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quinta-feira, 7 de abril de 2016

O CANTOR DESAFINADO





O evangelho da prosperidade não produziu uma nova geração de grandes hinos cristãos. Nem a Confissão Positiva ou o Cristianismo Progressista.
Há uma razão pela qual não deveríamos esperar por isso. O fato é que as canções mais profundas vêm das verdades mais profundas. As canções mais fiéis vêm das expressões mais fiéis da fé cristã. As canções mais ricas vêm do entendimento mais rico de quem Deus é o que Deus fez.

Como cristãos, nos é dito que devemos cantar a partir do evangelho, uns com os outros, para o Senhor – um resumo de Colossenses 3:16, que diz “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”. Conforme Paulo escreve para a igreja em Colossos, seu desejo é que eles percebam que todo cristão precisa de aulas de canto. Se queremos cantar uma canção que glorifica o Senhor, primeiro precisamos aprender algumas lições.

A primeira lição é: O evangelho precisa ser a base de sua canção. Antes de cantar uma música que glorifique a Deus, a palavra de Cristo – o evangelho – precisa habitar em você. Paulo havia acabado de dizer “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Colossenses 2:13-14). Essa é uma mensagem gloriosa, uma que vale a pena cantar a respeito. Não há nada melhor que isso em todo o universo, literalmente. Você nunca ouvirá uma mensagem melhor, mais doce e mais preciosa. Se você deseja cantar uma canção que glorifica a Deus, você precisa primeiro ter uma rica e doce mensagem habitando em você.

A segunda lição é: O evangelho precisa habitar ricamente em você. Não é o suficiente ser habitado pelo evangelho. Antes que você possa cantar – realmente cantar – você precisa que o evangelho habite ricamente em você. Para habitar profundamente em você, a mensagem precisa ser rica. Você não pode se encher de uma mensagem rasa, tola e fraca e esperar que ela habite ricamente.

E isso é exatamente o porquê de o evangelho da prosperidade não ter produzido a próxima geração de grandes hinos da fé cristã. É por isso que não buscamos nas igrejas dominadas pela confissão positiva por músicas ricas e centradas no evangelho. Onde há uma mensagem rasa e não bíblica, haverá também músicas rasas e não bíblicas. Por outro lado, uma mensagem rica gera uma habitação rica, e essa rica habitação gera rica contemplação, e essa rica contemplação gera ricas canções.

Quando cantamos a Deus, proclamamos quem Ele é, o que Ele fez e o que Ele requer de nós. Também suplicamos, clamando por aquilo que o faz se deleitar em seu povo. Se isso é verdade, há um requerimento para que haja substância em nossas músicas.

Temos milhares de grandes músicas ao nosso dispor, então por que perder tempo com canções que não dizem praticamente nada? Quanto mais rico nosso entendimento de Deus, mais ricas serão as nossas expressões de louvor e mais ricas e ousadas as nossas petições quando cantarmos. Se conhecemos Deus apenas como aquele que distribui riquezas, nossas músicas apenas não pedirão nada além de prosperidade. Se conhecemos Deus como fraco e mais ou menos santo, nossas músicas irão falar de um Deus muito pequeno e indigno de nossa adoração. Mas se conhecemos Deus como ele é e se conhecemos o que ele conquistou por meio de seu Filho, nossas músicas serão cheias de ricas e doces verdades.

Cantamos melhor quando o evangelho habita ricamente em nós. Deus não está observando a perfeição dos tons em que cantamos. Ele está observando o coração. Tom e ritmo importam, mas quando você se levanta com a congregação e canta ao Senhor, é o seu coração que é muito mais importante. Você pode ser absolutamente desafinado e ainda assim cantar belas canções aos ouvidos de Deus quando o evangelho está habitando ricamente e quando você canta exultante no Salvador. 

