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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

“AMOU-OS ATÉ O FIM!”


 
Um pouco antes da festa da Páscoa, 
sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que 
deixaria este mundo e iria para o Pai, 
tendo amado os seus que estavam no mundo, 
amou-os até o fim.(Ev. de João cap.13 –v.1)


No decorrer dos anos têm surgido homens e mulheres que espalharam seus ensinos, e arrebanharam uma multidão de fiéis seguidores. Todos eles, entretanto, sem exceção, desapareceram deixando uma legião de discípulos frustrados, sem quaisquer esperanças de uma vida eterna, uma vez que seus ensinamentos desprezavam a fonte celestial, o Senhor Jesus Cristo. Além do mais, muitos destes “mestres” sofriam problemas psíquicos, emocionais, familiares, e perante a sociedade eram péssimos exemplos.  

O texto desta meditação leva-nos a considerar a atitude de Jesus, e nos aponta para a sua diferença entre todos os demais.

Um dia antes de sua morte reuniu seus discípulos, e declarou-lhes algo que ressoa através dos séculos: tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.  Jesus amou até o fim de sua vida neste mundo e continua amando até hoje, porque veio ao mundo para amar e dar a sua vida pelos pecadores.

Não há mais entre nós mestres deste tipo, mas, sim, somente os que têm interesses materiais pelos seus seguidores, vivem às suas custas, tiram-lhes o máximo do pouco que possuem, e quando percebem perigos à sua volta, os abandona. E assim, abandonados, vivem a lamentar, frustrados e sem qualquer rumo nas suas aspirações religiosas.

Hoje, mais do que nunca, o ser humano precisa agarrar-se ao Senhor Jesus, e segui-lo de coração colocando-o sempre em primeiro lugar e depositando nele toda a sua confiança. Quando isto não ocorre, e há a substituição de Jesus por qualquer outro, a decepção é iminente. Jesus Cristo cumpriu cabalmente seu trabalho, pois foi enviado por Deus ao mundo para salvar-nos, assumir nossa natureza humana, levar sobre si os nossos pecados e morrer em nosso favor na cruz. Tudo isso é realmente maravilhoso.

Sem dúvida, como somos levados pela nossa natureza má, por certo viremos ocasionalmente abandoná-lo, negá-lo como Pedro e os demais discípulos, mas o seu amor é inalterável, apesar de nossas falhas. Ele nos ama e sempre nos amará em quaisquer circunstâncias.

Louvado seja nosso amado Salvador que nos amou até o fim.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©



sexta-feira, 18 de agosto de 2017

JESUS, A ÚNICA SAÍDA – SEM ALTERNATIVAS





Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás
e não andaram mais com ele. Perguntou então Jesus aos doze:
Quereis vós também retirar-vos?
Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós?
Tu tens as palavras da vida eterna.
E nós já temos crido e
bem sabemos que tu és o Santo de Deus”. (João 6:66-69)

Os interesseiros estão por toda a parte, especialmente quando se trata de benefícios próprios. E esta atitude foi bem acentuada durante a vida do Senhor Jesus, na realização de seus muitos milagres. Dentre esses, destacamos o milagre da multiplicação dos pães e peixes, relatada pelo evangelista João. Jesus supriu as necessidades alimentares de quase cinco mil pessoas, e ainda sobraram doze cestos com pedaços dos cinco pães de cevada. No dia seguinte foram à procura de Jesus, não para ouvirem seus ensinos, mas, sim, na esperança de que a boa comida se repetisse. Jesus bem conhecia seus corações: “Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes os sinais, mas porque comestes do pão e ficastes satisfeitos” (João 6:26).

Em seguida Jesus proferiu um discurso, apresentando-se como o pão da vida, tão diferente daquele que foi usado para alimentar o corpo temporariamente. O pão da vida que sacia a fome espiritual. Mas, ao finalizar seu discurso, alguns não suportaram o poder de suas palavras, voltaram atrás e deixaram de segui-lo.

