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quarta-feira, 23 de março de 2011

O PODER DO EVANGELHO




O tema da carta de Paulo aos Romanos é "O Evangelho de Deus". E com este tema no coração, Paulo inicia uma das cartas mais profundas do Novo Testamento. Ela é diferente de todas as demais, pois trata de verdades fundamentais à fé cristã, originadas na pregação do Evangelho.

O começo de tudo é o Evangelho. Quando a boa semente da Palavra - o Evangelho - é lançada no coração e frutifica, o poder de Deus se manifesta e uma nova vida desponta.

Paulo conhecia muito bem tal processo. A voz de Cristo glorificado ecoou em seus ouvidos e calou fundo em seu coração na estrada de Damasco e, ao levantar-se, era um novo homem. O poder de Deus se instalara em sua vida, e a partir daquele dia Paulo tornou-se um verdadeiro arauto do Senhor Jesus.

Conhecia, finalmente, o poder de Deus revelado no Evangelho. Só o poder de Deus podia implodir aquele coração, reduzi-lo a escombros, e num piscar de olhos, colocar em seu lugar um coração de carne. O milagre do Evangelho!

Até então, Paulo conhecia o poder da religião, das autoridades, da   violência, calúnia, maldade, enfim, o poder das trevas!

Entretanto, na estrada de Damasco, conheceu o poder que vinha do céu e que o transformou em um novo homem.

E ninguém melhor do que Paulo para falar deste Evangelho, que é poder de Deus.

Ao escrever sua carta aos crentes tão distantes, em Roma, muitos dos quais conhecia apenas por seus nomes, deseja escrever-lhes sobre o Evangelho de Deus, contar-lhes porque não se envergonha deste Evangelho, uma vez que nele encontrara a paz para o seu coração.

Enquanto muitos, talvez, se envergonhassem na grande metrópole romana, tão "sábia", tão "atualizada", onde a palavra da cruz era considerada loucura, Paulo queria animá-los contando-lhes sua própria experiência. Não me envergonho do Evangelho, pois tenho motivos para tanto. Querem saber por que? : ele é o poder de Deus para salvação e não há limites nesse poder. Aquele que fez este universo, o sol, a lua, as estrelas, também preparou uma tão grande salvação (Hebreus 2.3).

A obra prima de Deus - a salvação – teve seu planejamento na eternidade e, porque é "poder", desceu dos céus e se concretizou aqui na terra, cumprindo seu propósito de restaurar o homem perdido. E Paulo podia escrever-lhes com bastante conhecimento, pois este poder o restaurou por toda a eternidade.

Paulo, ainda pode contar-lhes que este poder não discrimina as pessoas. Não as seleciona como fazemos com as frutas — boas e ruins -, esse poder atinge "todo aquele que crê", não vê raça, cor, posição social. Vê tão somente um coração carente, empedernido.

Como é confortador saber que há um Evangelho que deseja alcançar toda a raça humana, sem qualquer discriminação. Tanto na sociedade corrupta do primeiro século, onde havia discriminação (escravos e livres), como na sociedade do século 21, onde a discriminação permanece (brancos e negros, ricos e pobres).

O Evangelho anunciado por Paulo é poder. É vida. E dinâmico. Enquanto que outros “evangelhos” são anunciados como verdadeiras mensagens mortas, desprovidas de poder, Paulo declara com entusiasmo que seu Evangelho é do céu, que chama os homens das trevas para a luz, do poder de Satanás para o "reino do Filho de Deus".

E, desta forma, Paulo envia sua carta aos cristãos de Roma com a finalidade de encorajá-los a propagarem esse Evangelho, apresentando a justiça de Deus segundo o princípio da fé.

Diante de tanto empenho da parte de Paulo e de toda a sua coragem em desfraldar a bandeira do Evangelho, resta-nos um exame introspectivo: Como tem sido nossa atuação para com o Evangelho? Temo-lo encarado com certa leviandade, uma vez que já nos apropriamos dele, somos salvos e isto nos basta? Quedamo-nos em nossas igrejas e nos limitamos a anunciá-lo aos perdidos do alto da plataforma?

Muitas vezes o fracasso ronda as mensagens evangelísticas porque falta convicção plena de que o Evangelho é "poder". Outros se escondem e se omitem, como que envergonhados e desanimados.  A mensagem que pregam já sai sem vida!

Que tal nos inspirar nas lições do apóstolo? Transformar nossas mensagens em verdadeiros desafios ao pecador? Falar de Cristo com plena convicção em todos os lugares (não só do púlpito) e sem qualquer constrangimento?

Quando o pecador ouvir a mensagem do Evangelho pregado com intrepidez, com convicção e, sobretudo, com a unção do alto, o poder de Deus para a salvação vai agir eficazmente, tal qual naquele dia agiu no coração de Paulo.

Orlando Arraz Maz






































quinta-feira, 17 de março de 2011

Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa”

Salmo 91:3




 
Tenho visto este Salmo estampado em quadros ou folhas avulsas, ou em Bíblias muitas vezes abertas em bibliotecas ou estantes. Muitos apreciam este Salmo apenas como um talismã para dar sorte ou livramento dos perigos, fazendo uso dele de forma absurda.


O diabo também conhece erroneamente este Salmo,  pois o aplicou de forma indevida no monte da tentação.


Como filhos de Deus cada palavra deste Salmo deve ser recebida como uma mensagem de bênção e de alerta para o seu povo, e como uma prova do grandioso amor de Deus.

Hoje quero meditar no versículo três. Há duas figuras interessantes: laço e peste.


