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sexta-feira, 1 de julho de 2016

A MORTE DE JESUS




Uma das joias do cancioneiro cristão é este belo hino, que retrata os resultados da morte de Jesus na cruz do calvário.

Reconhecimento

Do pecado resgatado
Fui na cruz por Teu amor,
E da morte, triste sorte,
Me livraste Tu, Senhor.

Coro:

Ó Jesus, meu Bem-Amado,
Meu Amigo e Bom Pastor,
Por Teu sangue fui comprado
E pertenço a Ti, Senhor!

Se hesitante, vacilante,
Ouço a voz do tentador,
Tu me guias, me auxilias,
E me tornas vencedor.

Redimida, só tem vida
A minha alma em Teu amor!
Com apreço, reconheço
Quanto devo a Ti, Senhor.



O autor da letra deste lindo hino foi um Major do Exército de Portugal, convertido a Cristo pelo testemunho de um soldado de seu batalhão.

É interessante conhecer o poder transformador de Jesus:

Guilherme Luiz dos Santos Ferreira (1850-1934)

Pouco se conhecia sobre o Major Guilherme Luiz dos Santos Ferreira, militar e escritor português, responsável por uma contribuição muito significativa à nossa hinologia. Os dados que obtivemos foram publicados por Bill H. Ichter. E nos revelam um escritor que mereceu registro na "Grande Enciclopédia Luso-Brasileira" v. 27, p. 393. Nasceu em Mafra, cidade histórica onde D. João VI ia sempre para ouvir o melhor cantochão, em 1850. Já era sargento quando um soldado sob seu comando pediu licença para não assistir a missa, por ser crente. Devido a esse testemunho, veio a se converter e tornar-se um valoroso crente no período da monarquia. Passou a assistir cultos na Igreja Presbiteriana que se reunia no Convento dos Marianos. Faleceu em Lisboa em 1934
(Dados extraídos do blog “Semeando Vida”)

Diversos de seus hinos figuram no "Salmos e Hinos", no "Cantor Cristão" . Este hino está no hinário Hinos e Cânticos, e tem o nº 307.

Orlando Arraz Maz














sexta-feira, 24 de junho de 2016

UM CAMINHO SEGURO




“Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar” (Salmo 143:8)

“Mostra-me o teu amor fiel já pela manhã, porque confio em ti. Mostra-me o caminho por onde devo andar porque minha oração é sincera”(Bíblia Viva).






É bastante difícil destacar um versículo dentre os doze deste salmo.
É como tentar separar fragrâncias de um perfume ou, ainda, tentar decifrá-las.

O salmista sabe que há um Deus pronto a ouvi-lo, e esta é a razão porque ele começa com a expressão: “Atende Senhor, a minha oração; dá ouvidos às minhas súplicas”.

Como é animador ter um Deus à disposição dos seus filhos. Um Deus que ouve e responde segundo a sua fidelidade e justiça.

O salmista deseja ouvir sua voz pela manhã, manifestação sublime da sua graça.

Desejamos ouvi-lo pela manhã? Então que tal convidá-lo a sentar-se ao nosso lado e deixar que Ele nos fale.

Quanto barulho há durante o dia, quantos afazeres, quantos compromissos.
Mas pela manhã é o melhor tempo para nossa alma envolver-se com o clima celestial.
E o salmista queria ouvir sua voz pela manhã. Longe das correrias do palácio, dos problemas do reino. Queria estar a sós com seu Deus Maravilhoso.

“Mostra-me o caminho...” Somente o Deus da graça pode conduzir-nos por um caminho seguro.
No decorrer do dia podemos ficar assustados com os caminhos que aparecem. Quantas encruzilhadas difíceis!

Ele quer conduzir nossos pés de forma segura pelo caminho da paz, da proteção, do conforto, da bênção, da vitória.

Não deixemos para procurá-lo somente à noite, mas que à noite possamos agradecer-lhe pelos cuidados e proteção durante o dia, fruto da nossa oração pela manhã.

De Meditações nos Salmos

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 17 de junho de 2016

CARGA EM EXCESSO





Há uma série de relatos de naufrágios de navios nos tempos antigos, que levam muitos às caças de tesouros que ficaram submersos. Ora são joias, moedas e utensílios que alcançam boa soma de dinheiro no mercado.

Entretanto, entre tais relatos, o mais completo é este descrito por Lucas nos Atos dos Apóstolos. (caps. 27 e 28). O naufrágio não deixou bens materiais submersos, mas lições que permanecem até os nossos dias, e que podem ser aprendidas por todos.

Primeiramente, é um relato perfeito porque foi orientado por Deus. Lucas o escreveu deixando a mão do “Majestoso Historiador”, dirigir sua mão, e daí resultaram nestas informações impressionantes.