Há muitos em nossos dias que são verdadeiros interesseiros, desejam apenas os milagres de Jesus para satisfazer seus desejos, sem amá-lo e muito menos segui-lo. Esperam sempre algo em troca. E cansados dos ensinos de Jesus, viram lhe as costas.

Após ouvirem o discurso de Jesus cada um seguiu o seu caminho. Então,   Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: “Vós também quereis retirar-vos?” E Pedro, fazendo uso da palavra, falou em nome dos demais: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus”.

É deveras triste o quadro religioso de nossos dias, onde há muitos que têm trocado o ensino de Jesus por teorias humanas, verdadeiros seguidores de homens, que há muito viraram as costas para os seus ensinos. Alimentam-se de pães bolorentos, bebem em cisternas rotas, e não abraçam o “Pão da Vida”, o Senhor Jesus Cristo, que desceu do céu “para que todo aquele que dele comer não morra, mas viva para sempre” (João 6:50,51).

O apóstolo Pedro nos apresenta uma sábia e abençoada resposta: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”. A melhor decisão de uma vida é descobrir que fora de Cristo não há saída, e que só ele tem “palavras de vida eterna”. Não há, não houve e nunca haverá um homem que possa garantir vida eterna. Somente Jesus, o Deus encarnado que morreu em uma cruz e que ressuscitou ao terceiro dia, e que hoje está no céu, pode afirmar: “Eu sou o pão da vida, quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede”.

Corra agora mesmo para os braços de Jesus, a única saída sem alternativas.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

DEUS ESTÁ AÍ COM VOCÊ!



Bom dia!
 “Deus está neste lugar; e eu não sabia”; “Deus está neste lugar; e eu não sabia”; “Deus está neste lugar; e eu não sabia”.

Essa frase foi dita por Jacó depois de um sonho que ele teve onde ele viu uma escada que ligava a terra ao céu, e onde os anjos de Deus subiam e desciam dela (Gênesis 28:16). Que tremendo deve ter sido esse sonho, essa experiência!

Nos meus primeiros anos de vida cristã havia um corinho que nós cantávamos em quase todos os cultos. Alguns de vocês talvez se lembrem dele, e outros talvez ainda o cantem. Esse corinho diz assim:

Deus está aqui, aleluia
Tão certo como o ar que eu respiro
Tão certo como o amanhã que se levanta
Tão certo como eu te falo e podes me ouvir

A minha pergunta nesse dia para você é esta: Você tem essa certeza absoluta dentro do seu coração? Você tem plena consciência e convicção de que Deus está bem presente na sua vida?

Você consegue sentir a doce, mas muitas vezes imperceptível presença de Deus ao seu lado?

Pare tudo que você está fazendo agora! Tudo!

Talvez o dia começou e você, por mais tempo de fé que tenha, por mais firme que esteja, por mais que tenha lido a Bíblia, ainda não se deu conta disso: Deus está neste mesmo lugar onde você está agora! Você sabia?

Não estou perguntando se você sabe disso teologicamente. Não estou perguntando se você sabe a doutrina completa da Onipresença de Deus. Eu estou perguntando se você tem plena certeza da presença de Deus que é constante na sua vida. É isso que quero saber de você.

Não, você não precisa me responder isso. Responda para si mesmo!
 Há outra canção bem mais recente que também quer nos ensinar a mesma coisa. Preste atenção só em um trecho dela:
Este é o meu respirar
Este é o meu respirar
Teu Santo Espírito vivendo em mim.

Isso mesmo, isso mesmo! Deus vivendo em você, vivendo em mim!

Como eu poderia me sentir sozinho, se eu sei que Deus está comigo? Como posso me sentir desamparado se eu sei que Ele está perto de mim?

Quantas e quantas pessoas neste momento se encontram na mesma situação que Jacó se encontrou naquele dia: Sem a mínima noção da presença de Deus!

Criamos e descartamos lugares e situações como “sagrados” e “não sagrados”.
Deus está no meu quarto quando faço meu devocional; mas não está no banheiro quando estou escovando os dentes. Deus estará comigo no carro se eu pedir que Ele me proteja; mas se eu não pedir, Ele vai estar no carro de outra pessoa. Deus está na igreja quando o culto começa; mas Ele vai embora quando o culto termina e nós ficamos sem a presença Dele conversando com os nossos amigos.

