“Então um deles feriu o servo do sumo sacerdote,
e cortou-lhe a orelha direita.
Mas Jesus disse: Deixei-os;
basta.
E tocando-lhe a orelha, o curou”. Lucas:22:50,51
Na noite da traição, este milagre
chama nossa atenção por ter sido feito em favor de alguém que foi prender o
Senhor Jesus. João, o evangelista, é o único que nos informa que seu nome era
Malco.
Os ânimos estavam exaltados naquela
noite. Pedro, numa tentativa de defender seu Mestre, toma sua espada e desfere
um golpe contra Malco, desejoso de matá-lo cortando-lhe o pescoço. Entretanto,
sua espada foi desviada por mão invisível, e somente a orelha foi atingida.
Pedro foi repreendido por Jesus, pois este não era o propósito do Pai. Jamais
Jesus precisaria de tais meios para defender-se.
Lucas nos apresenta a maneira amorosa
de Jesus em restaurar a orelha ferida. Simplesmente a tocou. E de repente lá
estava ela em seu lugar como se nada tivesse acontecido. Um milagre surpreendente.
Nada sabemos sobre a reação do homem, ou seu espanto em ser curado por alguém
que ele veio para maltratar e prender com crueldade.
Mas de Jesus, sim, podemos admirar sua
resignação diante da revolta da multidão com tanta brutalidade. Calmamente repreendeu
a Pedro pedindo que guardasse sua espada, e em seguida realizou o grande
milagre restaurando a orelha de Malco.
Creio que Pedro, anos mais tarde, ao
escrever sua primeira carta recorda a cena desta noite, e inspirado pelo
Espírito Santo nos deixa este precioso versículo:
“sendo injuriado, não
injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga
justamente”; (I Pedro 2:23)
Quão
diferente é Cristo de todos os homens, que ao serem atacados procuram revidar
imediatamente. Pagam na mesma moeda.
Nosso amado
Salvador não agiu e nem age assim, pois é Deus que se manifestou aos homens em
um corpo, e nunca conheceu o pecado. Como estaríamos hoje diante de nossas
ofensas? Da mesma forma que Malco foi beneficiado com misericórdia, nós também
fomos.
Nossa cura
suplanta todas as demais, pois fomos curados das mazelas do pecado, abençoados
com um novo coração, e uma paz que ninguém nos pode tirar. O profeta
Isaias assim se expressa no majestoso capítulo 53:
“Mas
ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das
nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados”.
Que assim
seja
Orlando
Arraz Maz
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