Há nas Sagradas Escrituras, pelo menos, dois homens que
falaram à sua alma: o rico conhecido como o rico insensato citado pelo Senhor
Jesus e o rei Davi que compôs este majestoso salmo:
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o
que há em mim bendiga o seu santo nome”.
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te
esqueças de nenhum dos seus benefícios”.
Do
rico insensato extraímos o seguinte texto:
“...e
direi à minha alma: Alma tens em depósito muitos bens para muitos anos;
descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te
pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?”
É
bastante fácil traçar um paralelo entre estas duas vidas.
O
rico olhava para o presente e via ao seu redor o fruto do seu trabalho, sem
atentar para o fato de que seu sucesso vinha de Deus.
Davi
olhava para o alto e reconhecia que todas as bênçãos vinham de Deus.
O
rico planejava seu futuro, o que nada há de errado, mas deixava Deus totalmente
do lado de fora, o que é inconcebível. Pensava só em si e a ninguém mais via em
seu redor:
Notaram
suas palavras? “meus frutos”, “meus celeiros”; “edificarei”; “recolherei”;
“meus cerais”; “meus bens”; “minha alma”. O rico falou primeiro dos seus bens
antes de falar à sua alma, mas Deus falou primeiro de sua alma e depois de seus
bens.
“Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te
pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será”?
Que
contraste com o rei Davi que guardava em seu coração a gratidão a Deus pelo seu
sucesso. Todos os benefícios que desfrutava vinham de Deus, e neste salmo ele
fala com alegria à sua alma.
Há
muitos que vivem despreocupadamente em nossos dias e imitam o rico insensato. Têm
tempo para seus planejamentos, se preparam para a velhice, amealham grandes
fortunas, mas se esquecem da eternidade. Pensam que a alma lhes pertence e se
esquecem de que Deus é o dono dela.
“Eis
que todas as almas são minhas;
como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar,
essa morrerá”. Ezequiel 18:4
Aquela foi a última noite do rico insensato que
partiu deixando celeiros abarrotados, e devolvendo a Deus sua alma totalmente
vazia.
Já o rei Davi pôde descansar no Senhor, o seu
Pastor, e atravessar o vale da sombra da morte guiado com segurança. Pôde
deixar esta vida afirmando que o “Senhor é meu Pastor e nada me faltará”.
Colocamos nossas prioridades em primeiro lugar,
planejamos o amanhã, mas não a eternidade. Amamos nossa família, mas não amamos
a Deus. Até que... até que... Deus entre em cena e faça a pergunta que já
conhecemos: “O que tens preparado para quem será?”.
Viva como o rei Davi falando à sua alma cada dia:
“Bendize ó minha alma ao Senhor e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios”.
Planejar o amanhã é prudente; planejar a eternidade
é sabedoria.
Textos bíblicos:
Salmo 103 e Lucas 12:16-18
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz
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