Manda-nos luzir o
Senhor Jesus, como quando a vela dá de noite a luz;
Quer que nós brilhemos
com a luz do céu, eu no meu cantinho e tu no teu.
Ao redor, então, manda
a luz raiar, pois que muitas trevas há que dissipar.
Para reluzirmos Deus
nos acendeu, eu no meu cantinho e tu no teu.
Desde criança conheço esta linda
canção, que me foi ensinada por minha professora da Escola Bíblica Dominical,
minha mãe.
Na classe fazíamos gestos com nossos dedinhos, movendo-os como a luz
trêmula de uma vela. Hoje, de cabelos embranquecidos, fecho meus olhos e me
vejo gesticulando a canção que não envelheceu. Quanta saudade!
Há poucos dias ouvi esta canção
por um grupo de crianças, também alunas da Escola Bíblica Dominical, e com elas
cantei também.
Entretanto, naqueles dias que ficaram para trás, achava bem interessante
os gestos, mas quanto à origem da letra meu entendimento era tão pequeno quanto
eu.
Hoje entendo melhor a letra da
canção escrita no século XIX, por volta de 1850, quando a luz de vela era a iluminação
das casas. Eram colocadas no alto e conhecidas como lampião, ou lamparina.
Portanto, não havia chegado a luz elétrica tão conhecida por nós.
A escritora desta canção, Susan Warner, viveu na época da
luz de vela (1819-1885), e sem dúvida foi inspirada no texto sagrado:
“Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras,
e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mat.5:16).
E nada
melhor que a luz de uma vela para exemplificar a canção.
A iluminação
de uma vela é bem fraquinha, e quando colocada num lugar bem alto ilumina todo
o compartimento de uma casa. Assim somos nós. Fracos, mas dependentes do Senhor,
e quando permitimos Jesus, que é a luz do mundo, assentar-se no alto dos nossos
corações, iluminamos ao nosso redor este mundo repleto de trevas. Este é o
desejo do Senhor Jesus.
É bom
recordar a melodia e fazer os gestos como as crianças, mas, melhor, ainda, é
viver refletindo a luz de Cristo em nossas vidas, perante a sociedade, dentro e
fora do lar, entre nossos amigos. Só assim eles verão a Cristo em toda a sua
formosura.
Que assim
seja
Orlando
Arraz Maz
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