Por todos os dias em que a praga estiver nele,
será imundo; imundo é; habitará só;
a sua habitação
será fora do arraial. (Lev. 13:46)
Nos tempos bíblicos a lepra era uma
doença incurável e ao mesmo tempo temida por todos. Hoje, com os avanços médicos,
conhecida como Hanseníase, já é possível sua cura.
No livro de Levítico encontramos todos
os detalhes que deveriam ser observados pelos sacerdotes, a fim de que o doente não contagiasse outras pessoas. Aqui no Brasil há relatos de enfermos que conviveram com amigos ou parentes, totalmente segregados, sem
quaisquer chances de recuperação, definhando a cada dia.
Entre os textos bíblicos que tratam da
lepra, este prendeu minha atenção: “imundo é; habitará só; a sua habitação será
fora do arraial”. Uma vez constatada a lepra a pessoa tornava-se imunda, e em
seguida isolada. O convívio com familiares e amigos era proibido e seu destino
era viver sem qualquer companhia.
O sacerdote por mais compaixão que
tivesse do enfermo nada podia fazer. Ao mesmo tempo as lágrimas dos familiares e
amigos também nada podiam fazer, restando-lhe somente a expectativa de um
triste fim.
Durante o ministério de Jesus alguns
leprosos foram curados, e o evangelista Lucas descreve um que buscou a Jesus
totalmente coberto de lepra, e ajoelhou-se a seus pés, e humildemente lhe rogou
”Senhor,
se quiseres, bem podes tornar-me limpo. Jesus, pois, estendendo a mão,
tocou-lhe, dizendo: Quero; sê limpo. No mesmo instante desapareceu dele a lepra”.
(Lucas 5:12,13).
Há uma correlação entre a lepra e o
pecado. Duas enfermidades trágicas que trazem lições importantes:
A lepra é uma das enfermidades mais
antigas já relatadas nos papiros egípcios.
O pecado também é antigo, e na carta
de Paulo aos Romanos lemos: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo,
e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto
todos pecaram”.
A lepra corrompe o corpo,
compromete os nervos e tira a sensibilidade da pele. Muitas vezes o leproso
desconhece ser portador da mesma.
O pecado corrompe o ser humano,
e o torna insensível. No princípio nada percebe, mas lá está enraizado e aos poucos
manifesta seus efeitos. O profeta Isaías assim o descreve: ”Por que seríeis ainda
castigados, que persistis na rebeldia? Toda a cabeça está enferma e todo o
coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã; há só
feridas, contusões e chagas vivas; não foram espremidas, nem atadas, nem
amolecidas com óleo; e. ainda: ”Pois todos nós somos como o imundo, e todas as
nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e
as nossas iniquidades, como o vento, nos arrebatam” (Isaías 1:5.6;64:6)
O pecado nos coloca fora da presença
de Deus, e nos isola de suas bênçãos e de sua salvação. O destino do ser humano
é a morte eterna. Resta-nos, porém, esperança de cura. Jesus veio para nos
tirar a lepra mortal, e se condói com nossa enfermidade.
Entretanto, precisamos admitir que
nosso coração está enfermo da cabeça aos pés, e buscar socorro em Jesus e
confessá-lo como nosso Senhor e Salvador. A lepra do pecado será removida imediatamente,
pois o “sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado” (I João 1:7).
Hoje, ainda, leprosos são restaurados
e se tornam filhos de Deus. Olhe para os efeitos do pecado em sua vida, e
busque a cura no Senhor Jesus.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©
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