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sexta-feira, 10 de maio de 2019

O QUE ESTOU OFERTANDO PARA DEUS?



Contudo, o rei replicou a  Araúna:
“Não! Eu faço questão de comprar tua eira por preço justo,
 pois não quero oferecer a Yahwek, meu Deus,
holocaustos que não me custem nada”.
 E Davi pagou pela aquisição do terreiro e dos bois
 cinquenta peças de prata. (II Samuel 24:24- KJ)

O pano de fundo deste versículo apresenta o rei Davi envolvido em  grande problema. Depois de muitas conquistas resolveu avaliar seu poderio militar. E para isto promoveu um censo. Entretanto, seu comandante Joabe percebeu que tal iniciativa não agradava ao Senhor Deus, pois percebeu que o orgulho dominava seu coração. Mesmo sendo questionado pelo seu comandante, Davi ordenou que se fizesse o censo, o qual levou mais de nove meses.

Não sabemos o que motivou Davi a contar seu exército, mas tudo leva a crer que seria para demonstrar às nações vizinhas seu poder bélico. Havia o perigo de confiar na força ao invés de confiar em  Deus,  que de fato não se agradou de tal iniciativa.

Depois de feito o levantamento, Davi cai em si, se arrepende profundamente e pede perdão a Deus. Mas era tarde. Através do profeta Gade, Deus mandou Davi escolher um entre três castigos: três anos de fome, três anos fugindo dos seus inimigos ou três dias de praga sobre a sua terra e seu povo. Davi preferiu a peste e respondeu ao profeta:  “Eis que é grande a minha angústia! Prefiro cair nas mãos de Yahweh, porquanto enorme é sua misericórdia, a ficar à mercê do castigo dos homens”.

E a peste assolou Israel matando setenta mil pessoas. O resultado de seu malfadado censo foi punido por Deus com a baixa de tanta gente.  Quando o Anjo do Senhor estava para destruir Jerusalém, Davi pediu que  Deus poupasse a população da cidade e que seu castigo caísse sobre ele próprio e sua família. Deus reconsiderou seu pedido e mandou o Anjo parar. E em seguida ordenou a Davi que oferecesse holocausto na propriedade de um homem chamado Araúna.


Então, decide comprar o lugar, mas Araúna deseja doar, incluindo os bois e a madeira para o holocausto. Entretanto, Davi recusa a generosa oferta e encerra o assunto com a famosa resposta, cujo versículo encabeça esta meditação:  “Não! Eu faço questão de comprar tua eira por preço justo, pois não quero oferecer a Yahweh meu Deus holocaustos que não me custem nada!”. E Davi pagou pela aquisição da propriedade e dos bois cinquenta peças de prata.

Davi, sendo rei poderia expropriar a propriedade de Araúna, e usar os recursos do reino de Israel para adquiri-la, mas optou em pagar com seus próprios recursos. Uma verdadeira fortuna. Comprou a propriedade, levantou um altar a Deus, e a praga cessou.

Este acontecimento tem lições magnificas para todos nós:

O pecado é semelhante a uma praga que  em  si traz morte e destruição, e é contagiante e só pôde ser aplacada com a morte de Jesus, como oferta de sacrifício na cruz. Quando Jesus exclamou "está consumado" a praga do pecado cessou de uma vez por todas. Assim, todos os que creem e são salvos desta praga devem apresentar a Cristo sacrifícios providos de valor. Não se trata de retribuição pela salvação alcançada, pois Cristo pagou nossa dívida e somos salvos exclusivamente por graça.

Somos devedores, sim, e Deus espera de todos os seus filhos uma vida de dedicação sacrificial e não barata.

Mais tarde, Davi em um dos seus salmos, escreve: "Como poderei retribuir ao Senhor todos os seus benefícios para comigo?” (Salmo 116:12)

E Paulo escrevendo sua carta aos romanos nos ensina: “Portanto, caros irmãos, rogo-vos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. (Rom. 16:12)

Devemos apresentar nosso corpo: mãos para praticar boas obras que demonstrem que já somos salvos, pés para levarmos a boa Palavra aos perdidos, olhos para demonstrar compaixão, e boca para falar das grandezas de Cristo.

Devemos apresentar uma vida separada da sujeira deste mundo, que muitas vezes exige sacrifícios de nossa parte que nos custam caro.