A primeira era o terror das aves, a segunda,das pessoas.



O passarinheiro podia ser um hábil caçador, criador ou vendedor de pássaros. Neste texto é um caçador que armava sua armadilha, normalmente feita de bambus, espalhava alimento por perto e ficava à espera da ave.

Na minha infância muitas vezes construí armadilhas, entretanto poucas vezes apanhei pássaros.



Você e eu, como pássaros, somos vítimas das armadilhas que são colocadas perto de nossos pés. Ora são colocadas por pessoas que não desejam nosso bem estar, ou o progresso em nossas atividades, ou pelo inimigo das nossas vidas que não deseja nosso sucesso espiritual.


Na primeira, os danos são materiais, como a perda do trabalho, da promoção; na segunda, é a tristeza do coração.

Quantas vezes o “astuto caçador” preparou sua armadilha, espalhou “alimento” por perto e fomos pegos de surpresa.

A peste era outro temor. Naqueles tempos dizimava tanto pessoas, como o gado e a plantação. Era sinônimo de tragédia e de miséria.


Mas o salmista confiava em Deus. Tinha certeza que estes males não o atingiam, pois seu segredo era estar escondido entre as penas e debaixo das asas do seu Deus. Que lugar abençoado. Que tranquilidade para o coração.


Quando tais males nos apanham é porque confiamos em nossa sabedoria: para as armadilhas, mostramos nossa inteligência, nossas habilidades; para as pestes buscamos remédios “caseiros”.

Tanto você e eu estamos sujeitos às armadilhas e às pestes. E para fugirmos delas, abandonemos os recursos próprios e busquemos o mesmo lugar preferido pelo salmista: o coração de Deus.


Amados por seu Filho, estaremos seguros e lá ouviremos seus conselhos de vida e de saúde espiritual. Só assim seremos livres do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.


Sejamos obedientes.



"De meditações diárias nos Salmos"(12/03/2002)
 
Orlando Arraz Maz




































sábado, 12 de março de 2011

Uma noiva para Isaque – Uma noiva para Cristo



O relato da busca de uma esposa para Isaque é rico de ensinamento para todos.


Abraão, já idoso, encarrega o servo mais antigo de sua casa com instruções precisas para buscar uma esposa para seu filho. E sob juramento seu servo se comprometeu, conforme palavras de Abraão: “que não tomarás esposa para meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais habito; mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho”.


Duas exigências deveriam ser cumpridas: a mulher não poderia ser cananéia; e deveria pertencer à sua parentela.


O servo, então, separou dez camelos e empreendeu a longa viagem. E em resposta à sua oração, Deus apresentou Rebeca que seria esposa do filho de seu senhor, Isaque.

 

Vejo uma linda figura da Igreja que é o conjunto dos remidos pelo sangue do Senhor Jesus. Projetada na eternidade por Deus, guardada como um mistério e revelada somente em Atos dos Apóstolos.

 

O servo de Abraão é símbolo do Espírito Santo enviado pelo Pai a fim de conquistar uma esposa para o “Isaque celestial”, o Senhor Jesus Cristo.

Em Rebeca vejo as qualidades de uma esposa pronta para servir. Quando o servo pediu um pouco de água para si, ela se prontificou a dar de beber também aos camelos. E seu trabalho foi extenuante, pois não foi fácil dar água para dez camelos sedentos. Demonstra, assim, ser uma pessoa generosa, desinteressada e de caráter elevadíssimo.

A Igreja, a noiva do Senhor Jesus, deve servir com prazer e dedicação, com as qualidades semelhantes às de Rebeca, fornecendo água espiritual em abundância aos que tem sede da Palavra de Deus.

A missão do servo de Abraão foi coroada de êxito. Sentiu a direção de Deus em resposta à sua oração, e finalmente abriu os tesouros que trouxera para entregá-los à Rebeca.

E em sua viagem de volta, lemos o seguinte: “Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde; erguendo os olhos, viu, e eis que vinham camelos. Também Rebeca levantou os olhos, e, vendo a Isaque, apeou do camelo, e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? É o meu senhor, respondeu. Então, tomou ela o véu e se cobriu. O servo contou a Isaque todas as coisas que havia feito. Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou”.

Esse memorável encontro leva-me a pensar na volta do Senhor Jesus para buscar sua noiva, a Igreja. Será um encontro sem precedentes, quando veremos a face do noivo com suas mãos estendidas para nos abraçar. E estaremos para sempre com o Senhor.

 

Por fim, um detalhe precioso: dos patriarcas, Isaque é o único que amou somente uma mulher. Não teve outras esposas.

Assim se dá com nosso Salvador, pois seu amor pela igreja é único e sem par.

“Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados”

Como é precioso ser amado pelo Senhor Jesus e fazer parte de sua Igreja, a noiva que será apresentada naquele grandioso dia.

Eu já faço parte dela. E você?

Ao Salvador toda a glória.


Orlando Arraz Maz


Referências: Gênesis 24 e Apoc.1:5








































sábado, 5 de março de 2011

QUANDO O TIRO PODE SAIR PELA CULATRA


O sacrifício de Isaque

Já, já explico o título deste pensamento. Mas antes, só para informar, a expressão “culatra” indica a parte de trás do cano de uma arma de fogo. Ao invés de acertar o alvo, este se tornou o próprio atirador.

Quero falar algo sobre carnaval, a propósito da época em que é comemorado.

Uma festividade popular onde se extravasam os comportamentos, a pretexto de alegria, mas que no final apresenta um saldo totalmente negativo. A alegria vai embora e no lugar fica uma lacuna impossível de ser preenchida. Uma alegria efêmera.

