.9).

Que eu tenha a mesma convicção de Davi  extraída desta figura tão linda. Ele estará sempre comigo cuidando da minha aflição e guardando minhas lágrimas.

Um dia ele enxugará toda a lágrima dos meus olhos, talvez lágrimas derramadas pela tristeza da morte de alguém tão querido. E no dia eterno não haverá mais pranto, nem lamento, nem dor.

Que Deus amoroso nós temos: ele guarda em seu odre minhas lágrimas e enxuga meus olhos, abençoa-me e sempre está comigo.

Se as lágrimas expõe minha alegria ou  aflição, o odre de Deus, ao recolhê-las, expõe seu amor e  graça.

Orlando Arraz Maz

De "Meditações nos Salmos"

terça-feira, 30 de agosto de 2011

PARABÉNS

Hoje minha filha Méleri completa 39 anos. Filha exemplar, esposa dedicada e mãe prestimosa.

Antes de seu nascimento, ainda na Faculdade, escrevi um acróstico, mostrei à minha esposa e ela gostou. Se nascesse uma menina, este seria seu nome:


M inha filha, Deus te abençoe,
E m tua vida que hoje se desponta;
L utarei por ti enquanto tiver forças
E nlaçado em teu amor e no amor te tua mãe;
R ogarei ao Pai por um caminho de luz,
I nstruída serás nos passos de Jesus


Sua vida apresenta sinais evidentes de que você aprendeu aos pés de Jesus, e com todo entusiasmo transmite tais lições à sua filha.

Parabéns e que Deus continue te carregando e guardando sob suas asas.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

VENHA PESCAR COMIGO


Meu blog é um lago de águas profundas, com grandes e belas carpas.

Venha pescar comigo.
Ele não me pertence, foi presente de Deus.Portanto, a beleza do lago é obra prima do Criador.
O mérito é só Dele. Eu só cuido do lago e alimento as carpas.
O alimento é preparado por Deus, e cada dia Ele enche minhas dispensas.
O alimento é mérito de Deus.
Venha pescar comigo.
Meu blog é um lago de águas tranquilas e o silêncio à sua volta é arrebatador.
Leve seu banquinho e seu equipamento, e não se esqueça do seu boné.
Meu blog é um lago onde o sol nunca se põe e seus raios são controlados por Deus. Nunca causou insolação nem machucou a pele de qualquer pescador. Portanto, é um lugar sempre claro, sem sombras, gostoso pra chuchu.
Venha pescar comigo.
Meu blog é um lugar de descanso. Descanso que mais necessita qualquer pescador. Não o descanso das horas perdidas no trânsito, não o descanso dos palavrões inconvenientes, não o descanso dos mal humorados, mas o descanso do coração, da angústia, da opressão.
O descanso é mérito de Deus, pois eu não posso oferecê-lo.Quando Deus me deu o lago, o descanso veio no pacote.
Venha pescar comigo, puxe seu banquinho e mãos à obra.
Mas, tenha paciência, pois esta arte pertence a todo o pescador.
Cada peixe que você pescar trate com carinho.Aprecie bem.Se levar para casa, degusta-o sem qualquer preocupação pois não tem espinhas, e se aparecerem, elas são macias e comestíveis.
Venha pescar comigo.
Sinta-se confortado por Deus no grande lago, pois Ele é sempre o primeiro a chegar.
Pela manhã Ele já está trabalhando. Ele não para.Sua presença é o segredo da purificação da água, da beleza do lago, do encanto de todas as tardes.
Venha pescar comigo.
Espero encontrá-lo todos os dias. Eu tenho muitas historias para contar. Ah, histórias verdadeiras de um pescador que ganhou o lago de Deus.
Venha pescar comigo.

Orlando Arraz Maz







sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CÂNTICO DOS VITORIOSOS - NÃO O CANTO DOS ESCRAVOS


“Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha"?

Quando leio este salmo, tento vislumbrar o panorama descrito pelo salmista. Parece-me um fim de tarde, o sol tentando se pôr, e de mansinho as nuvens brancas se retirando dos céus. Alguns homens, mulheres e crianças estão sentados à margem do rio, calados, pensativos,e facilmente se descobre que são judeus, longe dos campos de trigo, das terras outrora fartas.