Há muitas lições. A que mais prende minha atenção é a carga que transporta o navio. Em princípio, 276 pessoas, das quais 3 são cristãs (Paulo, Lucas e Aristarco), trigo em abundância, e muitas outras mercadorias.

Em decorrência de forte tempestade e rajadas de ventos, a travessia tornou-se bastante perigosa, levando Paulo a alertá-los com estas palavras: “Senhores, vejo que a viagem vai ser com avaria e muita perda não só para a carga e o navio, mas também para as nossas vidas”.  Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao dono do navio do que às coisas que Paulo dizia.

Deus estava no controle do navio, pois o anjo enviado a Paulo já havia informado de tudo, e confortado seu coração com as palavras “não temas”. Portanto, seria necessário tomar as medidas para aliviar a carga do navio. Não bastava repousar tranquilo. O centurião não deu crédito às palavras de Paulo, e descansou nas palavras do piloto e do dono da embarcação.

 Quantas vezes damos mais crédito às pessoas que demonstram ter um bom conhecimento da situação, e deixamos Deus em segundo plano. Não é assim o que   sucede com as nossas vidas?. Embora certos da presença de Deus, o conhecimento de sua Palavra, nas tormentas que vêm sobre nós procuramos orientações fora da vontade de Deus, e deixamos de tomar medidas com urgência. Precisamos lançar o excesso de bagagem que trazemos, e lançá-la  para bem longe. Quanta bagagem que lamentamos ter de perder. Na embarcação narrada por Lucas o trigo era a melhor mercadoria, pois supria necessidades de muitas pessoas. E ela foi totalmente jogada ao mar.

Muitas vezes precisamos perder toda a “carga” que trazemos dentro de nós, inclusive a que mais estimamos e deixar Deus nos reduzir a nada, para que Ele possa nos usar como é seu desejo. Leiam com atenção o final da história: “Assim chegaram todos à terra salvos.” E mais adiante:“...e estes nos distinguiram com muitas honras; e, ao embarcarmos, puseram a bordo as coisas que nos eram necessárias.(28:10).

Uma embarcação perdida e uma carga jogada ao mar compensaram as vidas salvas naquela ilha,  e o melhor, o nome de Deus foi glorificado.

 Assim se dará conosco quando nos livrarmos do excesso de bagagem.


Que assim seja



Orlando Arraz Maz©


quinta-feira, 9 de junho de 2016

CARTA DE UM LEPROSO






Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus,
porque dele vem a minha esperança.
Só ele é a minha rocha e a minha salvação;
é a minha fortaleza; não serei abalado.
Em Deus está a minha salvação e a minha glória;
Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio.(Salmo 62:5-7)



O autor desta carta foi um missionário muito abençoado pelo Senhor em Telugo, na Índia. Muitos, pela sua instrumentalidade foram trazidos do paganismo para a  luz do Evangelho de Cristo. O Senhor, porém, não permitiu que o seu servo continuasse a servi-lo, pois uma vez atacado de lepra foi obrigado a regressar para a Inglaterra, onde durante 15 anos sofreu num leito de enfermidade, privado de ter parte no serviço que tanto amava e isolado dos seus entes queridos. Vamos a sua carta publicada em Leituras Cristãs de 1920/1921.

"Há quase quinze anos que não o vejo, de forma que apreciei imensamente a sua carta. Tenho tido que suportar uma pesada cruz, mas alegro-me em poder dizer-lhe que a graça do Senhor tem sido suficiente para mim em cada passo desta jornada.

Ao princípio, não me podia conformar com a minha sorte, pois eram grandes os planos que tinha formado para o futuro. No meu campo de trabalho na Índia havia muitas almas que  estavam se convertendo ao Senhor, e já em pensamento antecipava o gozo de batizar alguns milhares.

Eu tinha orado ao Senhor, dizendo: "Senhor, permite-me que seja Teu servo, cheio do Teu Espírito, e que a Ti dedique todo o meu pensamento, toda a minha energia, toda a minha vida". Ele respondeu-me, mas em vez de permitir que O servisse como eu planejava, separou-me para sempre desse trabalho.

Jazendo aqui no hospital na Inglaterra, e quando os primeiros horrores da perspectiva do prolongado sofrer se apoderaram de mim, pensava muitas vezes que o Senhor me tinha esquecido e desamparado, que de mim tinha ocultado Sua face. Mas não era assim. Quanto mais dores tenho tido de suportar, mais fácil se me tem tornado suportá-las, e agora regozijo-me a todo o momento no meu Salvador.

