Creio, Senhor! E
o adorou.
(Ev. João 9)
Todos os milagres são
extraordinários, mas quando se trata de cegueira reveste-se de grande importância. Neste texto encontramos um homem que nasceu
cego, incapaz de imaginar a forma das coisas à sua volta, a beleza do firmamento,
a coloração das flores, o rosto dos pais, enfim uma vida coberta de trevas.
Mas este dia marcou sua vida. Jesus, ao passar por ele, não o ignorou, e após responder a pergunta dos discípulos, “cuspiu
no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego, e
disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi,
lavou-se, e voltou vendo”.
Como gostaria de ver a
reação deste homem. Antes, o rosto todo sujo, asqueroso, sendo conduzido por
alguém em direção ao tanque onde lavou-se. Depois, sozinho, sem qualquer ajuda, um olhar
espantado, talvez até sorrindo, após confiar na ordem de Jesus, teve sua visão
perfeita. Ele foi: não duvidou que aquela coisa feia pudesse mudar sua vida
repentinamente, e voltou enxergando.
Quando
viram o cego circulando pelas imediações, travou-se longo debate, se era a
mesma pessoa a esmolar, envolvendo até as autoridades religiosas.
Creio que já cansado de tantas
perguntas, ele encerra o assunto: “Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era
cego, e agora vejo.
Magnifica
resposta, que me leva a pensar num outro tipo de cegueira, que impede a todas
as pessoas de contemplarem a cruz do calvário, onde Jesus deu nova visão para
todos que crerem nele. Tal como o lodo, a cruz também foi horrível, sendo o
único meio de restauração. O apóstolo Paulo ilustra bem: “O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para
que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.(II Cor.4:4)
Quando este milagre acontece passa a ser
visível a todos, pois a nova visão dos céus nos dá um novo tipo de vida para
seguirmos a Jesus. Os olhos do nosso entendimento são restaurados, e a beleza
de Jesus em nós é vista por todos.
Assim, como o cego, somos inquiridos
pelos amigos: “como se deu essa mudança extraordinária na sua vida”? Então
respondemos com alegria: “fui à cruz, confessei a Jesus como Salvador e Senhor,
e voltei salvo, com nova visão”.
E um cântico vem à nossa boca: “Oh! Quão
cego eu andei e perdido vaguei longe, longe do meu Salvador! Mas da glória
desceu e seu sangue verteu pra salvar a um tão pobre pecador”(HC 46)
Por fim, ao descobrir que quem o curou
era Jesus, disse o homem: Creio, Senhor! E o adorou.
Que neste dia, quando
muitos estão tateando por caminhos sombrios, buscando sua cura espiritual por
métodos humanos, que imitem o cego na sua fé e obediência, e corram para os
braços de Jesus, enquanto estiver vivo. Após a morte será impossível. Assim,
como diz o Espírito Santo: “Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o
coração” (Hebreus 3:7,8)
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz©
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