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domingo, 13 de maio de 2012

SER MÃE



         
Meu carinhoso abraço na mãe dos meus filhos 
e em todas as mães, leitoras deste blog. 
Um dia como este não é para ser festejado com presentes 
caros ou baratos, 
mas com amor, respeito e consideração. 
E tais dádivas nada custam. Beijo no coração de vocês.




       SER MÃE

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
O coração! Ser mãe é ter no alheio
Lábio, que suga, o pedestal do seio,
Onde a vida, onde o amor cantando vibra.
 
Ser mãe é ser um anjo que se libra
Sobre um berço dormido; é ser anseio,
É ser temeridade, é ser receio,
É ser força que os males equilibra!
 
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
Espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
 
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso! 
Coelho Neto

sexta-feira, 11 de maio de 2012

CACOS,O QUE FAZER COM ELES?


 

 Lembra-se daquela xícara de porcelana que escapou da sua mão e se espatifou no chão? De repente a beleza que encantava as visitas foi transformada em cacos, e só restou um aí profundo e um prejuízo enorme. Os cacos foram recolhidos com uma pazinha, pois nada mais se podia fazer.


O homem por mais inteligente que seja não pode juntar os cacos e refazer a xícara quebrada.

O grande restaurador de cacos é Deus.

Um dia o homem escapou das mãos de Deus, se embrenhou no caminho do pecado, caiu e se transformou num monte de cacos. 

E Deus enviou seu Filho Jesus ao mundo para buscar e salvar o homem entregou-o a uma morte de Cruz, e a partir daí tornou-se o maravilhoso restaurador de cacos.

Basta crer e confiar no seu poder, e a vida que foi quebrada e transformada em cacos é totalmente restaurada. E aos olhos de Jesus é mais preciosa do que a porcelana ou ouro refinado. Dai, a poesia do hino: "De Jesus a beleza se veja em mim, seu amor e pureza revele assim, ó que todo o meu ser possa se converter na beleza de Cristo Jesus em mim".

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O SUICÍDIO DE JUDAS



"Ora, o traidor tinha-lhes
dado esta senha:
Aquele a quem eu beijar,
é esse; prendei-o
e levai-o com segurança"
(Marcos 14:44).



Judas nunca conseguiu derramar lagrimas. Atravessou a vida totalmente insensível, e nem as cenas mais comoventes vividas pelos personagens bíblicos nos Evangelhos tocaram seu coração.

Quando em Betânia, Maria, agradecida pela ressurreição do seu irmão Lázaro, ungiu os pés de Jesus, enxugando-os com seus cabelos, foi por ele duramente censurada: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?”.

Aquela cena tocou profundamente o coração de Jesus, pois falava de sua morte. Judas, ao contrário, foi ter com os principais dos sacerdotes e lhes propôs um grande negocio: um plano para entregar seu Mestre pela soma de trinta moedas de prata, dez por cento do valor atribuído ao perfume de Maria.

E diante de muitas curas e ressurreições, seu coração permanecia qual pedra de mármore.

Um coração seco jamais fará brotar lágrimas dos olhos.

Na escura noite da traição, frente à frente com Jesus, aproxima-se do seu rosto para beijá-lo. Provavelmente a única vez que o beijou. E mesmo assim, para dar um sinal aos soldados. Aquele era um beijo enganoso: “... porém, os beijos de quem odeia são enganosos” (Provérbios 27:6).

O olhar de Jesus jamais lhe comoveu: "com um beijo trais o Filho do Homem?”.

Que diferença do seu colega de apostolado, Pedro, que ao presenciar a prisão de Jesus, passou a segui-lo de longe. O amor fez com que Pedro tivesse vergonha de fugir; o medo fez com que ele tivesse vergonha de se aproximar. Mas, ao presenciar a cena do julgamento de Jesus, foi profundamente tocado pelo seu olhar e chorou amargamente.  

Judas, tocado pelo remorso, foi enforcar-se. Nada mudou seu coração desde o primeiro contato com Jesus até aquela última noite. Uma vida cheia de contrastes: viveu e caminhou ao lado da luz, mas nunca abandonou as trevas. Depois da ceia memorável, saiu na escuridão. O evangelista João destaca: “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite”. Como viveu, morreu na escuridão do pecado e sem derramar lagrimas.

Pedro, tocado pelo arrependimento, foi restaurado por Jesus. Judas, tocado pelo remorso, seguiu seu próprio caminho para longe de Jesus e foi enforcar-se.

