É notável a
diferença entre o olhar de Jesus e o olhar dos homens.
Nós,
nascidos em pecado, nos habituamos desde cedo ao pessimismo, ao desprezo e à
desconfiança. Ajustamos o foco sobre as fraquezas, defeitos, explorando
detidamente o lado mesquinho e hipócrita das pessoas.
Jesus
Cristo, a expressão viva do amor de Deus, não segue este padrão, quando
examinamos sua maneira de olhar nas páginas do Evangelho.
Quando Jesus
viu Simão Pedro pela primeira vez, não criticou suas fraquezas, nem profetizou
que o negaria - embora soubesse de tudo isso. Em lugar de uma taquara (significado
do nome Simão) Cristo viu uma rocha - Cefas.
É assim que
Deus nos vê. Quando nos aproximamos dele, não aponta o dedo para nossas
fraquezas para que murchemos e desanimemos. O olhar de Jesus procura por aquilo
que há de bom em nosso interior, ainda que seja uma partícula boa em um milhão
de defeitos. Se você procurar por Ele, vai ser bem recebido.
Quando Jesus
viu o baixinho Zaqueu no alto da figueira, não zombou dele perante a multidão.
Poderia ter dito: ‘Eis aí, o chefe dos coletores de impostos mais corrupto de
Jericó’.
Não, ele não
fez isto. Todos diriam assim, mas Jesus olhava com amor. Foi por isso que
disse: “Zaqueu, desce depressa, pois hoje
vou jantar em tua casa”. Apenas um
olhar e algumas palavras foram suficientes para produzir a mudança mais
inesperada na vida do chefe dos publicanos de Jericó.
Quando Jesus
viu o coxo junto ao Tanque de Betesda, ele não viu um aleijado. Ele viu um
homem que depois de 38 anos doente ainda tinha esperança de ser curado. Todos
viam um coxo maluco, mas Cristo enxergava um homem andando normalmente, levando
embora um leito sobre as costas.
Quando Jesus
olhou para a mulher adúltera diante daquele grupo de apedrejadores, ele não viu
uma prostituta, mas uma jovem que precisava apenas de uma oportunidade para se
levantar e nunca mais pecar.
Quando Jesus
mandou retirar a pedra do túmulo de Lázaro, ele não enxergava um cadáver
malcheiroso, mas via um velho amigo caminhando diante de uma família de pessoas
críticas.
Jesus vê uma
rocha onde todos veem uma taquara. Jesus vê um convertido sincero enquanto
todos enxergam um fiscal corrupto sem possibilidades de recuperação. Jesus vê
um homem correndo e saltando, enquanto os conhecidos enxergam um coxo inútil e
teimoso. Jesus não atira pedras em quem está caído. Jesus enxerga vida, onde
todos já desistiram ou taparam o nariz por causa do mau cheiro. Jesus Cristo
não vira as costas para quem bate à sua porta.
Esta fixação
em procurar os defeitos e descobrir os erros das pessoas para depois dizer para
todo mundo; esta ânsia de difamar, de derrubar para produzir no criticado um
sentimento de pequenez, de frustração, de desânimo revela, na verdade, algo
interessante sobre a pessoa do crítico.
Mostra sua necessidade premente de
manipular as faltas alheias para dispersar o foco sobre si mesmo. Usa a crítica
como capa para cobrir a própria nudez. Era por isso que o diabo só enxergava
maldade no caráter do patriarca Jó.
Em tempos em
que é tão fácil descer a “lenha” na vida de nossos irmãos, não custa perguntar:
de que maneira estamos vendo a vida deles? Se apenas conseguirmos enxergar
defeitos, e nada mais que isto, temos um problema grave de miopia espiritual.
O olhar de
Jesus é misericordioso, para aqueles que buscam seu socorro. Se nossas virtudes
se resumissem apenas a uma única gota d'água no fundo de um copo vazio, Ele
voltaria seus olhos para ela e nos diria: ‘Me alegra que isto esteja em teu
coração’.
Este é o olhar
de Jesus.
* Esse texto
foi escrito por João Cruzué, e foi publicado no Blog “A Tenda na Rocha”.
Deus
te abençoe!
Sérgio
Müller
Publicado
por este blog de e-mail recebido de Sérgio Muller:
E-mail: sergiomuller1964@gmail.com
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