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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A SEGUNDA MILHA

E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
Mateus 5:41

Qual a nota que você se daria na observação deste mandamento de Jesus?
Ou para você este versículo é letra morta, uma assertiva incoerente, já que a Bíblia é um livro vivo.
Pois bem, vamos ao versículo, depois à nota.

O chamado sermão do monte contém preceitos extraordinários, que só podem ser cumpridos pelos novos filhos do reino.Aqueles que abraçaram o evangelho, e que são revestidos pelo poder do Espirito Santo.

O ser humano por si só jamais poderia oferecer sua face para bater, amar seu inimigo, bendizer os maldizentes, e daí uma série de aparentes disparates. Entretanto, quando submetidos e obedientes ao Senhor Jesus, os filhos do reino se alegram em imitá-lo.

O apostolo Pedro assim escreve em sua primeira carta:

" O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente"
1 Pedro 2:23

Voltemos ao nosso texto: E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

A exigência vem da legislação romana, onde os superiores obrigavam seus súditos a caminharem a milha legal. Caso viessem a percorre-la, se dispunham a caminhar a segunda milha.

A segunda milha representa tudo o que eu posso e devo fazer para meus semelhantes. São os serviços que outros vão recusar, ou mesmo se afastarem com desculpas inconsequentes. E assim, a segunda milha passa a ser letra morta.

Quantas vezes não abro mão do meu conforto, não saio da minha rota, para não caminhar com meu próximo, ou com meu irmão a segunda milha, demonstrando o meu amor e minha obediência ao ensino do meu Rei.

Somente quando eu caminhar a segunda milha com alegria, vou conquistar o meu irmão, e com esta atitude poderei mudar a história de sua vida.

Mas, qual foi a nota que você se deu? Seja ela qual for, uma coisa é certa: você e eu temos que melhorar, e muito.

Caminhar a segunda milha é o mínimo que devo fazer para alcançar o máximo.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vida abençoada e abençoadora


Dos 18 aos 63, um caminho de marcas abençoadas e abençoadoras.

Foi lá pelos idos de 1967 quando tive a melhor experiência: conhecer uma jovem de 18 anos, bonita, cheia de vida, sorridente ,por quem me apaixonei.

E dos 18 aos 63, por volta de 45 anos de felicidade, eu a segui como por uma estrada, sem curvas, reta, sem barrancos ou buracos.

Hoje, olhando com os olhos da experiência da vida, quero espalhar orquídeas , rosas, margaridas ao longo dessa estrada, para que outros 45 anos possa caminhar por ela.

Não sei se dou parabéns a mim ou a você. A você, sem dúvida pelo seu aniversário, a mim, por tê-la a cada dia como presente de Deus.

Que o Deus da paz inunde seu coração de paz.

Felizzzzzzzzzzzzzzzzzzz aniversario.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ÁGUAS DE DEUS


“Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro, lava-me e ficarei mais alvo do que a neve” (Salmo 51:2,7)

A sujeira nunca foi agradável. A infância é um período da vida onde o banho é recusado. Crianças, na maioria das vezes, lutam contra o banho. Já na adolescência há banho demais. O jovem cuida do seu corpo. Se for homem, após o banho escolhe o seu perfume predileto; se for mulher, os cremes apropriados. Desejam mais estar limpos e asseados para os outros do que para si mesmos.

Quando olho para este Salmo descubro um homem que desejava ser lavado por Deus. A sujeira do pecado o incomodava, tirava-lhe o sono, perturbava, mexia fundo no seu coração.E desejava o lavar de Deus para apresentar-se a Ele limpo de seu pecado.

A lavagem do corpo é necessária. Os ingredientes e os métodos escolhidos são meus. A lavagem da alma, bem como seus critérios,são de Deus. Quando tomamos a iniciativa em usarmos nossos métodos, saímos mais sujos da presença de Deus.

Deus tem condições para me lavar. Quando  sinto a sujeira do pecado, e logo o confesso e o abandono, e me entrego à limpeza de Deus, o processo é perfeito e a limpeza é total.

Notem a colocação do verbo no texto: “lava-me” e  não “lavo-me”. Quando  a iniciativa é  de Deus, estou me submetendo a Ele. Devo abaixar-me, devo curvar-me, afim de que todo o meu ser seja atingido por sua “escova”. Pode doer, mas o sucesso é garantido. As manchas são removidas e a alma fica mais branca do que a neve.Deus deseja ver-me limpo para Ele e só assim posso mostrar-me aos que me cercam.

Que exemplo notável Davi nos deixa . Um homem sujo lavado por Deus, um coração quebrantado, totalmente renovado, uma voz abafada encantadoramente afinada, oferecendo um louvor perfeito a Deus.

O processo de Deus não falha. E Davi experimentou-o como uma das maiores experiências de sua vida.

Anos mais tarde Pedro recusou ter seus pés lavados por Jesus. Em tempo mudou seus pensamentos e os efeitos foram prontamente notados.

Quando Deus nos lava somos usados por Ele e vistos por Ele como dignos de nos assentar à sua mesa e participar das suas iguarias deliciosas.

Mesmo lavados e purificados os homens impõe seus critérios, os preconceitos permanecem e a desconfiança torna-se uma constante.Que conforto saber que Deus não age assim.

Que tal nos mergulharmos na “banheira de Deus”, deixar que suas mãos santas nos lavem, e purificados, voltarmos a Servi-lo de todo o coração.

Humilhar é preciso.Reconhecer o pecado é indispensável e confessá-lo é o único caminho do retorno para Deus.

“Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo”


De Meditações nos Salmos
Orlando Arraz Maz

domingo, 6 de novembro de 2011

HELGA PASSOLD - CHAMADA PELO SENHOR


"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados;
perplexos, mas não desesperados"
Segunda Carta de Paulo aos Corintios 4: 8

Ao cair da tarde deste domingo, lá pela cinco horas, partiu para estar com Cristo, nossa querida Helga.

Em meio à guerra travada contra um câncer, caiu em plena atividade na obra do Senhor. Caiu a valorosa serva no meio da batalha.

As sombras de um sofrimento prolongado se foram, para dar lugar ao sol da presença deliciosa de Jesus Cristo.

Helga entrou pelos portais da glória, e seu espírito descansa nos braços do Salvador que tanto amou e honrou em sua vida.

Este blog homenageia esta serva de Cristo, mestra na evangelização de  crianças, evangelista abnegada. Somente a eternidade revelará os frutos de seu trabalho, lugar onde receberá a Coroa de Glória.

Imitemos esta nobre serva de Cristo e honremos a mulheres como ela.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Rocha Perfeita

“...Leva-me para a rocha que é mais alta do que eu”... habitarei no teu tabernáculo para sempre; abrigar-me-ei no oculto das tuas asas...” (Salmo 61)

Em São Paulo é bem difícil avistar montanhas. Apenas prédios bem altos. E, às vezes, a poluição não nos permite!