Que nossas vidas tirem lições destas duas vidas: sigamos o caminho de Pedro levando sempre no coração o olhar de Jesus, e jamais permitamos que uma pequena faísca da vida de Judas incendeie nossa vida.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz






  

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O paradoxo da vergonha




"Mas o injusto não se 
envergonha da sua injustiça"
Sofonias 3:5


O título deste pensamento não é de minha autoria. Foi dado pelo Pr. Carlos Oswaldo Cardoso Pinto, a sua brilhante palestra, fundamentada no livro do profeta Sofonias 3: 1 a 5, na formatura dos alunos do "O Nutra - Núcleo de Treinamento, Recursos e Aconselhamento Bíblico",turma de 2005.

 Assim, pensando neste texto, vejo uma sociedade que se encontra em um estado deplorável, igual ou pior do que foi relatado pelo profeta Sofonias há quase três mil anos. E com a postura de um profeta de Deus, afirma: "o injusto, pois, não conhece a vergonha".

 Os meios de comunicações são ávidos para o ganho de seus lucros, e nesta ânsia desenfreada não medem recursos para promovê-los. Basta ligar o aparelho de televisão, e em meio a um programa sério, em seus intervá-los vêm cenas deprimentes de sexo quase explícito, onde não há tempo para acionar o controle remoto, a fim de poupar crianças e idosos, ou amigos, que nos visitam.Assim, o vexame é total.

As crianças não são mais inocentes na área sexual, e a grande incidência de meninas-mães é prova evidente. Antigamente assuntos pertinentes ao sexo se falavam de forma reservada, longe das crianças, mas hoje elas sabem mais do que os adultos e comentam sem qualquer pudor. O assunto sexo a que me refiro não é aquele sadio, instrutivo, que deve ser ensinado no lar e na escola, mas sim o que descamba para a imoralidade, o vício e que deturpa o caráter da criança e do jovem.

Grande parte de nossa sociedade perdeu a vergonha. Não há mais respeito dentro do lar, na escola, no trabalho. Há por toda a parte um linguajar obsceno, chulo, palavrões ditos com a maior naturalidade em qualquer recinto. Mas o cúmulo da falta de vergonha se deu há poucos dias, como foi noticiado amplamente na imprensa:

"As câmeras de segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, mais conhecida como CPTM, em São Paulo, registraram o ato sexual de um casal dentro de um trem da linha 12- Safira. As imagens foram gravadas no início desta semana (17), por volta das 23h. A mulher chegou a ficar totalmente pelada na ação que durou cerca de dez minutos em um vagão completamente vazio".

O que fazer diante de um quadro sórdido como este? Como reagirão nossas crianças ao ouvirem tais notícias ou assistirem tais cenas vergonhosas? O que ensinarão seus pais e mestres?

Ensinar com exemplo é o primeiro passo. Buscar sabedoria em Deus que é a fonte inesgotável. E nada melhor do que o lar, a escola por excelência, onde o diálogo deve ser incentivado, o respeito cultivado e a decência estabelecida em primeiro lugar. Só assim teremos uma geração modificada, com princípios solidamente estruturados.

O profeta Sofonias tinha diante de si um panorama sombrio onde a sociedade estava enterrada até o pescoço. A razão de todo este afastamento é apontada nos seguintes versículos:

“Não escuta a voz, não aceita a correção, não confia no Senhor, nem se aproxima do seu Deus”.

“Os seus oficiais são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que nada deixam para o dia seguinte”.

“O Senhor é justo no meio dela; ele não comete iniquidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; o injusto, porém, não conhece a vergonha”.

Enquanto a voz de Deus, que no silêncio dó coração fala alto e amorosamente, não for ouvida, o caos permanecerá e a falta de vergonha crescerá como erva daninha no coração do povo.

Além do mais, a falta de vergonha se instalou em muitos setores da sociedade porque houve um afastamento de Deus, e consequentemente de seus ensinos. Mais do que nunca muitos se esqueceram das palavras de Jesus proferidas no Monte das Bem-aventuranças: “Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus”

Nos tempos do Apóstolo Paulo, muitos moradores da cidade de Corinto, um antro de prostituição, descobriram em Cristo os rumos para uma vida decente, e foram “lavados, santificados e justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus” (I Cor.6:11).

Ainda há remédio para nossa sociedade, quando cada família, de mãos dadas, buscar os ensinos de Jesus e com fé se voltar para Ele.

Só assim o paradoxo da vergonha terá seu final.

 Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Moços ontem, avós hoje.






O tempo passou tão depressa, e hoje, ainda, nos assustamos em sermos chamados de vovô ou vovó. Mas não deixa de ser prazeroso.

Naqueles tempos não se cogitava de redes sociais como o facebook,o orkut, o twitter.  Tínhamos a máquina de escrever e o correio à espera de nossas cartas de amor, e o telefone, privilégio de poucos.

Hoje nossos netos nos dão aulas de internet, nos ensinam a mexer com o celular, ganham nos jogos eletrônicos e se riem de nossa ignorância.