Conheci um homem, já falecido e que está na presença de Deus descansando de suas obras, que em sua juventude, trajado com sua fantasia de carnaval, saiu para buscar essa falsa alegria, mas não a encontrou. De volta para casa, encontrou um grupo de pessoas que falavam do amor de Cristo, e parou para ouvi-los. Como estava perto de casa, vestiu-se com roupas comuns, voltou para ouvi-los novamente, e tomou posse da verdadeira alegria, convertendo-se ao Senhor Jesus.


A alegria que Cristo dá tem começo, mas não tem fim. Não acaba na quarta-feira de cinzas. Começa na terra e continua no céu por toda a eternidade.

Mas o que me chamou à atenção neste carnaval foi a escolha de um tema bíblico: “Abraão, o patriarca da fé. Sua trajetória até Canaã. Sara e Abraão. O sacrifício de Isaque”. Uma verdadeira pérola no meio de um lodaçal fétido e imundo.

Sem dúvida um tema sugerido por Satanás, desejoso de conspurcar o nome excelso de Jesus Cristo, denegrindo-o com uma festa desse naipe.

O sacrifício de Isaque fala-nos de um sacrifício maior, o do Filho de Deus levado à cruz, para o qual não teve substituto. Lá Ele foi ferido e morto a fim de conceder a alegria de uma salvação verdadeira que jamas acaba.

Minha oração é que o tiro saia pela culatra, pois se Satanás tentou “brincar” com o tema sagrado, desviando vidas preciosas dos pés de Cristo, que este mesmo tema possa atrair muitas pessoas para as belezas da Palavra de Deus, alcançando a salvação em Jesus. Que possam ser tocadas pelo Espírito Santo a conhecer um sacrifício de amor perpetrado na cruz do calvário, superior infinitamente ao sacrifício de Isaque.

Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:8) -
A Ele toda a glória.





sexta-feira, 4 de março de 2011

POSSO VER O ROSTO DE JESUS EM "PATMOS"!

Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.

Quase sessenta anos se passaram desde que pelo menos três ocasiões impactaram a vida do apóstolo João.


Uma delas foi quando viu o rosto de Cristo transfigurado no “monte santo”, nas palavras do apóstolo Pedro.


A outra, do alto da cruz, totalmente lacerado, quando ergueu sua voz deixando instruções para que ele cuidasse de sua mãe.


A última foi esta, em espírito, na ilha de Patmos.


No monte santo ele viu o Deus da Glória; na cruz o varão de dores descrito pelo profeta Isaias, e em Patmos  o Juiz vestido em trajes judiciais pronto para confortar com sua presença o apóstolo do amor.


João não é mais o moço que podia correr juntamente com Pedro na manhã da ressurreição. Os anos chegaram. E mesmo idoso, com mais de 90 anos, foi conduzido preso à ilha de Patmos, um presídio a céu aberto, uma colônia romana onde se exilavam prisioneiros políticos. “Ali esses prisioneiros perdiam todos os seus direitos civis e toda a possessão material. Eram obrigados a trabalhar nas minas daquela ilha, vestindo-se de trapos. A ilha ficava no Mar Egeu e tinha 16 km de comprimento por 10 km de largura, uma ilha nua, vulcânica, com elevações de até 300 metros”(Estudos no Livro de Apocalipse de Hernandes Dias Lopes).


Não temos detalhes das condições físicas do apóstolo do amor naquela ilha inóspita. A razão nos leva a pensar que se uma pessoa idosa tem suas próprias deficiências em razões normais, muito mais em situações adversas como as que viviam o apóstolo.


Lá estava o apóstolo  sentenciado pelo “testemunho de sua fé na pessoa do Senhor Jesus Cristo”, consoante suas próprias palavras. Não estava por razões políticas, revoltas pessoais contra o imperador, ou por quaisquer outros atos. Estava na defesa de sua preciosa fé.


E lá na ilha de Patmos foi levado para perto do Trono e contemplou a Glória do seu maravilhoso Salvador.


Que majestosa compensação para tanto sofrimento: contemplar a glória indizível do Senhor Jesus.


Quantas vezes o sofrimento nos leva às nossas “ilhas de Patmos”: uma doença incurável aos olhos humanos, as adversidades da vida, as rajadas tempestuosas como a falta de emprego, de alimentos, de amigos que nos abandonaram, de famílias que nos esqueceram, e tristes, nos isolamos e nos lamentamos.


E ainda há os que foram abandonados por abraçarem sua fé na pessoa do Senhor Jesus. Como os antigos cristãos hebreus que foram “espoliados de seus próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes”(Hebreus 10:34).


As nossas “ilhas de Patmos” podem se transformar na antessala do céu, e nos levar a contemplar as glórias do Senhor Jesus bem pertinho do seu Trono.


Entretanto, para ouvir a voz que vem do Trono, é necessário que estejamos pertos, como João. Assim foi sua vida na Escola do Senhor Jesus. Sempre perto do seu coração de amor.


Em “Patmos” o Senhor Jesus quer nos falar. Ele vem até nós. Ele deseja nos tocar e nos mostrar as belezas da sua Glória.


Há uma canção que diz: “Deus no trono ainda está e sempre comigo estará; seja onde for, grande é seu amor, Deus no trono ainda está”


Não importa nossas condições. Ele pode descer do trono, nos tocar e aumentar todo o nosso vigor. Limpar nossas lágrimas e curar nossas feridas.