Nos tempos bíblicos o cenário era bem diferente. Jerusalém era uma cidade rodeada de montanhas (Salmo 125:2). E Davi as conhecia muito bem. E olhando para elas recebeu inspiração para muitos dos seus salmos.

Neste, Davi está sendo perseguido por Absalão. Está no seu limite, aflito e com medo. Mas, ao olhar a rocha à sua frente, suas esperanças são renovadas. Ele se sente um anão perante a grandiosidade da rocha, e clama ao Senhor que o leve para a rocha que é mais alta do que ele.

Ele vê em Deus uma “rocha de refúgio” (Salmo71:3). E como na casa de Deus (o tabernáculo), quer refugiar-se no oculto das suas asas. Um lugar quente, próximo ao coração, o mesmo onde um dia se abrigou o apóstolo do amor, ao reclinar-se ao lado de Jesus.

Como vai nosso viver? Vivemos assustados face a tantos problemas? Medo do bandido, do traficante espreitando nossos filhos na escola? Medo de perder o emprego? Medo do futuro?

Façamos como Davi que buscou uma rocha mais alta do que ele, mais alta do que os seus problemas e apreensões, e lá permaneceu tranquilo.

Jesus Cristo é a rocha inabalável que serve de abrigo, proteção, confiança, e no “deserto” das nossas aflições, mata nossa sede.

Será que temos buscado refúgio Nele? Ou temos recorrido às "rochas" frágeis e incapazes de nos socorrer? E nossas frustrações nos têm jogado por terra?

Que em nosso viver os problemas não nos vençam. Que sejamos sinceros e tenhamos o coração aberto para clamar por socorro à Rocha da nossa Salvação, nosso Amado Salvador.

Afinal de contas, Ele está à nossa disposição e deseja nos abrigar dos "fortes temporais" e tirar todo o nosso medo. Ele é a Rocha perfeita e segura.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A MORTE DO LOUVOR


Com o surgimento dos grupos neopentecostais o louvor ficou totalmente modificado. Incorporou-se a tais movimentos uma gama de autores e compositores de letras e musicas de espiritualidade duvidosa, denotando a falta de unção do alto.

Paralelamente, surgiram conjuntos com instrumentos, produzindo um som bastante alto, muitas vezes incompatível com o espaço onde tais músicas são executadas.

Daí, um pequeno passo para as igrejas chamadas tradicionais imitá-los.

E esse "louvor" por muitos chamados de "louvorzão" ocupou espaço e afugentou os hinos tradicionais. Felizmente, ainda há os que apreciam um louvor inspirativo.

Já vai longe o tempo que existia o prelúdio e o poslúdio, palavras que muitos desconhecem.

Antes do culto, um fundo musical era executado, ora com um órgão, violino, piano. Enquanto eram executados, os presentes podiam orar e meditar, e neste silêncio abençoado se prepararem para receber a mensagem de Deus no coração.

Da mesma forma, o poslúdio era executado ao final da mensagem, quando se permitia uma reflexão da mensagem pregada.

Essa pratica não existe mais em muitas igrejas. O culto já inicia sob a intensidade do som para desespero de muitos fieis. A maior parte do tempo é usada para apresentações, e quando o ministrante inicia sua prédica, seu tempo é escasso e minguado.

A solenidade do culto precisa ser restabelecida com urgência.

Que haja no seio das igrejas o bom senso para se estabelecer um culto que agrade ao Senhor e edifique a vida dos seus membros.

Mesmo com o uso de instrumentos que a era moderna tem trazido, apresentados com moderação e espiritualidade, e o cântico de letras com sólida base escriturística, ainda será possível um culto bastante apreciado, com prelúdio e poslúdio, onde todos podem se alegrar e dizer como o salmista: "Alegrei-me quando me disseram: vamos a casa do Senhor ou  A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com o saltério e instrumento de dez cordas te cantarei louvores".

Que assim seja para a Glória do Rei.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Pedro, apóstolo, uma lição para todos


Uma reflexão sobre a vida de Pedro entre a negação  e sua chamada para pastorear as ovelhas.

Muito se tem escrito sobre a vida de Pedro, ora ressaltando seus pontos fortes, ora os fracos.

Entretanto, tudo  o que sabemos está inserido nas Sagradas Escrituras, e se  além destas informações outras nos  chegarem,  devem ser totalmente desacreditadas.

Sem dúvida há uma grande curiosidade em descobrir detalhes de sua vida, mas o que o autor das Sagradas Escrituras, o Espirito Santo, quis que nós soubéssemos,  foi revelado aos seus leitores.

Gostaria de meditar sobre o periodo que vai da negação até ao encontro de Pedro com Jesus à beira mar.

A trajetória de Pedro começou na última ceia, quando Jesus lavou os pés de seus discípulos.
Já era noite e Jesus saiu para o Jardim de Getsemani, também conhecido como Monte das Oliveiras, onde ocorreu a prisão, com a participacão de Pedro  no ataque ao servo do sumo scerdote.
Pedro permaneceu ao lado de Jesus, mesmo sendo repreendido.

O evangelista Marcos escreve em seu evangelho que todos  fugiram, mas o evangelista João afirma que ele e Pedro seguiram a Jesus. Mateus esclarece que Pedro seguia de  longe, ambos em direção ao palácio do sumo sacerdote.

E lá  ocorreram as tristes negações sobre a pessoa de Jesus. A primeira sendo interpelado  pela porteira do palácio, depois por um dos presentes e por fim pelo servo do sumo  sacerdote quando ouviu o cantar do galo,   trazendo à sua lembrança as palavras ditas por Jesus que culminaram em lágrimas de arrependimento.

 E Pedro desaparece do cenário bíblico até o majestoso dia da ressurreição.

Onde estivera  durante a crucificação? João relata que ao pé da cruz estavam a mãe de Jesus, João, o discípulo amado, a tia de Jesus, Maria, a mulher de Clopas e Maria Madalena. E ao ser retirado da Cruz e levado ao túmulo,  apenas José de Arimatéia  e Nicodemos.

Neste  curto período entre a retirada da Cruz e a ressurreição  não sabemos onde estivera,  mas que a noticia da ressurreição causou uma alegria extraordinária em Pedro, temos plena certeza pela sua corrida ao sepulcro, quando perdeu para João.

Lucas em seu evangelho, no cap. 24 vers. 34 esclarece:
 "Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão."

E o apóstolo Paulo, escrevendo sua primeira carta à igreja de Corinto (15:5), faz referência a tal encontro.
"Que apareceu a Cefas, e depois aos doze".

Por certo, desejou Jesus  convencê-lo de sua ressurreição e  prepará-lo para a liderança que ele ocuparia mais tarde, e para lhe dar a certeza de perdão depois de suas negações.

Nada sabemos deste encontro secreto, mas sem dúvida Pedro foi plenamente restaurado.  Não foi enxotado da presença de Jesus,mas recebido carinhosamente nos braços de seu Salvador amado.

