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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Uma velhice abençoada - Autor: Orlando Arraz Maz

“ Fui moço e agora sou velho;mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”. ( Salmo 37:25)




Algumas vezes ouvi meu pai citar este versículo quando ainda era bem criança. Nossa família possuia poucos recursos e condições bastante limitadas. Embora nunca nos tenha faltado o básico em nossa mesa, meu pai confiava nesta citação bíblica.

Naqueles tempos não entendia a profundidade deste versículo, talvez por não ser um idoso, ainda.

Os anos se passaram. Tornei-me adulto, pai e avô, e novamente me confronto com este versículo.Desejo confiar nas suas palavras, assim como confiavam meu pai e o rei Davi.

É bem provável que alguns tenham certa dificuldade em sua interpretação, uma vez que há tantas necessidades e carências ao nosso redor.

Davi, agora um idoso, tem plena certeza que Deus nunca desampara o justo nem sua descendência.

É possível alguém passar por necessidades, assim como Davi passou diversas vezes.

Lembro-me quando com seus moços esperavam a bondade de Nabal,uma vez que estavam famintos (ISam.25), ou quando foi à procura do sacerdote Aimeleque ( I Sam. 21).

Sim, o justo pode passar por privações, mas nunca sentir o desamparo de Deus.

Este homem  do nosso texto é aquele que vive sem ganância(vers.21), que é abençoado (vers.22), que tem seus passos confirmados pelo Senhor(23),e que ao cair contará com a sustentação da mão do Senhor(vers.24).Por isso esse homem nunca sentirá o desamparo de seu Deus nem tampouco sua descendência.

Bendito seja o Deus de Davi e de meu pai, que embora não prometa bens materiais em abundância, nos abençoa e nos conforta com a sua presença.

Que ensinemos nossos filhos a fidelidade de Deus em não desamparar o justo nem a sua descendência.

Ele não nos promete um tapete florido, mas uma mesa farta da sua presença constante e abençoada.

Louvado seja nosso Deus.

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