Que assim seja para sua honra e glória.


Orlando Arraz Maz
























sábado, 26 de fevereiro de 2011

UM OBREIRO FIEL E DEDICADO AO SENHOR

LUIZ SOARES




Nascido em São Paulo – Capital – em 30-11-1930 e falecido na cidade de Piracicaba – SP – em 03-03-2003. Foi sepultado no cemitério de Piracicaba.

Filho de Thomé Soares e Maria Belmina, crentes no Senhor Jesus, sendo criado em um lar cristão.

Casou-se no dia 10/03/1962 com Hacy Senghi Soares, e dessa união nasceram os filhos: Miriam, Marta, Marcos e Mara.


Sua conversão:


Converteu-se aos 17 anos e foi recebido em comunhão na igreja no Bosque da Saude, que naquela época se reunia na Rua Visconde de Inhaúma.

Durante alguns anos foi professor na Escola Dominical, e mais tarde foi reconhecido como presbitero da igreja local.

A igreja onde servia adquiriu um terreno,  sendo construida  a atual Casa de Oração. 


Sua chamada para a obra:


Ainda no trabalho secular, em uma viagem de carro sofreu um acidente, sendo socorrido em tempo.

O companheiro de serviço que vinha de carona não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer. O carro ficou totalmente queimado, e sua Bíblia que estava no porta-luvas ficou chamuscada, e foi encontrada por um  pastor presbiteriano da cidade de Pouso Alegre onde ocorreu o acidente, e que o visitou por diversas vezes enquanto esteve no hospital daquela cidade até ser transferido para São Paulo.

Deus preservou sua vida por meio de um milagre e vendo o carro em chamas, depois de ficar no acostamento por muito tempo, disse ao Senhor Deus:

"Tudo o que eu fiz nesta semana de serviço virou cinzas num minuto. Se o Senhor quiser usar a minha vida até o resto dos meus dias, ainda que seja para a salvação de apenas uma alma de um fogo muito pior que esse aí, estou pronto para Te obedecer".


A partir desse acidente os sinais que já se manifestavam para sua ida à obra missionária ficaram mais visíveis, e assim, foi encaminhado pela Igreja do Bosque da Saúde à obra missionária  onde servia ao Senhor.


Campinas –SP - 1970


Com sua familia mudou-se para Campinas e por um ano e meio ajudou a pequena igreja do Jardim Santana,  enquanto os irmãos Gary Bryar e familia estavam no exterior.


Tupi Paulista – SP – 1971 - 1979


No ano de 1971 foi convidado por alguns irmãos que se reuniam em Tupi Paulista para ajudá-los a formar uma igreja local naquela cidade.

Mudou-se com a família para lá e por 9 anos evangelizou e ajudou o pequeno grupo que logo se tornou uma igreja animada e com vários membros.

Mantinha um programa na rádio local todos os domingos o qual era ouvido em toda a região.

Piracicaba – Até 2003


Com os filhos maiores precisando  continuar os estudos, foi convidado pelo saudoso irmão Sr. Richard Jones para mudar-se para Piracicaba, onde ficou até a sua morte em 2003.


Obras Literárias:


A par das atividades missionárias desenvolvia seu trabalho voltado para a obra literária.


Vigiai e Orai:


Primeiramente, como co-fundador da revista Vigiai e Orai, que após sua morte teve prosseguimento por um período por seu filho Marcos Soares.


Hinos e Cânticos:

Trabalhou incansavelmente na organização, tradução, composição musical e na autoria de muitas letras e músicas, que se encontram no Hinário Hinos e Cânticos.


É de sua lavra os hinos 36 – 111 – 114 – 150 – 185 – 187 – 189 – 191 – 301 – 403 – 414 – 440 – 473 – 524 – 598 – 600 – 604 – 605 – 606 – 607 e 656.


Outros 19 hinos foram adaptados ou traduzidos por ele.

Destacam-se, ainda,  as músicas dos hinos 4 – 187 – 189 (1ª estrofe) - 318 com Jenny S.Crawford – 376 – 414 -513 – 547 – 601 – e  604.


É interessante observar um artigo de sua autoria inserido no Hinário com Música – 6ª Edição – 1999 -, com o título “Uma palavra sobre adoração”, muito útil e proveitoso, e que, talvez, poucas pessoas tenham lido.


Vale a pena procurar no Hinário com música e descobrir lições importantes deixadas por esse nobre irmão, extraídas desse artigo.


Escritos Avulsos:


Cooperou com artigos de profunda inspiração em periódicos evangélicos, e ainda publicou um estudo das 1ª e 2ªs cartas a Timoteo.


Áudios:


Deixou inúmeras gravações em áudio para programas evangélicos, que até nossos dias são transmitidos por várias emissoras em nosso País.


Também deixou hinos gravados com o objetivo de ensinar a melodia correta dos mesmos, sendo que muitas cópias estão espalhadas entre os irmãos nas mais diversas igrejas.


O testemunho da sua vida até hoje fala alto na experiência de muitas almas que levou aos pés de Cristo e na edificação do povo de Deus em muitos lugares de nosso país, redundando na glorificação do Senhor Jesus  a quem pertence toda a glória.

Cumpre, assim, na vida desse fiel servo, Apocalípse 14:13:

"Bem aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os aompanham".

























































sábado, 19 de fevereiro de 2011

GUIAR-TE-EI COM OS MEUS OLHOS

Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos”
Salmo 32:8 “

Como o olhar exerce grande influência em diversos aspectos da nossa vida. Na infância, pelo menos na minha, o olhar de minha mãe comandava todas as situações: nas visitas, em casas de amigos, seu olhar controlava meu apetite, e nas reuniões da igreja seu olhar me mantinha calado. Qualquer descuido o beliscão entrava em ação.

