O relato do evangelista João
sobre a mulher samaritana nos apresenta lições grandiosas.
No horário do calor mais forte do dia, resolveu buscar água
no famoso poço de Jacó, seu antepassado. E para tal tarefa que por certo fazia costumeiramente,
muniu-se de seu cântaro.
Este dia foi diferente dos
demais, pois algo bastante estranho aconteceu: um judeu sentado junto ao poço.
Normalmente os judeus faziam outro caminho, mais longo, para evitar o
território desse povo inimigo. Somente os mercadores judeus, ávidos por lucro,
ingressavam nas terras dos samaritanos para venderem suas mercadorias.
Ao chegar é surpreendida pelo
pedido de água por um judeu a uma mulher samaritana. E foi o início de um dos
diálogos mais abençoados, que atingiu o comportamento irregular da mulher. Sua
“caixa preta” foi aberta e seu problema foi exposto: cinco homens passaram por
sua vida e o sexto não era o seu marido. O sétimo Homem, diferente dos demais,
o Homem perfeito, entrou de uma vez por todas em sua vida e tonou-se seu
Salvador. Saciou a sua sede.
"Vinde, vede um homem que
me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?".
Enquanto não houver um
abandono de "cântaros", e um reconhecimento que só Jesus oferece água
viva, que perdoa os pecados, e dá vida eterna, as pessoas continuarão infelizes
e cheias de histórias tristes como a da mulher samaritana.
O interesse desse judeu ainda
estranho, no entanto, era outro tipo de ganho: o coração da mulher. Onisciente,
sabia que ela lá estaria naquela hora do dia, e que precisava sua ajuda para
tirá-la do fundo de outro "poço", onde caíra sem poder sair.
Tão alegre com a descoberta do
Messias, deixou seu cântaro vazio à beira do poço, e foi pressurosa anunciar
aos seus conterrâneos.
Hoje há muitas pessoas que
andam com seus "cântaros" buscando água para matar a sede em
cisternas de águas salobras, totalmente mergulhadas até o pescoço, aflitas e
sem paz. Carregam uma "caixa preta" pesada, blindada com seus problemas,
e não encontram quem consiga abri-la e curar suas feridas.
Jesus está à disposição de
todos, ainda hoje, como à beira daquele poço há mais de dois mil anos,
oferecendo água viva.
"E no último dia, o
grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede,
venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva
correrão do seu ventre."
O que fazer, então? Exatamente
o que fez a mulher: abandonou seu cântaro vazio, e deixou-se encher da água
viva que lhe deu um novo rumo à sua vida. O Messias trouxe-lhe a paz e
tornou-se seu Grande Salvador.
Textos: Ev. de João cap. 4; 7:37,38.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz
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