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domingo, 5 de setembro de 2010

"AMAI-VOS ARDENTEMENTE" - Autor:Orlando Arraz Maz

Amai-vos ardentemente

“amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro”
(1ª carta do Apóstolo Pedro 1;22-b)

Como é possível amar uns aos outros ardentemente com um coração puro? Antes de responder, gostaria de pensar: para quem o apóstolo Pedro escreveu estas palavras?

É fácil descobrir pela leitura no início de sua carta:

1)Para um povo de propriedade de Deus que estava espalhado. Eram forasteiros.

2)Estavam sofrendo as mais terríveis provações;

3)Do ponto de vista humano, sem quaisquer esperanças.

Portanto, torna-se claro que o ambiente em que viviam era o mais deplorável, uma vez que abraçaram a nova fé na pessoa do Senhor Jesus, e por esta razão sofriam as mais diversas perseguições.

Quem deveria amá-los? As autoridades romanas? Os vizinhos? Os amigos? Os parentes mais próximos? Por certos estes se tornaram inimigos e perseguidores.

Eles seriam amados com um amor fraternal por todos os que abraçaram a Verdade do Evangelho, cuja semente incorruptível germinou em seus corações dando-lhes uma nova vida. Agora viviam sob uma esperança viva, apesar das perseguições. Tinham o amor daqueles que foram amados por Cristo. E apesar das lutas, eram felizes.

Entretanto, o apóstolo ensina que não é qualquer amor que deveria nortear seus corações, um sentimento superficial, uma demonstração rasa de afeto ou um “oi”! , “como vai?”, “não me esqueci de você!”, etc., mas um amor ardente, fervoroso.

Aqueles que um dia amaram e que ainda amam seus cônjuges sabem muito bem o que é um amor ardente: é a vontade de tê-los em todos os momentos, e que dois minutos após a despedida, nasce a vontade de estarem juntos novamente; é o interesse pelo seu bem estar; a preocupação por suas aflições e a prontidão para estancar suas lágrimas.

Como seria maravilhoso se esse amor ardente fosse manifesto da mesma forma por todos os irmãos em Cristo, não somente pelas orações, mas pela sua presença real, seu conforto, suas palavras de ânimo, seu abraço.

Creio que foi assim na nova comunidade de irmãos, os forasteiros do primeiro século. Eles dependiam de Cristo e de seus irmãos. Cristo nos céus renovando-lhes a esperança, e seus irmãos  na igreja trazendo-lhes conforto, e demonstrando-lhes um amor ardente.

Afinal, só tem esse amor os que foram gerados pela Palavra e que tiveram suas almas purificadas pelo sangue do Senhor Jesus, e que se tornaram homens e mulheres obedientes.

Que assim seja para Sua Glória.

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