Lembra-se daquele sonho que Jacó teve e que mencionei no inicio dessa mensagem? Pois é, às vezes penso que há pessoas que vivem pensando que Deus vive descendo aquela escada, fica um pouco ao nosso lado, e depois Ele sobe de novo para o céu. Aí, de repente Ele se cansa de estar sentado, desce mais um pouco, fica com a gente mais um tempo, e depois volta para o céu novamente.

Você pode achar engraçado, mas é bem assim que penso que acontece com muitas pessoas. É dessa forma que muitas vezes agimos: como se Ele não estivesse sempre presente!

Espero que a certeza absoluta da presença constante de Deus na sua vida faça você encarar seus dias de uma maneira totalmente diferente de hoje em diante.

Deus está aí, neste lugar! Deus presente... Emanuel!

Deus te abençoe!

(Transcrito do Pr.Sérgio Muller)


sábado, 5 de agosto de 2017

SIM OU NÃO






 Mas todos à uma começaram a escusar-se.
Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e preciso ir vê-lo;
rogo-te que me dês por escusado.
Outro disse: Comprei cinco juntas de bois,
e vou experimentá-los; rogo-te que me dês por escusado.
Ainda outro disse: Casei-me, e portanto não posso ir.(Lucas 14:18-20)


Muitas vezes enfrentamos situações que exigem nossa decisão – um firme e decisivo sim, ou não. E assim devemos arcar com suas consequências. Nesta semana o cenário político de nosso País passou por tal experiência, exigindo dos nossos representantes seu “sim” ou “não”.

Da mesma forma, em nosso dia-a-dia, inúmeras vezes nossas decisões devem ser tomadas, quer nas pequenas ou grandes tarefas. Desde ir a um determinado lugar, comprar alguma coisa, comer algum alimento, enfim, decisões cruciais.

Em todas as situações, podemos acertar ou errar, tirar lições e aprender delas, pois se aplicam a esta vida circunscrita a alguns anos. Como escreveu Moisés: “A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos” (Salmo 90:10). Assim, como há decisões passageiras, há as eternas, que definem nossa existência após a morte. E destas devemos nos preocupar e focar nossos pensamentos.

No texto desta meditação Jesus nos apresenta três vidas, três decisões, três respostas, que merecem nossa consideração.

O primeiro comprou uma fazenda e precisava ir vê-la. “Comprei um campo, e preciso ir vê-lo; rogo-te que me dês por escusado”. Trocou um banquete onde tudo foi preparado com cuidado, uma mesa farta que nada lhe custou. Sua resposta, embora educada, foi um decisivo “não”.  Perdeu, portanto, uma excelente oportunidade, um raro banquete.

O segundo homem ia experimentar dez bois que já tinha comprado. Certamente ele não os teria comprado sem antes saber o seu valor, e, portanto, não havia urgência para testá-los, pois já eram seus. Foi um negócio grande, e deve ter ocupado tanto a sua mente que a “ceia” se tornou sem importância para ele. Esta atitude estava por trás de todas as desculpas, que na realidade eram recusas absolutas. (Com. Ritchie).

O terceiro homem casou-se e, portanto, não poderia comparecer. Uma desculpa sem qualquer base sólida, pois poderia levar sua mulher. Da mesma forma como os demais, perdeu um grande banquete.

Esta parábola de Jesus é um lindo quadro da salvação apresentada por Deus. Ele preparou tudo para esta grande festa, pois enviou seu único filho, nascido de uma virgem, para ser o Salvador dos homens, dando sua vida na cruz do calvário. A provisão desta salvação é deveras abundante, e sua oferta é totalmente gratuita.  Apenas devemos aceitar o seu convite e desfrutar de tantas iguarias. 

Portanto, nossa decisão é fundamental, e nossa aceitação deverá ser “sim” , e assim será definida nossa eternidade.

