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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

MEDALHAS: OURO, PRATA OU BRONZE?








"Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis".
(I Cor. 9:24)   






Estamos em época de olimpíadas, e em especial no Rio de Janeiro vemos uma agitação própria desse evento. Há pessoas de todas as partes do mundo e que aqui estão para torcer por seu país. Vibram com bandeiras e trajes característicos, e demonstram uma alegria contagiante.

Quando o apóstolo Paulo escreveu para a comunidade cristã da cidade de Corinto, se encontrava bem distante, na cidade de Éfeso, e prontamente recordou-lhes as competições gregas que se desenvolviam entre eles, tão conhecidas e disputadas naqueles tempos longínquos. Por certo havia entre todos a mesma euforia que estamos assistindo, e o desejo em cada atleta de conquistar os louros da vitória. E o apóstolo esclarece que muitos se esforçam nas competições, mas somente um conquista a vitória tão desejada.

Assim é a corrida cristã. Muitos, tomados pela euforia de uma mensagem cativante, se deixam levar por emoções, e resolvem ingressar nas fileiras do Evangelho, e logo desistem no caminho. Outros começam entusiasmados com vistas às recompensas de sucessos financeiros, e da mesma forma, após nada conseguirem, abandonam a pista totalmente machucados.

O atleta verdadeiro que deseja competir nos “estádios” da fé cristã, é aquele que descobriu em Jesus o amigo melhor, o Salvador sem outro igual que ofereceu sua vida na cruz e que perdoa o pecador perdido. Quando alguém inicia esta corrida não deseja desistir, pois Jesus vai à frente abrindo o caminho e ajudando nas difíceis subidas.

A corrida cristã não visa a recompensa pela salvação, pois esta independe de nossos esforços. O Senhor Jesus deseja um serviço fiel de cada competidor, cuja coroa está reservada para ser entregue naquele dia, quando subiremos no pódio e a receberemos de suas mãos. Esta era a certeza do apóstolo: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (II Tim. 4: 8).

As medalhas dos atletas, mesmo as de ouro, prata ou bronze, valem para esta vida, e a alegria em ganha-las é efêmera. As que estão guardadas pelo Senhor Jesus não envelhecem, não perdem seu brilho, e a alegria que  produzem são para a eternidade.

Vamos, sim, nos alegrar com nossos atletas e torcer pelo nosso país, mas jamais nos esquecer que há uma competição melhor, que demanda nossa fidelidade no serviço do Mestre: “Não é dos fortes a vitória, nem dos que correm melhor! Mas dos fiéis e sinceros, como nos diz o Senhor”!(CC 471) “Correi de tal maneira que o alcanceis.”


Que assim seja

Orlando Arraz Maz©




sexta-feira, 5 de agosto de 2016

INCÊNDIOS EVITADOS





 Vendo isto os discípulos Tiago e João, disseram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir [como Elias também fez?] 55. Ele porém, voltando-se, repreendeu-os, [e disse: Vós não sabeis de que espírito sois.] 56. [Pois o Filho do Homem não veio para destruir as vidas dos homens, mas para salvá-las.] E foram para outra aldeia. (Lucas 9:54)
  

Quantas vezes agimos sem pensar e tomamos medidas que em seguida nos entristecem. Procuramos todos os meios para nos desculpar, e só assim alcançar alívio para nossa consciência.

Não sei o que se passou nos corações destes dois discípulos, um deles conhecido como o discípulo que Jesus amava. Penso que ficaram deveras envergonhados pela advertência de Jesus.

Não levou muito tempo, pois no início da igreja relatado em Atos dos Apóstolos, encontramos João incumbido de levar as boas novas do evangelho a uma aldeia dos Samaritanos. Aquele que desejava queimá-los com fogo do céu, provou outro fogo vindo também do céu, que trouxe uma nova vida a muitos samaritanos.(Atos 8:25).

Há um ditado chinês que diz: "Meça cem vezes e corte uma vez". Devemos agir da mesma forma em circunstâncias adversas, quando faltar bem pouco para explodir nossas reservas. Do contrário seremos corrigidos por Deus, que nos manda  dar meia volta e apagar o incêndio.
O apóstolo do amor entendeu perfeitamente a repreensão do seu amado Mestre, e não foi difícil demonstrar seu amor aos samaritanos, levando-lhes as novas do evangelho e abrindo-lhes seu coração. E ao longo de sua longeva vida foi conhecido como o apóstolo do amor.