E na juventude, quando o coração começava a ditar suas regras, o olhar apaixonado era a senha ideal. Que fascínio tem os olhos!

O Salmista nos apresenta alguém com desejo de nos instruir e ensinar o caminho. E isto Ele faz com os olhos.

Pelo fato de não conhecermos o caminho, Ele se apresenta como o instrutor por excelência. Não um guia turístico como aqueles que trabalham em grupos de excursões, que conhecem todos os pontos turísticos. Não. O conhecimento de Deus vai muito além da nossa capacidade, pois Ele conhece o melhor caminho e não os atalhos, conhece as armadilhas e as trilhas tortuosas. Caminhos que não conhecemos, que facilmente nos levariam para longe Dele, e que nos trariam decepções e lágrimas.

Ele quer nos instruir e guiar com os olhos.

Mas como isto acontece? Será possível?

Primeiramente devo estabelecer uma regra: para eu ser conduzido preciso olhar nos Seus olhos. Devo colocar neles toda a minha atenção, pois aí está a razão do meu sucesso. É olhando pela fé para os olhos de Deus que vou andando pelo caminho melhor, sem quedas ou derrotas, tristezas ou decepções. Qualquer distração será fatal.

Há outro Salmo, (123:2), onde o salmista apresenta o olhar do servo concentrado nas mãos do seu senhor. Ele espera o melhor, a mais rica bênção.

Como preciso, mais do que nunca, nestes tempos difíceis, concentrar-me nos olhos do meu Deus.

Meditando em Sua Palavra vejo os seus olhos, ora me corrigindo, ora me trazendo ao reto caminho, e sempre desejoso de levar-me com segurança obtendo plena vitória.

O que tenho feito para ter perdido a direção do seu olhar? Vergonha por ter trilhado o caminho de pecado, medo, remorso, ingratidão?

Hoje é tempo de levantar a cabeça, olhar bem no fundo dos seus olhos e, como criança dependente, segurar sua mão e deixar que Ele me leve pelo melhor caminho.

Que o olhar de Deus fale e dirija o meu coração, como o olhar de Jesus naquela madrugada fria e triste  falou ao coração de Pedro.

Orlando Arraz Maz




terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

OS MILAGRES DOS ATOS DOS APÓSTOLOS:VALEM PARA OS NOSSOS DIAS?



Ao estudarmos o livro dos Atos dos Apóstolos surge uma pergunta:

“Deveríamos esperar os mesmos milagres em nossos dias”?


2: 43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.

6: 8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.


8: 6 As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava.


8:13 O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados.


15:12 E toda a multidão silenciou, passando a ouvir a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera por meio deles entre os gentios.


19:11,12 E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.


Há dois extremos que devem ser evitados ao respondermos esta pergunta:

O primeiro é a postura do fato de que sendo “Jesus Cristo o mesmo ontem,e hoje e eternamente”, deveríamos estar contemplando os mesmos milagres que ocorriam na igreja primitiva.

O outro extremo é a afirmação de que tais milagres pertenciam à época da igreja, e que não temos mais o direito de esperá-los em nossos dias.


É correto afirmarmos que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8). Entretanto não significa que seus métodos jamais mudem. As pragas que foram mandadas no Egito, por exemplo, nunca se repetiram. Seu poder permanece o mesmo. Deus pode levar avante qualquer tipo de milagre, sem que Ele opere os mesmos milagres em cada época. Ele é um Deus de infinita variedade.


Por outro lado não deveríamos deixar de lado os milagres como não sendo para a era da Igreja. É muito fácil colocar os milagres em compartimentos dispensacionais, e nos contentarmos com vidas que nunca ultrapassam a carne e o sangue.


Nossas vidas deveriam estar equipadas de poder sobrenatural.

Deveríamos estar constantemente vendo a mão de Deus nas mais diversas circunstâncias.

Deveríamos estar experimentando sua direção de uma maneira maravilhosa e misteriosa. Deveríamos experimentar acontecimentos em nossas vidas que vão além das leis da probabilidade.

Deveríamos ser conscientes de que Deus está dispondo contatos, abrindo portas e predominando sobre a oposição. Nosso serviço deveria estar saturado do sobrenatural.


Deveríamos ter respostas diretas da oração. Quando nossas vidas tocam outras vidas deveríamos ver algo de Deus.

Deveríamos ver sua mão nas demoras prolongadas, nos acidentes, nas perdas e nas aparentes tragédias.

Deveríamos provar extraordinários livramentos e ser conscientes de um poder, valor, paz, sabedoria, além dos nossos limites naturais.


Se nossas vidas são vividas somente no terreno natural, em que somos diferentes dos não cristãos? A vontade de Deus é que nossas vidas sejam sobrenaturais e que a vida de Jesus Cristo emane através de nós. Quando isso acontecer, as impossibilidades se desfarão, as portas fechadas se abrirão, e o poder se manifestará de maneira patente.

Então, estaremos energizados pelo Espírito Santo. E quando as pessoas se acercarem de nós serão influídas pela energia do Espírito.

Comentário do Novo Testamento
de William MacDonald
Tradução de Orlando Arraz Maz























domingo, 13 de fevereiro de 2011

UMA VIDA À DISPOSIÇÃO DO MESTRE

Helga Passold é missionária evangélica, atualmente residente na cidade de Videira-SC.