 * Texto de autoria de Tim Challies - Traduzido por Filipe Schulz | e publicado em Reforma21.org



Que assim seja. 

sexta-feira, 1 de abril de 2016

MÂOS GRUDADAS NAS ESCRITURAS





“Depois dele, Eleazar, filho do aoíta Dodô. Ele era um dos três principais 
guerreiros e esteve com Davi
 quando os filisteus se reuniram em Pas-Damim para a batalha.
 Os israelitas recuaram, mas ele manteve a sua posição e feriu 
os filisteus até a sua mão ficar dormente e grudar na espada.” (2ª Samuel 23: 9,10)



Já imaginaram uma cena assim? Um homem em plena guerra, de tanto manusear a espada, sua mão fica dormente e grudada nela. Este era um fiel guerreiro do rei Davi, que antes de sua morte,  faz uma menção honrosa a este soldado.

A espada nas Sagradas Escrituras representa a Palavra de Deus. Vejam as palavras de Paulo escritas aos cristãos de Éfeso: Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. (Efésios 6:17).

Assim como o soldado de Davi, literalmente, fazia uso tão eficiente de sua espada, e os cristãos dos primeiros tempos da igreja precisavam usar a Palavra de Deus (escrituras do Velho Testamento), e pouquíssimas porções do Novo Testamento, mais do que nunca eu e você precisamos manuseá-la, pois a temos de forma completa em nossas mãos.

O soldado do rei teve sua mão dormente, tal a força com que  segurava a espada. Não podia cair de sua mão, pois corria o risco de ser ferido ou morrer na batalha.

Tal empenho não se vê em nossos dias de cristãos ávidos por sua leitura, e menos ainda em estudá-la, sequiosos como os antigos bereanos em conferir as palavras dos apóstolos. O que se depara em nosso cenário religioso é um batalhão de soldados preguiçosos, que empunham suas “armas” que para nada servem, e que por falta de uma leitura atenta são levados ao erro, adotando crendices como lenços “ungidos”, copos com água “abençoada”, orações de sete dias, práticas inexistentes nas Sagradas Escrituras. Outros são arrastados por doutrinas que negam a divindade de Cristo, e que vivem sem paz com medo de perder a salvação. Caso conferissem tais ensinos errôneos à luz da Palavra de Deus, por certo estariam seguros e firmes no Senhor Jesus.

Nosso cristianismo precisa com urgência apegar-se à Palavra de Deus, amá-la e  praticá-la de todo coração, sem se importar que suas mãos se tornem dormentes por segurá-la com todas as forças.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 25 de março de 2016

O ALABASTRO QUEBRADO





“Aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele se encontrava reclinado à mesa”.(Mat.26:7)









O relato magnífico descrito pelo evangelista Mateus, da mulher na casa de Simão, o leproso, é deveras emocionante.

Decidida a encontra-se com Jesus, muniu-se do alabastro precioso, quem sabe, guardado para tão especial ocasião. Era um perfume de rara qualidade, normalmente importado do Egito, que as noivas de famílias ricas ofereciam como dote aos seus futuros maridos. O recipiente era feito de alabastro, um material resistente, que na extremidade possuía um gargalo que facilmente se quebrava, derramando o seu perfume.    Selava, assim, um compromisso, entornando seu conteúdo aos pés do futuro marido. Seu valor que era de trezentos denários correspondia aos salários de um ano de um trabalhador comum.                   

A mulher guardou o perfume para ser usado em Jesus nos últimos dias de sua vida nesta terra. E sabendo de sua presença em casa de Simão, não perdeu tempo e para lá seguiu resoluta. Diz o texto:

“Aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele se encontrava reclinado à mesa”.
 
Venceu todas as barreiras impostas pela sociedade, e demonstrou sua gratidão perfumando a cabeça do seu querido Salvador. Não aguardou o dia da sua morte na cruz, fato que ela entendeu facilmente, tampouco o dia de sua ressurreição, ao contrário dos seus discípulos que até então mal entendiam tais assuntos. Derramou sobre a cabeça de Jesus o conteúdo precioso, relevando as críticas dos discípulos, pois só queria contemplar o rosto do seu amado Senhor.