Devemos apresentar uma mente transformada, um culto racional, um serviço condizente com a grandeza de nossa salvação, assim como nosso louvor e nossas possessões.

É lamentável que muitos estejam distantes da atitude do rei Davi, pois são mal agradecidos, que se esquecem do alto preço que foi pago por Cristo na cruz para livrá-los da terrível praga do pecado. São preguiçosos no Reino, nada fazem, são verdadeiros parasitas. Pouco ou nada contribuem, pois são mesquinhos.

Que a lição de Davi seja aplicada a todos nós, despontando vidas consagradas dispostas no altar de Deus, como verdadeiros sacrifícios vivos e caros, dos  quais Ele muito se agrada.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

(Este artigo foi publicado no blogue em 02/08/2013)

sexta-feira, 3 de maio de 2019

ANTES QUE O INVERNO CHEGUE



“Apressa-te a vir antes do inverno” (2 Timóteo 4:21).

Falta pouco mais de um mês para que o inverno comece. As informações são que de que este ano o inverno deva ser bem mais rigoroso aqui na região Sul do país, onde eu moro. Mas na verdade há outro tipo de “inverno” que já chegou, que me preocupa bastante, e que a cada dia parece estar se intensificando na vida de muitas pessoas. Refiro-me ao esfriamento espiritual pelo qual muitas pessoas estão passando.

As palavras do apóstolo Paulo para Timóteo estão ardendo no meu coração: “Apressa-te a vir antes do inverno” (2 Timóteo 4:21). Ao escrever a segunda carta a Timóteo, Paulo se achava aprisionado em Roma, aguardando o julgamento e possível condenação. Paulo sabia que a vida dele estava no fim. Paulo havia encarregado Timóteo de cuidar da igreja em Éfeso, e agora lhe escreveu pedindo que viesse a Roma com urgência – antes do inverno.

Por quê? Porque no inverno não havia navegação no Mediterrâneo, por ser muito perigosa. Se Timóteo esperasse até o inverno, teria de esperar até a primavera. E Paulo achava que não estaria vivo até lá, pois escreveu: “O tempo da minha partida é chegado” (2 Timóteo 4:6).

Eu gostaria que você lesse novamente com muita atenção os dois versículos citados acima. Hoje o Senhor Jesus pode estar proferindo palavras bem parecidas para mim e para você: “O tempo da Minha volta está se aproximando; apresse-se em voltar para Mim antes que o inverno invada o seu coração!”

Eu não sei como está o seu coração hoje, e nem como anda a sua vida espiritual nos últimos dias ou meses, mas eu não preciso ser nenhum adivinho, e nem receber nenhuma revelação para saber que há muitos hoje que estão bem frios na fé.

Ouço todos os dias pessoas reclamando das igrejas, dos pastores. Recebo inúmeros e-mails de pessoas que dizem que não aguentam mais as lutas, que pensam em largar tudo por causa das dificuldades. São pessoas que sabem (mas ainda estão tentando negar isso para si mesmas) que faz muito tempo que perderam o primeiro amor. São pessoas que há meses, ou, talvez anos, já não sentem a presença de Deus em suas vidas. São pessoas que ainda vão à igreja, mas nem sabem mais o que ainda as motiva a fazer isso. São pessoas que se pararem agora para pensar, nem tem mais certeza da própria salvação. Tem até medo de pensar na possibilidade de Jesus voltar neste momento.

Estou pegando pesado? Essa palavra está servindo para você? Bom, se estiver, louvado seja Deus por isso. Então, hoje “se você ouvir a voz de Deus, não endureça mais o seu coração”.

Hoje não vou me alongar mais. Eu estou plenamente certo que o recado que Deus gostaria que eu lhe desse neste dia já foi dado. Então, antes que as coisas piorem na sua vida, e nisso estou me referindo a sua vida espiritual, ajoelhe-se agora mesmo e volte seu coração novamente para Jesus. Não deixe a sua vida espiritual esfriar mais do que já está.

E para aqueles que acabaram de ler essas palavras e acham que está tudo bem, só lhes peço que continuem vigiando e orando, e lembrem-se das palavras do apóstolo Paulo: “Aqueles que pensam que estão de pé, cuidem para não cair”.

Deus te abençoe!