Que tal avaliarmos nossas respostas? Não apenas as que se limitam a esta vida, negócios, política, assuntos triviais, mas respostas às necessidades de nossa alma, aquelas que apontam para a pessoa de Jesus, como escolhê-lo como Salvador, Amigo fiel e Redentor.

“Ainda há lugar”, foi a mensagem dos servos ao sair pelas ruas e bairros da cidade.  

Meu “sim” como resposta a Cristo neste dia define minha vida na eternidade, e minha participação na festa é garantida pela Sua obra na cruz.

“Sim” ou “Não” – Que seja um forte e decisivo “Sim”.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Meditações para um Viver Feliz | 'A relva murcha e as folhas caem, mas a Palavra de nosso Deus permanece para sempre'(Isaías 40:8)

Meditações para um Viver Feliz | 'A relva murcha e as folhas caem, mas a Palavra de nosso Deus permanece para sempre'(Isaías 40:8)

MILAGRES DE DEUS




  
 "Clama a mim, e responder-te-ei, 
e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes"
Jeremias 33:3






Nem sempre o que pedimos a Deus alcançamos, mas sempre Ele nos surpreende por sua maneira em agir.

Quando passamos por um problema de saúde que requer toda urgência, e que uma vez se agravando pode levar- nos à morte, imediatamente clamamos a Deus por cura, que muitas vezes tarda em chegar. Assim, pensamos que Deus está alheio. Ledo engano. Deus está providenciando seus meios que sempre e incontestavelmente são os melhores.

Foi assim minha experiência. Em uma viagem de ônibus de Santiago-Chile, para Vinha Del Mar, ao iniciar a viagem iniciou-se um edema em minha língua (inchaço que dificulta a fala e que pode obstruir a garganta), algo que não ocorria há quase dez meses. Pois bem, para meu desespero aconteceu longe de casa, num outro país, e dentro de um ônibus que levaria quase duas horas para chegar ao seu destino, e consequentemente longe de socorro médico.

Clamei pela providência de Deus para que ele operasse um milagre, voltando minha língua à normalidade. Mas ela inchava cada vez mais.  Como já não podia falar, digitei no celular onde descrevi meu estado terrível para minha filha, um anjo sempre por perto. Chegando à rodoviária, final do trajeto, mostrei o celular para ela que leu sobre meu estado. Uma vez ciente, ao descermos do ônibus, expôs meu problema ao encarregado dos taxistas que providenciou um táxi que me levou imediatamente ao hospital. Deus abriu todas as portas.

Deus não removeu o edema de forma imediata e miraculosa como eu desejava, mas abriu todas as portas para um grande livramento, onde me fez uma grande surpresa, pois dentro de duas horas estava curado.

Muitas vezes, enquanto sofremos e a angústia toma conta, Deus providencia uma cura completa, e ao mesmo tempo prepara uma festa, para depois cantar conosco.

A Ele toda a glória


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 21 de julho de 2017

AMOR INCONDICIONAL




  
Meu Deus é um Deus que me ama tanto, tanto,
Que cuida de mim e me leva em seus braços
Que a cada dia enxuga todo o meu pranto
E bem de pertinho dirige os meus passos.

Por que me ama tanto? Tal amor não mereço,
O que em mim viu? Por certo, de bom, nada.
E quando menos espero mais o entristeço,
Ao prosseguir nesta minha curta jornada.

E porque me ama tanto, bem escondido,
Meu dia de amanhã guarda bem em segredo:
Uma dor que me deixaria entristecido,
Ele não me fala e posso viver sem medo.


Ele quer que eu sinta e viva a cada dia,
Avaliando seu socorro que não falha.
E quando a dor chegar resoluta e fria,
Seu coração de amor pronto me agasalha.

 Esse é o Deus que garante meu futuro
O Deus que quero honrar mesmo sendo incapaz.
E se chegar o dia mau, o dia escuro,
Estarei bem seguro porque Ele é minha paz.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 14 de julho de 2017

UMA TELA DE CONTRASTES


“Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram.E eis que um leproso, tendo-se aproximado,adorou-o dizendo: Senhor,se quiseres, pode purificar-me.E Jesus, estendendo a mão,tocou-lhe, dizendo Quero,fica limpo.E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra” (Ev. Mateus 8:1 a 3).