Que sejamos sensíveis à voz de Deus para prontamente obedecê-la, e sermos usados para o enaltecimento do seu Nome.
Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 29 de julho de 2016

LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR



Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e antes que se aproximem os anos em que você dirá: "Não tenho satisfação neles".(Ecl.12:1)








Provavelmente, o escritor do livro de Eclesiastes, o sábio Salomão, já não era um jovem quando escreveu este capítulo. Tudo nos leva a crer que a sua juventude foi vivida no temor de Deus e que na sua velhice desejava instruir os jovens a se lembrarem do Criador.

Como um profundo conhecedor  da Ciência, principalmente da Botânica (1° Reis 4.29-34), penetrou nas suas minúcias indecifráveis, e, sem dúvida, também foi um conhecedor do ser humano, pesquisando e penetrando no mais profundo de sua vida. Embasado em tal conhecimento aliado à sua experiência, pôde deixar esculpidos na Palavra de Deus versículos tão abençoados, entre os quais estes do capítulo 12 de Eclesiastes.

Quem sabe se o resultado de suas pesquisas foi deveras assombroso contemplando a infinidade daqueles que um dia, sendo jovens, tinham se esquecido do Criador, e que, agora, com o peso dos anos, tinham o peso das feridas expostas na alma, surgidas pelo fato de terem colocado o Criador à margem de suas vidas.

A Palavra de Deus é sábia, pois o seu Autor é um Deus sábio e desta forma dá sabedoria àqueles que se colocam sob Sua mão, a fim de que, por eles, outros sejam instruídos. Salomão foi deveras usado neste sentido. Portanto, nisto vemos o amor de Deus, que não quer o ser humano, criado à Sua semelhança, com uma velhice de mágoas e sequelas pelo fato de "viverem" uma vida longe dEle e, consequentemente, dEle esquecidos.

Mas em que consiste tal lembrança do Criador?  Será simplesmente uma indelével lembrança, fugidia, fugaz, que se desvanece qual vapor ou qual nuvem no horizonte? Ou será uma lembrança tal que leve o ser humano a prostrar-se perante o Criador e, humilhado, reconheça sua limitação, pequenez e incapacidade? Ah! se esta última atitude fosse adotada, muitos, que hoje se lamentam, poderiam viver felizes, sem queixumes.

Lembrar-se do Criador é reconhecer a Sua grandeza, não só na Criação, mas, sobretudo, na restauração do homem.

Lembrar-se do Criador é reconhecer que Ele se fez homem e, que na  Sua grandeza, humilde, baixou  a este mundo para salvar o homem dos seus pecados.

Lembrar-se do Criador é sentir dentro do coração o Deus que salva, que liberta, que perdoa, que abençoa!

Lembrar-se do Criador é viver no temor deste Deus e, amando-o deixar que Ele domine todo o seu ser.

Somente assim será feliz o homem que em sua mocidade lembrou-se do Criador. E nada terá para lamentar-se, pois não conhecerá os dias maus, o tédio, a solidão, o descontentamento.

É bom saber que os crentes no Senhor Jesus Cristo já entenderam a mensagem de Eclesiastes 12.Abraçaram e aceitaram em suas vidas o Criador, certos de que nada terão para lamentar-se, pois, mesmo chegando os anos, neles terão todo o prazer.

E, com tal ânimo, se esforçam no trabalho do Senhor e de maneira específica nas reuniões de treinamento da Mocidade, procurando aprender e transmitir aos outros jovens aquilo que já sabem do Criador.

Colocam em prática o que o sábio pregador ensinou, sabendo que é melhor ter o gozo de Cristo no coração do que os prazeres deste mundo; que lembrar e amar ao Criador de todas as coisas, o Salvador Maravilhoso e Conselheiro, o Deus Forte e Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, resultará em bênçãos eternas e que ninguém, que assim crê de coração, virá dizer mais tarde: “...antes que venham os maus dias e cheguem os anos dos quais dirá: não tenho neles prazer”.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

quinta-feira, 21 de julho de 2016

CUIDEMOS DAS FLORES, MAS EM PRIMEIRO LUGAR DAS ALMAS



Jardim de André e Priscila


"Maria escolheu a boa parte,
a qual não lhe será tirada”.(Lucas 10:40-42).