Eu sei que já não pode faltar muito tempo para me encontrar com Ele, mas, enquanto estou no corpo, não posso conservar-me em silêncio. Preciso dar o meu testemunho, preciso falar do Seu grande amor por mim, e já escrevi uma tese para ser lida no Congresso Missionário na Índia, sobre: "Como desempenhar bem o nosso lugar na vida".

O irmão me pergunta como estou. Já perdi a vista e a voz; não tenho pés nem artelhos, não tenho braços; mas o meu coração não está morto. Ainda me sinto movido de comiseração e de desejo. Ainda anelo pela extensão do Reino de Cristo sobre a terra, e isto mais do que nunca.

Não posso ler nem escrever, mas as bondosas enfermeiras chegam-se para me ler e escrevem-me também o que lhes posso ditar. Tenho tudo quanto preciso e não estaria mais confortável se estivesse na minha própria casa.

Enquanto viver, espero preparar outros para o trabalho na Índia, e ainda que me encontro morrendo lentamente, não devo deixar de continuar a fazer alguma cousa que contribua para a extensão do Reino do Redentor depois do meu passamento.

Estou certo que o irmão se lembrará de mim nas suas orações para que eu possa ser humilde, paciente e fiel até ao fim. Presentemente não sei o que seja ter dúvidas, e se eu ainda possuísse a minha voz havia de cantar todo o dia. Em certas ocasiões sinto-me tão feliz que suspiro partir para o meu lar celeste e habitar com o meu Bem Amado para sempre.

Que o Deus de todo o conforto o conforte e lhe conceda a Sua graça, inundando-o com a luz da Sua presença de maneira que dia a dia o irmão seja transformado de glória em glória na Sua imagem, é a oração do seu irmão no Reino de Cristo. John E.

 (Achei por bem publicar esta carta, quando muitos desistem por pequenos problemas, e fazem deles uma montanha).

Orlando Arraz Maz








sexta-feira, 3 de junho de 2016

CONVITE IRRECUSÁVEL

                                        
Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”. No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. Indo um pouco mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, preparando as suas redes. (Marcos 1:16-19 NVI)



Andar à beira mar, sem dúvida, para Cristo não seria apenas um passeio matinal como muitos fazem. As praias são lugares preferidos, entre muitas coisas, para admirar a natureza, como o nascer e o por do sol, o céu azul sem nuvens, e ainda o lugar onde muitos praticam exercícios.

Jesus muitas vezes andou pelas praias do mar da Galileia, mas seu objetivo sempre foi procurar fazer a vontade de seu Pai.

Nesta ocasião seu olhar pousou sobre dois homens, e logo pensou nos discípulos que fariam parte de seu ministério: André e Simão, pescadores, que trabalhavam arduamente lançando suas redes ao mar. E logo os chamou para que o seguissem, e se tornassem pescadores de homens. Caminhando mais um pouco, chamou mais dois irmãos, também pescadores: Tiago e João, e fez o mesmo convite.

Hoje o Senhor Jesus não está entre nós fisicamente, portanto, não vamos vê-lo andando por uma praia, mas está vivo nos céus para onde subiu há mais de dois mil anos. Enquanto Ele não volta, a praia que Ele escolheu é o nosso coração, onde em espírito caminha fazendo este convite: 

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".(Mateus 11:28-30)

O que precisamos fazer é atender ao seu convite com a mesma prontidão daqueles quatro primeiros discípulos, deixando as muitas redes que nos atrapalham, e que a cada dia mais nos embaraçam. Quando nos rendemos ao seu convite e o seguimos de coração, encontramos alivio e descanso para nossas vidas. A partir daquele dia esses discípulos experimentaram e desfrutaram uma nova vida, o que sem duvida pode ocorrer com aqueles que se lançarem em seus braços: "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora".(João 6:37)


Desça com toda pressa do barco agitado de sua vida, e atenda ao chamado de Jesus. 

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 27 de maio de 2016

CURA À DISTÂNCIA




Caná da Galileia ficou famosa por ser o lugar onde Jesus realizou seu primeiro milagre. Mas este segundo milagre, também realizado  em  Caná, como os demais, traz consigo sua grandiosidade. O primeiro Jesus  transformou água no vinho mais saboroso e trouxe muita alegria aos noivos; este transformou o coração de uma família, deu cura ao filho e trouxe alegria aos anjos de Deus, pela fé depositada em Jesus.

Um nobre precisa de um milagre, pois seu filho está à morte. As esperanças do pai nos médicos não mais existem, e o único recurso é procurar Jesus. Em outras palavras dar fim  ao grito de angústia : “livra o meu filho das garras da morte”.