Vejo juntamente com eles outro grupo de pessoas, sorrindo e despreocupadas, longe de problemas.São elas que oprimem os judeus e  pedem para que cantem os salmos de Davi, de Asafe e de tantos outros compositores judeus.

Mas a voz não lhes sai da garganta e as harpas estão sem uso, suspensas nos salgueiros que cobrem o rio.

Que quadro mais sombrio e triste.

É difícil cantar as canções do Senhor em terra estranha, na presença de um povo cruel e sanguinário como os babilônios. Um povo que desconhecia a grandiosidade do Deus de Israel.

Quantas vezes me vejo à “beira de um rio”, no cair de uma tarde sombria, com meus pensamentos longe de Deus, distante das minhas origens. E cercado de “amigos” que me pedem uma canção, minha voz não saí da minha boca.

Lembro-me de Pedro, o discípulo impulsivo sentado entre os inimigos do Senhor. Lá estava ele numa “terra estranha”, sem poder contar as maravilhas de Jesus e falar dos seus grandes feitos. Outra não foi a saída, senão dizer bem alto que não conhecia o Galileu recentemente preso, na sala de julgamento.

O que fazer então na terra estranha? Primeiramente, jamais deveríamos ser levados para lá. Mas a nossa fraqueza e distância do Senhor  permitiu que o inimigo nos tornasse cativos. Devemos fazer o que Pedro mais tarde fez: chorar amargamente,e arrependidos, buscar refúgio nos braços de Jesus, confessando nossa fraqueza e derrota e nunca mais sairmos da sua presença.

O cântico do Senhor jamais será entoado em terra estranha, pois seus ocupantes desconhecem os acordes dos céus.

Que o Senhor nos guarde, preservando nossas vidas e testemunhos dentro de seus limites, onde poderemos entoar o cântico dos remidos, lavados pelo sangue do Cordeiro.

"De Meditações nos Salmos"
Salmo 137:5
 
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

QUEM TENHO Ó DEUS NO CÉU, AÍ?



A linda origem deste hino: 

"Quem tenho, ó Deus, no céu aí, senão a ti, somente a ti?
E mais ninguém adoro aqui, além de ti, somente a ti.
A rocha deste coração és tu, Senhor e meu quinhão.
Com teu olhar guiar-me-as, e em glória me receberás."

Há decisões na vida cristã que devem ser tomadas com muita firmeza e oração. O salmista do Antigo Concerto, ao contemplar a prosperidade material dos ímpios e a facilidade com que eles gozavam os prazeres terrenos, chegou a ser levado pelo pensamento de que se estaria esforçando debalde para manter a sua santidade. Chegou mesmo a ficar perturbado, procurando por si mesmo, compreender a razão de tudo isso.

Até que, entrando no santuário do Senhor, pode entender o fim deles! " Todavia estou de continuo contigo; Tu me seguraste pela minha mão direita!"

Eis como ele se expressou na exclamação do versículo acima: "Quem tenho eu no céu senão a Ti? E na terra não há quem eu deseje além de Ti".

Essa foi, também, a decisão tomada por um servo de Deus, depois de muita luta por longos anos. Trata-se de Sr. Watchman Nee (1903-1972),  largamente conhecido no meio cristão.

Certa vez, quando ainda jovem, Nee estava lendo as Escrituras e, quando chegou aquele versículo, essas palavras tocaram profundamente o seu coração porque, justamente ele, não podia dizer o mesmo.

Ele gostava de uma menina não cristã de nome Charity Chang.

Ele a conhecia  desde  a infância e encontravam-se frequentemente; os pais de ambos eram bons amigos. 

Nee a amava profundamente. Quando converteu-se a Deus e foi salvo por Cristo, ele desejou profundamente que sua amada fosse também salva.

Envidou todos os esforços no sentido de persuadi-la a confiar no Senhor Jesus, mas de uma maneira estranha a jovem podia ouvi-lo falar sobre qualquer outra coisa, menos sobre Jesus. Toda a vez que ele falava do Senhor, a resposta que recebia não passava de um simples sorriso!

O que o Sr. Nee conta, depois, é algo dramático:

" Eu sentia que meu coração estava tão apaixonado por ela que havia uma luta entre meu Senhor e eu. E não podia abandoná-la. Ela era importante demais para mim".