 

Se eu fosse um artista diante de uma tela, faria um retrato dos dois rostos, o de Cristo e o do leproso, tendo como fundo o monte de onde Jesus descia acompanhado da multidão. Ressaltaria os contrastes daquele encontro, mostrando o homem perfeito diante do homem desfigurado. Quem já viu um leproso entenderia muito bem.


Jesus encantara os discípulos e a multidão com seus ensinos, especialmente com as bem-aventuranças. Não há nada semelhante ao Sermão do Monte em toda a literatura mundial, produzida através dos anos. Nem tampouco haverá, porque é a mensagem que fluiu do coração do Homem-Deus, que se identifica em cada frase pronunciada no monte bendito.

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.

Da forma que ensinou, praticou não só nesta ocasião, como através dos anos e por toda a eternidade. E ao descer do monte, o olhar de misericórdia alcança o infeliz leproso. O olhar de Cristo penetra o seu olhar vazio, profundo, sem vida. As mãos de Cristo, fortes, vigorosas, com seu gesto, não somente acalmavam a tempestade, ou enxugavam as lágrimas da viúva de Naim, diante da perda do filho único, mas tocam no corpo coberto de lepra.

Sua compaixão atravessa barreiras, quebra preconceitos, ofendem religiosos, vai de encontro à lei levítica. E tudo para dar saúde ao corpo deformado, desprezado, que afugentam grandes e pequenos. 


É o grito do homem desesperado. “Senhor, se quiseres, podes purificar-me”. E aquele encontro transformou o corpo do leproso no corpo mais perfeito e sadio.

É sempre assim. Quando Jesus toca nas vidas exercitando sua misericórdia, ficamos parecidos com Ele. O caráter se modifica, o coração é inundado de gozo, a vida é mais feliz. A lepra não mais existe.

E ao terminar a pintura, mostraria em cores vivas o sorriso de Jesus e o espanto do leproso, ao olhar-se admirado vendo sua pele como a pele de um bebê.

Jesus é maravilhoso. Não tem medo nem asco de tocar vidas imundas e cobri-las com as vestes da salvação.

Não há ninguém que ao receber seu toque de misericórdia, saia de sua presença com manchas no coração e no caráter.

Ele tem poder para purificar, ainda hoje, com seu precioso sangue, vidas estragadas pela lepra que é o pecado.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 7 de julho de 2017

DAVI E JÔNATAS - AMIGOS VERDADEIROS







“E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma”. I Samuel 18: 1 

"Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão." (Provérbios 17 : 17)

Há muitas histórias de amigos verdadeiros que nos deslumbram, como aquela do soldado que pediu permissão ao seu superior para procurar o amigo que não voltou para o acampamento. A resposta veio imediatamente: pedido negado. O soldado insistiu na sua pretensão, ao que o superior respondeu: “ele já está morto, e por que arriscaria a vida de mais um soldado”? “Mas, capitão, tenho certeza que meu amigo está vivo, esperando por mim”. Mesmo negado seu pedido, partiu em busca do amigo. Quando lá chegou, agonizava, e ainda pode balbuciar o seguinte: “eu tinha a certeza que você viria me buscar”.

Na canção de Milton Nascimento, a figura do amigo é cantada assim:

“Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam "não", mesmo esquecendo a canção, o que importa é ouvir a voz que vem do coração” 

Entretanto, a história de Jônatas e Davi supera todas as demais. Eram amigos verdadeiros, e a trajetória de vida de ambos não deixa margem para dúvidas.

Jônatas, filho de Saul, herdeiro natural do trono, abriu mão da futura realeza em favor do amigo, quando “despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto”(I Sam.18:4)

A amizade de Jônatas nasceu no mesmo instante que presenciou a morte de Golias pelo jovem desconhecido até então. Quando viu os filisteus fugindo pelos montes, descobriu que o peso fora retirado dos ombros do seu povo. Agora era um povo feliz, sem o jugo pesado do inimigo. Podiam plantar suas lavouras sem riscos de serem queimadas, e podiam viver em paz sem o perigo de terem suas casas incendiadas.