A morte sempre foi o temor da humanidade, e ela se apresenta inexoravelmente à porta de todos, sejam ricos, pobres, simples ou nobres. E seu rastro deixa um caminho de dor e lágrimas.

As Sagradas Escrituras nos esclarecem que a morte é a consequência do pecado no ser humano. Quando nossos primeiros pais desobedeceram a Deus a morte se instalou no coração. O apóstolo Paulo esclarece bem este assunto: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Romanos 5:12). Com a entrada do pecado, como consequência o homem morreu física e espiritualmente.

Assim se encontrava o filho do nobre: quase morto fisicamente e totalmente morto para Deus. Somente o Senhor Jesus poderia dar solução, e para isso um passo de fé deveria ser dado pelo nobre que creu nas palavras de Jesus. Na mesma hora em que afirmou que o filho estaria curado ocorreu o milagre. O nobre viajou de volta para sua casa com toda certeza, e no dia seguinte, ao chegar, confirmou a cura maravilhosa.  A fé é sempre assim. Vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus. (Rom.10:17).

A distância do local onde estava o Senhor Jesus e o filho do nobre, aproximadamente trinta e dois km. não impediu que o milagre fosse realizado. Assim se dá quando depositamos nossa fé em Cristo, que lá dos céus age em favor de todos os que creem.

Que haja um maior interesse em cada um de nós pelo milagre da salvação, que pode nos livrar da morte eterna, e restabelecer nossa paz com Deus. Basta crermos na palavra de Cristo e confessá-lo como Senhor, que lá do céu virá em nosso socorro.

Que assim seja 

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 20 de maio de 2016

GOLPE DE VERDADE









 Golpe – uma palavra tão falada e repetida muitas vezes nestes últimos dias. De tanto ouvi-la ou mesmo lê-la nos meios de comunicação, sempre foi ligada à política ou às atividades governamentais, e a  mente de muitas pessoas  sempre esteve voltada para tais ocorrências.

Também compartilhei dos mesmos pensamentos, até que pensei em outro golpe, bem diferente, porém, terrivelmente trágico: o golpe que dá Satanás. Este realmente é um golpe na acepção da palavra que atinge a todas as pessoas, em qualquer lugar deste mundo. Não se compara à ideia do golpe que tanto foi comentado ultimamente.

Nas Sagradas Escrituras há muita menção dos golpes de Satanás, pois eles visam  atingir desde pessoas até ao Filho de Deus, o Senhor Jesus. Nem sempre é bem sucedido, no caso de Jesus, que resistiu aos seus golpes e os venceu, retirando-se completamente frustrado. Entretanto, Jó, vítima de Satanás, recebeu inúmeros golpes e foi socorrido pelo poder de Deus.

Os golpes de Satanás são desferidos sem piedade e o seu prazer é afastar o ser humano de Deus, e fazê-lo sofrer terrivelmente os seus efeitos. Jesus nos deixou instruções precisas sobre suas atividades: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância”. João 10:10. E o Apóstolo Paulo nas diversas cartas que escreveu, relata o cuidado que devemos ter para nos proteger deles.

Os golpes perpetrados pelos que governam, e que ocorrem em muitos lugares, levam as pessoas ao sofrimento, à perda de seus direitos, à intranquilidade, e roubam-lhes a paz. Já, os golpes de Satanás não se comparam, pois começam em nossos dias, atravessam o tempo e permanecem na eternidade.

Portanto, se as pessoas não podem livrar-se dos golpes humanos, há recursos à disposição de todos para enfrentarem os golpes de Satanás. “Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo”. Efésios 6:13. Basta crer e confiar no poder de Cristo, lançar mão desta abençoada armadura, e os golpes serão resistidos com facilidade.  

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O CRISTÃO PREPARADO - CONCLUSÃO





"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:
É me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, 
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado;e eis que eu estou convosco todos
os dias até a consumação dos séculos”. Mat. 28:18-20