Alguns dias depois encontramos Pedro em plena pescaria frustrada, e ao descobrir que Cristo estava na praia se atirou nas águas para chegar mais rápido que os demais, que permaneceram no barco.Nadou cerca de 90 metros,chegou com as forças exauridas, todo molhado, mas pode ver o rosto de Jesus refletido na luz do sol.

Desta vez João ficou para trás e Pedro chegou em primeiro lugar.

Lá estava o Cristo ressuscitado.

 David Smith assim escreve:" O evangelho começa com a encarnação e termina com a ressurreição ; a encarnação é a união de Deus com a humanidade, e a ressurreição é a união da humanidade com Deus".

E para que esta união fosse consolidada,  naquela praia foi travado um dos diálogos mais emocionantes que encontro nas Escrituras.

Três vezes Jesus pergunta a Pedro: (João 21: 15 a 17)

"Simão,filho de Jonas, amas-me mais do que estes?"

E nesta ocasião ,à beira da praia, face às três perguntas, quem sabe lhe vem à mente as três negações, e na terceira vez sua resposta é enfática:  "Senhor,tu sabes tudo, tu sabes que te amo" e não ousou dizer mais nada.

Quantas lições me trazem estas reflexões !:
1)Todos nós,de um jeito ou de outro temos desapontado a Jesus através  de nossas  palavras;
2) Jesus sempre vem à nossa procura desejando restabelecer a comunhão;
3) E se o amarmos  como Pedro, podemos dizer-lhe: " Senhor,tu sabes tudo,tu sabes que te amo";
4) E ao confessarmos nossa negligência, ele nos abençoará com seu perdão.

Jesus sempre estará na "praia" para nos receber e confortar, com uma alimentação substancial por ele preparada.

 Que tais reflexões aumentem nosso amor por este bendito Salvador.

Orlando Arraz Maz

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MIGALHAS ABENÇOADAS

Ela chegou de mansinho. Veio de um lugar distante.
Ostentava uma cultura grega, pois sua origem era das terras da Fenícia.
E encontrou a casa certa.
Era aquela mesmo. Não foi difícil encontrá-la, apesar de o Mestre ser enfático:

“Que ninguém saiba onde estou”

E sorrateiramente, sem ser notada, entrou.
Jesus estava lá.
Trazia o coração dolorido e os olhos cansados de chorar,
E trazia, também, algo que ninguém podia ver: esperança e fé.
Desejos muitas vezes escondidos no mais profundo ser.

E lançou-se aos pés de Jesus, adorando-o e clamando por socorro:
“Minha filhinha está possessa por um espírito imundo”
E Jesus permaneceu calado, mas não permaneceu distante.
Ele pode olhar nas profundezas daquela alma e sentir a dor daquela mãe.
Ora, ele também tinha sua mãe, ele também era filho.

E Jesus quis testar a fé daquela mulher, ao responder-lhe:
“Preciso dar de comer ao meu povo, pois para eles eu vim”.
“Não é bom desperdiçar o alimento que dá vida e jogá-lo aos cachorrinhos”

E a mulher, ainda prostrada ante  aqueles santos pés,
Na total dependência do poder de Jesus, exclama:

“Mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças”

E Jesus elogia a magnitude da fé e da humildade daquela mulher, e responde-lhe:
“Por causa desta palavra, podes ir; o demônio já saiu da sua filha”.
E chegando a casa encontrou-a totalmente libertada.

Que eu seja,Senhor, aquela mulher aflita.
E que possa encontrá-lo levando meu coração ferido.

E quantas são, Senhor, as minhas angústias! O medo do amanhã,
O abandono, o assalto, o bandido na esquina, meus filhos na escola...
O inimigo de minha alma querendo possuí-la, levando-me para longe dos teus braços.

Que eu seja aquela mulher, Senhor, e que não meça qualquer esforço para encontrá-lo.
Eu sei que estás sempre por perto. E sabes a razão das minhas lágrimas.

Que eu seja aquela mulher de fé, Senhor, que não argumenta diante da resposta,
Que não se ofende, que não revida, que não lhe trata mal.
E que sabe que só em ti há soluções, não só para o dia a dia,
Mas para o dia eterno, quando tu enxugarás dos olhos toda lágrima;
e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor;
porque já as primeiras coisas são passadas.

Que eu adore como aquela mulher, Senhor, mesmo no mais profundo abismo da minha alma.
E que, prostrado aos teus pés, encontre a solução tão desejada.
E possa descansar em paz e voltar para casa confiante e triunfante:
“Jesus libertou-me das garras do inimigo”.
“Louvadas as migalhas que comi das tuas mãos”

Orlando Arraz Maz

Mateus 15:21 a 28
Marcos 7:24 a 30:

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

WILLIAM E LEILA MAXWELL - SR. GUILHERME

2ª E ÚLTIMA PARTE






PRIMEIROS RESULTADOS

A oposição não demorou a aparecer.  O padre da cidade de São Joaquim proibiu o povo de ir aos cultos, mandou que rasgassem os folhetos que receberam e ameaçou ir pessoalmente ver quem estava lá.  Isto diminuiu a frequência, e por alguns domingos não houve reunião porque ninguém apareceu.  Porém, lembrando que a ordem de pregar vinha do Senhor, William continuou e no devido tempo viu muitas almas salvas. Estes servos do Senhor enfrentaram oposição de várias formas, citamos aqui apenas dois exemplos. 

Em Outubro de 1940 Guilherme alugou uma sala em Santana (hoje chamada Ipuã) a fim de pregar o Evangelho.  Apesar de não atrair multidões, sempre havia algumas pessoas interessadas em ouvir.  O padre local passou a anunciar que o pregador era comunista, e estava sendo procurado pela policia.  Mais ou menos nesta época eles compraram um carro Ford 28 e assim podiam ir mais longe.  Ele foi levar o evangelho a Campina Verde, e Leila e sua filha, ainda bebe, foram juntos.  Chegando lá, a primeira coisa que fez foi reservar um quarto na única pensão da cidade, e deixando ali sua mulher e filha ele saiu para distribuir folhetos.  Não demorou, Leila ouviu o barulho de fogos de artifício e viu as pessoas correndo em direção à praça. Ela assistia o ‘show’ da janela da pensão sem imaginar que era por causa do seu marido.  O padre usou os fogos para reunir as pessoas, e ao mesmo tempo um homem armado acompanhava o pregador ajuntando os folhetos que ele havia distribuído.  Guilherme, conhecedor das leis do país foi conversar com o delegado, que disse não ter homens suficientes e não podia garantir a sua vida e nem de sua família e aconselhou-o a deixar a cidade antes do anoitecer.  Guilherme voltou à pensão para buscar a Leila e filha, e deixaram a cidade com dificuldade porque ninguém queria vender-lhes o combustível necessário.  Na saída da cidade tinham que atravessar uma ponte onde todas as crianças da escola foram levadas para insultá-los quando passavam.  Lembro de minha mãe dizer, anos mais tarde, que este foi o aspecto mais triste de todo o episódio.
Houve também oposição de outra natureza.  Várias denominações que se diziam evangélicas criaram muitos problemas, falando mal da pessoa de  Guilherme, e criando confusão doutrinária entre os recém convertidos, tentando atraí-los.

