Como um movimento composto de 120 pessoas
cresceu de forma anormal?
Homens e mulheres reunidos em um cenáculo,
com medo das autoridades, logo estão nas ruas para levar avante a mensagem do
Cristo crucificado.
Por certo ainda se falava na crucificação do
Nazareno, e pelas ruas de Jerusalém ainda restavam os vestígios da Cruz. E a
curiosidade crescia a cada dia no povo pelas noticias da ressurreição.
Qual o segredo? Não havia qualquer meio de
propaganda, cartazes pelas ruas e vielas, e nem tampouco algum Evangelho havia
sido escrito.
Lendo
os Atos dos Apóstolos podemos acompanhar o crescimento do movimento cristão que
deu origem à igreja dos primeiros dias do cristianismo.
Os
cristãos viviam vidas “parecidas com Cristo”, daí o termo “cristão”.
Mais
tarde o apóstolo João, ao escrever sua primeira carta, anos depois põe no papel
o que vinha ensinando naqueles dias:
“E nisto
sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu
o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a
verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem
aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz
estar nele, também deve andar como ele andou”(I João 2:3-6)
Descobriram o
segredo? Eles obedeciam às palavras de Jesus, e seguiam seus passos, andando
como Jesus andou.
Os moradores
de Jerusalém conheciam cada cristão, e sabiam que muitos deles tinham sido
impregnados por Jesus. A cura do coxo de nascença na altura dos seus 40 anos,
revela esta magnifica verdade:
“Então eles, vendo a intrepidez de Pedro e
João, e tendo percebido que eram homens iletrados e indoutos, se admiravam; e
reconheciam que haviam estado com Jesus”.(Atos 4:13)
Por que o
cristianismo autêntico, o Evangelho transformador de Cristo, parou de crescer? Ou
melhor, por que está perdendo para tantos movimentos anticristãos, apesar de
termos a Bíblia em muitas línguas e traduções, e de milhares de escritos de um
proveito surpreendente?
Hoje há muita
religiosidade na cabeça e quase nada de Cristo no coração. O cristão que
deveria parecer-se com Jesus perdeu suas características, age como se
desconhecesse seus ensinos, e deixou há muito tempo de andar nos passos de Jesus.
Claro que há
honrosas exceções, mas ser um cristão verdadeiro hoje é como achar uma agulha
no palheiro. Está envolto em desonestidades, mentiras, falsidades, pensamentos
imorais, vidas duplas, enfim, andam em seus próprios caminhos e se desviam das
pegadas de Jesus. Quem se interessaria por imitar alguém assim?
Para que o
cristianismo volte a crescer como nos primeiros anos, necessário se faz uma
avaliação do coração e um confronto com os ensinos de Jesus.
Nossos amigos
precisam ver em cada cristão o “cheiro” de Cristo, descobrir que há diferença,
sim, em todo o seu viver, e ter a certeza que vive aos seus pés e obedece a
seus ensinos.
“E nisto
sabemos que estamos nele; aquele que diz está nele, também deve andar como ele
andou”.
Que a oração
desta poesia em forma de canto seja feita e desejada por todos:
“Mais de
Cristo quero ver, mais da sua graça ter, mais da sua compaixão, mais da sua
mansidão”.
“Mais de
Cristo conhecer, quero a Ele obedecer, sempre perto dele andar, seu amor aqui
mostrar”.
“Mais, mais
de Cristo, mais, mais de Cristo. Mais do teu puro santo amor, mais de ti mesmo
ó Salvador” (HC 349)
Que assim
seja
Orlando Arraz
Maz
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