Nós envelhecemos, sim, mas eles não se dão conta de que envelhecem como nós. Na cabeça deles  o tempo não passa. Logo serão pais, mais tarde avós, e toda  a tecnologia terá sido mudada. Como nós, estarão ultrapassados e serão objetos de riso de seus filhos e netos.

Assim é a vida, uma roda gigante que gira sem parar.Os que estão no alto contemplam o vulto dos pequenos lá em baixo, mas num instante a situação se inverte e tudo muda. E a roda gigante não para.

Então, que tal curtirmos nossos netos, amá-los o melhor possível, e deixá-los na sensação de que nunca serão velhos como nós. Afinal, os espertos não são eles?

Orlando Arraz Maz



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Jenny Crawford - Uma vida a serviço do Mestre





No dia 9 de março estávamos reunidos na Casa de Oração  de São Joaquim da Barra, SP,  para um culto de gratidão e louvor a Deus pela precisa vida da irmã Jenny Crawford.

Ela foi chamada ao Lar que pela fé tanto amava no dia 8 de março de 2012, quando se aproximava de seus 85 anos.

O Bom Pastor que conduziu sua vida por pastagens verdejantes, segurou suas mãos e a levou às moradas que um dia lhe prometeu. Ela descansa de suas obras aguardando a transformação de seu corpo.

Seu ministério foi abençoado e profícuo. Cumpriu seu papel como a mulher virtuosa de Provérbios, aquecendo seu lar com suas  mãos que nunca largaram o " fuso e a roca". Ultrapassou as fronteiras de sua casa,e seu ministério alcançou muitas mulheres nas igrejas e fora delas.Quantas lindas histórias teríamos para contar de vidas que foram tocadas por sua vida.

D.Jenny não escondeu seus talentos, os quais foram usados no serviço do Senhor. Um deles era seu senso de organização, e como eficiente secretária, cuidava da nossa tão querida "A Senda do Cristão". Expedia correspondência de gratidão por ofertas recebidas, mantinha os endereços totalmente em dia, e traduzia bons artigos que edificaram muitas vidas.

Mas não parava por aí. O "Hinário Hinos e Cânticos com Música"  foi composto por ela, manualmente, tornando-se excelente cooperadora de outros irmãos usados pelo Senhor em favor desta obra tão abençoada. Algumas músicas de hinos que cantamos nas reuniões foram  escritas por ela, daí seu talento musical.

D. Jenny viveu para servir, e servir ao Senhor com alegria. Companheira fiel de seu esposo nas viagens missionárias, quer longas ou curtas, sendo levados por sua filha tão abnegada.

Realmente uma vida à serviço do mestre, que aguarda o majestoso dia que será levada à sala do banquete, hasteando a bandeira do amor que dedicou ao Senhor Jesus. E na sua presença dirá: "O meu amado é meu e eu sou dele"

Amou a Cristo enquanto viveu,
Amou a Cristo enquanto serviu,
Amou a Cristo enquanto chorou,
Amou a Cristo enquanto sofreu,
E agora continua amando a Cristo descansando em seus braços.

Que nosso adorável Salvador seja engrandecido por esta tão preciosa vida.

Orlando Arraz Maz

domingo, 8 de abril de 2012

RESSURREIÇÃO E NADA MAIS



O nascimento de Cristo mudou o curso da história,
Seu viver mudou os planos do coração,
Sua morte na Cruz trouxe aparente derrota
E sua ressurreição esperança de vida eterna.

O cético não pode ver tal realidade,
O religioso tenta encontrar razão para a fé,
O crente aceita tudo por fé e exclui a razão,
E assim aceita a ressurreição.

Sem fé é impossível agradar a Deus,
Assim nos diz as Escrituras,
Foi exatamente como creu o patriarca Abraão,
E ganhou um filho a mamãe Sara.

Foi uma simples fé a da virgem Maria,
Ao receber a noticia que seria mãe do Salvador,
E no tempo de Deus, ainda virgem,
Deu à luz o Redentor do mundo.

Eu creio na ressurreição de Cristo,
E na esperança da vida eterna.
Ele ressurgiu e trouxe esperança a todos que crêem,
Pois prometeu , não vai e nem pode falhar:

"Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê 
em mim, ainda que morra viverá."

Ressurreição e nada mais.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 6 de abril de 2012

MEDITAÇÃO AO PÉ DA CRUZ


 

Ao meditar Jesus Senhor
Na Tua amarga cruz por mim,
Com gratidão e com louvor
Celebro a quem me amou assim.

Mas como o Salvador, contar
O amor que foi a cruz por mim?
Não poderá ninguém sondar
A dor de quem sofreu assim.