Nosso desejo neste blog é apresentá-la a todas as pessoas que não conhecem sua história, para que imitem sua fé e tenham como ela um amor profundo por Jesus Cristo.


Ao mesmo tempo, também desejamos pedir a todos os crentes em Cristo suas orações, a fim de que ela seja levada ao Trono de Graça, para que suas forças sejam renovadas e sua saúde restaurada, segundo a soberana vontade do Senhor.

Os primeiros anos:

Nasceu no dia 13 de dezembro de 1942 na cidade de Tangará-SC, num lar onde sua família frequentava a igreja luterana.


Com a idade de 16 anos mudou-se para a cidade de Luzerna-SC, para aprender corte e costura. Nessa cidade foi morar com a família de um pastor luterano.


Após dois anos nessa cidade, mudou-se para Blumenau, na casa de seu avô, na companhia de um irmão.


Por meio de um anúncio de emprego em jornal de Curitiba, foi contratada para ser governanta na casa de Sr. Floyd e D.Helen Pierce.


Sua conversão:



Uma vez na casa da família Pierce, conheceu uma jovem chamada Irene que a convidou para uma reunião, onde aceitou a Cristo como seu Salvador.



De Curitiba para São Paulo:


Foi no Acampamento Betel que conheceu a Sra. Bárbara R.Wenceslau, a qual sugeriu sua mudança para São Paulo. E nessa cidade, em 1968 passou a morar na casa do Sr. Gavin Aitken.

Mais tarde mudou-se para a casa de um primo de D. Alice Vieira, e finalmente foi morar nos fundos da Casa de Oração em Jardim Botucatu- SP.


Conversões em família:

Por este tempo seu pai, luterano, lendo a Bíblia, também confessou a Cristo como Salvador, passando a reunir-se em uma Congregação Cristã  no Brasil.


Em 1978 voltou à Tangará-SC, a fim de buscar sua irmão Hilda ; algum tempo depois foi buscar sua irmã Valli, e por último, em 1978,foi buscar sua irmã Gertrudes. Todas se converteram a Cristo.



Suas atividades:



Durante todo esse tempo em São Paulo, trabalhou num consultório médico, deixando um notável testemunho do Senhor Jesus Cristo, ao longo de quase vinte anos.




Sua ida para a obra missionária:



Em março de 1990, sentiu-se chamada para a obra missionária sendo recomendada pela Casa de Oração em Jardim Botucatu. Deixou seu emprego secular mudando-se para Curitiba em companhia da família do Sr. Floyd Pierce.
Em 1992 mudou-se para Cascavel-Pr onde desenvolveu seu ministério até o ano de 2010.

Nessa cidade seu trabalho foi desenvolvido entre quarenta e duas creches, alcançando com a mensagem do Evangelho cerca de quatro mil crianças, com conversões de crianças e professores.Distribuiu farta literatura, entre ela a Boa Semente para mais de 700 pessoas.


Acampamento Ebenezer:


Em 1997 adquiriu uma área com a colaboração de seu cunhado Rubens e do missionário Theodor Hahlen, que construíram um acampamento, onde muitas pessoas, jovens, adultos e crianças ouviram a mensagem do Evangelho.

Sua enfermidade:

Vitimada por um câncer, afastou-se da obra missionária em meados de 2010, mudando-se para a cidade de Videira-SC. Enquanto tinha forças distribuía literatura e, novamente, nessa cidade, distribuiu a Boa Semente para mais de cem pessoas.

Atualmente está sendo tratada na cidade de Joaçaba-SC, que fica perto da cidade de Videira, onde mora em companhia de sua irmã Gertrudes e seu cunhado Rubens, à Rua Domingos Lira, 36 - Bairro Decarli - CEP: 89560-000 - Videira - Santa Catarina - Tel: (049) 3566-3146.

Quando impossibilitada de ir até essa cidade, o que vem ocorrendo atualmente, um médico e uma enfermeira vêm visitá-la em casa.
Há alguns meses ainda testemunhava de Cristo para seus conhecidos e familiares. Nestes últimos dias já não consegue mais, pois o câncer atingiu a região da cabeça impedindo sua fala.

Nosso compromisso:

A Palavra de Deus nos manda “interceder por todos os santos”:“Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.” (Efésios 6:18) –

Oremos por essa querida irmã, a fim de que ela encontre todo o consolo e auxílio da parte do Senhor.

A Deus seja toda a glória por sua vida e obra frutíferas.




 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CANTINHO DA BIOGRAFIA


Richard Dawson Jones
(Senhor Ricardo)



CONCLUSÃO





Sua partida para o Brasil



Partiram para o Brasil em 14 de novembro de 1925, e no mesmo navio viajaram também em sua primeira visita ao Brasil os missionários Frederico Smith e Eduardo Hollywell.


Ao chegarem ao Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1925, o Sr Ricardo e Da. Maria Helena foram acolhidos pelo irmão Percy Ellis e esposa, que não haviam conhecido previamente, mas que lhes hospedaram no seu próprio lar durante um mês. Depois alugaram um quarto para si e mais tarde ficaram na casa de uma família cristã enquanto esta foi viajar.