MUDANÇA PARA UBERABA

Em 1950, Alexandre Simpson, um dos seus colegas e bom amigo faleceu.  A morte deste dedicado servo do Senhor deixou uma grande lacuna no Triangulo Mineiro e por causa disto Guilherme resolveu mudar para Uberaba com a família em janeiro de 1951, onde sua terceira filha (Leila) nasceu em junho do mesmo ano.

Esta mudança, porem, não modificou a sua maneira de trabalhar.  O diário de Guilherme e informação de outras fontes nos mostram o mesmo entusiasmo e dedicação incansável ao pregar em Uberaba, também visitando fazendas e outras cidades, agora de motocicleta. Nomes como Conquista, Sacramento, Quenta Sol, Garimpo, Babilônia, Ituiutaba, Conceição das Alagoas, entre outros aparecem, sendo que alguns locais ele conhecia da época em que morou em Ituiutaba.

Em 1952 tiveram imensa alegria e encorajamento com a chegada do irmão mais novo de Leila, James Crawford, com sua esposa Jenny que também foram chamados pelo Senhor para servi-Lo no Brasil, e que depois de um tempo de estudo da língua foram morar em São Joaquim, onde poderiam assistir à igreja que crescia, assim deixando William e Leila mais livres para continuar o trabalho em Uberaba.

OUTRAS ATIVIDADES

Alem de suas viagens e de constante pregação da palavra, vemos outra dimensão do esforço de Guilherme e Leila para alcançar a todos, em variadas atividades: 

Radio:

Deu inicio a um programa semanal de l5 minutos, onde com certeza muitas pessoas ouviram as boas novas, ainda que ele se sentisse desanimado pela falta de resultados visíveis. 

Hospitalidade:

Outra necessidade se manifestou quando Uberaba se tornou referência no tratamento médico, com bons hospitais e bom atendimento, servindo também às cidades vizinhas. Muitos crentes iam receber atendimento medico na cidade e eram sempre bem-vindos na casa dos Maxwell, alguns permanecendo por períodos prolongados.  O lar da família era acolhedor e alegre, pois Guilherme tinha muito bom humor e Leila era ótima anfitriã, assim sempre havia hospedes ou visitas na casa.

Acampamento:

No inicio dos anos 60 o pais estava se desenvolvendo, as igrejas locais crescendo e havia muitos jovens em todas elas.  Guilherme começou a pensar sobre um lugar especial para estes jovens e com o incentivo de alguns membros da igreja de Uberaba compraram uma chácara a uns 9 kms da cidade e deram inicio à construção de um acampamento.  Depois de muito trabalho, enfrentando todo o tipo de dificuldade o prédio ficou pronto, e o primeiro acampamento para jovens foi realizado em julho de 1964.  Daquela data até hoje, são realizados dois acampamentos para jovens por ano, e mais recentemente para crianças e casais.  Desde o inicio o lugar foi benção e é impossível dizer quantas pessoas foram salvas ali, ou saber o numero de outros que foram fortalecidos na fé, adquirindo um conhecimento melhor das Escrituras durante os períodos de estudo.

Ensino itinerante:

Com o crescimento do numero de igrejas em vários estados do Brasil, tornou-se necessário que mestres experientes pudessem viajar, levando o ensino bíblico necessário. Guilherme estava sempre pronto a ajudar, principalmente as igrejas mais isoladas e mais fracas.  Assim sendo, mesmo nos últimos anos de sua vida ele continuou sendo o que sempre fora, um pregador itinerante.  No final do século 20 e inicio do século 21 ele visitou muitos lugares distantes levando não somente um ensino sólido e prático, mas também visitando os lares e levando todo o calor de um amor sincero e de uma preocupação verdadeira pelo bem estar de cada irmão e irmã, com carinho especial pelas crianças.  E todos sabiam o quanto ele apreciava uma xícara de café quentinho. 

O POR DO SOL

Da mesma maneira que o sol se põe silenciosamente, mas com brilho intenso assim este homem de Deus passou os seus últimos dias, perdendo devagar a força física, mas mantendo até o fim sua paixão pelo Senhor e pelo Seu povo.  Sua companheira de vida foi levada para a presença do Senhor em 1988, mas apesar da tristeza e saudade ele continuou a fazer exatamente o que havia feito desde a sua chegada no Brasil e era muito amado e respeitado, não apenas entre o povo de Deus mas por todos aqueles que o conheciam e que foram tocados pela sua vida. 

Com 94 anos e muito fraco ele insistia em estar presente a todas as reuniões e ficava à porta, encostado na parede cumprimentando todos os presentes.  Nos últimos meses ele, às vezes, se mostrava confuso e voltava à sua língua natal ao orar, sendo que algumas vezes toda a sua oração foi feita em inglês.  Alguns diziam amém quando ele terminava, até que um dia alguém disse ao Julio Marcio: “como é que se pode dizer amém quando não entendemos o que ele falou”?  A resposta do Julio foi: “eu direi amém e amém a qualquer coisa que vem da boca do Sr. Guilherme”.

 No dia 15 de agosto quando o sol se punha em gloriosa exposição de cores, este homem simples, mas amado e respeitado foi triunfantemente recebido na Gloria, e apesar da tristeza pela sua falta louvamos a Deus na certeza de que em breve estaremos todos juntos novamente, EM CASA!

Leila Maxwell - nasceu em 23 de dezembro de 1909 e falaceu em 17 de dezembro de 1988

William Maxwell - nasceu em 19 de dezembro de 1909 e faleceu dia 15 de agosto de 2005

Ambos estão sepultados em Uberaba - MG.

Ronaldo Watterson
Agnes Penna Maxwell 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

WILLIAM E LEILA MAXWELL -SR. GUILHERME

WILLIAM E LEILA MAXWELL 
1ª  Parte


Ainda bem jovem tive a honra de conhecer este notável casal. Foi lá pelos idos de 1973, no Acampamento Verdes Pastos, onde despontou o primeiro dente de minha filha Méleri.
A alegria e a vitalidade do Sr. Guilherme e D. Leila, entre os acampantes, era contagiante e todos se empolgavam com alegres hinos e uma preciosa comunhão com o Senhor.

D Leila, entre tantos serviços dedicados ao seu Mestre, além de ser uma cooperadora fiel de seu marido, enriqueceu nosso hinário Hinos e Cânticos  com a tradução de  três belíssimos hinos, onde é possível avaliar sua alta sensibilidade poética: nº 41 - "Deixa os cuidados"; nº 54 "A maravilhosa história" e nº95 - "Vem como estás".
Os versos adiante dão de sua autoria:
                                  
Oração
Ontem levantei-me bem cedinho, e fui correndo a trabalhar.
Era tanto serviço me esperando que não tive tempo para orar.
Mas, nada deu certo aquele dia, que veloz como o vento escapuliu.
Pensei: "Deus não está me ajudando! e Ele respondeu:"Você não pediu!".
Hoje levantei-me bem cedinho,muito serviço tinha para acabar,
E por estar, assim, tão fatigada, tirei, primeiro, tempo para orar


Deixo minha gratidão à sua filha Agnes Maxell Penna e Ronald Watteson  pela biografia tão excelente que  aqui reproduzimos.