E, quando o Senhor lhe falava ao coração, ele chegou a dizer: "Senhor, por favor, não trate desse assunto comigo ". Chegou a sugerir a Deus que lhe deixasse ir pregar o Evangelho em outras partes e fazer outras coisas para servi-Lo, contanto que não tocasse mais no seu amor, nem mencionasse mais o problema de abandonar a amada.

Mas o Senhor queria uma decisão mais firme de sua parte; queria que ele a renunciasse e O servisse em primeiro lugar. Por causa desta luta, Nee perdeu interesse pelos estudos e quase não podia mais orar! Contudo, buscava ainda o Senhor e a plenitude do Seu Espírito, mas não ousava exclamar como o salmista: "Na terra não há quem eu deseje além de Ti. "

Certo dia, devido à obra do Espírito Santo nele, o Sr. Nee teve que se render ao amor de Cristo, pois é um amor tão forte que ultrapassa a todo e qualquer amor humano.

Finalmente confessou diante do Senhor, dizendo; "Senhor, agora estou pronto a renunciá-la.

Depois de dizer adeus ao seu amor terreno, ele foi movido pelo amor de Cristo e escreveu um lindo hino, com dez estrofes, intitulado: "Quem pode calcular?", cuja primeira estrofe diz assim: "Quem pode calcular / De Deus tão grande amor? / Pois Sua graça transbordou / Em mim, um pecador".

A sexta estrofe diz assim: "Senhor da graça és Tu ,Consolo tenho em Ti, Não tenho outro que me apraz  No céu além e aqui".

Ele relembra a ocasião em que escreveu este hino, dizendo: "Naquele  dia tirei meu casaco bonito, vesti  um bem simples. Fui para a cozinha e  preparei um pouco de cola, depois saí pelas ruas com alguns folhetos evangelisticos e colei-os, um a um, nas paredes e distribui também às pessoas que passavam". Eis o resultado de uma  forte e firme decisão ao lado de Cristo.

Mas a história não finda aqui. Como Abraão, do passado,  Watchn Nee ofereceu o seu Isaque sobre o altar,e o Senhor graciosamente o devolveu!

Alguns anos mais tarde a Srta. Chi converteu-se a Cristo e foi  salva e tornou-se a esposa de Nee!...

Quando renunciamos às coisas do  mundo e colocamos o Senhor em primeiro lugar, o Senhor nos dá "todas as demais cosas".

Em "Hinos e Cânticos" temos um hino semelhante, cuja letra e música é do saudoso irmão Kenneth Leslie Cox, acima transcrito.

Salmo 73:24-26
Hinos e Cânticos nº 169
 Transcrito de "Histórico dos Hinos" de Edgard de Almeida

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

PASTO VERDEJANTE


 Leva-me ó Pai ao pasto bem verdejante 
Com tua mão potente, abençoada e forte;
Estou tão cansado, com medo, vacilante,
Não me deixe perdido e só, triste e sem norte.

Desejo repousar, tranquilo, bem seguro,
Nos braços teus,  Pastor fiel, sempre constante,
Qual criancinha  tenho medo do escuro,
Faze-me repousar bem quieto e confiante.

Assim repousarei calmo e bem sereno,
Até que passe todo este meu temor..
Teu pasto é verdejante, fofo e ameno,
Lugar feliz, de paz, de bênção e de amor.

Quero dormir, ó Pai, bem quieto e sossegado,
Ouvindo tua voz macia qual canção.
Beija-me suavemente o rosto cansado,
Quero dormir em paz firmado em tua mão.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 29 de julho de 2011

D.BELINHA - A MISSIONÁRIA DO LAR


Cantinho da Biografia


Nascida em 28.08.1906 - Xique-Xique /Bahia
Falecida em São Paulo - SP em 18.02.1982.
Foi sepultada no Cemitério de Vila Formosa


Sou grato ao meu Deus por ter conhecido pessoas como D.Belinha, como era carinhosamente chamada. Com ela aprendi preciosas lições de vida, de gratas recordações.
D. Belinha era tão pequena quanto seu apelido, mas grande na sua fé, vida e testemunho.
Algumas vezes a visitei, e ouvi histórias de sua vida de oração. Orava sem cessar pelos seus filhos, por sua família e pelo seu marido.
E a resposta a estas orações resultou  na conversão de alguns membros desta grande família.
Que tal conhecer um pouco dessa vida tão preciosa?