Cidades onde estabeleceu seu ministério

Depois de uns 9 meses no Rio a família voltou e o casal achou que já conhecia o idioma português o suficiente para começar a trabalhar por conta própria em outro lugar. Julgaram que deveriam ir para algum lugar onde não houvesse qualquer trabalho evangélico. Examinando o mapa do Brasil viram a cidade de Uberaba, e pela sua posição no interior julgaram que fosse um bom lugar para começar. Como ninguém soubesse muito acerca dessa localidade, depois de orar eles indagaram da Sociedade Bíblica do Brasil se podiam informar algo a respeito dessa cidade. A pessoa com quem falaram lhes disse: "Pelo que podemos ver pelos registros, não deve haver qualquer trabalho ali – faz anos que não temos qualquer pedido de Bíblia dali!" E foi assim que decidiram ir para Uberaba.

Uberaba – 1926-1942

Naqueles dias a viagem do Rio até Uberaba só era possível de trem, via São Paulo, e era uma viagem longa e cansativa. A viagem durou quase dois dias e não conheciam ninguém – nem em São Paulo nem em Uberaba.

Em Uberaba, inicialmente foram se hospedar num hotel barato. No dia seguinte à chegada, já se dispunham a pregar ao ar livre, mas foram primeiro ao delegado de polícia para ver se seria necessária qualquer autorização oficial. Este lhes perguntou o que iriam pregar e qual era a sua religião, em resposta o sr. Ricardo abriu sua Bíblia em Mateus 5 e leu parte do Sermão da Montanha. Quando terminou, o delegado disse: "Se é isso que vocês vão pregar, esta cidade precisa disso – é uma verdadeira Babilônia!". Mas, só para ter certeza, precisava consultar as autoridades em Belo Horizonte, e pediu-lhes que voltassem no próximo dia.

Mais tarde, naquele mesmo dia, estavam sentados num banco numa praça da cidade e uma senhora sentou-se ao lado deles e começou a conversar. Quando ouviu que eram missionários evangélicos, ela disse: "Esta cidade é muito religiosa!". Mais tarde, pela experiência, descobriram que ambas as afirmações eram verdadeiras.

No dia seguinte voltaram ao delegado, e este lhes comunicou que havia recebido uma resposta positiva de Belo Horizonte – eles poderiam ter suas reuniões, contanto que não se envolvessem de qualquer maneira com política, o que logicamente eles não tencionavam fazer. No mesmo dia, à noite, fizeram a sua primeira reunião ao ar livre numa praça, só os dois. Começaram a cantar e, como ambos tinham boas vozes, atraíram um grupo de pessoas, a quem foi pregada a primeira mensagem do Evangelho. Eles notaram que havia soldados posicionados nos quatro cantos da praça! Evidentemente o delegado não queria qualquer problema ou talvez os soldados estavam ali para proteger esses estrangeiros. E foi assim que tudo começou!

Desde aquele dia, em 1926, o Evangelho foi pregado fielmente em Uberaba e mais tarde em cidades e aldeias circunvizinhas, várias igrejas se formaram e o Sr. Ricardo se dedicou à consolidação delas nas Escrituras pois, mais do que evangelista, era mestre na Palavra de Deus.

Piracicaba – 1942-1947

Em 1942 mudaram-se para Piracicaba, onde já havia uma pequena congregação carente de ensino, e também para a educação escolar dos seus filhos. Desenvolveram o trabalho naquela cidade e em várias localidades vizinhas, com o resultado da formação de várias congregações.

São Paulo – 1947-1957

Em 1947 foram requisitados a se mudarem para São Paulo, pois o irmão Eduardo Hollywell, que dera início e ministrava em Vila Clementino, estava seriamente enfermo e desejava voltar à sua pátria. Ali o sr. Ricardo serviu durante dez anos como um dos membros da direção da igreja de Vila Clementino, ensinador e conferencista em outras igrejas de São Paulo e do interior, e ampliou seu trabalho publicado.

Piracicaba – 1957-1987

Em 1957 voltaram para Piracicaba, que novamente estava muito carente de ensino, enquanto as igrejas da cidade São Paulo já estavam amadurecidas. Em Piracicaba permaneceram até a sua morte. O Sr Ricardo, ainda lúcido aos 92 anos de idade, havia ministrado o estudo bíblico na igreja na quarta feira à noite, e poucas horas depois sofreu um infarto e foi levado ao hospital. Na manhã seguinte, na presença de alguns irmãos, inclusive do saudoso Luiz Soares, deu seu último testemunho e alegremente declarou que agora ia ter a oportunidade de encontrar o seu amado Salvador e assim expirou. O sepultamento do Sr Ricardo foi um dos mais concorridos em Piracicaba, surpreendendo até a guarda rodoviária na estrada de São Paulo, de onde até surgiram anedotas.

Outras contribuições para a Obra: Além de ser muito procurado para a ministração e ensino em várias outras cidades do Estado de São Paulo, aceitou a responsabilidade de fornecer notas para uma revista usada no ensino da Escola Dominical em muitas igrejas do país, impressa e publicada por irmãos no Rio de Janeiro, editou a revista “O Gladiador” em São Paulo durante a sua estada nessa cidade, traduziu e administrou as publicações da Escola Bíblica Emaús, originadas nos Estados Unidos, contribuiu com artigos para as revistas “A Senda do Cristão” e “Vigiai e Orai”. Não teve tempo de escrever um livro, mas em seus últimos anos escreveu livretos contendo estudos em todas as Epístolas, com exceção de Romanos, publicados por Edições Cristãs em Ourinhos. Alguns dos seus artigos e estudos encontram-se no site www.fatosbiblicos.info.