Penso no perfume que impregnou o ambiente, e que permaneceu em suas mãos. Era impossível deixar de contagiar-se com o bálsamo de alto preço.

Hoje, dia em que se recorda a morte de Jesus, quão bom seria se todos o adorassem como Salvador vivo, e deixassem de cultuar um Cristo morto. 

Que trouxessem dádivas do coração, e que as depositassem sem medida aos seus pés, pois Ele tem amado ao mundo, de forma indescritível morrendo na cruz para tornar-se o Grande Salvador.

Que neste dia e em todos os demais de nosso viver, possamos coroá-lo como Rei e Senhor dos nossos corações, pois ao adorá-lo  ficamos impregnados com o perfume que exala da sua vida.

Imitemos a mulher que passou para a história, nas palavras do Senhor Jesus: “Eu lhes asseguro que onde quer que este evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado, em sua memória", e não nos importemos com os que tecem suas críticas.

Vamos trazer nossos bálsamos de alegria, abrir as portas e janelas do nosso coração, e consagrar nossas vidas a Cristo, pois ele não está na cruz, tampouco na sepultura, mas vivo à direita de Deus, de onde voltará um dia para buscar eu e você que fomos  comprados por seu sangue.

A Ele toda a Glória.

Orlando Arraz Maz©


sexta-feira, 18 de março de 2016

ÀS RUAS OU AOS CÉUS?




“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. (II Cron.7:14)






Uma agitação política afeta nosso País motivando passeatas, discursos inflamados, violências dos dois lados manifestantes, palavras de ordem contra ou a favor do Governo, opiniões nas redes sociais, e assim, um clima de pânico se instala em todos os lugares.

Tais recursos são utilizados pela grande maioria do povo, que entende serem os cabíveis para a solução de problemas, e desejoso por um final feliz, lança mão destes meios.

A mesma atitude é defendida e exercida por cristãos conhecedores da Palavra de Deus, que se envolvem com suas opiniões, e compartilham textos onde existem palavras ofensivas, expressões chulas, e palavrões explícitos. Com isto, admitem que sejam esses os caminhos indicativos de Deus para solucionar problemas e assuntos políticos.

Os métodos de Deus são totalmente diferentes, e seu povo, – a igreja hodierna – deve observá-los, e só assim encontrará pleno sucesso.

A “militância” do povo de Deus, os verdadeiros cristãos, tem caminhos próprios estabelecidos por Deus. Ao observarmos os povos bíblicos, que muitas vezes oprimiam Israel, e mais tarde o cristianismo, encontramos ensinamentos para os entregarmos aos cuidados de Deus através da oração. Não vemos atitudes de beligerâncias, revoltas maciças ou represálias, mas, sim, intercessão:

Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador”(I Tim.2:1-3) Não se exclui com tal procedimento a opinião dos cristãos, suas ponderações, apreensões ou preocupações, ou mesmo sua apatia diante de um quadro que possa causar a instabilidade e a segurança do País.

Como cristãos, deveríamos voltar nossos olhos para as sábias palavras do texto que encabeça esta meditação:

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”(II Crôn.7:14)

Aqui estão os “requisitos de Deus para abençoar uma nação, seja na terra de Salomão, seja na de Esdras, seja na nossa. Quem crê deve abandonar seus pecados, deixar a vida centrada no eu e se entregar à palavra e à vontade de Deus. Só então, e não antes, o céu enviará reavivamento”.(J.Barton Payne).

Precisamos com urgência levantar a bandeira da oração e abandonar aquelas que são partidárias, e suplicar em favor dos nossos dirigentes, com humilhação e jejum a fim de que eles sejam corrigidos por Deus.

Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer”.(Prov.21:1)

Assim foram ensinados os cristãos nos tempos de Paulo e de Pedro, sob um regime sanguinário, ou no tempo da carta aos Hebreus, quando muitos tiveram seus bens espoliados: “mas também com gozo aceitastes a espoliação dos vossos bens, sabendo que vós tendes uma possessão melhor e permanente”.(Heb.10:34).

Portanto, ao invés de sairmos para as ruas, praças ou avenidas, que nos juntemos com os demais cristãos, e levantemos um clamor a Deus e Ele fará a sua parte.

Clamemos pela Pátria, sem esquecermos aquela outra que nos pertence graças à obra da cruz.

Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas (Fil.3:20,21)

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 11 de março de 2016

O TEMPO VIRÁ






Achei bastante interessante a meditação abaixo, e resolvi compartilhá-la com os leitores deste meu blog.


Meditação: Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina. (2 Timóteo 4:3)

Pensamento: Permaneça firme na Palavra de Deus e você errará menos.

Leitura: 2 Timóteo 4:1-8.

Mensagem:

O Tempo Virá

            Um artigo de jornal descreve como os pais tentam conduzir seus filhos neste mundo com tantos tipos de crenças.

   Um casal pediu a uma senhora responsável por eventos cerimoniais, para que organizasse um culto em favor de seu bebê, Letícia. A mãe disse: “Só queríamos que um espírito maior guiasse nossa filha, mas não queríamos ser específicos. Queríamos que todas as suas necessidades fossem atendidas”. O casal disse: “Queremos que o cristianismo seja leve, do tipo que acredita em ‘anjos, fadas, duendes e Papai Noel”. Isso ilustra a desvalorização das verdades bíblicas, atitude tão predominante na cultura atual.
            
O apóstolo Paulo advertiu Timóteo que viva um tempo em que as pessoas iriam preferir o alimento espiritual “mais leve” e não tolerariam ensinamentos sólidos e sãos (2 Timóteo 4:3,4). E profetizou que os ensinamentos falsos aumentariam e seriam aceitos por muitos, pois supririam as necessidades de sua parte. Estas pessoas têm o desejo de serem entretidas e querem uma doutrina que lhes proporcione bons sentimentos a respeito de si mesmos. Paulo instruiu Timóteo a combater estes ensinamentos e verificar se essas doutrinas estão de acordo com a Palavra de Deus. O propósito de sua instrução era corrigir, repreender e encorajar aos outros (2 Timóteo 4:2).

Como cristãos somos chamados a ensinar e a obedecer a Palavra de Deus.

Você busca, à luz da Bíblia, discernir o certo do errado em suas atitudes?    


FONTE:
Marvin L. Williams
Pão Diário – Ministério RBC
Mensagens que edificam




        
  

quinta-feira, 3 de março de 2016

SEDE DE DEUS NO DESERTO








Salmo 63:1 “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água”. 






Conheço o deserto pelas imagens da televisão ou pela descrição nos livros, e sei que é um lugar terrível. Para o turista é uma atração, mas para o viajante é um lugar desolador. O sol escaldante e a falta de sombra para descanso são motivos que me deixariam assustados se lá estivesse.

Embora não conheço este deserto, há outro bem conhecido e muitas vezes habitado por muitos – o deserto das provações -, onde o sol forte queima e a sede seca a garganta. Não há sombra e muito menos “pastos verdejantes”.

As provações atingem sem piedade e não escolhem pessoas nem lugares. Elas podem se manifestar numa derrota, numa perda de um bem ou de um ente querido, num fracasso, num desânimo, e por aí teríamos uma lista infindável. E como flechas atingem em cheio nosso interior e nos abatem.

Muitas vezes as provações se transformam num deserto interminável, escolhemos o melhor esconderijo, e como caramujos nos fechamos. E com esta atitude de isolamento, nos ferimos e muitas vezes machucamos os que nos tentam ajudar.