Suas origens:


Era filha de Joaquim Gomes de Miranda e Hermínia Miranda Bessa, católicos praticantes.
 Casou-se em 1919 com Olímpio Pereira Bastos, e dessa união nasceram 13 filhos: Rami, Eunice, Dulcinéia, Maron, Rosito, Joel, Florisa, Zelindo,Afrânio, Noel, Regina , Noelina e Adonai.


Sua religião:


Na cidade onde nasceu e se casou era conhecida como uma católica fervorosa, assídua às reuniões, onde participava do coral da igreja como filha de Maria. Todos os filhos foram batizados e ensinados nos princípios do catolicismo, onde possuía e adorava várias imagens de esculturas.


Seu marido:


Respeitado por todos na cidade, pois era dono de uma livraria e redator do jornal “O Progresso” .
Seguia o espiritismo, cuja  sede  ficava ao lado de sua casa.


Sua conversão:


No ano de 1944 Deus se lembrou da cidade de Xique-Xique, e enviou para lá um casal de missionários, Dª Ana e Sr João que eram da Escócia, conhecidos do Sr Henrique e Dª Lili.




Começaram a fazer evangelismo de porta em porta. Ao chegarem à casa de Dª Bela conversaram bastante com ela, e a convidaram para assistir ao culto do domingo. Sem que seu marido soubesse, ela foi, e neste dia entendeu o plano da salvação, e aceitou o Senhor Jesus como seu único Senhor e Salvador.
Chegando em casa recolheu todas as imagens e fez uma grande fogueira no fundo do quintal. Seu esposo ficou irritado e a proibiu de ir à igreja.Entretanto, ia escondida e levava os filhos que apanhavam do pai na volta para casa.


De Xique Xique para São Paulo:


Resolveram mudar para São Paulo e foram morar no bairro do Cambuci. Mais tarde,  mudaram para o bairro de Moinho Velho (Ipiranga), onde Dª Bela descobriu a Casa de Oração da Rua Beta, passando a frequentá-la com muita fidelidade, alegria e satisfação até seu falecimento.


Sua dedicação:


Era uma fiel intercessora. Trazia consigo um caderno com mais de 100 nomes de irmãos na fé, familiares, vizinhos e amigos, que diariamente eram levados à presença do Senhor em oração.
Dentre eles destacam-se filhos, netos e bisnetos, alguns convertidos e que hoje desfrutam do amor e da companhia de Deus, graças à sua persistência na oração.
Determinada, orou pelo seu marido durante 40 anos, o qual, após o seu falecimento ficou muito doente.  Visitado pelos irmãos Valdomiro e Lourdes, aceitou o Senhor Jesus como seu Salvador. E a oração de D. Belinha foi respondida.


Dª Bela nos deixou saudades e uma profunda gratidão pelo seu excelente testemunho de vida com Deus!
Apreciava o Salmo 84:  "A minha alma está desejosa , e desfalece  pelos átrios do Senhor...até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos...bem-aventurado os que habitam em tua casa..." Seu hino predileto era o nº 218 de "Hinos e Cânticos": “Eu já contente estou, achei Jesus” 
Que sua vida de testemunho e oração sirva para todos como o mais precioso exemplo, em tempos onde tais vidas são raras e poucas se interessam pelos caminhos do Senhor.

Os dados para este blog foram elaborados por sua neta Eliana Tavares Bastos.

Orlando Arraz Maz

terça-feira, 26 de julho de 2011

O QUE JUDAS PERDEU




1) A alegria de ter visto Jesus ressuscitado;
2) A notícia de Maria: “Vi ao Senhor”;
3) A presença de Cristo no Cenáculo desejando aos discípulos: “Paz seja convosco”.
4) A certeza de que Cristo foi ferido e a alegria que causou aos discípulos: “Alegraram-se os discípulos ao verem o Senhor”.
5) Perdeu o assopro do Espírito Santo sobre sua vida;
6) Perdeu a rica oportunidade de ouvir uma das mais sublimes confissões:
“Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu.
7) Perdeu por toda a eternidade o gozo da salvação;
8) Perdeu a bênção de viver no céu junto com Jesus.