As informações contidas nesta preciosa biografia
foram fornecidas por seu filho R.David Jones,
a quem fica nosso agradecimento.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CANTINHO DA BIOGRAFIA


 RICHARD DAWSON JONES
 (Senhor Ricardo)


Nascido em Nottingham, Inglaterra – em 17 de abril de 1895 e falecido na cidade de Piracicaba em 03 de maio de 1987. Foi sepultado no Cemitério de Piracicaba

Filho de George Jones e Louisa Ashmore, e foi criado num lar cristão de pais crentes no Senhor Jesus.

Casou-se no dia 6 de junho de 1924 com Mary Ellen Stones, e dessa união nasceram os filhos:

Ricardo David Jones
Grace Minnie Jones
William Paulo Jones (falecido)

Dados de sua conversão:

Desde pequeno ouvia a leitura da Bíblia e as pregações na igreja onde assistia juntamente com seus pais. Freqüentava assiduamente a Escola Dominical onde, mais tarde veio a lecionar para uma classe de jovens.

Porém, não tinha a experiência do novo nascimento. Talvez em conseqüência da instrução secular que recebera, pois formou-se professor, tinha dúvidas sobre a inspiração plena das Sagradas Escrituras e mesmo sobre a divindade do Senhor Jesus Cristo.

Durante a chamada "Primeira Grande Guerra" (1914 a 1918), foi convocado pelo exército britânico e, talvez pensando no perigo de perder a vida, começou a pensar seriamente na vida espiritual. Para ele tudo girava em torno de um só ponto: é Cristo o verdadeiro Filho de Deus? Se a resposta a essa pergunta for positiva, tudo o que Ele falou a respeito de Si próprio é verdade e temos de aceitá-Lo e obedecer ao que Ele manda.

Passou algum tempo perturbado com esta dúvida, até que reconheceu que Cristo era de fato, o Filho de Deus, era Deus em carne, que viera ao mundo e morrera para salvá-lo, e confessou-O como Senhor da sua vida. Surgiu-lhe, então, um problema de consciência: como cristão, não queria pegar em armas, embora entendia ser o seu dever servir a sua Pátria. Ingressou, então, na Cruz Vermelha, para, ao invés de tirar , ajudar a preservar as vidas dos seus semelhantes.

No campo de batalha conheceu um jovem chamado William Thomson, de quem tornou-se grande amigo. Este, um cristão fiel, era um dos líderes do trabalho de estudo bíblico e oração entre os soldados.

Durante esses estudos nosso irmão Ricardo foi vendo dirimidas, pela iluminação do Espírito Santo, todas as dúvidas ainda remanescentes em sua mente. Compreendeu que o próprio Senhor Jesus afirmou ser o Velho Testamento a Palavra de Deus que não pode falhar, sendo, portanto, tal como o Novo Testamento, digno de nossa absoluta confiança. Foi instruído também sobre o batismo, ao qual todos os verdadeiros cristãos devem ser submetidos após a sua conversão, e deu alegremente este passo de obediência.

Ao voltar da guerra, foi recebido na casa de oração de "Clumber Hall", em Nottingham,

Seu chamado para a obra:

Algum tempo depois da sua conversão, começou a sentir que o Senhor o estava chamando para trabalhar em tempo integral como missionário no exterior. Era membro da igreja igreja citada acima na cidade de Nottingham. Embora professor na escola dominical e bem ativo nos trabalhos de evangelização promovidos pela igreja, inclusive reuniões ao ar livre, ele sentia que o Senhor queria que ele fosse levar a mensagem do Evangelho a outro país mais carente.

A esta altura ele e sua futura esposa já eram noivos. Tanto ela como a família dela não gostavam da idéia, pois era a caçula em uma família bastante unida e amorosa. Mas, depois de se casarem em 5 de junho de 1924, ele ainda sentia que Deus o estava chamando para o serviço missionário e sentia-se culpado por não obedecer.

Sua esposa, Da. Maria Helena, continuava a resistir, até que um dia, enquanto estava ocupada com serviços caseiros e pensando sobre o assunto, um pensamento lhe veio à mente: "Deus me deu este marido, mas se eu tentar impedi-lo de fazer o que Deus quer que ele faça, Deus poderá levar meu marido para Si!". Foi um pensamento muito solene, portanto ela passou a pedir a Deus que se Ele realmente queria que eles fossem trabalhar como missionários, que Ele tirasse dela todo o seu medo e falta de vontade. Uma manhã, quando acordou, ela sentiu que realmente não tinha mais medo nem objeções. Então contou isso ao seu marido – deve ter sido um grande alívio para ele!

Como o Sr Ricardo falava bem o francês, acharam que provavelmente iriam à Algéria ou ao Congo Belga, onde o francês é a língua oficial. Mas não tinham certeza, então continuaram orando e pedindo a Deus que os guiasse. Depois de algum tempo houve uma conferência missionária em Clumber Hall e, como era costume, havia uma banca com livros missionários à venda. Decidiram então comprar um livro para cada um. Assim fizeram e o livro que Da. Maria Helena comprou foi "Aventuras com a Bíblia no Brasil" – escrito por um "colportor" no começo do século XX, chamado Frederick Glass.

À medida que lia o livro, ela passou a sentir uma grande certeza de que era o Brasil o país ao qual Deus os chamava, mas não disse nada ao marido e quando ambos haviam lido seus livros, eles os trocaram e cada um leu o livro do outro. Quando ele terminou de ler o outro livro, disse a ela, no dia seguinte: "Tenho certeza de que Deus quer que vamos ao Brasil". É lógico, isso confirmou o que ela já havia pensado e foi assim que chegaram à decisão. Informaram a igreja e depois de orarem sobre o assunto a igreja confirmou a decisão.

Conclusão no próximo Blog