Outro dia durante minha caminhada numa grande praça, onde muitos se exercitam, entre jovens andando de “skates”, bicicletas, jogando futebol e vôlei, notei um grupo que se destacava por suas camisetas amarelas, com a seguinte frase estampada: “Jesus é a solução”. Estavam distribuindo literatura evangélica, enquanto outros pregavam para alguns jovens, atentos às palavras do Evangelho de João. Logo, também parei e fiquei ouvindo.

Mais adiante, vi um homem que é morador de uma casa que dá frente para a praça, e que espontaneamente cuida das flores, das pequenas árvores, mas que neste dia consertava as balanças das crianças, lubrificando e apertando os parafusos. Ele também recebeu uma porção da Palavra de Deus.

Ao recordar este acontecimento, me vem à memória a visita de Jesus à casa de Marta, Maria e Lázaro. Em meio aos preparativos daquela refeição, encontramos Marta reclamando de sua irmã Maria: “Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que minha irmã me tenha deixado a servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas; entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”.(Lucas 10:40-42).

Aqueles jovens escolheram a boa parte em cuidar de vidas, anunciando as novas do Evangelho, apontando para Jesus, sua vida e seu perdão, e a garantia de uma vida eterna. Foi exatamente o que fazia Maria aos pés de Jesus. E os que se dispõe a segui-lo levando a preciosa semente são abençoados, também, por tal escolha.

O trabalho de Marta era muito importante, pois desejava fazer o melhor para Jesus, e assim é todo o esforço das pessoas, inclusive daquele homem cuidando da praça. Entretanto, não resolve o problema da alma, não transmite alívio necessário, e muito menos garante uma eternidade com Jesus.

Buscar em primeiro lugar o reino de Deus é escolher a boa parte. Depois, com tranquilidade, cuidemos das flores, das árvores e das balanças das crianças.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 15 de julho de 2016

AS MÃOS DO PAI




“Nas tuas mãos entrego o meu espírito;  tu me remiste Senhor, Deus da verdade; nas tuas mãos estão os meus dias...;bendito seja o Senhor, que engrandeceu a sua misericórdia para comigo,
numa cidade sitiada” (Salmo 31: 5, 15 e 21)










Alegro-me em pensar que este salmo seria um dos prediletos do Senhor Jesus, talvez aprendido em sua juventude,  e que seria bastante  citado em  suas orações.


Quão bom seria se todos nós decorássemos textos das Escrituras, a fim de nos alimentarmos e consolar aqueles com os quais nos relacionamos.



Este salmo é da autoria do rei Davi e retrata momentos de aflição em suas fugas do rei Saul. E tanto Davi como o Senhor Jesus confiavam neste Deus maravilhoso, não só em tempos de crises, mas em todas as circunstâncias.



Jesus lembrou-se desse salmo na cruz, nos momentos de extrema dor e agonia: “nas tuas mãos entrego o meu espírito”, ou seja, as mãos do Pai que o trouxeram a este mundo na “plenitude dos tempos” cujos dias nelas estavam bem seguros. E após as trevas da cruz, o caminho para a sepultura, e o túmulo bem fechado qual “cidade sitiada”, foi invadido pelo poder do Pai no terceiro dia, removendo com sua mão a pedra gigantesca.



E nós, depositamos plena confiança em Deus ao passarmos por tempos de aflição? Ou será que muitas vezes nos encontramos em situações como dentro de cidades sitiadas, sem saída?



Que as palavras confortantes deste salmo nos animem em tempos sombrios, sem perspectivas de luz, e abram os nossos olhos para vermos que nossos dias, horas, minutos e segundos estão nas mãos daquele que nos remiu. Não há cidade sitiada que resista ao poder do Amado Salvador.



Davi alcançou muitas vitórias diante das situações mais adversas, mas nada comparadas à vitória conquistada por Jesus na cruz, a qual nos torna com ele mais que vencedores (Rom.8:37).



Os meus dias estão nas suas mãos. E os seus?



Que assim seja



Orlando Arraz Maz©

quinta-feira, 7 de julho de 2016

TONICO, MUITO ALÉM DO SOL


Antonio Arraz Maz
28/02/1934 - 06/07/2016
Escrevo este pensamento em pleno voo em direção à Curitiba, para dar meu "até logo" ao meu querido irmão que nesta quarta feira, dia 6 de julho, partiu para estar com Cristo.

