Quando Jesus saiu do
barco e viu uma grande multidão,
teve compaixão deles,
porque eram como
ovelhas sem pastor.
A Bíblia apresenta detalhes
preciosos da vida de Jesus que valem a pena seu estudo. Por ocasião da primeira
multiplicação dos pães e peixes, podemos concluir que foi um dia repleto de
atividades, e todas cansativas, sem ter para ele e seus discípulos um minuto para
comer e descansar. Avaliando a situação, Jesus os convidou para descansar em um
lugar deserto. Entretanto, muitos vendo retirar-se com seus discípulos,
acompanharam por terra o destino do barco, e chegaram antes deles.
Jesus não pode descansar, e ao ver
grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor, e
começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Um pastor de rebanho é aquele que
se preocupa com seus animais, defende-os de feras, providencia um pasto bem
verde, e um riacho para dessedentar sua sede. Quando tudo isto é feito, surgem
animais sadios e fortes.
Foi assim que Jesus viu aquela
enorme multidão, totalmente desorientada e buscando alimento para a alma. E lá
estava o Grande Pastor, que depois de ensiná-los providenciou um farto banquete
de pães e peixes.
Ainda hoje Jesus manifesta a
mesma compaixão, e se preocupa com o bem estar das pessoas e deseja
alimentá-las sobejamente. Não quer despedir ninguém, pois para Jesus nunca é
tarde. Mas os discípulos reagiram sugerindo que as pessoas comprassem comida
nos campos e povoados, mesmo sendo tarde. Vemos em cada um deles uma frieza
tamanha que chega a nos incomodar.
Vivemos dias de total indiferença
no campo religioso. Há uma multidão faminta desejando ser alimentada pela
Palavra de Deus, porém encontram lideres indiferentes, pastores interesseiros, que
os despedem vazios de Cristo. Por outro
lado há cristãos nominais que deixaram desaparecer as marcas da compaixão de
Cristo, e são péssimos exemplos para
aqueles que estão famintos de Jesus.
Nossa oração, porém, dirigida a
Jesus, é para que ele abra os nossos olhos para encontrar famintos do pão da
vida, e incendeie nosso coração com sua compaixão. E, com alegria, cantemos
este hino: “Mais de Cristo quero ver, mais da sua graça ter, mais da sua
compaixão, mais da sua mansidão” HC 349.
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
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