Também podemos destacar nossos irmãos que vêm do exterior , sem qualquer conhecimento do idioma e que, algum tempo depois o falam corretamente, usam os verbos certos e as concordâncias corretas.
Entretanto, o exemplo de Timóteo se destaca entre todos os demais, o qual, sem dúvida, era um homem atualizado para sua época. Provavelmente conhecia com profundidade o ensino dos gnósticos, os escritos dos filósofos gregos, podendo combatê-los com o conhecimento da Palavra de Deus que tão bem era manejada por ele.
             "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".( 2Tm:2:15)
 E ainda, o sábio Salomão,
             "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" . (Ecl:9:10)
 Portanto, o preparo do obreiro torna-se de fundamental  importância.
 Que tal, a partir de hoje, querido irmão, iniciar um processo de aquisição de conhecimento, a fim de que o seu ministério seja apreciado pelos seus ouvintes e abençoado pelo Senhor?
 Se houver condições, passe a frequentar um curso regular. Se não, estude por correspondência.
 Resumindo, gostaríamos de sugerir algumas medidas práticas que poderão surtir algum efeito imediato:
 1) Leia sempre a Palavra de Deus em voz alta e pausadamente. Dedique pelo menos 30 minutos diariamente, olhando para um espelho, corrigindo sua dicção.
 2) Anote cada palavra que você não conhece num caderno.
 3) Após o treinamento na leitura, procure um dicionário e aprenda a palavra que você não conhecia. Mais tarde, quando você estiver discorrendo sobre o texto, terá condições de explicá-la ao seu auditório.
 4) Procure se atualizar com os fatos à sua volta. Leia boas revistas nessa área. Leia bons livros.
 5) Procure manusear  enciclopédias, onde você descobrirá fatos relevantes em muitas culturas, que servirão para exemplificar sua mensagem.
 Claro que tais medidas não visam a suprir seus conhecimentos na Palavra de Deus, a qual deverá ser sempre estudada. Se frequentar uma Escola Bíblica, melhor ainda, desde que seu intuito seja aprender do Senhor e engrandecê-lo na sua vida, e não a obtenção de um diploma para intitular-se "Ministro", "Licenciado em Assuntos Teológicos" etc.
Desta forma, o IDE do Senhor Jesus, que já em si é maravilhoso, será cumprido com mais destreza e eficiência, bastando, assim, como Salomão nos ensina, a  usar todas as suas forças.

Orlando Arraz Maz

terça-feira, 10 de maio de 2016

O CRISTÃO PREPARADO 1ª Parte





"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:
É me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, 
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado;e eis que eu estou convosco todos
os dias até a consumação dos séculos”. Mat. 28:18-20