Quando em poucos minutos o avião ultrapassou as nuvens, pensei "Tonico está bem mais alto do que eu". Que verdade gloriosa! E cantei em pensamento: "Muito além do sol, muito além do sol, eu tenho um lar onde está Jesus, muito além do sol".

Tonico, como era carinhosamente chamado, viveu a vida cristã procurando sempre agradar seu Senhor e Salvador. Era um excelente cooperador na igreja, quer elaborando projetos de construção ou executando trabalhos braçais; na parte espiritual sempre auxiliando no cuidado com o rebanho. Apreciava, cantava muitos hinos evangélicos e regia o coral da igreja.Em tudo que participava punha o seu coração.

O espaço é pequeno para descrever seu trabalho, e apesar de sua paralisia infantil, nunca esmoreceu e nem se deixou abater. Servirá de exemplo para todos os que gozam boa saúde, e que muitas vezes são desanimados na obra do Mestre.

Vou guardá-lo para sempre na memória e no coração, certo de que no combate cristão, nas fileiras de Jesus, "foi um príncipe e um grande" Faço minhas as palavras do rei Davi na morte de Abner: " Então disse o rei aos seus servos: Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande?"( Ii Samuel 3:38)

Olá amado irmão, descanse em paz nos braços Daquele que é o Príncipe da Paz.

A Ele toda a glória.

Orlando Arraz Maz.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A MORTE DE JESUS




Uma das joias do cancioneiro cristão é este belo hino, que retrata os resultados da morte de Jesus na cruz do calvário.

Reconhecimento

Do pecado resgatado
Fui na cruz por Teu amor,
E da morte, triste sorte,
Me livraste Tu, Senhor.

Coro:

Ó Jesus, meu Bem-Amado,
Meu Amigo e Bom Pastor,
Por Teu sangue fui comprado
E pertenço a Ti, Senhor!

Se hesitante, vacilante,
Ouço a voz do tentador,
Tu me guias, me auxilias,
E me tornas vencedor.

Redimida, só tem vida
A minha alma em Teu amor!
Com apreço, reconheço
Quanto devo a Ti, Senhor.



O autor da letra deste lindo hino foi um Major do Exército de Portugal, convertido a Cristo pelo testemunho de um soldado de seu batalhão.

É interessante conhecer o poder transformador de Jesus:

Guilherme Luiz dos Santos Ferreira (1850-1934)

Pouco se conhecia sobre o Major Guilherme Luiz dos Santos Ferreira, militar e escritor português, responsável por uma contribuição muito significativa à nossa hinologia. Os dados que obtivemos foram publicados por Bill H. Ichter. E nos revelam um escritor que mereceu registro na "Grande Enciclopédia Luso-Brasileira" v. 27, p. 393. Nasceu em Mafra, cidade histórica onde D. João VI ia sempre para ouvir o melhor cantochão, em 1850. Já era sargento quando um soldado sob seu comando pediu licença para não assistir a missa, por ser crente. Devido a esse testemunho, veio a se converter e tornar-se um valoroso crente no período da monarquia. Passou a assistir cultos na Igreja Presbiteriana que se reunia no Convento dos Marianos. Faleceu em Lisboa em 1934
(Dados extraídos do blog “Semeando Vida”)

Diversos de seus hinos figuram no "Salmos e Hinos", no "Cantor Cristão" . Este hino está no hinário Hinos e Cânticos, e tem o nº 307.

Orlando Arraz Maz














sexta-feira, 24 de junho de 2016

UM CAMINHO SEGURO




“Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar” (Salmo 143:8)

“Mostra-me o teu amor fiel já pela manhã, porque confio em ti. Mostra-me o caminho por onde devo andar porque minha oração é sincera”(Bíblia Viva).






É bastante difícil destacar um versículo dentre os doze deste salmo.
É como tentar separar fragrâncias de um perfume ou, ainda, tentar decifrá-las.

O salmista sabe que há um Deus pronto a ouvi-lo, e esta é a razão porque ele começa com a expressão: “Atende Senhor, a minha oração; dá ouvidos às minhas súplicas”.

Como é animador ter um Deus à disposição dos seus filhos. Um Deus que ouve e responde segundo a sua fidelidade e justiça.

O salmista deseja ouvir sua voz pela manhã, manifestação sublime da sua graça.