Meu desejo e oração é que a vida deste nobre casal de missionários inspire e abençoe a todos quantos passarem por este blog.

Orlando Arraz Maz






Eram dias de pioneirismo, e a diferença no estilo de vida entre os dois países era enorme, sem falar do clima, da comida e da língua.  Viajar era uma aventura, de trem ou por estradas de terra, poeirentas e esburacadas.  Rumores de guerra, e eventualmente a própria guerra aumentavam ainda mais as preocupações e a ansiedade dos primeiros anos, com a saudade companheira sempre presente, enquanto recebiam cartas com pedaços recortados pelos censores, durante a 2ª. Guerra mundial.

São Paulo, Ituiutaba e Uberaba:

O primeiro ano passou-se entre São Paulo, Ituiutaba e Uberaba no estudo da língua e aguardando a direção do Senhor com respeito ao seu lugar de trabalho, e eventualmente, depois de visitar várias pequenas cidades margeando a estrada de ferro Mogiana, mudaram-se para

São Joaquim da Barra,

porque as pessoas ali pareciam dispostas a ouvir a Palavra.  Alugaram uma casa cuja sala dava para a rua, e o Guilherme saiu pela cidade com folhetos, falando do Senhor Jesus a quem se dispunha a ouvi-lo. A presença da família causou muita curiosidade na cidade: “estrangeiros protestantes” com hábitos diferentes, e todos saiam às suas janelas ou portas quando a Leila saia com a sua primeira filha (Agnes, apelidada Ana) em um carrinho de bebê – o único da cidade.

Naqueles dias Guilherme escreveu no seu diário:
“A casa que alugamos está muito desarrumada, e vai levar uns 10 a 15 dias para começar as reuniões. Sentimo-nos muito sozinhos aqui: ‘perdidos’ sem conhecer ninguém. Queremos muito começar as pregações, mas precisamos de paciência. Hoje cedo lemos Josué 17 e esta leitura nos animou e fortaleceu. Temos inimigos fortes aqui, e também em nossos corações... pensamentos de temor e duvidas – mas certamente venceremos porque o Senhor está conosco”.
Assim que tudo ficou pronto, resolveram começar uma reunião de pregação do evangelho, todos os domingos.  A primeira foi no dia 6 de outubro de 1939, sendo que na semana anterior ele visitara todas as casas da rua convidando os vizinhos.  Ficaram contentes porque 15 pessoas aceitaram o convite, e quando começaram uma classe para crianças ficaram ainda mais felizes porque vieram 22.


COMPANHIA

Alguns outros casais missionários que trabalhavam na região eram os amigos e o apoio que tinham: João e Elizabeth Murray junto com Allan e Maria Bull em Ituiutaba; Ricardo e Maria Jones em Uberaba; Alexandre e Nettie Simpson em Conquista e Leonardo e Irene Nye em Sacramento.  Eles passavam férias nas casas uns dos outros, ajudavam quando havia reuniões especiais, estavam presentes no nascimento dos filhos e eram tios e tias das crianças.  Discutiam problemas e comparavam estratégias o que ajudava-os a lembrar que, embora longe de ‘casa’, tinham amizade e companheirismo com pessoas que compartilhavam os mesmos ideais, na terra que eventualmente seria o ‘seu lar’ e onde firmariam base duradoura, junto com as três filhas que Deus lhes deu.

AMPLIANDO OS HORIZONTES

Enquanto continuava pregando o evangelho em sua casa, como evangelista que era, William estava pensando em outras cidades e começou a visitar algumas, mais próximas, distribuindo folhetos e falando do Senhor.  Foi assim que levou o evangelho a Orlândia, Ipuã, Sales de Oliveira e Guará Chegando de uma destas visitas escreveu: “Passei outro dia, sozinho em Sales de Oliveira, e deixei um folheto em quase todas as casas da cidade”.
Em Guará, ao ser convidado pelo Snr. Antonio de Paula a pregar em sua casa, passou a ir todos os sábados durante muito tempo, fazendo, de bicicleta, o percurso de cerca de 40 quilômetros que separa as duas cidades. 

Lendo o que escreveu no seu diário, ficamos maravilhados com o esforço e perseverança deste casal.  Só o amor de Deus e a compaixão pelas almas perdidas podem levar alguém a tanto esforço, sempre ampliando os seus horizontes na tentativa de levar o evangelho a toda criatura.  Leila, naturalmente, foi a sua companheira fiel, usando seus conhecimentos de enfermagem para ajudar muitas famílias carentes.  Também passou muitas noites solitárias cuidando de duas crianças pequenas, (pois no ano de 1941 nasceu a segunda filha – Janeta), com a mesma determinação que Guilherme tinha em alcançar as almas.
Não era fácil chegar às fazendas que Guilherme visitava, mas ele não poupava a sua velha bicicleta, e voltando à noite, no escuro com apenas a luz fraca produzida pelo dínamo na roda da bicicleta muitas foram as quedas.  Mais tarde quando outro irmão, recém-convertido, passou a ir com ele, as coisas ficaram ainda piores, porque a segunda bicicleta nem luz tinha, então o Snr. Laurindo ia na frente, e a bicicleta do Guilherme iluminava o caminho de ambos, resultando em colisões e tombos, encarados sempre com muito bom humor!  Outros lugares só poderiam ser alcançados a cavalo ou a pé.

A extensão do trabalho feito por uma pessoa, sem a ajuda de companheiros na maior parte do tempo, mas dirigido pelo Senhor é impressionante.  Sem as boas estradas e os modernos meios de comunicação que temos hoje, ele plantou a boa semente nas cidades e fazendas de uma área enorme do Triangulo Mineiro e Nordeste do estado de São Paulo. (2a.parte em 07/10/2011)


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MORTE APARENTE - UMA VERDADE PARA SER CONTADA


Nestes últimos dias temos assistido reportagens alusivas de pessoas que quase morreram, e neste curto intervalo entre a vida e a suposta morte, afirmaram ter visto luzes e até Jesus.


Milhões de pessoas devem ter assistido, e extasiadas foram dormir tranquilamente, pois a reportagem infundiu-lhes a certeza de que a passagem para outra vida é muito bonita, com luzes e cores em profusão, e que a morte pode ser encarada com naturalidade.

Ledo engano.

Sem dúvida tais experiências podem agradar a muitas pessoas, mas submetidas à avaliação divina são totalmente infundadas.

A reportagem veiculada deixou transparecer informações que fogem dos parâmetros divinos, e que podem ser usadas por satanás para confundir e desviar pessoas da verdade.