Davi conheceu estes dois desertos – o do corpo e o da alma. E ambos se mesclam em sua vida. Estava no deserto como fugitivo, sem comunhão com muitos de seus amigos, ameaçado de morte por seu filho Absalão e longe da arca de Deus que ficara em Jerusalém. E prontamente ele encontra saída no deserto de Judá à procura de um Deus forte, acessível, pronto a dessedentar sua alma abatida e fraca.

Eu e você temos o privilégio de termos o mesmo Deus de Davi, que vem ao nosso encontro no sol mais forte do deserto das provações. Saiamos do nosso esconderijo de lamúrias e corramos para os braços de Deus. Ele deseja refrescar nossa alma e regar nosso coração como uma terra seca e exausta. Ele transformará nosso deserto no jardim mais florido. E como Davi, tenhamos um cântico em nossa boca: “Porque és a minha ajuda, canto de alegria à sombra das tuas asas”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

ARREBATAMENTO - PARA QUANDO?








O tema sobre o arrebatamento tem mexido com muitas pessoas, de um lado estudiosos com suas teorias e sugestões, e de outro lado àqueles que ouvem ou leem sobre este assunto. Há muitas especulações que lamentavelmente têm causado mais confusão do que esclarecimento.

E neste emaranhado de informações muitos chegaram a marcar uma data específica, causando apreensões e desesperos nas pessoas, sem contar a humilhação pelo erro cometido, usando isto como deboche às Sagradas Escrituras. O próprio Senhor Jesus afirmou aos seus discípulos o desconhecimento do dia e da hora da sua vinda.

Devemos, sim nos preocupar com a volta iminente do Senhor Jesus, mas sob o ponto de vista de um encontro com plena tranquilidade e descanso de nossos corações. Devemos viver vidas preparadas para esse dia faustoso, mesmo aqui neste vale de dor, mas com perspectivas dos céus. Quantos que se preocupam com o dia de sua volta, mas vivem e se esquecem de andar como cidadãos dos céus. São infiéis nos seus negócios e relacionamentos, a vida familiar é cheia de altos e baixos, a linguagem é asquerosa, e por aí uma lista infinda.

O arrebatamento deveria nos levar a um viver tão santo, que ao chegar à eternidade pouco estranharíamos. O aposto Paulo escreve a seu filho na fé, Timoteo, “Diante de Deus, que a tudo dá vida, e de Cristo Jesus, que diante de Pôncio Pilatos fez a boa confissão, eu lhe recomendo: Guarde este mandamento imaculado, irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Tim. 6:13,14). A fidelidade do discípulo seria recompensada no tribunal de Cristo que se seguirá ao arrebatamento da igreja.

Assim deve ser o viver de todo cristão autêntico: cada dia longe do pecado e com o olhar nos céus de onde virá nosso Salvador:   “Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”(Rom.6:11). Se adotarmos este procedimento, por certo viveremos vidas cristãs sadias, esperando pelo arrebatamento a cada amanhecer.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A VISÃO QUE PRECISAMOS






Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! "
(Isaías 6:1 a 7)




A visão de Isaías nos leva a uma profunda reflexão, exigindo mudança radical em nossas ações, muitas das quais direcionadas para nosso bem estar e progresso, e distantes da linha traçada por Deus onde devemos andar.

Estamos sempre ocupados e nosso dia é bem pequeno para alcançarmos nossos objetivos. Nosso olhar está voltado para o chão onde pisamos, e facilmente esquecemos que há necessidade de levantarmos nossos olhos, e saber que há um Trono onde Deus deseja mudar e purificar nossas vidas.

Isaías, o profeta evangelístico, se encontrava no templo, e lá teve uma visão magnifica do Senhor Jesus, (Ev.João 12:39-41), onde serafins voavam, provocando uma série de abalos  na sua estrutura. Ficou apavorado e reconheceu que estava perdido, e confessou que era homem de lábios impuros, e que suas raízes estavam plantadas numa cidade da mesma forma, impura.

