Bem-aventurado
aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
Bem-aventurado
o homem a quem o Senhor não imputa maldade,
e
em cujo espírito não há engano. Enquanto eu me calei, envelheceram os meus
ossos
pelo
meu bramido em todo o dia.
Porque
de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim;
o
meu humor se tornou em sequidão de estio. (Pausa). (Salmos 32:1-4)
O pecado entrou no coração do homem sem pedir licença, desde
que a porta foi aberta. Instalou-se confortavelmente trazendo prejuízos
inevitáveis a todos, desde à criança gentil e delicada até ao mais idoso entre
os mortais. Ninguém poderá negar seus efeitos por mais que lhe dão outro nome,
como desvio de personalidade, gênio forte, herança genética, e uma infinidade
de outras definições.
Neste salmo, um dos salmos penitenciais, Davi deixa claro em
quatro palavras os motivos de sua alma transformar-se em sequidão de estio: “transgressão”,
“pecado”, “maldade” e “engano”, e cada um deles é um aspecto de ofensa moral e
é tratado pela misericórdia e perdão divinos.
Davi estava vivendo sob o peso de um pecado tremendo tentando
encobri-lo, algo impossível. E este fardo tirava-lhe a alegria e a paz, até que
um dia resolveu confessar suas transgressões a Deus. Até então seu silêncio foi
uma recusa em conhecer o seu pecado, e assim não havia alívio em sua alma, nem
de dia nem de noite. E Davi nos ensina que é possível desfazer-se desse fardo e
desfrutar uma vida plena. Não é buscando recursos humanos, ou nas religiões,
mas agarrando-se à misericórdia de Deus.
O apóstolo Paulo, anos mais tarde escrevendo a carta aos
Romanos cita este salmo e assim o descreve: “Bem-aventurados aqueles cujas
maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o
homem a quem o Senhor não imputa o pecado.” (Romanos 4:7, 8).
Então, a porta aberta que permitiu a
entrada da transgressão e que roubou a paz ao homem, agora também é aberta para
entrar a paz e a alegria pela sincera confissão. Devemos, portanto, atentar aos
passos dados por Davi: “Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não
encobri; dizia eu: “Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu
perdoaste a maldade do meu pecado”. (Pausa). (Salmos 32:5)
A
confissão dos nossos pecados exclusivamente feita a Deus,os apaga para sempre de
sua presença, pois Ele é fiel e justo para assim fazer: “Se confessarmos os
nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar
de toda injustiça. (I João 1:9)
A paz obtida por Davi depois de sua
confissão é a mesma de todos os que confessam os seus pecados, resultando em
alegria permanente: “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, vós os justos: e
cantai alegremente todos vós que sois retos de coração”. (Salmos 32:11)
Que assim seja
Orlando Arraz Maz©
Um comentário:
Obrigado amado irmão.
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