Nunca se falou com tanta frequência
sobre o câncer nestes últimos tempos. Quer seja pela mídia falada ou escrita, ou
entre as famílias. Por certo, há alguém que já perdeu um parente, um amigo, ou um
conhecido, vítima desta terrível enfermidade.
A simples notícia dada pelo
médico, após a leitura dos exames realizados, é o suficiente para desestabilizar
a pessoa. Alguns custam a acreditar, outros caem em profunda depressão, e ainda
há aqueles, embora raros, que partem para a luta confiantes na vitória.
Pensando em muitos conhecidos ou
amigos que estão passando por este vale profundo de dor, veio à mente o texto
desta meditação, na esperança de que sejam ajudados em suas tristezas:
“invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”
O salmista apresenta um quadro bem nítido dado por Deus para confortar o
coração daqueles que sofrem.
Primeiramente, a Ocasião: “O dia da angústia”. Para muitos é o dia da
doença, um dia que jamais pensaram passar. Para outros, o dia que deixaram de
seguir com seus passos, e agora precisam que outros os transportem. Entretanto,
não há qualquer informação do que se refere o “dia da angústia”. Não menciona
uma determinada doença, pois todas se encaixam perfeitamente no texto.
O dia da angústia pode ser atribuído, também, ao fracasso de um negócio,
à pobreza extrema, à fome, à perda dos bens, e ainda da culpa pelos nossos
pecados. Portanto, é de vasta e interminável aplicação ao termo.
Em segundo lugar temos a Ordem: “Invoca-me”. Temos nesta ordem um duplo valor: falar com
alguém sobre a nossa dor, abrir o nosso coração e derramar nossas lágrimas, num
profundo desabafo. Mas há o outro lado: quem nos mandar invocar é Deus. Ele
quer participar das nossas aflições e dores. Ele quer ouvir, melhor do que
ninguém, a nossa fraca voz. “Invoca-me”. Ele não menciona quantas vezes, nem
nos manda preparar uma corrente de
oração. Devemos, sim, invocá-lo, como um filho que chora nos braços da mãe, à
espera que sua dor se vá. Quantos já se cansaram de “invocar” sem aparentes
resultados, e se esquecem que a ordem é “invocar” sempre. De um jeito ou de
outro a libertação virá, com certeza, e a bênção para o coração será imensa,
pois quem nos manda invocar é Deus.
Em terceiro lugar vem a promessa: “Eu o livrarei”. Não “talvez”. Aqui
não reside dúvida, tudo é positivo. Também não marca uma data específica. Nós,
humanos, geralmente estabelecemos datas para nossos compromissos, lazer, férias
etc. Deus não determina o tempo do livramento. Também a promessa de Deus não
informa como virá a libertação, embora no nosso coração já tenhamos o seu
perfil. É certo que Deus tenha algo melhor para nós. Entreguemo-nos a Ele que
sabe perfeitamente “como” e “quando” dará sua libertação, restando-nos
descansar na sua promessa: “eu o livrarei”.
Por último temos o plano. “Tu me glorificarás”. Quando Deus nos liberta
ele o faz de tal forma que é glorificado durante e depois do dia da angústia. Quando na
nossa fraqueza pensávamos em estar abandonados, a libertação chegou e agora
usamos os nossos lábios para glorificá-lo. Para todo o que crê, esse dia é
cercado pelo cuidado, poder e graça de Deus: “Invoca-me”. “Eu te livrarei”. “Tu
me glorificarás”.
Entretanto, para o que duvida do poder de Deus, o dia da angústia que
virá mais cedo ou mais tarde, pode ser
um dia de cruel desespero. Portanto, o caminho é voltar-se para os braços de
Jesus, confessar e arrepender-se dos seus pecados, e receber o seu perdão.
Encare, assim, o dia da angústia sem medo.
Que assim seja
Orlando Arraz
Maz©
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