Sérgio Müller




sexta-feira, 26 de abril de 2019

GRAÇA PARA SUA AFLIÇÃO



 “Ele me disse: A minha graça te basta,
porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.
Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas,
a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, necessidades, nas perseguições,
nas angústias por amor de Cristo.
Porque quando estou fraco, então é que sou forte”. (II Cor.12:9,10)

Penso neste texto como uma sublime e inteligente troca.
Paulo está diante de uma questão crucial. Estava se queixando do incômodo de um espinho na carne, por certo algo doloroso. E Deus lhe apresenta seu poder frente às fraquezas. E o apóstolo, então, opta por seu poder e sente prazer nas fraquezas.

Quantas vezes uma pequena dor, uma indisposição qualquer nos abate. Não somos capazes de agir como o apóstolo Paulo. Ele sentia prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Mais que uma simples dor de cabeça!.

Paulo conhecia de maneira esplêndida a graça de Deus, pois foi ela quem o levantou na Estrada de Damasco. Então bastou para ser confortado sob tantas dificuldades. O poder da graça que o salvou foi o mesmo que o assistiu em sua aflição.

Sem dúvida  precisamos levar a Deus em oração as nossas enfermidades e aflições ,sem desprezar os  recursos médicos, mas se a cura não vem, que  nunca nos esqueçamos de que sua graça é suficiente para confortar o nosso coração. 


Deus sempre vem em nosso socorro, e com sua graça amacia nosso leito. O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu lhe amaciarás a cama na sua doença”.(Salmos 41:3)
 
Que assim seja.
Orlando Arraz Maz

  



sexta-feira, 19 de abril de 2019

PÁSCOA VERDADEIRA





Mais tarde, sabendo então que tudo estava concluído,
para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: "Tenho sede".
Estava ali uma vasilha cheia de vinagre.
Então embeberam uma esponja nela, colocaram a esponja
na ponta de um caniço de hissopo e a ergueram até os lábios de Jesus.
Tendo-o provado, Jesus disse: "Está consumado! "
Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito. (Ev. João 18:28-30)

Nestes dias o mundo dá uma parada para comemorar a Páscoa. Entretanto, bem poucos consideram a morte de Jesus em seus aspectos, como salvador dos pecados da  humanidade. Deixam de avaliar a importância de sua morte e os resultados benéficos em favor daqueles que creem. O almoço do domingo, a troca de ovos entre familiares e amigos, lamentavelmente ocupa o coração de pais e filhos, desconhecedores das belezas desta data.

A Páscoa deve falar ao nosso coração, pois no plano eterno Deus já dava por realizada a morte de seu único Filho, informando como seria com todos os detalhes descritos nas sagradas Escrituras.

Deus espontaneamente ofereceu seu Filho em sacrifício, por morte de cruz, onde seu sangue foi vertido para purificar-nos de todo o pecado.

Jesus deu a sua vida, pois os homens não tinham poder de toma-la. Ele mesmo afirma esta grandiosa verdade: “Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai” (Ev de João 10:17,18) Seus últimos momentos na cruz confirmam esta sua afirmação, pois antes de morrer disse: “Está consumado!” ”Curvou sua cabeça e entregou o espírito.” Nenhum mortal poderia decidir sobre sua morte, mas Cristo, sim, decidiu quando deveria morrer.

Na Pascoa celebramos a morte voluntária de Jesus e sua ressurreição ao terceiro dia. Devemos crer que sua vitória sobre a morte garante a ressurreição de todos os que creem nele. Em meio a tantos homens que tentaram modificar o mundo com suas ideias religiosas, jamais existiu um que venceu a morte e que pode dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você (Marta) crê nisso? (Ev. Joaõ 11:25,26)

Que esta Páscoa seja diferente de todas as comemoradas no passado.

“...porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado” (I Cor.5:7)

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©


sábado, 13 de abril de 2019

O MELHOR CONVITE



 "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.
Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
(Mateus 11:28-30)

 Não há convite mais terno como este feito pelo Senhor Jesus. Já se passaram mais de dois mil anos e ele ainda fala perfeitamente a muitos corações.

Hoje nos deparamos com muitos convites que chegam pelas redes sociais, pela televisão e todos os meios de comunicação, voltados para o divertimento e entretenimento, como “shows” de artistas famosos, cantores e tantos outros. E tais convites são prontamente atendidos, sendo precedidos de longas e intermináveis filas para compra de ingressos.