Uma lição deve permanecer: Sejam quais forem as circunstâncias, a distância que o pecado nos levou de Cristo, o caminho de volta é o arrependimento e não o remorso. Se Judas tivesse se arrependido o quadro seria outro. Mas o remorso o levou ao suicídio, enquanto o arrependimento de Pedro levou-o para os braços de Jesus.
 "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (João 3:36)

 
Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MACHADOS QUE FLUTUAM




Pelo relato bíblico parece que Eliseu tinha uma escola de profetas. Todos os alunos estavam animados no aprendizado, mas o espaço para se acomodarem era pequeno. Então resolveram ampliá-lo, e logo se formou um mutirão para cortar lenha, sugestão aprovada pelo profeta. Entretanto, um deles convidou Eliseu para acompanhá-los. E a comitiva partiu à procura de árvores às margens do rio.

Em meio a toda a animação, o que é normal nesse tipo de ajuntamento, ocorreu um imprevisto: o ferro do machado usado por um discípulo se soltou do cabo e mergulhou nas águas do rio. Aflito, gritou pedindo ajuda ao profeta, pois o machado não lhe pertencia. Era emprestado.

De um momento para outro o machado emprestado tornou-se imprestável.

A lição do machado é bem oportuna, como todas as lições extraídas do Livro Sagrado.

Nossa vida é emprestada por Deus, e ao emprestá-la deixou instruções para que seu uso fosse feito de maneira sábia. Mas nossos primeiros pais não souberam usá-la  para a glória de Deus, vindo a desobedecê-lo, e banidos da sua presença tiveram suas vidas mergulhadas nas águas lamacentas do pecado.

O que fazer, então?

O que o incauto discípulo fez? Gritou para o profeta, pois somente ele poderia resolver seu problema. Sabia o lugar onde caíra o machado, mas nada podia fazer. Então, o profeta tomou as providências necessárias: cortou um pedaço de pau, lançou-o na direção onde estava o machado e o milagre aconteceu: o pesado ferro veio à tona contrariando as leis da gravidade. Simplesmente um milagre notável.

Quando o ser humano clamar a Deus lá do fundo do “rio”, na sujeira do pecado, Deus vai apontar a solução: um pedaço de madeira foi cortado e nela foi exposto o corpo do seu Filho, para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna.

 "Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração".(Jer, 29:12,13) 

Somente assim o milagre de uma nova vida ocorrerá tal como o milagre do machado, contrariando as leis da natureza e da lógica: uma nova vida emergida das profundezas do “rio” tornar-se-á útil nas mãos de Deus e um dia entrará nas mansões celestiais. Quer milagre maior?

Leitura bíblica: II Reis 6:1 a 7

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 15 de julho de 2011

ESCONDERIJO PERFEITO


Salmo 32: 7 “Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento”

Quando criança, perto de minha casa havia um terreno bem grande coberto de mato, onde eu e outros meninos brincávamos. Lá fazíamos nossas cabanas e esconderijos, pensando tratar-se do lugar mais secreto e inacessível, mas para nossa decepção, éramos facilmente encontrados.

Ao meditar neste salmo descubro outro esconderijo, não feito de galhos de árvores, materiais tão frágeis, mas um esconderijo feito de fibras fortes tecidas no coração de Deus. Ele é perfeito esconderijo.

Davi buscou refúgio neste lugar encantado e foi envolvido de alegres cantos de livramento.

O meu pecado levava-me a esconder-me em cabanas facilmente devassáveis, construídas por mim mesmo, pensando tratar-se de verdadeiro abrigo. E o frio da minha consciência e o sol das muitas provações, deixavam-me aflito e sem paz.

Encontrando Cristo, o meu refúgio, confessei o meu pecado, minha transgressão foi perdoada, e a paz foi alcançada.

Davi buscou este lugar tão abençoado depois de passar pela experiência amarga do seu pecado. Uma vez perdoado e escondido em Deus, seria preservado da angústia e teria condições de cantar cânticos de livramento.

Bendita segurança que  Deus nos dá neste salmo. Eu e você, uma vez perdoados por Deus, somos escondidos Nele , e o inimigo jamais nos  descobrirá.