                   
                A obediência ao chamado de Cristo para a propagação do Evangelho com a conversão de almas é um rico privilégio e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade dada por Deus a todo o crente.
               Há aqueles que  exercem esse "munus" de Deus conciliando com seu trabalho rotineiro:  evangelizando parentes , amigos e pessoas à sua volta. E não perdem as oportunidades.
Mas há os que se sentem chamados para esse trabalho de forma  exclusiva.
São os cristãos,  os quais denominamos "irmãos ou irmãs de tempo integral".
Normalmente são membros de igrejas, ativos, dedicados, cooperadores fiéis, que não medem esforços no serviço do Senhor.
Também são irmãos estudiosos das Escrituras, conhecedores das doutrinas básicas da fé, muitos dos quais, provavelmente, passaram por cursos bíblicos, quer por correspondência, ou mesmo aqueles ministrados em igrejas, por irmãos de um profundo saber na Palavra de Deus.
 E com tais conhecimentos, seguindo a orientação clara do Senhor, partem para o campo, ávidos pela conquista de almas.
 Entretanto, surgem algumas indagações:
O preparo do obreiro está restrito aos conhecimentos da Palavra de Deus ?
Seria necessário um conhecimento complementar?
Uma busca incessante de conhecimentos hodiernos, que englobem a história, geografia, política  etc. ?
Antes de atentarmos para as nossas indagações, necessário se faz esclarecermos que para o atendimento do IDE do Senhor Jesus, não se exige um curso de teologia, bastando o servo do Senhor sentir-se vocacionado para a obra. Mas, partindo desta premissa, passamos para outro extremo, sob a alegação de que realmente nada mais precisa. Lamentavelmente é aí, exatamente, o cerne da questão.
 Nos meios denominacionais temos a figura do pastor que centraliza em si o poder. Deve ser elemento preparado, e nisto devemos reconhecer algo de positivo, pois ao concluir seu curso teológico ele é portador de um vasto conhecimento, não só bíblico, mas em todas as demais áreas do conhecimento.
Claro que não ocorrem com todos os pastores, pois existem aqueles que nem o dom de pastorear possuem.
Porém, o que nos interessa nestas breves linhas, não é atacar as denominações, onde há irmãos e pastores muito preciosos, mas tirar deles o exemplo  de uma boa cultura.
Em nosso meio não temos a figura do pastor nos moldes denominacionais.
Há presbíteros responsáveis perante Deus pelo rebanho a eles confiados, especialmente no ensino da doutrina e dentre estes podem existir os verdadeiros pastores que zelam pelos membros.
A igreja local, através dos presbíteros, deve incentivar os que se sentem chamados para a obra missionária, a um melhor preparo. Não se trata do preparo bíblico, pois este deve estar acima de todos os demais. Mas, sem dúvida, de conhecimentos básicos nas demais áreas.
É muito triste quando o obreiro, ou mesmo qualquer crente atuando na obra, ao dirigir uma reunião, ao falar ninguém consegue ouvi-lo;  ao ler ninguém entende, e  quando começa a pregar apresenta uma mensagem totalmente confusa com pensamentos esparsos.
Sem dúvida muitos dirão: "o Espírito Santo tem seus meios, e mesmo assim pode ocorrer conversão", mas esta premissa não autoriza o servo de Deus a ser descuidado .
Já é tempo de mostrar aos nossos jovens,irmãos e irmãs,  aqueles que mais tarde poderão ser chamados, que além de um andar digno e santo na presença de Deus, um preparo sempre é bem recomendável
Olhando para a Palavra de Deus, descobrimos que Paulo era um homem que estudava. Que gostava  de ler.  Em II Tim.4:13, faz menção de "livros". Que livros seriam esses?
            “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos”.
Tem sido muito comentado esse versículo no tocante aos livros. Penso que seriam livros de escritores seculares, de sua época, pois estando em Atenas, em seu  discurso, faz menção de poetas gregos.
“Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração”.  (Atos 17:28)
 Então, as indagações feitas acima comportam as seguintes respostas:
 O preparo do obreiro não está restrito aos conhecimentos da Palavra de Deus.
 Portanto, faz-se necessário um conhecimento complementar, assim como uma busca incessante de conhecimentos atualizados, que englobam a história, geografia, política etc.
 O preparo, portanto, se torna indispensável, não somente de obreiros, mas de todo crente, homem ou mulher, que é utilizado no âmbito das permissões contidas na Palavra de Deus.
 Hoje são poucos os irmãos e irmãs que leem livros seculares. E pela falta de leitura, quando leem a Bíblia, se assustam com palavras que lhes parecem fantasmas. E aí começam a gaguejar ,a soletrar , e muitas vezes desistem e passam por cima da palavra.
Já é tempo de ajudarmos nossos queridos jovens. É tempo, também, de que cada jovem se conscientize dessa verdade e busque auxílio. E que faça um esforço neste sentido.
As igrejas podem criar cursos onde eles exercitem suas leituras, aprendam a falar em público. E caso esta tarefa seja difícil para uma igreja local, que indique cursos nestas áreas.
E isto é possível, embora possa custar trabalho.
 Há aqueles que têm tido um desenvolvimento espetacular nos meios evangélicos. Irmãos que hoje estão na obra missionária, sem qualquer curso superior ou mestrado, mas que, por esforço próprio, alcançaram bons conhecimentos na língua portuguesa, na história passada e contemporânea, e quando ministram o fazem de maneira eloquente e todos ficam maravilhados.
No passado tivemos grandes servos de Deus sem qualquer instrução secular .
Homens que fundaram trabalhos, dedicados, mas que se esforçaram em obter conhecimentos de sua época. Eram estudiosos. E nas suas mensagens, além da Palavra de Deus pregada com toda a sabedoria, aprendia-se muito com eles da história dos povos, países e costumes. E tudo vinha ao conhecimento desses irmãos por esforço próprio.
 Lembro-me de Laurindo José dos Santos que foi um deles. Nas visitas que fazia em nossa casa, manifestava uma apreciação especial ao manusear a coleção "A história dos Hebreus" de Flávio Josefo; demonstrava grande desejo em pesquisar a origem da raça negra, sem falar no conhecimento que possuía do idioma alemão.  O saudoso E. Percy Ellis, em seu livro "O Livro dos Provérbios", conta-nos que ao trabalhar em um asilo de velhas, cortando a grama, na frente da máquina "pregou" uma gramática grega.
Da mesma forma, o missionário Harold St. John, na biografia escrita por sua filha Patrícia St. John, conta-nos o seguinte: "Após o horário de trabalho no Banco, ele frequentemente corria ao museu Britânico, a fim de apanhar uns dizeres para as futuras pregações..."  ( a continuar)

 Orlando Arraz Maz

sábado, 7 de maio de 2016

COMO SERÁ SEU “DIA DAS MÃES”?




Domingo é um dia especial, portanto, diferente de todos os outros. Separamos esse dia para homenagear nossa mãe, e devolver-lhe um pouco do carinho que tanto nos deu ao longo da vida. Lembro-me dos tempos em que este dia se transformava numa festa, almoço especial, todos os filhos reunidos, e ela sendo alvo de toda atenção. Ela já partiu, mas sua presença ainda é lembrada com carinho.