Desejamos ouvi-lo pela manhã? Então que tal convidá-lo a sentar-se ao nosso lado e deixar que Ele nos fale.

Quanto barulho há durante o dia, quantos afazeres, quantos compromissos.
Mas pela manhã é o melhor tempo para nossa alma envolver-se com o clima celestial.
E o salmista queria ouvir sua voz pela manhã. Longe das correrias do palácio, dos problemas do reino. Queria estar a sós com seu Deus Maravilhoso.

“Mostra-me o caminho...” Somente o Deus da graça pode conduzir-nos por um caminho seguro.
No decorrer do dia podemos ficar assustados com os caminhos que aparecem. Quantas encruzilhadas difíceis!

Ele quer conduzir nossos pés de forma segura pelo caminho da paz, da proteção, do conforto, da bênção, da vitória.

Não deixemos para procurá-lo somente à noite, mas que à noite possamos agradecer-lhe pelos cuidados e proteção durante o dia, fruto da nossa oração pela manhã.

De Meditações nos Salmos

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 17 de junho de 2016

CARGA EM EXCESSO





Há uma série de relatos de naufrágios de navios nos tempos antigos, que levam muitos às caças de tesouros que ficaram submersos. Ora são joias, moedas e utensílios que alcançam boa soma de dinheiro no mercado.

Entretanto, entre tais relatos, o mais completo é este descrito por Lucas nos Atos dos Apóstolos. (caps. 27 e 28). O naufrágio não deixou bens materiais submersos, mas lições que permanecem até os nossos dias, e que podem ser aprendidas por todos.

Primeiramente, é um relato perfeito porque foi orientado por Deus. Lucas o escreveu deixando a mão do “Majestoso Historiador”, dirigir sua mão, e daí resultaram nestas informações impressionantes.

Há muitas lições. A que mais prende minha atenção é a carga que transporta o navio. Em princípio, 276 pessoas, das quais 3 são cristãs (Paulo, Lucas e Aristarco), trigo em abundância, e muitas outras mercadorias.

Em decorrência de forte tempestade e rajadas de ventos, a travessia tornou-se bastante perigosa, levando Paulo a alertá-los com estas palavras: “Senhores, vejo que a viagem vai ser com avaria e muita perda não só para a carga e o navio, mas também para as nossas vidas”.  Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao dono do navio do que às coisas que Paulo dizia.

Deus estava no controle do navio, pois o anjo enviado a Paulo já havia informado de tudo, e confortado seu coração com as palavras “não temas”. Portanto, seria necessário tomar as medidas para aliviar a carga do navio. Não bastava repousar tranquilo. O centurião não deu crédito às palavras de Paulo, e descansou nas palavras do piloto e do dono da embarcação.

 Quantas vezes damos mais crédito às pessoas que demonstram ter um bom conhecimento da situação, e deixamos Deus em segundo plano. Não é assim o que   sucede com as nossas vidas?. Embora certos da presença de Deus, o conhecimento de sua Palavra, nas tormentas que vêm sobre nós procuramos orientações fora da vontade de Deus, e deixamos de tomar medidas com urgência. Precisamos lançar o excesso de bagagem que trazemos, e lançá-la  para bem longe. Quanta bagagem que lamentamos ter de perder. Na embarcação narrada por Lucas o trigo era a melhor mercadoria, pois supria necessidades de muitas pessoas. E ela foi totalmente jogada ao mar.

Muitas vezes precisamos perder toda a “carga” que trazemos dentro de nós, inclusive a que mais estimamos e deixar Deus nos reduzir a nada, para que Ele possa nos usar como é seu desejo. Leiam com atenção o final da história: “Assim chegaram todos à terra salvos.” E mais adiante:“...e estes nos distinguiram com muitas honras; e, ao embarcarmos, puseram a bordo as coisas que nos eram necessárias.(28:10).

Uma embarcação perdida e uma carga jogada ao mar compensaram as vidas salvas naquela ilha,  e o melhor, o nome de Deus foi glorificado.

 Assim se dará conosco quando nos livrarmos do excesso de bagagem.