E seu cântico estará sempre em nossa boca. “Escondidos no segredo da presença do Senhor, escondidos Nele mesmo, o supremo Deus de amor (HC 392).

De Meditações nos Salmos

Orlando Arraz Maz

segunda-feira, 11 de julho de 2011

NAS PALMAS DAS MÃOS DE DEUS


“Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei”.


Em face da queixa do povo da cidade de Sião, de que o Senhor se esqueceu dela, desponta uma das respostas mais eloquentes da parte de Deus, afirmando seu amor por ela.

Primeiramente, Deus usa uma figura tão conhecida de todos e ao mesmo tempo tão terna, de uma mãe que embala ao colo seu filho que ainda mama. Mesmo em tais circunstâncias, Deus afirma que ela poderá vir a esquecer seu filho.

E aí vem a melhor parte: Deus jamais se esquece do seu povo.

E para selar esta majestosa afirmativa, Deus oferece consolo de que nas palmas de suas mãos eles foram gravados.

Posso divisar as mãos de Deus como uma tela perfeita, onde eu e você estamos gravados, e onde é revelado o seu amor por nós.

E para provar o seu amor por nós, um dia essas mãos foram perfuradas na cruz. E todas as vezes que Deus-Filho as contempla, vê aqueles que por Ele  foram milagrosamente resgatados.

Podemos estar no vale da tristeza, surpreendidos pela doença incurável, sem amigos, aflitos, Ele nos vê gravados em suas mãos, e sabe que somos dele.

E jamais nos esquece.

Eu sei que estou gravado em suas mãos. E você?

“Mãos carinhosas, tão maltratadas, por mim cravadas em uma cruz;
És neste vale, com simpatia, meu vero guia, és minha luz “(HC 505)

Texto de Isaias 49: 15,16

Orlando Arraz Maz

quinta-feira, 7 de julho de 2011

AMIGOS NA MORTE


“E se foi sem deixar de si saudades”

A receita para um final assim ninguém quer. Jeorão, que é seu nome, teve tudo para ser um bom rei: um pai temente a Deus, exemplos nobres como o rei Davi, e o profeta Elias, um homem identificado com Deus, contemporâneo seu.

Viveu uma vida, e consumiu-a na idolatria e na maldade. Morreu sem amigos e sem deixar saudades. E o pior de tudo, morreu sem Deus.

Então, qual a receita para deixar muitas saudades no coração das pessoas quando partirmos desta vida? Muitos brincam afirmando que serão necessárias apenas quatro ou seis pessoas para segurarem a alça do seu caixão. Deixando as brincadeiras, precisamos muito mais que quatro pessoas para lamentarem  nossa partida.

Para um final feliz o ponto principal é viver de bem com Deus, nosso Pai, amar nosso semelhante, e poder dizer a cada dia: “como é bom ser bom”.

Caso venha vivendo como Jeorão, o homem sem amigos, ainda é tempo de mudar. E só assim seu enterro será bem concorrido.

Leitura: II Crônicas cap.21

Orlando Arraz Maz

terça-feira, 5 de julho de 2011

BORDADOS DE DEUS


"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28)

Diante de tantas tragédias, doenças, sofrimentos, muitas vezes questionamos a Deus, com nossos “por quês”. Queremos entender tudo, ou, na maioria das vezes, conseguirmos respostas que nos satisfazem. Sem dúvida é um atrevimento do ser humano tão cheio de falhas e imperfeições, arguir um Deus santo, soberano em suas ações. Talvez um dia, na eternidade, entenderemos os propósitos de Deus, e como ele sempre efetuava o melhor para nossas vidas e de nossos amigos.


Conta-se a história de um menino que brincava no chão de sua casa, quando a mãe se ocupava em tecer um lindo bordado. Olhando o bordado de baixo para cima, a criança exclamou: “que coisa mais feia, mamãe; é um monte de fios torcidos, misturados”. A mãe, paciente, ergueu a criança e a colocou em seu colo,dizendo: “olhe agora”. E a criança, olhando de cima para baixo,  levou a mão à boca num sinal de espanto, e extasiada, falou: “Esse é o bordado mais lindo que vi”.

Um dia veremos o bordado lá de cima.

Orlando Arraz Maz