A Biblia é categórica em afirmar que o diabo se transforma em um anjo de luz "E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz." (2a carta de Paulo aos Corintios 11:14) e assim torna-se claro que o objetivo de Satanás é enganar, e Jesus afirma que ele veio para roubar,matar e destruir (Ev. de João 10:10)

Mas, na reportagem, por que Satanás deseja enganar?

Para não me alongar neste blog, vou expor algumas razões:

1 - Para que ninguém se preocupe em arrepender-se dos seus pecados, crer no Senhor Jesus Cristo, e recebê-lo como verdadeiro Salvador.

A Cruz de Cristo deve ser o caminho que me leva ao céu, e ao passar por ela pela fé, meu acesso é garantido. Somente assim a morte será um prazer, e o céu um lugar de maravilhas.

2 - Causa estranheza o fato de que alguns parentes já mortos e inclusive Jesus, tenham aconselhado tais pessoas a voltarem para cuidar de seus familiares, especialmente filhos pequenos.

O céu é um lugar real, onde o pecado não existe, e jamais alguém daria tal conselho para voltar à terra. É o lugar onde o profeta do apocalipse, João, afirma ser o local onde os “mortos vão descansar de seus trabalhos” .(Apocalipse 14:13)

O ladrão arrependido entrou no paraíso quando deu seu último suspiro neste mundo, uma vez que confessou a Jesus Cristo como Senhor.

Imaginem esse ladrão ao entrar no paraíso e encontrar um parente seu aconselhando-o a voltar à terra para cuidar de algum familiar que aqui ficou.

3 - As Escrituras sagradas afirmam que depois da morte vem o juízo. Não há ,portanto, qualquer possibilidade de retorno e nem tampouco um estado intermediário.

4 - O apóstolo Paulo contou uma experiência de alguém que foi ao terceiro céu, e que se supõe seja ele mesmo:

"Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar" .(2a Carta aos Corintos cap.12)

Referida pessoa não passou pela morte, mas teve uma preciosa revelação da parte do Senhor, e o que sabemos é que ouviu palavras inefáveis. Algo que não se pode exprimir, inebriante,delicioso.

5 - Aqueles que morreram de verdade, e que morreram confiados em Cristo,tem a sua mente e seus pensamentos na vida eterna voltados somente à pessoa maravilhosa de Cristo. É Ele que encherá a vida do salvo de perene alegria, e a sua pessoa será louvada por toda a eternidade.

A experiência magnífica do apóstolo João na ilha de Patmos nos dá uma amostra da experiência dos salvos na eternidade:

" E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. (Apocalipse 5)

6 - Por último, a memória dos que morreram sem Cristo, sem recebê-lo como Senhor e Salvador, ainda de acordo com o relato contado por Jesus, estará plenamente ativada,como parte do sofrimento para toda a eternidade:

“Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.No hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós. Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. (Ev de Lucas 16)

A vida eterna é um presente de Deus oferecido a todo o que receber a seu Filho como Salvador, e o céu será um lugar de delicias.

A promessa deixada por Jesus a Filipe é para todos os que crerem:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.(Ev.de João cap.14)

Que assim seja.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pedro, apóstolo, pregador e pastor


Foto de Lumina Multimídia: Esta igreja foi construída,,onde, tradicionalmente,seria o local do café da manha de Jesus com seus discípulos em João 21.Dizem que a rocha ao lado da igreja foi o lugar onde Jesus chamou os seus discípulos


Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos.

 Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas.

 Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.(João 21:15-17)

Este diálogo emocionante deve ter causado um susto em Pedro. Suas emoções estavam agitadas devido aos últimos acontecimentos. A manhã da ressurreição, a corrida até ao sepulcro, a conversa de Jesus com Tomé, e agora, o encontro na praia, após uma noite de cansaço e frustração.

Quase três anos se passaram desde que se encontrou com o Senhor na condição de um pescador; logo em seguida foi convidado para ser um discípulo, um pescador de almas, e finalmente, nesta ocasião, saiu da presença de Jesus com o honroso ofício de pastor: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Será que Pedro entendeu bem esta responsabilidade dada por Jesus? Este convite tão honroso?Um homem rude, agora um pastor de cordeirinhos. Aquelas mãos calosas e pesadas de um pescador, agora seriam usadas como as mãos de um pastor.

Podem existir diferenças entre as mãos de um pescador, acostumado às cordas pesadas, às redes muitas vezes cheias, com as mãos de um pastor, ora dando de beber ao rebanho, ora acariciando, ou mesmo carregando a ovelha ferida em seus braços? Há um ponto em comum: as mãos precisam ser hábeis e fortes.

Logo, após a ascensão do Senhor Jesus, demonstrou seu dom de evangelista, levando, com a sua pregação, quase três mil almas aos pés de Cristo. A mensagem do arrependimento, a mesma pregada por Jesus, teve um efeito surpreendente naquele dia memorável para a igreja.

Este resultado é prova evidente do cumprimento da promessa do Senhor Jesus: “...não temas; de agora em diante serás pescador de homens”. (Lucas 5:10)

Nem sempre o pregador é um pastor, mas Pedro demonstrou sua capacidade tão notável no exercício destes dons ao longo de seu ministério. Seu modelo era Cristo e ele procurava segui-lo a cada dia.

Nos primeiros dias da igreja aplicou a disciplina em Ananias e Safira, e com o mesmo zelo que alcançava corações, foi enérgico diante da conduta reprovável deste casal.

O pastor é o homem de Deus que sabe dosar a força de seus argumentos e aplicá-los na ocasião própria.

Certa vez, impulsionado pelo Espírito Santo, levou a mensagem de salvação a Cornélio, abrindo a porta do Evangelho, de uma vez por todas, aos gentios. E esta graça maravilhosa custou-lhe uma lição inesquecível que recebeu como ensino da parte do Senhor (Atos 10).

O pastor é o homem que se curva diante das lições amargas quando estas são dadas pelo Senhor e tira delas um manancial de bênçãos para si e para o rebanho. É aquele que conhece suas deficiências, mas que, uma vez corrigidas pela Palavra do Senhor, aceita a correção da melhor maneira possível.

O pastor é o homem que corrige e sabe ser corrigido. A força que coloca na aplicação deve ser a mesma com que recebe a correção.

Não é pastor o que se impõe pela força como alguém que nunca erra, mas é pastor o que sabe compreender seu erro e corrigi-lo com dignidade.

Pedro foi assim. Ao ser repreendido por Paulo no tocante aos alimentos, conforme lemos em Gálatas 2:11 a 14,não guardou qualquer rancor, nem retrucou imediatamente. Bem poderia pensar na sua posição entre os discípulos, a tarefa deixada por Jesus e todo o seu vasto conhecimento que alcançara naqueles três anos, e assim, prontamente revidar a repreensão de Paulo. Mas não. Mais tarde encontramos o próprio apóstolo escrevendo sua segunda carta, fazendo uma menção extremamente carinhosa à pessoa de Paulo (II Pedro 3:15).

O pastor não guarda mágoas nem se torna um repositório de futuras revanches.