Que assim seja



Orlando Arraz Maz©


quinta-feira, 9 de junho de 2016

CARTA DE UM LEPROSO






Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus,
porque dele vem a minha esperança.
Só ele é a minha rocha e a minha salvação;
é a minha fortaleza; não serei abalado.
Em Deus está a minha salvação e a minha glória;
Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio.(Salmo 62:5-7)



O autor desta carta foi um missionário muito abençoado pelo Senhor em Telugo, na Índia. Muitos, pela sua instrumentalidade foram trazidos do paganismo para a  luz do Evangelho de Cristo. O Senhor, porém, não permitiu que o seu servo continuasse a servi-lo, pois uma vez atacado de lepra foi obrigado a regressar para a Inglaterra, onde durante 15 anos sofreu num leito de enfermidade, privado de ter parte no serviço que tanto amava e isolado dos seus entes queridos. Vamos a sua carta publicada em Leituras Cristãs de 1920/1921.

"Há quase quinze anos que não o vejo, de forma que apreciei imensamente a sua carta. Tenho tido que suportar uma pesada cruz, mas alegro-me em poder dizer-lhe que a graça do Senhor tem sido suficiente para mim em cada passo desta jornada.

Ao princípio, não me podia conformar com a minha sorte, pois eram grandes os planos que tinha formado para o futuro. No meu campo de trabalho na Índia havia muitas almas que  estavam se convertendo ao Senhor, e já em pensamento antecipava o gozo de batizar alguns milhares.

Eu tinha orado ao Senhor, dizendo: "Senhor, permite-me que seja Teu servo, cheio do Teu Espírito, e que a Ti dedique todo o meu pensamento, toda a minha energia, toda a minha vida". Ele respondeu-me, mas em vez de permitir que O servisse como eu planejava, separou-me para sempre desse trabalho.

Jazendo aqui no hospital na Inglaterra, e quando os primeiros horrores da perspectiva do prolongado sofrer se apoderaram de mim, pensava muitas vezes que o Senhor me tinha esquecido e desamparado, que de mim tinha ocultado Sua face. Mas não era assim. Quanto mais dores tenho tido de suportar, mais fácil se me tem tornado suportá-las, e agora regozijo-me a todo o momento no meu Salvador.

Eu sei que já não pode faltar muito tempo para me encontrar com Ele, mas, enquanto estou no corpo, não posso conservar-me em silêncio. Preciso dar o meu testemunho, preciso falar do Seu grande amor por mim, e já escrevi uma tese para ser lida no Congresso Missionário na Índia, sobre: "Como desempenhar bem o nosso lugar na vida".

O irmão me pergunta como estou. Já perdi a vista e a voz; não tenho pés nem artelhos, não tenho braços; mas o meu coração não está morto. Ainda me sinto movido de comiseração e de desejo. Ainda anelo pela extensão do Reino de Cristo sobre a terra, e isto mais do que nunca.

Não posso ler nem escrever, mas as bondosas enfermeiras chegam-se para me ler e escrevem-me também o que lhes posso ditar. Tenho tudo quanto preciso e não estaria mais confortável se estivesse na minha própria casa.

Enquanto viver, espero preparar outros para o trabalho na Índia, e ainda que me encontro morrendo lentamente, não devo deixar de continuar a fazer alguma cousa que contribua para a extensão do Reino do Redentor depois do meu passamento.

Estou certo que o irmão se lembrará de mim nas suas orações para que eu possa ser humilde, paciente e fiel até ao fim. Presentemente não sei o que seja ter dúvidas, e se eu ainda possuísse a minha voz havia de cantar todo o dia. Em certas ocasiões sinto-me tão feliz que suspiro partir para o meu lar celeste e habitar com o meu Bem Amado para sempre.

Que o Deus de todo o conforto o conforte e lhe conceda a Sua graça, inundando-o com a luz da Sua presença de maneira que dia a dia o irmão seja transformado de glória em glória na Sua imagem, é a oração do seu irmão no Reino de Cristo. John E.

 (Achei por bem publicar esta carta, quando muitos desistem por pequenos problemas, e fazem deles uma montanha).

Orlando Arraz Maz








sexta-feira, 3 de junho de 2016

CONVITE IRRECUSÁVEL

                                        
Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”. No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. Indo um pouco mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, preparando as suas redes. (Marcos 1:16-19 NVI)



Andar à beira mar, sem dúvida, para Cristo não seria apenas um passeio matinal como muitos fazem. As praias são lugares preferidos, entre muitas coisas, para admirar a natureza, como o nascer e o por do sol, o céu azul sem nuvens, e ainda o lugar onde muitos praticam exercícios.