Pecado meu Te fez sofrer
De Deus o desamparo ali;
Mas mesmo pelo teu morrer
Pudeste vida dar me em Ti.

Té  que contigo vá gozar
O fruto dessa cruz, Senhor
Que aqui Tu possas sempre achar
Em mim agrado e ver o amor.


Letra: Issac Watts - Nasceu no dia 17 de julho de 1674 em South­amp­ton, Inglaterra. Faleceu no dia 25 de novembro de 1748 em Stoke New­ing­ton, Inglaterra. Descansa no cemitério  Bun­hill Fields, Londres, Inglaterra.
Música: Edward Miller.

O autor deste hino é considerado o mais importante da hinologia inglesa, tanto pela quantidade de hinos que escreveu (cerca de seiscentos), como também pela alta qualidade espiritual dos mesmos. De físico franzino  como o apóstolo Paulo, e muito doentio, era, contudo, dotado de irresistível fibra. Muito precoce,  revelou os seus extraordinários talentos. Para se ter uma ideia, Issac Watts começou a estudar latim aos quatro anos de idade; grego aos nove; francês aos onze; e hebraico aos treze! Grande amante da poesia.

Logo começou a versejar e tudo quanto falava, fazia-o em versos.
Seu pai, um comerciante em Southampton, Inglaterra, cansado de ouvi-lo falar em rimas, ameaçou até espancá-lo para que parasse com aquilo, mas o garoto, entre lagrimas e soluços, exclamava: “Pai meu, tem piedade de mim / nunca mais rimarei assim!”.

Logo aos quinze anos de idade o jovem Issac dedicou seus talentos também ao trabalho da igreja, No seu tempo, na Inglaterra, os cânticos na igreja eram limitados à repetição dos Salmos do Velho Testamento, cantados, linha por linha, por um dirigente e repetidos pela congregação. Issac achava aquilo muito monótono e dizia:

“Os cânticos em louvor ao nosso Deus devem ser a parte mais sublime da nossa adoração, mas o que estamos fazendo é o pior que se  pode fazer na terra”. A isto, seu pai respondeu:

“Jovem, dê alguma coisa melhor”! Issac aceitou o desafio e logo desenvolveu o seu trabalho com eficiência tal, que veio a ser considerado “O pai da hinódia inglesa”.
Watts é um dois mais antigos autores de hinos sacros.
Seus últimos 36 anos foram de enfermidade e fraqueza física, mas isso de modo nenhum o impediu da realização de sua obra, antes contribuiu para que ele se empenhasse com mais afinco em suas tarefas. Ele pôde dizer como disse o apóstolo Paulo: “Quando estou fraco, então sou forte”.

 Smith, um dos membros da cruzada Billy Graham, escreveu o seguinte a respeito deste hino:
“Tenho a impressão de que Issac Watts, quando escreveu este hino, parecia estar ao pé da cruz de Cristo, juntamente com o apóstolo João, a mãe de Jesus e a multidão estarrecida. Quando canto este hino procuro fazer minhas as palavras de Isaac Watts. Com ele posso compartilhar o inacreditável assombro daquela cena – o Rei dos reis pregado na cruz. E a minha voz foi uma daquelas que gritaram perante Pilatos: ‘Crucifica-O, crucifica-O. Minhas mãos, tal como as mãos dos soldados romanos, foram as que pegaram o martelo e cravaram os pregos nas mãos e nos pés do meu Jesus. Então, ainda na minha contemplação, vejo o sangue das Suas feridas mostrando-me, como o hino sugere, os Seus sofrimentos e, também, por causa do Seu grande amor por mim!. Como pode alguém  permanecer insensível diante das palavras do apóstolo Paulo: 'Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo?'”
É exatamente isso o que dizem  a segunda e terceira estrofes do nosso hino.
É realmente  emocionante pensar nisto. A letra que aqui temos, é uma adaptação feita, em português, pelo saudoso irmão José  Ilídio  Freire, por sinal, muito linda e merecedora de que façamos nossas as suas palavras  todas  vezes que as cantamos. A música “Rockingham” é de Edward Miller (1731-1807).

 Transcrito do site:http://www.verdade-viva.net


sábado, 31 de março de 2012

PÉROLA, EU?



 



                                   "Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu, e pelo gozo dele, vai,vende tudo quanto tem, e compra aquele campo”.
                                   
                                      “Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a”. (Mateus 13: 44,45)

                                        Quando leio esta parábola tão curta, mas extremamente profunda em seu significado, me sinto objeto de um amor sem medida  da parte de Jesus.

                                       Ele é o negociante que partiu da eternidade para este campo contaminado pelo pecado, e encontrou pérolas de altíssimo valor. Eram pessoas que viviam escravizadas pelo antigo "senhor "de suas vidas, Satanás, e que as levava para a morte. Ele se apossou deste campo com o objetivo de escravizar o ser humano, tornar sua vida infeliz, destruí-lo e levá-lo para junto de si ao inferno.