Sem dúvida, assim será este domingo, quando os filhos estarão reunidos comemorando com alegria a dádiva de Deus às suas vidas. Será um momento para ser fotografado não apenas nos celulares, ou postado nas redes sociais, mas gravado no coração sem riscos de vírus ou de perda total. Deverá ser um dia permeado de gratidão a Deus por sua vida, pelos anos que tem batalhado ao nosso lado, e ao mesmo tempo de súplicas pela continuidade de sua existência.

Lamentavelmente em muitos lares este dia não é festejado, pois muitos filhos se tornaram inimigos de suas mães, as mágoas se avolumaram, e surgiu um abismo intransponível coberto de sombras. Que ainda haja tempo para que as feridas sejam curadas, que a reconciliação se estabeleça, pois nossa vida é passageira como a neblina, conforme escreve Tiago: “Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa”. (Tiago 4:14). Que este domingo tenha um significado marcante na vida de muitos filhos, trazendo de  volta a paz perdida e  uma nova alegria.

O amor à nossa mãe está inserido no mandamento de Deus: "Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor teu Deus te dá”. ( Êxodo 20:12). Jesus o repetiu várias vezes ao ensinar seus discípulos, e o apóstolo Paulo o citou em suas cartas. Só assim, com nossa mãe e nossos filhos ao redor da  mesa, este dia será um verdadeiro dia das mães e plenamente abençoado.

Como será, então, seu “dia das mães”?

O meu será muito feliz, abraçando a mãe dos meus filhos e neta, ao redor de nossa mesa.


Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 29 de abril de 2016

TERMÔMETRO




“e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”.
Mateus 24:12

Usamos o termômetro para medir a temperatura do corpo, e é ele quem vai sinalizar o grau de nossa enfermidade. Aferimos a febre de nossas crianças, e qualquer alteração é suficiente para nos assustar. Trata-se de um invento tão maravilhoso quanto útil e bastante  utilizado por todos.

Já imaginaram se existisse um termômetro para acusar o grau do nosso amor para com nossos irmãos?  Qualquer sinal por menor que fosse, colocaríamos o termômetro no peito, sobre o coração, e leríamos: amor muito fraco, fraquinho, etc. Será que ficaríamos assustados ou preocupados com sua leitura, e procuraríamos imediatamente o melhor remédio?

A falta de amor ou um amor inexpressivo tem caracterizado as igrejas nestes dias tão agitados. As pessoas estão muito ocupadas em cuidar de suas vidas, buscar seus interesses, e não cultivam o amor ensinado por Jesus e que deveria ser a marca fundamental de todo o cristão. Jesus nos ensinou que “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Embora seja uma profecia para tempos futuros, não restam dúvidas que atualmente já existe esfriamento do amor entre os irmãos, falta de sensibilidade, de uma palavra de ternura, de um abraço apertado, e por aí vai uma série de manifestações que há muito já não existem.   

Não há termômetro para essa finalidade, mas Deus já providenciou um que não falha, e que se chama “termômetro da Palavra de Deus”, que é colocado diante dos olhos das pessoas. É através dele que aferimos o grau do nosso amor, sempre observando como Jesus nos amou e como devemos amar os nossos irmãos. Lamentavelmente esse termômetro é desprezado, muitos se afastam dele, e consequentemente, o amor se esfria e o desânimo prevalece no seio de muitas igrejas.

Tal amor quase não se vê porque muitos abandonaram o amor dos primeiros dias da conversão. O afastamento da Palavra de Deus se tornou tão acentuado, e assim, deixou há muito de ser um termômetro confiável.

Que tal lançarmos mão com toda urgência deste termômetro abençoado, e de joelhos clamar ao Salvador que nos encha do seu amor, que o faça transbordar em nosso coração, e alcance os que dele tanto necessitam.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz


sexta-feira, 22 de abril de 2016

O VERDADEIRO PASTOR








"E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar, o meu servo Davi. Ele as apascentará, e lhes servirá de pastor. E eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse.(Ezequiel 34:23,24)






O trabalho do pastor é um dos mais antigos deste mundo. Desde os primórdios da humanidade eles se destacam por seu trabalho e dedicação ao rebanho. A Bíblia descreve a dedicação de muitos pastores, e a figura de Davi se destaca entre eles. Quando Samuel foi designado por Deus para ungir um rei sobre Israel, Davi se encontrava cuidando das         ovelhas de seu pai. E mais tarde ele relata ao rei Saul as suas vitórias em defendê-las das garras do urso e do leão. Um contraste notável entre Saul e Davi, entre os muitos, é que enquanto Davi protege o rebanho de seu pai, Saul busca as ovelhas perdidas do seu pai. Anos mais tarde, lemos que os pastores ao receberam a visitação gloriosa dos anjos anunciando o nascimento de Jesus, guardavam os seus rebanhos.