Jesus muitas vezes andou pelas praias do mar da Galileia, mas seu objetivo sempre foi procurar fazer a vontade de seu Pai.

Nesta ocasião seu olhar pousou sobre dois homens, e logo pensou nos discípulos que fariam parte de seu ministério: André e Simão, pescadores, que trabalhavam arduamente lançando suas redes ao mar. E logo os chamou para que o seguissem, e se tornassem pescadores de homens. Caminhando mais um pouco, chamou mais dois irmãos, também pescadores: Tiago e João, e fez o mesmo convite.

Hoje o Senhor Jesus não está entre nós fisicamente, portanto, não vamos vê-lo andando por uma praia, mas está vivo nos céus para onde subiu há mais de dois mil anos. Enquanto Ele não volta, a praia que Ele escolheu é o nosso coração, onde em espírito caminha fazendo este convite: 

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".(Mateus 11:28-30)

O que precisamos fazer é atender ao seu convite com a mesma prontidão daqueles quatro primeiros discípulos, deixando as muitas redes que nos atrapalham, e que a cada dia mais nos embaraçam. Quando nos rendemos ao seu convite e o seguimos de coração, encontramos alivio e descanso para nossas vidas. A partir daquele dia esses discípulos experimentaram e desfrutaram uma nova vida, o que sem duvida pode ocorrer com aqueles que se lançarem em seus braços: "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora".(João 6:37)


Desça com toda pressa do barco agitado de sua vida, e atenda ao chamado de Jesus. 

Que assim seja

Orlando Arraz Maz

sexta-feira, 27 de maio de 2016

CURA À DISTÂNCIA




Caná da Galileia ficou famosa por ser o lugar onde Jesus realizou seu primeiro milagre. Mas este segundo milagre, também realizado  em  Caná, como os demais, traz consigo sua grandiosidade. O primeiro Jesus  transformou água no vinho mais saboroso e trouxe muita alegria aos noivos; este transformou o coração de uma família, deu cura ao filho e trouxe alegria aos anjos de Deus, pela fé depositada em Jesus.

Um nobre precisa de um milagre, pois seu filho está à morte. As esperanças do pai nos médicos não mais existem, e o único recurso é procurar Jesus. Em outras palavras dar fim  ao grito de angústia : “livra o meu filho das garras da morte”.

A morte sempre foi o temor da humanidade, e ela se apresenta inexoravelmente à porta de todos, sejam ricos, pobres, simples ou nobres. E seu rastro deixa um caminho de dor e lágrimas.

As Sagradas Escrituras nos esclarecem que a morte é a consequência do pecado no ser humano. Quando nossos primeiros pais desobedeceram a Deus a morte se instalou no coração. O apóstolo Paulo esclarece bem este assunto: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Romanos 5:12). Com a entrada do pecado, como consequência o homem morreu física e espiritualmente.

Assim se encontrava o filho do nobre: quase morto fisicamente e totalmente morto para Deus. Somente o Senhor Jesus poderia dar solução, e para isso um passo de fé deveria ser dado pelo nobre que creu nas palavras de Jesus. Na mesma hora em que afirmou que o filho estaria curado ocorreu o milagre. O nobre viajou de volta para sua casa com toda certeza, e no dia seguinte, ao chegar, confirmou a cura maravilhosa.  A fé é sempre assim. Vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus. (Rom.10:17).

A distância do local onde estava o Senhor Jesus e o filho do nobre, aproximadamente trinta e dois km. não impediu que o milagre fosse realizado. Assim se dá quando depositamos nossa fé em Cristo, que lá dos céus age em favor de todos os que creem.

Que haja um maior interesse em cada um de nós pelo milagre da salvação, que pode nos livrar da morte eterna, e restabelecer nossa paz com Deus. Basta crermos na palavra de Cristo e confessá-lo como Senhor, que lá do céu virá em nosso socorro.

Que assim seja 

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 20 de maio de 2016

GOLPE DE VERDADE









 Golpe – uma palavra tão falada e repetida muitas vezes nestes últimos dias. De tanto ouvi-la ou mesmo lê-la nos meios de comunicação, sempre foi ligada à política ou às atividades governamentais, e a  mente de muitas pessoas  sempre esteve voltada para tais ocorrências.