                                        E Jesus veio a este mundo, comprou o campo onde tais pérolas se encontravam. Ele veio para buscar e salvar o perdido. Deu sua vida na cruz em preço de redenção. E assim comprou o campo onde estavam as pérolas. E o apóstolo Paulo lembra os cristãos de Corinto esta aquisição: “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens” (ICor.7:23)

                                 As pessoas que foram achadas por Cristo e que creram nele, agora lhe pertencem.

                                O amor de Deus se estende para todo o mundo, conforme nos ensina o Evangelista  João: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna".(João 3:16)

                               O mundo foi efetivamente amado por Deus, mas somente os que nele crêem são seu tesouro.

                               Ainda há pérolas enterradas neste campo sendo preservadas, e que ainda serão levadas a crer na obra da cruz pelo Espírito Santo.

                               Eu fui uma dessas pérolas, enterrada boa arte de minha vida, mas que fui encontrado pelo sacrifício na cruz, o lugar onde Jesus me comprou.

                              Nada custou para mim, mas para Jesus,sim, pois sua vida foi dada na cruz em preço de redenção.

                             Agora faço parte de sua igreja, como pérola preciosa, e sou edificado sobre o único fundamento que é Cristo.

                             Quem sabe, você que esteja lendo esta pequena meditação seja uma pérola ainda enterrada, e que crendo no sacrifício de Cristo na cruz do calvário, venha ser descoberta.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 28 de março de 2012

O CASAMENTO


               Com esta publicação encerramos as meditações no precioso livro de Rute. Restam-nos apreciar es­tes últimos versículos, os quais nos apontam para a grande vitória de Noemi e Rute. Temos, ao longo dessas publicações acompanhado a trajetória dessas mu­lheres e de maneira especial a de Rute, desde sua saída de Moabe, a renúncia à sua terra, aos seus deuses, às tradições e, a nova crença no Deus de Noemi, seu apego à Belém, culminando com seu casa­mento !
O livro de Rute é comparado a um palco, onde vai se desenrolar uma cena importante. Abrem--se suas cortinas, e o que se vê é um quadro cheio de dor - três mulheres cobertas pelo luto e a sau­dade daqueles que partiram - Elimeleque, Malom e Quiliom. Sentem os efeitos da morte e pagam um alto preço. Entretanto, no final do livro, a última cena é de alegria e esperança, onde se descortina um casamento feliz e, logo depois, o nascimento de um menino, que passa a chamar-se Obede. E desta forma, Rute entra na linhagem direta do Senhor Jesus ( Mt 1.5).
O livro de Rute inicia mostrando a morte e seus efeitos e termina mostrando a vida exuberante e alegre. De certa forma, é como a Bíblia, onde no Gênesis descobrimos a morte espiritual de nossos primeiros pais, banidos do jardim e proibidos de alcançarem a árvore da vida, um quadro muito triste! Mas, no Apocalipse, o último livro, encontramos a nova vida dentro dos novos céus e nova terra, o acesso à arvore da vida, e a ale­gria bendita e eterna!

Assim, o livro de Rute se aplica às nossas vidas, o qual nos mostra nossa morte e miséria espirituais, dor e sofrimento, quando andávamos segundo o curso deste mundo (Efésios 2). E nossa trajetória de dor foi até encontrar com Jesus, quando tudo mudou. Fomos achados por nosso Amado Boaz, o Salvador Jesus, e agora podemos antever um final bem feliz, sem lágrimas (Ap 21.4), e com uma viva esperança de participarmos das bodas do Cordeiro, onde estaremos para sempre com o Senhor!

Como foi com Rute tem sido com cada filho de Deus. Fomos alcançados por sua misericórdia e graça, entramos para a família dos céus, e somos co-herdeiros com Jesus! A nova vida nasceu entre as cinzas,nasceu da morte e hoje gozamos vida abundante e somos ricos!
                  "Perdido no mundo eu andava, pelas sendas do mal a vagar, quando Cristo, o Pastor encontrou-me, e hoje estou a caminho do lar."(HC 439)
           Por último, resta-nos um viver santo, pois estamos caminhando para um lar santo (I Pedro  1.16).Viver esperando, confiando e servindo, como Rute, mesmo entre os campos de Boaz, onde muitas vezes tinha suas mãos feridas ao colher espigas.
           Assim, devemos viver neste mundo escuro e tenebroso, mergulhado nas sombras do pecado, muitas vezes feridos e magoados, mas mesmo assim, espe­rando, confiando e servindo. Talvez nos custe bastante, mas é o preço. A recompensa está logo ali, segura nas mãos daquele que é Deus Forte, Maravi­lhoso, Conselheiro, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 21 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - A GRANDE TRANSAÇÃO (11)


                                              


Mais uma vez somos levados a contemplar e apre­ciar o nobre caráter de Boaz. Em nossa última meditação vimos seu esforço ingente procurando uma solução legal, através de um remidor.

