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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ORELHA RESTAURADA






 “Então um deles feriu o servo do sumo sacerdote,
e cortou-lhe a orelha direita.
Mas Jesus disse: Deixei-os;
basta.
E tocando-lhe a orelha, o curou”. Lucas:22:50,51






Na noite da traição, este milagre chama nossa atenção por ter sido feito em favor de alguém que foi prender o Senhor Jesus. João, o evangelista, é o único que nos informa que seu nome era Malco.

Os ânimos estavam exaltados naquela noite. Pedro, numa tentativa de defender seu Mestre, toma sua espada e desfere um golpe contra Malco, desejoso de matá-lo cortando-lhe o pescoço. Entretanto, sua espada foi desviada por mão invisível, e somente a orelha foi atingida. Pedro foi repreendido por Jesus, pois este não era o propósito do Pai. Jamais Jesus precisaria de tais meios para defender-se.

Lucas nos apresenta a maneira amorosa de Jesus em restaurar a orelha ferida. Simplesmente a tocou. E de repente lá estava ela em seu lugar como se nada tivesse acontecido. Um milagre surpreendente. Nada sabemos sobre a reação do homem, ou seu espanto em ser curado por alguém que ele veio para maltratar e prender com crueldade.

Mas de Jesus, sim, podemos admirar sua resignação diante da revolta da multidão com tanta brutalidade. Calmamente repreendeu a Pedro pedindo que guardasse sua espada, e em seguida realizou o grande milagre restaurando a orelha de Malco.

Creio que Pedro, anos mais tarde, ao escrever sua primeira carta recorda a cena desta noite, e inspirado pelo Espírito Santo nos deixa este precioso versículo:

sendo injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente”; (I Pedro 2:23)

Quão diferente é Cristo de todos os homens, que ao serem atacados procuram revidar imediatamente. Pagam na mesma moeda.

Nosso amado Salvador não agiu e nem age assim, pois é Deus que se manifestou aos homens em um corpo, e nunca conheceu o pecado. Como estaríamos hoje diante de nossas ofensas? Da mesma forma que Malco foi beneficiado com misericórdia, nós também fomos.

Nossa cura suplanta todas as demais, pois fomos curados das mazelas do pecado, abençoados com um novo coração, e uma paz que ninguém nos pode tirar. O profeta Isaias assim se expressa no majestoso capítulo 53:

“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.


Que assim seja


Orlando Arraz Maz

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