Também compartilhei dos mesmos pensamentos, até que pensei em outro golpe, bem diferente, porém, terrivelmente trágico: o golpe que dá Satanás. Este realmente é um golpe na acepção da palavra que atinge a todas as pessoas, em qualquer lugar deste mundo. Não se compara à ideia do golpe que tanto foi comentado ultimamente.

Nas Sagradas Escrituras há muita menção dos golpes de Satanás, pois eles visam  atingir desde pessoas até ao Filho de Deus, o Senhor Jesus. Nem sempre é bem sucedido, no caso de Jesus, que resistiu aos seus golpes e os venceu, retirando-se completamente frustrado. Entretanto, Jó, vítima de Satanás, recebeu inúmeros golpes e foi socorrido pelo poder de Deus.

Os golpes de Satanás são desferidos sem piedade e o seu prazer é afastar o ser humano de Deus, e fazê-lo sofrer terrivelmente os seus efeitos. Jesus nos deixou instruções precisas sobre suas atividades: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância”. João 10:10. E o Apóstolo Paulo nas diversas cartas que escreveu, relata o cuidado que devemos ter para nos proteger deles.

Os golpes perpetrados pelos que governam, e que ocorrem em muitos lugares, levam as pessoas ao sofrimento, à perda de seus direitos, à intranquilidade, e roubam-lhes a paz. Já, os golpes de Satanás não se comparam, pois começam em nossos dias, atravessam o tempo e permanecem na eternidade.

Portanto, se as pessoas não podem livrar-se dos golpes humanos, há recursos à disposição de todos para enfrentarem os golpes de Satanás. “Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo”. Efésios 6:13. Basta crer e confiar no poder de Cristo, lançar mão desta abençoada armadura, e os golpes serão resistidos com facilidade.  

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O CRISTÃO PREPARADO - CONCLUSÃO





"E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:
É me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, 
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado;e eis que eu estou convosco todos
os dias até a consumação dos séculos”. Mat. 28:18-20



Também podemos destacar nossos irmãos que vêm do exterior , sem qualquer conhecimento do idioma e que, algum tempo depois o falam corretamente, usam os verbos certos e as concordâncias corretas.
Entretanto, o exemplo de Timóteo se destaca entre todos os demais, o qual, sem dúvida, era um homem atualizado para sua época. Provavelmente conhecia com profundidade o ensino dos gnósticos, os escritos dos filósofos gregos, podendo combatê-los com o conhecimento da Palavra de Deus que tão bem era manejada por ele.
             "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".( 2Tm:2:15)
 E ainda, o sábio Salomão,
             "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" . (Ecl:9:10)
 Portanto, o preparo do obreiro torna-se de fundamental  importância.
 Que tal, a partir de hoje, querido irmão, iniciar um processo de aquisição de conhecimento, a fim de que o seu ministério seja apreciado pelos seus ouvintes e abençoado pelo Senhor?
 Se houver condições, passe a frequentar um curso regular. Se não, estude por correspondência.
 Resumindo, gostaríamos de sugerir algumas medidas práticas que poderão surtir algum efeito imediato:
 1) Leia sempre a Palavra de Deus em voz alta e pausadamente. Dedique pelo menos 30 minutos diariamente, olhando para um espelho, corrigindo sua dicção.
 2) Anote cada palavra que você não conhece num caderno.
 3) Após o treinamento na leitura, procure um dicionário e aprenda a palavra que você não conhecia. Mais tarde, quando você estiver discorrendo sobre o texto, terá condições de explicá-la ao seu auditório.
 4) Procure se atualizar com os fatos à sua volta. Leia boas revistas nessa área. Leia bons livros.
 5) Procure manusear  enciclopédias, onde você descobrirá fatos relevantes em muitas culturas, que servirão para exemplificar sua mensagem.
 Claro que tais medidas não visam a suprir seus conhecimentos na Palavra de Deus, a qual deverá ser sempre estudada. Se frequentar uma Escola Bíblica, melhor ainda, desde que seu intuito seja aprender do Senhor e engrandecê-lo na sua vida, e não a obtenção de um diploma para intitular-se "Ministro", "Licenciado em Assuntos Teológicos" etc.
Desta forma, o IDE do Senhor Jesus, que já em si é maravilhoso, será cumprido com mais destreza e eficiência, bastando, assim, como Salomão nos ensina, a  usar todas as suas forças.

Orlando Arraz Maz