Jônatas de pronto recebeu tudo isso como presente do pequeno Davi, e tornou-se a partir daí seu verdadeiro amigo. E sendo um experimentado general de exército nas fileiras de Israel, humildemente depôs suas armas e vestimentas como homenagem a um combatente mais corajoso do que ele.

Os anos se passaram, outras batalhas foram ganhas e perdidas, até que nos montes de Gilboa, Saul e Jônatas tombaram. E Davi lamenta essas mortes, compondo uma das elegias mais emocionantes nos relatos bíblicos:

“Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres. Como caíram os poderosos, e pereceram as armas de guerra!” (II Samuel 1:26,27).

 Afirmei no princípio deste artigo que esta amizade supera todas as demais, porque há um amigo verdadeiro que se chama Jesus.

Aquele que confia e o confessa como seu Salvador, um dia também estava sendo escravizado e hostilizado por um poderoso inimigo,  o mesmo que um dia foi expulso dos céus. Vivia sem paz, sem proteção, empobrecido a cada dia. Mas Cristo veio a este mundo para tirar o ser humano do seu estado de miséria. E o apóstolo Paulo esclarece:

" O qual (Deus) nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor." (Colossenses 1 : 13)

Na grande batalha Jesus veio para mudar nossa história, nos tirar do império de trevas e nos transportar para um reino de paz e de amor. Na cruz combateu o gigante e venceu a batalha ressuscitando ao terceiro dia.

Não há amigo melhor como Jesus, que pode dizer um pouco antes de sua morte: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. (Ev.João 15:13,14)

Os bons amigos de hoje podem falhar amanhã e nos deixar abandonados. O único amigo que não falha é Jesus, e este sim, deve ser levado do lado esquerdo do peito.

Devemos agir com a mesma humildade de Jônatas, depor aos pés de Cristo todos os nossos recursos que não podem derrubar gigantes, e declararmos nossa amizade irrestrita. Confiar em Cristo e deixar que ele reine em nosso coração.

“És meu amigo ó bendito Salvador, acho refúgio no teu grande amor.
“Na jornada canso, mas o teu poder me traz uma nova força e celeste paz.
“És meu amigo no perigo ou dissabor, sempre comigo tu estás Senhor.
“Tu és quem me guia nesta peregrinação, e Senhor desfruto tua proteção. (HC 454)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz


sexta-feira, 30 de junho de 2017

CRISTO, O BRILHO DO ROSTO!





A luz da glória de Deus brilhou na face de Cristo
e seguiu direto para o nosso coração. (II Cor.4:6)



 Certa manhã de primavera o sol entrava pela minha janela e produzia um clarão que alegrava todo o ambiente. Que manhã maravilhosa.

E o tema da meditação naquele dia referia-se a refletirmos a imagem de Cristo. E daí surgiu o pensamento que aqui transcrevo.

Será que meus amigos estão contemplando a face de Cristo na minha face? Ou melhor, estou refletindo a face de Cristo?

Para que possamos refletir a imagem de Cristo é necessário recebermos o resplendor de Deus sobre nossas vidas.
Assim entendia o Salmista neste canto.

“Que o Eterno nos conceda sua graça e nos abençoe, e que faça sobre nós resplandecer a sua face, para que sejam conhecidas na terra o teu Caminho, a tua Salvação entre todas as nações”. (Salmo 67:1,2)

Esta era  a mesma  invocação sacerdotal proferida por Arão:

“Yahweh, o Eterno, te abençoe e te guarde. Faça o Senhor resplandecer o seu rosto sobre ti e te agracie. Que o Eterno revele a ti a sua face de amor e te conceda a paz! (Num.6:24,25 (KJ).