Como cristãos vivemos numa sociedade totalmente impura, inimiga de Deus, cujos caminhos são caminhos de morte. Muitos são engolidos por seus costumes e práticas pecaminosas, e seus lábios consequentemente se tornam impuros, reprováveis por Deus. E, pior de tudo, muitos se acomodam lotando igrejas e vibram na participação  de seus louvores. Há necessidade urgente de uma transformação.

Isaías teve uma reação positiva da visão dada por Deus, e caiu em si, e reconheceu seu estado pecaminoso: “Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!".

Deus deseja uma reação semelhante em cada vida que foi salva por ele, pois todos tiveram uma visão real e verdadeira da obra realizada na cruz do calvário, que sem dúvida está embaçada pelo pecado que tem tornado os lábios impuros e vidas inúteis.

A brasa viva que é a Palavra de Deus precisa tocar nossos lábios e queimar nosso coração, e só assim Deus vai receber nosso louvor e serviço.

Isaías tão logo foi tocado pela brasa do altar, curvou-se reverente e prontificou-se em servi-lo com toda integridade: Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós? “E eu respondi:  Eis-me aqui. Envia-me!


Que assim seja


Orlando Arraz Maz©



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

ERVA QUE MORRE, AMOR QUE PERMANECE





 A vida do homem é semelhante à relva; 
ele floresce como a flor do campo,
que se vai quando sopra o vento 
e nem se sabe mais o lugar que ocupava.
Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno 
está com os que o temem, e a sua justiça com os filhos dos seus filhos,
com os que guardam a sua aliança e se 
lembram de obedecer aos seus preceitos.Salmo (103:15-17)
                                                                                                                                

Este é um salmo onde as comparações saltam aos nossos olhos. De um lado apresenta a fragilidade do homem, e de outro a grandiosidade do amor de Deus.

Estes belos versículos nos transportam para um lindo parque repleto de árvores verdejantes, com uma fonte de água cristalina, e um gramado macio. Enfim, um pequeno Éden que nos leva à reflexão.

Nossos dias são como uma erva que por si só é deveras frágil que nasce pela manhã, depois floresce e à tarde murcha e morre. Perde todo vigor, e se alguém pisá-la inadvertidamente, antecipa a sua morte. Somos frágeis como a erva e um simples vento lá se vai.

Mas o amor de Deus é grande. E o salmista usa uma medida fácil de ser entendida e difícil de ser explicada: é de eternidade à eternidade.  Não há um dia determinado em que nasceu, pois sempre existiu e nunca morrerá.

Não sofre as intempéries do tempo e não se abala frente à força do vento. Seu amor é imutável. “Sim o amor de Deus é grande nem nele há variação...”.

Este amor é para aqueles que o temem e a melhor forma de temer a Deus é obedecê-lo e crer em seu Amado Filho como Salvador, pois ele é a expressão do amor do Pai, que o entregou como prova do seu amor por nós, para ser amado por nós.

Este amor imensurável nos acolhe em seus braços, e se estende aos “filhos dos filhos”. Podemos confiar sem reservas, pois nossos filhos e netos são amados e guardados por Deus neste mundo tão perverso. E assim sentimos que a sua misericórdia dura para sempre, em total contraste com a erva que mal dura um dia.

“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores”. (Romanos 5:8)

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

LIBERDADE VERDADEIRA

A escravidão deixou marcas profundas e tristes nas vidas dos que já se foram, e a historia está repleta de informações desoladoras.

Basta uma leitura do clássico Navio Negreiro de Castro Alves, para termos uma vaga noção do que foi a escravidão no Brasil.

O povo judeu sofreu as agruras da escravidão nos fornos de tijolos nas terras egípcias. Soube, portanto, o que era padecer por mais de 400 anos.