A vida intranquila de Rute e Noemi, marcada por tanto sofrimento, deve terminar, pois o Deus de Boaz, o mesmo destas duas mulheres, estava prestes a ofertar sua mais rica benção dando um descanso merecido a cada uma delas.

Em primeiro lugar, vemos em Boaz o conhecimento que tem da lei, especialmente a lei do Levirato (Deut. 25:5-10). E com tal conhecimento, procurou cumpri-la para não ser apontado como infrator. Assim, tomou dez homens como testemunhas, diante do resgatador, e passou a expor-lhes o problema de Rute e Noemi com toda a fidelidade.

Sua atitude fala ao nosso coração e nos leva a pensar em nosso Salvador, que veio para cum­prir a lei. Não uma parte dela como Boaz, mas para cumpri-la totalmente. E assim, foi mais além do que Boaz, que se assentou na porta da cidade  para cum­prir uma parte da lei. Jesus cumpriu-a totalmente fora da porta (Heb.13:12). E como diz um hino evangélico: “Lá fora de Jerusalém o Salvador sofreu, foi levan­tado numa cruz e sua vida deu”. (HC 133)

Entretanto, o parente mais próximo dos falecidos, em princípio aceitou o encargo da remissão (4:4), mas depois recusou-se.

           Tal fato leva-nos a pensar que este remidor esqueceu-se de que, após a compra da terra deveria casar-se a fim de suscitar um herdeiro, de­vendo tornar-se dono da propriedade. Talvez temesse  diminuição em seu patrimônio, comprando terras que por direito pertenceriam ao filho que nasceria de Rute.

            Pensando no Senhor Jesus, novamente encontramos algo maravilhoso, pois Nele vemos um desprendimento total de sua gloria (Filip.2), esvaziando-se totalmen­te para nos salvar. E quanto prejuízo ele sofreu por nossa causa, desde sua saída do céu e entrada neste mundo, aprendendo a obediência pelas coisas que sofreu. "Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lagrimas, orações e súplicas a quem o poderia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu”.  (Heb.5:7,8).

           O dia terminou de forma muito feliz para Boaz, que concluiu o negócio mais importante de sua vida (vers.9), tomando Rute por sua esposa e perpetuando o nome de seu falecido marido. E assim, deu-lhe um descanso verdadeiro e merecido.

Como é agradável saber que nosso remidor, o Senhor Jesus, nos deu nova vida, segurando-nos em seus braços, e nos chamando de filhos. A obra da nossa salvação foi completa e a grande transação foi reali­zada na  cruz. Ganhamos um descanso verdadei­ro sem qualquer merecimento. Ganhamos um Pai cheio de amor que vela a cada instante por nos. E tudo graças ao nosso querido e bendito Remidor.

A Ele toda a glória
Orlando Arraz Maz


sábado, 17 de março de 2012

SAMARITANA DO SÉCULO XXI




A boa samaritana do século xxi

Há poucos dias tomei conhecimento desta história 100% verdadeira: meu sogro, com mais de 80 anos caminhava por uma rua, quando parou um carro e a motorista perguntou-lhe: “para onde o senhor  vai?”, ao que ele respondeu: “vou tomar um ônibus e vou ao posto de saúde para o tratamento dos meus dentes”. Em seguida, disse: “sobe que vou levá-lo ”. Ao chegar ao posto de saúde dirigiu-se a uma das atendentes : “este senhor está precisando ser atendido com urgência”. Depois, colocou dinheiro em seu bolso, e disse: “é para pagar o táxi que vai  levá-lo de volta” e deixou instruções para a atendente chamar um táxi, dando-lhe o número de telefone do ponto. Assim que terminou o atendimento, chegou o táxi que o levou para casa. E ele contou o ocorrido para o motorista, e em seguida perguntou-lhe: “o senhor conhece esta moça?” E o taxista disse que sim e que ela era gerente de um Banco. Quando foi pagar a corrida, tirou o dinheiro do bolso e viu que eram duas notas de R$50,00. Pagou e ainda ficou com troco.

Lembrei da parábola do bom samaritano contada por Jesus, e descobri que 21 séculos depois podia encontrar uma “boa samaritana”.

Um fato como este ocorrido num mundo cheio de ganância e violência como o nosso, me deixa sensibilizado.  Raro encontrar alguém com tais sentimentos, fazendo o bem sem qualquer barganha, permanecendo no anonimato.

