“Não
parecia que o nosso coração queimava dentro do peito
quando ele nos falava na estrada e nos
explicava as Escrituras Sagradas”?
(Lucas
24:31- NTLH)
Este é um dos textos bastante apreciados no Evangelho de Lucas,
ao narrar a caminhada de dois discípulos, de Jerusalém para Emaús. Comentavam
entre si os acontecimentos do dia da ressurreição, com um misto de alegria e de
tristeza. De repente aproxima-se um “desconhecido”, e participa da conversa. Os
dois estranham o fato de que aquela pessoa nada sabe do que aconteceu com
Jesus. Ao chegar onde moravam, vendo que ela seguia adiante, a convidaram para
cear com eles. Assim, chegamos ao texto de nossa meditação:
“Não parecia que o nosso coração queimava dentro do peito
quando ele nos falava na estrada e nos explicava as Escrituras Sagradas”?
O estranho causou algo em seus corações que só descobriram à
mesa: "Não nos abrasava o coração”?
De fato é uma sensação extraordinária quando acontece algo
conosco, e nos leva a batidas mais rápidas do nosso coração, por exemplo, ao
nascer um filho e recebermos a notícia; quando nos casamos e ao chegar à igreja
ficamos aguardando a noiva ou o noivo; quando vemos nosso nome na lista dos
aprovados na faculdade, e assim, uma série enorme de circunstancias.
Mas, pensando no coração destes dois discípulos, as
circunstâncias eram outras: a presença de quem eles tanto amavam, e que vinham
lamentando sua morte e seu sofrimento, era real. Ele estava vivo. Cumpriu sua
palavra e naquele dia, o domingo da ressurreição, foi encontrar-se com eles
para levar-lhes alegria sabendo da tristeza que os abatia.
Será que nosso coração bate mais forte quando entramos em
oração na presença de Jesus? Quando cantamos entusiasmados na hora do louvor? Quando agradecemos um socorro bem presente? Ou
será que nosso coração fica sem reação?
Os dois discípulos não se contiveram em casa, mas fecharam
suas portas e voltaram para Jerusalém, caminharam onze quilômetros, sem contar
os mesmos que fizeram há pouco, pois desejavam contar aos discípulos o
maravilhoso encontro.
Será que hoje encontraríamos pessoas com a mesma disposição?
Ou que estão com pressa para contar que a presença de Jesus em suas vidas é
real, e que ele faz “arder”, “abrasar”, “bater mais forte” o coração? “Que ele,
o Senhor sara os quebrantados de coração, e cura-lhes as feridas”?(Salmos
147:2,3). Que ele perdoa os pecados e garante vida eterna?
Que nossa oração seja assim: Faça de mim, Senhor, alguém que
tenha o coração abrasado e pronto para dizer aos outros que Jesus está vivo, e
que vai voltar como prometeu. E que
levará para si todos os que creram em seu nome e o aceitaram como Senhor e
Salvador.
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©
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