Mas qual a finalidade de resplandecer a sua face sobre nós? A resposta está em seguida: “para que se conheça na terra o teu Caminho, a tua Salvação entre todas as nações”.

A mensagem é bem atualizada.

Quando um coração alegre é estampado no rosto os outros veem em nós uma alegria diferente. Não quero dizer que precisamos sair por aí dando gargalhadas, pois nossa condição de pessoas alegres pode ser expressa por  gestos, palavras, atos de bondade, educação, mansidão, e todas as demais características de um  verdadeiro filho de Deus. Refletimos  aquele que é  o sol de Justiça, Jesus Cristo, profetizado pelo profeta Malaquias:

“Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria”.(Malaquias 4:2)

E cabe a nós estampar nossa alegria, mesmo nos dias mais negros, em que nossa serenidade será vista por nossos amigos e apreciada como o sol que brilha na sua força.

O tradutor da poesia transcrita, Dr. João Gomes da Rocha, expressa bem este pensamento: Cristo, a pura luz dentro do coração, refletirá seu brilho, e sua glória será revelada em mim, para consolo e salvação de muitos.

“Sol da minha alma, ó meu Jesus, revela a tua glória a mim, e recolhendo a pura luz, refletirei seu brilho aqui”.(HC 296).

O coração alegre aformoseia o rosto... (Prov.15:13). Mas só o rosto dos que já conhecem a formosura de Cristo.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 23 de junho de 2017

CRISTO, AMIGO OU CONHECIDO ?






A diferença entre um amigo  e um conhecido é  bastante notória. O amigo é  aquele com quem compartilhamos tudo o que pensamos, o que sentimos, nossos medos e frustrações, nossos sucessos e alegrias. Diante dele não nos acanhamos e nos sentimos à vontade. Escolhemos seu ombro para chorar, e ele entende nossas lágrimas, e nos conforta. Já com o conhecido não se dá o mesmo, pois é aquele que muitas vezes nem sabemos o seu nome, onde mora, o que faz.

Com Jesus como tem sido o nosso relacionamento? É amigo ou conhecido. O encontramos com frequência ou raramente? Claro que não se trata de algo pessoal, mas espiritual. Um contato do coração, uma aproximação de fé. 

Para muitos Cristo é alguém pouco conhecido, raramente procurado, exceto em tempos escuros e sombrios. Muitos desconhecem detalhes de sua vida, tais como: quando por aqui viveu, a casa onde morou, quem eram seus familiares e amigos, seus últimos dias neste mundo, como sua morte na cruz,  ressurreição e ascensão. O que sabem é tão pouco que, passados os dias religiosos, se esquecem de tudo rapidamente. 

Jesus quer ser o amigo verdadeiro de todos, pois provou seu amor e lealdade morrendo na cruz, saindo vitorioso do túmulo no terceiro dia.  Entre nossos melhores amigos, não há sequer um como o Senhor Jesus que entende nossas perturbações e que verdadeiramente enxuga nossas lágrimas.

Quando o ser humano deixar de ser apenas conhecido de Jesus e tornar-se seu amigo, o panorama será bem diferente, a alegria será completa e a paz será perdurável. 

Jesus já declarou sua amizade. Suas palavras registradas nas Escrituras são bem claras: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que o seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, pois vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai”. (Ev de João 16:14,15).

Vale a pena fazer a vontade de Cristo revelada na sua Palavra, e ganharmos sua amizade que jamais falhará. 

Tenha Jesus como Amigo e Salvador, e não apenas como mero conhecido.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 16 de junho de 2017

VIVENDO SEM DISFARCES



“E disse o rei de Israel a Jeosafá:  
Eu me disfarçarei, e entrarei na peleja;
tu, porém, veste os teus trajes reais.
Disfarçou-se, pois, o rei de Israel,
e entrou na peleja”. (I Reis 22:30)

O disfarce, máscara ou fantasia são artifícios bem usados em época de Carnaval com a finalidade de esconder a verdadeira identidade. Outros usam o disfarce para cometer crimes, como alguém um dia resolveu fantasiar-se de Papai Noel.