A atitude desta mulher me leva a refletir na atenção que presto ao meu próximo, retira a tampa do meu coração, e me faz olhar lá para dentro onde nada vejo, senão somente meu egoísmo.

Jesus nos deixou exemplo em como amar o próximo, se tornando no verdadeiro bom samaritano, socorrendo o ser humano ferido em seu pecado, dando a sua vida na cruz e garantindo que voltaria para buscar todo o que nele crer.

Resta-me, finalmente, orar ao Pai, confessar minha negligência em amar o meu próximo, e pedir que aumente o meu amor daqui para frente.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz








quarta-feira, 14 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE - FARTOU DE BENS OS FAMINTOS (10)




                                    Na contabilidade de Deus nossos  lucros nunca são esquecidos. Aquele que nos vê em secreto, e seu olho é preciso e infalível, nos 
recom­pensará (Mat. 6:6). “O tempo que permanecemos aos pés do Salvador determina nosso lucro, reverti­do em bênçãos incontáveis.

                                   Quando em contrição nos achegamos a ele e nos colocamos aos seus pés traspassados, e im­ploramos que nos cubra com seu precioso manto carmesim, ele nos atende imediatamente. Suas palavras nos confortam e suas bênçãos nos enchem de satisfação.

                                     Assim foi com Rute. Naquela noite memorável, após a festa, deitando-se aos pés de Boaz e sendo coberta pela sua capa(3:9), recebe como recompensa, ao raiar da manha, seis medidas de cevada.

                                       O gesto de Boaz se assemelha com o querido Bom Pastor do Salmo 23. "O Senhor é o meu pastor e nada me faltará". Um que nos tira o temor e nos dá consolo e coragem, bondade e misericór­dia, mesa farta, e uma casa por longos dias (João 14).

                                        O vale percorrido por Rute desde Moabe  foi escuro e pro­fundo, com  dias cheios de incerteza e medo. Seus dias se transfor­maram na mais vibrante realidade,confiando no Pastor de todo o seu coração. Atravessou com calma o vale, mas sempre apoiada em sua vara e em seu cajado.

                               Será que a experiência de Rute tem sido a nossa experiência dia após dia? Ou será que nos esquecemos de nos apoiar no bordão do Pastor, andando com as nossas "pernas", e ao final só temos contemplado  quedas e fracassos ao longo de  caminho?

                                         O nosso remidor quer que sejamos vitoriosos, que andemos firmados em seu bordão, pois a sua mesa é sempre farta e preciosa.


                                          Rute ganhou de Boaz seis  medidas de cevada. Seu coração se revela assas bondoso e terno. E numa demonstração  de carinho ele mesmo toma o manto de Rute, agora repleto de cevada, e o coloca às suas costas, e despede-a para  junto de sua sogra, agora alegre é tranquila.

                                            As seis medidas oferecidas por Boaz nos  leva a pensar no significado bíblico do numero seis - o número imperfeito. A medida que faltava para com­pletar a sétima, cujo número nos fala do que é per­feito, foi completada com a própria entrega de Boaz,  oferecendo-se para ser o resgatador de Rute.

                               Em Cristo temos ampla e farta provisão. Ele nos cumula de bênçãos eternas e se oferece a si mesmo em preço de redenção, e nos alimentamos dele, o Salvador Perfeito, como o verdadeiro pão do céu.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz  

quinta-feira, 8 de março de 2012

UMA GRANDE MULHER



Quero homenagear uma grande mulher neste dia Internacional da Mulher.

Era filha de espanhóis numa família de onze irmãos.
Ainda jovem se casou, e moradora da cidade, foi para o interior.
E lá veio o primeiro filho.
Mudou-se para a cidade grande em busca da cura para o filho, e nunca mais voltou para o campo.
Depois, mais quatro filhos vieram. Com cinco filhos o quadro estava completo: três homens e duas mulheres.
E passou a ajudar o marido na sobrevivência de todos eles.
Primeiro, como costureira para grandes lojas, onde buscava fardos de roupa e os carregava sobre os ombros até sua casa. E tudo a pé para economizar alguns trocados.
Mais tarde foi faxineira em uma escola em troca do ensino para os seus filhos.
Essa grande mulher com pouca cultura se esforçava para dar um futuro promissor a cada um deles.
E assim foi por longos anos.
Aos 24  anos colocou sua vida nas mãos de Cristo, e apesar das dificuldades, era feliz.
E na trajetória dessa vida, sofreu pelo pai e alguns irmãos presos por motivos políticos.
O pai nunca mais viu, pois deportado para a Espanha, ali morreu.
Os anos passaram e essa grande mulher, aos 54 anos  viu a morte arrebatar seu marido;e cinco meses depois a morte levou sua filha, deixando quatro crianças que foram criadas por ela.
E começou tudo de novo aos 54 anos de idade, cuidando de crianças, roupas, livros, escola. E não fracassou. Em cada momento as forças de Deus desciam ao seu coração e ela se renovava a cada manhã.
Aos  76  anos a morte chegou novamente levando seu filho caçula com 40 anos de idade.
Embora mergulhada na mais profunda tristeza, não se deixou abater.
Essa grande mulher viveu mais 9 anos, e apesar de tantas curvas, descidas e subidas nessa estrada, era feliz.
Tinha uma voz grave  (ela nunca gostou),que  não a impedia que cantasse seus hinos favoritos. E muitos em castelhano, língua que aprendeu na juventude.E este era um dos seus favoritos:
“Cuando la trompeta del Señor se toque la final,
Com fulgor apunte El alba eternal,
Y los redimidos suban a su casa celestial,
Quando allá se pase lista yo estaré.