Pouco material temos do seu pastorado na leitura de Atos dos Apóstolos; mas em compensação, ao lermos as suas duas cartas, podemos descobrir como era seu coração em relação ao rebanho do Senhor.

“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente,nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pedro 5:2,3).

Novamente vemos cumpridas as palavras de Jesus Cristo ditas naqueles dias que já ficavam para bem distantes: pescador de almas e pastor de cordeirinhos.

Muitos anos se passaram, e Pedro desempenhava as funções de um verdadeiro pastor entre o rebanho.Um entre os demais pastores. “Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar” (I Pedro 5:1).

Não era o supremo pastor, mas aquele que aguardava a vinda do Sumo Pastor das ovelhas. Aquele que tratava com carinho e voluntariamente o rebanho que lhe fora confiado pelo Senhor.

O apóstolo Pedro, sem dúvida, teria provado na sua vida tais palavras. Toda a impetuosidade daqueles dias tinha terminado, pois jamais usara sua personalidade para ditar regras ou impor ordens. Era simplesmente o servo e apóstolo de Jesus Cristo. Queria usar esta credencial entre aqueles que desfrutavam da mesma fé.

Que lição oportuna podemos tirar desta vida tão usada e desgastada na obra do Senhor. Que bendita humildade colocar-se em pé de igualdade com os demais presbíteros, escondendo-se atrás da cruz do seu amado Salvador.

Há um grande prejuizo em não observar tais ensinos em nossos dias, quando muitos desejam o lugar de destaque, ou primazia. Quando os títulos de tratamento tão honrosos são exigidos e a reverência se vê em toda a parte.

As lições de Pedro são lições de vida de um verdadeiro pastor de cordeirinhos.

A humildade de Jesus naquela noite em lavar os seus pés falou profundamente à sua alma, e no decorrer dos anos os efeitos daquela majestosa lição, mais fulgurante se destacavam.

Queria ser um pastor seguindo as pisadas do Sumo Pastor, colocando em prática o seu amor e cuidado pelo rebanho. Jamais esquecera o ensino daquele dia, quando Jesus convidou os seus discípulos para descansarem num lugar à parte: “E disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco...” ou “ ...e Jesus viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não tem pastor...”(Marcos 6: 31,34). Por certo,este cuidado de Jesus para com os discípulos e para com o povo ficou marcado para sempre em seu coração.

Assim é o pastor. O modelo está na Palavra de Deus.

Que não haja nenhuma inovação em seu figurino, pois qualquer alteração esmaecerá a luz divina que é colocada na vida do pastor.

Quer sejamos pregadores ou pastores, sigamos os passos do apóstolo Pedro, que por sua vez fixou seus olhos na pessoa do Sumo Pastor.

Que a coroa incorruptível de glória seja o desejo de cada coração na vinda do Senhor Jesus, o Sumo Pastor(I Pedro 5:4).

E, sem dúvida, o Grande Pastor das ovelhas há de coroar o ministério dos seus filhos, quer sejam eles discípulos, pregadores, ou pastores.


Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

MÉTODOS DE DEUS


 E, chegando à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus, e pegou nela; porque os bois a deixavam pender.
Então a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus. (II Sam. 6:6,7)

Quando leio este relato, ao chegar nestes dois versículos, sempre prendo a respiração, tal o susto que levo. Logo me vêem os seguintes pensamentos: por que, em meio a tanta alegria, morreu um homem bem intencionado? Ele não queria fazer o melhor pela arca, querendo evitar sua queda?

Bem, tal raciocínio é meramente humano, sem qualquer embasamento espiritual, e prontamente devo fazer uma pausa e pedir perdão a Deus por tal irreverência. E prosseguir a leitura até o final do texto sem tais conjeturas terríveis.

Davi preparou uma grandiosa festa para  transportar a arca. Mandou fazer um carro novo, e acompanhado de 30.000 homens e de todo o povo de Israel, iniciou a triste jornada para o transporte da arca.

Davi, na sua euforia, deixou de consultar as instruções deixadas por Moisés, e procurou imitar a conduta dos Filisteus quando devolveram a arca do Senhor.

Davi, assim como Uzá, desejaram fazer o melhor, porém longe da vontade de Deus: um carro novo.E tudo só podia sair errado.

Para os filisteus nada aconteceu ao transportarem a arca, pois desconheciam o Deus de Israel, e o simbolismo da arca que para eles não passava de um talismã.

Entretanto, para o povo de Israel a arca representava a presença do "El Gibbor" o Deus todo poderoso , e ainda trazia belas recordações dos grandiosos feitos de Deus em prol do povo de Israel.

Quantas lições podemos tirar deste lamentável acontecimento.

A primeira é que estamos vivendo dias de muita religiosidade, onde muitos procuram agradar a Deus usando métodos próprios, praticas completamente divorciadas de sua Palavra e imitações baratas de culturas pagãs. E tudo porque deixam de procurar a vontade de Deus em sua Palavra e obedecê-la de coração. E assim, o vazio do coração se aprofunda cada vez mais.

Uzá, cujo nome significa "força", o homem que foi fulminado, fala-nos de pessoas sem o conhecimento de Deus, que depositam sua força em seus métodos e não em um Deus todo poderoso.

Assim que aconteceu a tragédia, Davi, logo percebeu e corrigiu seu erro.

Levou a arca do Senhor para a casa de Obede Edom, um geteu, que a recebeu com alegria, sem temor, pois sabia que a arca simbolizava a presença de Deus e, por esta razão , sua casa foi abençoada.

A segunda lição: Três meses depois Davi transportou a arca para Jerusalém, sendo a mesma levada por levitas, tudo de conformidade com as instruções de Deus. E foi um sucesso.

Um final feliz é o que podemos descobrir na leitura do texto:

“Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca do SENHOR, com júbilo, e ao som das trombetas” (vers.15).

Quando observamos atentamente as instruções de Deus só podem fluir cânticos de alegria, tranquilidade, paz e sucesso espiritual.

Que estes pensamentos  falem  ao seu coração retirando todas as suas conclusões humanas, seus métodos próprios, e que o façam descansar na força de Deus e não na sua própria força e sabedoria.

E tudo isso resultará em bênçãos e cânticos de vitória.

Que assim seja para a glória do Senhor Jesus.

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ODRE DE DEUS PARA MINHAS LÁGRIMAS




Salmo 56:8 Tu contaste as minhas aflições; põe as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas no teu livro?

Aos olhos do Senhor Deus nada passa despercebido. Ele conta os cabelos de nossa cabeça e nosso valor excede muito aos passarinhos.


Deus sempre deu valor às pequenas coisas. Os dois pãezinhos e os cinco peixinhos do menino, a moeda insignificante da viúva pobre, a funda de Davi com cinco pedrinhas. Coisas de pequeno valor que nas mãos de Deus foram usadas de forma maravilhosa.

O ser humano, tão infinitamente pequeno, detesta coisas pequenas; nosso Deus que é infinitamente grande se preocupa com as coisas pequenas. Como o ser humano é pretensioso.