O disfarce não se restringe somente à vestimentas, mas é usado para esconder a verdadeira aparência, sob fingimento. É o individuo que tem dupla personalidade. Quando a máscara cai, há espanto e surpresa por parte de todos.

O texto desta meditação aponta para a história de um dos piores reis de Israel chamado Acabe, mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que o antecederam  (I Reis 16:30). Avisado pelo profeta da contrariedade de Deus que ele participasse da guerra contra a Síria, resolveu desobedecê-lo   usando de disfarce. A tentativa do rei foi de enganar a Deus e aos homens, entretanto, Deus não se deixa zombar: Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. (Gál.6:7).

Hoje há muitas tentativas de enganar a Deus e aos homens usando disfarces. Em muitos lugares as máscaras são usadas sem qualquer pudor, quer dentro das casas, entre os familiares, nos ambientes de trabalho, e pior, dentro das igrejas. Bem disse Abraham Lincoln, nesta frase atribuída a ele:Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. E muito menos a Deus que tudo vê.

A participação na batalha por parte de Acabe foi um fracasso, pois encontrou a morte. Diz o texto sagrado:Então um homem entesou o seu arco, e atirando a esmo, feriu o rei de Israel por entre a couraça e a armadura abdominal. Pelo que ele disse ao seu carreteiro: Dá volta, e tira-me do exército, porque estou gravemente ferido”.(I Reis 22:34). Logo em seguida morreu em Samaria onde foi sepultado.

Nos tempos de Jesus os disfarces pertenciam aos escribas e fariseus, que foram citados com duras palavras: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia”..(Mat.22:27)

A desobediência e o uso de disfarces sempre causam transtornos a todos que se opõe a Deus, em recusa a obedecer de coração os preceitos de sua santa Palavra. Quando a luz do evangelho raiar no coração do ser humano e mostrar-lhe o caráter de Cristo, as máscaras e disfarces deixarão de existir. Assim, poderá enfrentar qualquer batalha e sair dela vencedor.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 9 de junho de 2017

VOZ DO POVO – VOZ DE DEUS? SERÁ?




Uma expressão que por certo muitos já ouviram, ou talvez até mesmo tenham compartilhado: “A voz do povo é a voz de Deus”, é bastante antiga, entretanto, não expressa a realidade. Ela é contrária a toda lógica e a toda a verdade espiritual.

O que seria do ser humano ser guiado pela voz do povo, seguir seus conselhos, tirar suas conclusões, orientar sua vida e a vida de seus filhos, simplesmente ouvindo essa voz. Por certo seria uma catástrofe. Quando Adão ouviu a voz da sua mulher já enganada pela serpente, e seguiu seu conselho, o desfecho foi o banimento da presença de Deus, e tudo que era maravilhoso naquele jardim, se tornou um caos.

E a partir deste infausto acontecimento, a voz do homem demonstrou-se fraca, sem vida e sem qualquer veracidade. E a história comprova que a voz humana jamais poderá ser a voz de Deus

O apóstolo Paulo descreve de forma magistral como o ser humano faz uso de sua língua, quando escreve sua carta aos Romanos:

A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; a sua boca está cheia de maldição e amargura”.(Rom. 3:13,14)

A voz de Deus é inigualável porque sai dos lábios de um Deus santo. Quando Jesus esteve entre os homens sua voz tinha autoridade, no meio de uma sociedade totalmente corrompida. Certa ocasião o evangelista João relata um depoimento dos guardas encarregados de prendê-lo:

Os guardas, pois, foram ter com os principais dos sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam os guardas: Nunca homem algum falou assim como este homem”. (Ev.João 7:45,46)

Se através dos tempos, e mais do que nunca em nossos dias, os homens atentassem para a voz de Deus, ouvissem seus sábios conselhos, não teríamos tantas decepções, revoltas, amarguras, infelicidades. O que ocorre hoje é uma atenção redobrada à voz dos homens e muitos a obedecem como sendo a voz de Deus. Pode ser, sim, a voz de deus, e este com minúsculo, mas do Deus que está nos céus, por certo não é.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©