Estribilho:
Cuando allá se pase lista, quando allá se pase lista,
Cuando allá se pase lista, cierto estoy que por su gracia alli estaré.

Tradução:
Quando lá dos céus descendo para os seus Jesus voltar,
E o clarim de Deus a todos proclamar a chegada desse dia da vitória do meu rei,
Eu, por sua imensa graça, lá estarei.

Estribilho:
Quando enfim chegar o dia da vitória do meu rei,
Pela  graça de Jesus eu lá estarei.

Essa notável mulher foi chamada por Deus aos 85 anos de vida e já se passaram 12 anos. E que saudades!
 Ela plasmou meu caráter e me conduziu  aos pés de Cristo.

Fermina Mas Arraz, minha mãe, receba esta  humilde homenagem.

Orlando Arraz Maz - seu filho







quarta-feira, 7 de março de 2012

MEDITAÇÕES NO LIVRO DE RUTE AOS PÉS DE BOAZ (9)


     
Desde a saída de Moabe temos acompanhado os firmes passos de Rute, sempre atenta aos sábios conselhos de Noemi. Muitas coisas aconteceram em sua vida, e os dias sombrios ficaram para trás, apontando para uma nova esperança que  começara a brotar em seu coração.

O relato encontrado neste capítulo, bem como em algumas partes deste belo livro, pode parecer estranho, pois se desenrola num cenário campestre.   Acompanhemos com reverência sem quaisquer ilações  de nossa parte,tais como: Rute foi atrás de Boaz;  deitou-se junto dele, aos seus pés, atitudes incomuns e impróprias em nossos dias, sobretudo entre aqueles que te­mem ao Senhor Deus. E sendo comuns naquela época,tão somente vemos em Rute e Boaz um comportamento puro,próprio daqueles que pautam por uma vida de obediência e amor pelas coisas do Senhor (v. 14).

A época da colheita transcorria num clima festivo.  O período de árduo labor terminara após longas horas sob o sol inclemente e forte. Mas a compensação maior encontrava-se nos celeiros que estavam cheios  de trigo, garantindo uma vida abun­dante e feliz.  E Boaz, como talvez outros fazendeiros de Belém, também estava alegre. E depois da festa (v.7), foi deitar-se ao pé de um monte de grãos.

Rute , por sua vez, instruída por Noemi(v.4), após Boaz deitar-se junto ao monte de grãos, também foi para lá e deitou-se.“Então chegou  ela de mansinho, e lhe descobriu os pés e se deitou.(v.7). Sem qualquer barulho, quieta e submissa, pois ali, bem pertinho, estava o seu  remidor.
Este belo quadro evoca-me a lembrança do  hino: "Aos pés de Cristo eu quero estar, benditas horas ali passar”. Como Rute aos pés de Boaz, quieta e submissa, humilde e confiante, eu e você, encontraremos tudo aos pés do Se­nhor Jesus. Mas urge estarmos imbuídos de igual sentimento.
Antigamente aprendia-se aos pés dos sá­bios mestres, indicando assim, que o "saber" do discípulo estava ao  rés do  chão.  Foi assim com Paulo aos pés de Gamaliel, e com Maria, irmã de Marta, aos pés do Salvador.
Que tal chegarmos de mansinho aos pés de Jesus, deixando tudo o que faz barulho, qual nosso orgulho, nosso "eu",nosso saber, nossas posses, nossa "espiritualidade", nossa boca falante, e tudo, enfim. Somente bem pertinho de Jesus, Ele nos cobrirá, a fim de que nos sintamos protegidos, amparados, acalentados, confortados. E no silêncio de nossos   corações, sua voz mansa e delicada nos en­cherá de paz e de sabedoria.

Que assim seja
 Orlando Arraz Maz