Jesus em seu ministério abençoado neste mundo se apresenta como o Bom Pastor.  Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (Ev. João 10:11). Ele se identifica perfeitamente como “o bom Pastor”, porque há os maus pastores, os mercenários, aqueles que são pagos para trabalhar, e as ovelhas não lhes pertencem. Frente à qualquer perigo eles fogem e deixam o rebanho desprovido de proteção. Na parábola da ovelha perdida contada por Jesus, o pastor deixa noventa e nove protegidas no aprisco e vai  buscar  a que se perdeu. Ao encontra-la, volta trazendo-a nos seus ombros, numa exuberante demonstração de alegria. Ele é o pastor no deserto perigoso, e é o pastor que nos leva às águas tranquilas e que refrigera a alma por amor ao seu Nome.

O profeta Ezequiel no capítulo 34 apresenta um quadro dos falsos pastores que viviam nos seus tempos, e no meio de tanto desalento e decepção, ele aponta para o rei Davi: E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar, o meu servo Davi. Ele as apascentará, e lhes servirá de pastor. E eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse”. Trata-se de uma profecia majestosa, onde o Senhor Jesus no milênio será o Rei-Pastor. Aquele que deu sua vida pelas ovelhas morrendo na cruz, será o mesmo que apascentará o seu povo. Hoje, lá dos céus Ele cuida do rebanho, dá a provisão necessária, corrige, e nos transporta em seus ombros. Mas naquele glorioso dia, Ele caminhará à nossa frente, e com corpos transformados, o veremos face a face.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 15 de abril de 2016

UM GOVERNANTE JUSTO









‘Quem governa o povo com justiça, quem o governa com o temor de Deus, é como a luz da manhã ao nascer do sol, numa manhã sem nuvens. É como a claridade depois da chuva, que faz crescer as plantas da terra’.
2 Samuel 23:3,4





Nosso País vive momentos agitados em sua história. Há um clima de incerteza, medo, desalento em toda a parte, e ainda uma insatisfação e descrença de seus dirigentes. A mentira e a desonestidade imperam, e o que se ouve num dia, no dia seguinte é desmentido. 

Em meio a todo esse quadro nebuloso, deparei-me com o texto acima, da lavra do rei Davi, escrito há quase três mil anos. Quanta verdade. Não foi difícil transportar-me para esse país. Fechei meus olhos e deixei os pensamentos tomarem conta com toda a sua força.

Quem seria o governante justo? Quem governaria com o temor de Deus? Sem dúvida não seria o autor do texto bíblico, ou seu filho Salomão, e muito menos um rei daqueles tempos que já se foram. Davi, entretanto, falou sob a direção do Espírito Santo, e apontou para o Senhor Jesus que ainda virá com todo o poder e glória. “Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça.    ( 2 Pedro 3:13). A sua primeira vinda neste mundo foi de humilhação e morte de cruz; sua segunda vinda será de exaltação, onde Ele implantará um reinado de paz e justiça, e assim se cumprirá em sua integridade o texto profético.

Embora também esteja decepcionado com o rumo que segue nosso País, senti-me mais revigorado nutrindo pensamentos de uma cidade que um dia será plena realidade. Eu creio nesta promessa e espero pelo estabelecimento de uma nova ordem, onde Jesus Cristo será o governante inigualável. Se hoje as nuvens são escuras e a luz do sol é fraca, um dia aquele que é o “Sol da Justiça” fará brilhar a sua luz em todos os lugares.Não haverá mais noite. Eles não precisarão de luz de candeia nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre.” (Apoc.22:5)

Pensando no texto desta meditação, o velho hino veio para reforçá-la, e o cantei baixinho:

“Jesus à terra voltará com grande majestade, e neste mundo tomará suprema potestade.
“Jesus, justiça e paz dará e proteção ao povo; o seu reinado amor trará, ao mundo feito novo”
“Dominará de mar a mar e até os fins da terra; felicidade nos vem dar; não haverá mais guerra”.
“Compadecer-se-á Jesus dos tristes e dos pobres. Florescerão na sua luz os justos como os nobres”.
“Qual chuva bênçãos descerão aos povos refrescando; os reis e príncipes virão curvar-se sob seu mando”.

Estribilho:

“Saudai ao Rei celestial, que toma aqui poder real! Saudai o imperial Senhor; Jesus, Rei santo, Salvador” ( HC 329)

Que as decepções, medos e desconfianças não empanem nossa visão, nem nos afastem da trajetória da cruz, “pois se nada aqui me anima, Jesus me satisfaz”. Elevemos aos céus nossas súplicas para que Deus abra os olhos dos nossos governantes, e acalme o nosso coração.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©