E as lágrimas? Quer algo tão simples como a gota de uma lágrima?Deus se preocupa com nossas lágrimas.

Há lágrimas de alegrias, de surpresas, mas há  também  lágrimas de aflições.

Muitas vezes nossos amigos não entendem nossas lágrimas, desconhecem a nossa dor  e raramente têm algo para nos dizer.

À beira do túmulo de Lázaro, Jesus chorou. E Deus, seu amado Pai, conhecia a preciosidade daqueles olhos marejados de lágrimas.

Deus conta as minhas aflições, em outras palavras, Deus está atento a todas elas.

E quando as aflições vêm à minha vida lágrimas são derramadas.E essas lágrimas, Ele  guarda em seu odre, um recipiente de couro em forma de uma bolsa. E a seguir  registra minhas lágrimas em seu livro.

Davi tinha plena certeza deste cuidado de Deus. “... isto sei porque Deus está comigo” (vers.9).

Que eu tenha a mesma convicção de Davi  extraída desta figura tão linda. Ele estará sempre comigo cuidando da minha aflição e guardando minhas lágrimas.

Um dia ele enxugará toda a lágrima dos meus olhos, talvez lágrimas derramadas pela tristeza da morte de alguém tão querido. E no dia eterno não haverá mais pranto, nem lamento, nem dor.

Que Deus amoroso nós temos: ele guarda em seu odre minhas lágrimas e enxuga meus olhos, abençoa-me e sempre está comigo.

Se as lágrimas expõe minha alegria ou  aflição, o odre de Deus, ao recolhê-las, expõe seu amor e  graça.

Orlando Arraz Maz

De "Meditações nos Salmos"

terça-feira, 30 de agosto de 2011

PARABÉNS

Hoje minha filha Méleri completa 39 anos. Filha exemplar, esposa dedicada e mãe prestimosa.

Antes de seu nascimento, ainda na Faculdade, escrevi um acróstico, mostrei à minha esposa e ela gostou. Se nascesse uma menina, este seria seu nome:


M inha filha, Deus te abençoe,
E m tua vida que hoje se desponta;
L utarei por ti enquanto tiver forças
E nlaçado em teu amor e no amor te tua mãe;
R ogarei ao Pai por um caminho de luz,
I nstruída serás nos passos de Jesus


Sua vida apresenta sinais evidentes de que você aprendeu aos pés de Jesus, e com todo entusiasmo transmite tais lições à sua filha.

Parabéns e que Deus continue te carregando e guardando sob suas asas.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

VENHA PESCAR COMIGO


Meu blog é um lago de águas profundas, com grandes e belas carpas.

Venha pescar comigo.
Ele não me pertence, foi presente de Deus.Portanto, a beleza do lago é obra prima do Criador.
O mérito é só Dele. Eu só cuido do lago e alimento as carpas.
O alimento é preparado por Deus, e cada dia Ele enche minhas dispensas.
O alimento é mérito de Deus.
Venha pescar comigo.
Meu blog é um lago de águas tranquilas e o silêncio à sua volta é arrebatador.
Leve seu banquinho e seu equipamento, e não se esqueça do seu boné.
Meu blog é um lago onde o sol nunca se põe e seus raios são controlados por Deus. Nunca causou insolação nem machucou a pele de qualquer pescador. Portanto, é um lugar sempre claro, sem sombras, gostoso pra chuchu.
Venha pescar comigo.
Meu blog é um lugar de descanso. Descanso que mais necessita qualquer pescador. Não o descanso das horas perdidas no trânsito, não o descanso dos palavrões inconvenientes, não o descanso dos mal humorados, mas o descanso do coração, da angústia, da opressão.
O descanso é mérito de Deus, pois eu não posso oferecê-lo.Quando Deus me deu o lago, o descanso veio no pacote.
Venha pescar comigo, puxe seu banquinho e mãos à obra.
Mas, tenha paciência, pois esta arte pertence a todo o pescador.
Cada peixe que você pescar trate com carinho.Aprecie bem.Se levar para casa, degusta-o sem qualquer preocupação pois não tem espinhas, e se aparecerem, elas são macias e comestíveis.
Venha pescar comigo.
Sinta-se confortado por Deus no grande lago, pois Ele é sempre o primeiro a chegar.
Pela manhã Ele já está trabalhando. Ele não para.Sua presença é o segredo da purificação da água, da beleza do lago, do encanto de todas as tardes.
Venha pescar comigo.
Espero encontrá-lo todos os dias. Eu tenho muitas historias para contar. Ah, histórias verdadeiras de um pescador que ganhou o lago de Deus.
Venha pescar comigo.

Orlando Arraz Maz







sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CÂNTICO DOS VITORIOSOS - NÃO O CANTO DOS ESCRAVOS


“Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha"?

Quando leio este salmo, tento vislumbrar o panorama descrito pelo salmista. Parece-me um fim de tarde, o sol tentando se pôr, e de mansinho as nuvens brancas se retirando dos céus. Alguns homens, mulheres e crianças estão sentados à margem do rio, calados, pensativos,e facilmente se descobre que são judeus, longe dos campos de trigo, das terras outrora fartas.

Vejo juntamente com eles outro grupo de pessoas, sorrindo e despreocupadas, longe de problemas.São elas que oprimem os judeus e  pedem para que cantem os salmos de Davi, de Asafe e de tantos outros compositores judeus.

Mas a voz não lhes sai da garganta e as harpas estão sem uso, suspensas nos salgueiros que cobrem o rio.

Que quadro mais sombrio e triste.

É difícil cantar as canções do Senhor em terra estranha, na presença de um povo cruel e sanguinário como os babilônios. Um povo que desconhecia a grandiosidade do Deus de Israel.

Quantas vezes me vejo à “beira de um rio”, no cair de uma tarde sombria, com meus pensamentos longe de Deus, distante das minhas origens. E cercado de “amigos” que me pedem uma canção, minha voz não saí da minha boca.

Lembro-me de Pedro, o discípulo impulsivo sentado entre os inimigos do Senhor. Lá estava ele numa “terra estranha”, sem poder contar as maravilhas de Jesus e falar dos seus grandes feitos. Outra não foi a saída, senão dizer bem alto que não conhecia o Galileu recentemente preso, na sala de julgamento.

O que fazer então na terra estranha? Primeiramente, jamais deveríamos ser levados para lá. Mas a nossa fraqueza e distância do Senhor  permitiu que o inimigo nos tornasse cativos. Devemos fazer o que Pedro mais tarde fez: chorar amargamente,e arrependidos, buscar refúgio nos braços de Jesus, confessando nossa fraqueza e derrota e nunca mais sairmos da sua presença.

O cântico do Senhor jamais será entoado em terra estranha, pois seus ocupantes desconhecem os acordes dos céus.

Que o Senhor nos guarde, preservando nossas vidas e testemunhos dentro de seus limites, onde poderemos entoar o cântico dos remidos, lavados pelo sangue do Cordeiro.

"De Meditações nos Salmos"
Salmo 137:5
 
Orlando Arraz Maz