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sexta-feira, 5 de julho de 2013

ENCONTRO ADMIRÁVEL


 Achamos o Messias
(João 1:40-42)
O primeiro encontro de Pedro com Jesus, sem dúvida, marcou-o profundamente. Normalmente, os primeiros encontros sempre marcam as pessoas e muitas delas, ao longo da existência, jamais se esquecem dos detalhes do primeiro encontro.

Pedro, levado por seu irmão André, foi ao encontro de Jesus. André, um experiente pescador, neste dia efetuou uma das maiores descobertas de sua vida: descobriu o Messias e levou seu irmão Pedro a conhecê-Lo . Achamos o Messias” (João 1:40-42).


Diz a Palavra de Deus que Jesus olhou para Pedro: “E, olhando Jesus para ele”. A primeira impressão na vida de Pedro, sem dúvida, foi o olhar de Jesus, o mesmo olhar que o seguiu durante o seu ministério, e por que não, até o fim de sua vida?

Naquele dia o olhar de Jesus marcou o início de uma grande amizade, atraindo para Seu convívio este homem rude, acostumado à vida do mar, às pescarias, às redes, aos barcos.

Pedro permitiu ser atraído pelo estranho judeu, simplesmente colocando toda fé na afirmação de seu irmão André, que se tratava do Messias. Esta foi a melhor e mais surpreendente descoberta de sua vida.

Não bastasse o magnetismo do olhar de Jesus, Sua primeira providência foi mudar o nome de Pedro, até então chamado de Simão. Jesus, o Deus onisciente, Aquele que tudo sabe, conhecia sua origem: “Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas”. Este nome vem do sírio-aramaico - Kephas -, que traduzido para o grego é Petros, que quer dizer “um pedaço de rocha”.

Além do olhar penetrante de Jesus, a mudança do seu nome marcou-o profundamente. Até então todos o conheciam como Simão, filho de Jonas. Já era homem maduro, criado em Betsaida (casa do peixe), às margens do mar da Galiléia. Lá possuía uma empresa de pesca (Lucas 5:10), além de uma casa onde morava com sua sogra (Mateus 8:14), portanto, nesta altura de sua vida o seu nome foi mudado.

A mudança de nomes nas Escrituras sempre indica um novo relacionamento com Deus. Assim ocorreu com Abrão que passou a chamar-se Abraão; Sarai para Sara, Jacó para Israel. E Simão tem o privilégio de ter seu nome mudado, assim como os grandes homens do Velho Testamento, por certo bem conhecidos dele.

Este encontro de Pedro assinalou um novo relacionamento com Jesus. Seria o começo de uma grande amizade que logo se transformaria num amor incondicional, conforme descobrimos nas Escrituras.

Quão bom seria se todas as pessoas tivessem o mesmo encontro que Pedro teve, nestes dias tão marcados por experiências mesquinhas, vidas espirituais medíocres, sem qualquer alegria e gozo na presença do Senhor.

Pedro não seria mais o mesmo homem a partir daquele encontro. Sem dúvida, sua decisão de seguir a Cristo não foi fácil. Mais tarde ele pôde afirmar: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos” (Mateus 19:27). O “tudo” de Pedro era o trabalho de uma vida: a empresa de pesca, a casa adquirida em Cafarnaum, bens amealhados no decorrer de anos de um trabalho difícil.

Que lição de magna importância este homem tem deixado através dos séculos. Um encontro, um olhar, uma mudança de nome, a atração pelo Messias há tanto tempo anunciado, foram os motivos que tocaram profundamente seu coração.

Quanto nos falta para imitarmos a Pedro! Sobretudo em dias onde as apreensões são tantas, onde os bens materiais são colocados em primeiro lugar, onde os interesses se sobrepõem aos do Espírito. Precisamos fazer uma avaliação das nossas prioridades e colocar o Salvador em primeiro lugar. “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Foi exatamente o que Pedro fez.

O que nos falta para uma atitude coerente perante o Senhor Jesus? Hoje não O encontramos andando pelas praias da Galiléia, ou residindo ao lado de nossa casa. Ele quer fazer morada em nosso coração, quer nossa amizade e nosso amor, quer mudar nosso nome e nos tornar vencedores, assim como fez com Pedro.

O que falta para tudo isto é disposição e fé no coração. A mesma que teve Pedro naquele dia tão magnífico, pois baseado apenas na informação de seu irmão André, confiou sem reservas que Aquele Galileu era de fato o bendito Messias vaticinado há muitos séculos. 

Não havia qualquer dúvida, qualquer desconfiança, pois o Messias falava com tanta autoridade, que Suas palavras transmitiam poder e vida. E era esta nova vida que Pedro tanto precisava.
Hoje a mensagem de Jesus é a mesma. Ela transforma, dá vida e poder. Mas não depende somente Dele. Eu e você devemos confiar sem reservas, olhar com os olhos da fé nos olhos de Jesus e deixá-Lo mexer em todo o nosso ser.

Está provado que o encontro de Jesus com Pedro transformou radicalmente todo o seu viver, seus hábitos, seu dia-a-dia, seus projetos. Pedro passou a ser um novo homem, apesar das dificuldades encontradas ao longo do caminho.

Quem sabe a sinceridade e a fé inabalável de Pedro servirão de estímulo ao prezado leitor, que tanto necessita de uma mudança de vida, de projetos, de anseios, de esperança. E tudo isso e muito mais é possível encontrar na sublime pessoa de Cristo. Ele tem recursos inesgotáveis. Ele sabe estancar nossas lágrimas, corrigir nossas falhas, segurar com firmeza nossa mão, e nos levar em segurança bem apertado em Seus braços. Ó que Salvador admirável!

Assim como fez com Pedro, Ele fará com todos que desejam Sua amizade, Seu amor, Sua bênção.

Pedro se tornou um grande servo de Cristo porque confiou sem reservas no Senhor Jesus. Seu lugar nas Escrituras aponta o lugar do homem redimido, que mesmo revestido de falhas e imperfeições, alcança o favor de Cristo, o qual o coloca nos lugares celestiais.

Ao longo de sua vida, Pedro permaneceu inabalável em sua fé. Aquela experiência do primeiro encontro e tantas outras o marcaram profundamente, pois cerca de quarenta anos mais tarde, ao escrever para os cristãos afligidos por sua fé, carinhosamente recorda uma das mais emocionantes experiências com Jesus: “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares de sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa, lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado em quem me comprazo. Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos, quando estávamos com ele no monte santo” (2 Pedro 1:16-18).

Imitemos Pedro em seu amor incondicional por Cristo. E por certo nossas experiências com Ele nos acompanharão por toda a vida, e a convivência diária com Cristo nos fará como Pedro, “crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 3:18).

A Ele seja a glória, tanto agora, como no dia eterno!

Orlando Arraz Maz

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