Mais tarde aprenderam que não poderiam escravizar seus irmãos por mais de sete anos, devendo dar-lhes liberdade plena no sétimo ano. Era o chamado ano da libertação.

Hoje, felizmente a  escravidão não mais existe não somente em Israel, mas em grande parte do mundo; os povos são verdadeiramente livres.

Entretanto, há uma escravidão que não é física, e seus males ultrapassam os danos corporais. Exatamente dessa escravidão Jesus veio trazer libertação:

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres"

Na Escritura sete é o número da plenitude ou perfeição. Assim como o judeu encontrava libertação ( no sétimo ano), na plenitude do tempo Deus enviou seu Filho, e por meio dele proclamou a remissão dos pecados não apenas para os judeus, mas para todos os homens (Com.Bibl.Pop. W.MacDonald).

A morte do Senhor Jesus na cruz do calvário trouxe plena libertação da escravidão imposta pelo pecado. Satanás saiu derrotado e perdeu totalmente a posse de sua vítima que buscou libertação nos braços de Jesus.

Hoje há muitos libertos, salvos por  Jesus, livres das penas do pecado e da condenação eterna, que podem cantar com vozes triunfantes:

"Eu pobre escravo fui, mas Tu, Senhor Jesus, do jugo que senti, livras-te-me na cruz.
E preso pelo teu amor, agora sirvo a ti Senhor"(HC 205)

Louvado seja o Salvador Jesus que na Cruz proclamou nossa libertação.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

ESPERTALHÕES DA FÉ






Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos,
avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos, (2 Timóteo 3:1,2)


Gostaria de ressaltar a expressão usada pelo apóstolo Paulo nestes dois versículos:

“Amantes de si mesmos” e “avarentos” ou “amantes do dinheiro”, para considerar o que se passa ante nossos olhos, na conduta de muitos “pregadores” que se intitulam apóstolos ou bispos, diante de câmeras de televisão, expulsando demônios com a exibição de cenas deveras chocantes, e, ainda, aqueles que pedem aos que foram “curados” que demonstrem sua cura total, deixando muletas, óculos e outros acessórios de lado. A demonstração de um poder que jamais existiu leva os ouvintes ao delírio numa gritaria total.

Em meio a toda esta demonstração, tais “pregadores”, verdadeiros espertalhões, se aproveitam da boa fé de seus espectadores, e vendem “óleo ungido”, “lenços com suor do rosto”, e diversos objetos carregados de “poder”. Ainda há os que “vendem” promessas de uma vida rica e próspera, estipulando altos valores. E os incautos compradores são enganados.

Tais pessoas são as mesmas descritas pelo apóstolo Paulo em sua segunda carta ao seu filho na fé, Timoteo. Externamente são religiosas, professam ser cristãs, porém suas ações falam mais que suas próprias palavras, e demonstram uma mentira em suas vidas. Enganam e são enganadas pelo diabo.

O verdadeiro cristão deve apartar-se de tais falsos “pregadores”, assim como Timoteo em seus dias. “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.(II Tim.3:5). Devemos combatê-los sempre, e procurar apresentar o verdadeiro evangelho que transforma vidas, e que nos aponta para riquezas celestiais que só são encontradas em Cristo. 

Vamos proclamar bem alto aquele que se fez pobre por amor de nós, e que nunca prometeu riquezas para esta vida: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis”. (2ª Coríntios 8:9) “Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo”.(2ª Coríntios 6:10).

Que o Espírito Santo ilumine os corações das pessoas que estão sendo enganadas, levando-as a refletir na pureza do Evangelho, e sem perda de tempo correr ao pé da cruz de Cristo, confessar e se arrepender dos seus pecados. Que alcancem a vida eterna e descansem no poder de Jesus, e deixem de procurar bens e riquezas que são efêmeros, passageiros.

A nova vida que Cristo oferece atravessa a eternidade, e, portanto, vale a pena.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©