Mas o convite de Jesus através dos anos, sendo o melhor convite para o ser humano, tem sido relegado e muitas vezes desprezado. Enquanto o divertimento produzido por aqueles convites são passageiros e efêmeros, e trazem “alegria” que se esvai como fumaça, o convite de Jesus renova o coração e traz alívio e paz eternamente. Ele mesmo o declara: Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo. (João 14:27)

Por que “vinde a mim”? Porque ele é o único que pode acolher a todos debaixo dos seus braços e dar-lhes um amor inigualável. Ele não aponta outra pessoa, um líder religioso famoso, uma igreja, um pastor ou sacerdote, mas toma para si este serviço, pois somente Ele muda o coração.

Ele faz este convite porque conhece a fragilidade de todos, e sabe que carregam fardos insuportáveis, sendo o pior deles o pecado que se instalou nos corações e os afastou de Deus. Somente Jesus pode dar alívio aos sobrecarregados e oprimidos.

Ah! se tal convite fosse aceito, não teríamos desilusões em massa, especialmente as que vêm após grandes “shows” ou festas regadas a drogas ou bebidas, causadoras de estupros, mortes e tentas tragédias. As estatísticas seriam outras certamente.

O convite de Jesus não perdeu sua força e poder. É estendido a todos que não podem andar sob o peso dos seus pecados e se arrastam pelos caminhos, sem direção.

Os braços de Jesus que foram pregados em uma cruz são os mesmos ainda hoje, prontos a abraçar todos os oprimidos e sobrecarregados.

Corra para eles.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

sábado, 6 de abril de 2019

ALEGRIA SEM GASTAR


  


 Assim acontece com vocês:
agora é hora de tristeza para vocês,
 mas eu os verei outra vez,
e vocês se alegrarão, e ninguém lhes tirará essa alegria.

(Ev.João 16:22)



Nestes dias a mídia tem se ocupado de um grande festival de músicas e de bandas, que têm atraído muitas pessoas, especialmente jovens. Em busca de ingressos muitos madrugam para conseguirem um bom lugar nas extensas filas. E durante as apresentações são levados a uma histeria sem limites, com cantores que se despem rasgando suas roupas, com gestos maliciosos, e sendo aplaudidos por uma multidão.

Sem dúvida esta é uma alegria insana que custa bem caro. Dinheiro, tempo, horas de sono, cansaço, e ao final do evento muitas frustrações, desenganos e tristezas nos corações, que não foram preenchidos com outro tipo de alegria.

Logo ouviremos histórias de jovens decepcionados com esta festa, vidas estragadas, com uma sede ainda maior de alegria, sem saber que há uma fonte inesgotável onde saciar a sede. Bem escreveu o sábio Salomão: “Mesmo no riso o coração pode sofrer, e a alegria pode terminar em tristeza”. (Provérbios 14:13)

No texto de nossa meditação Jesus está se despedindo dos seus discípulos. Eles estão tristes, pois serão privados de sua  presença , pois parte para o Pai. Jesus acalma seus corações, e os conforta com tais palavras: “Assim acontece com vocês: agora é hora de tristeza para vocês, mas eu os verei outra vez, e vocês se alegrarão, e ninguém lhes tirará essa alegria”.(Ev.João 16:22)

 A alegria da presença de Cristo em nossos corações é uma alegria perene, que para ele custou sua vida, mas para nós é de graça. No dia que o conhecemos como Salvador a alegria se instala no coração, e nos tornamos filhos e amigos. Os dias se passam e a cada manhã essa alegria é renovada.

A alegria de Cristo no coração nos dá tranquilidade, pois ele perdoa nossos pecados, nos garante vida eterna, nos dá paz constante e jamais frustrações. Tão diferente da pseudoalegria  dos grandes “shows”, que ao terminarem a alegria desaparece.

Então, que tal tomar posse dessa alegria que nos acompanha neste mundo, e prossegue na vida após a morte? É só dar um passo e aceitar a Cristo e confessá-lo como único Senhor e Salvador.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 29 de março de 2019

CASA DO PAI : PORTAS ABERTAS


  
                                                                     



Levantou-se, pois, e foi para seu pai.
Estando ele ainda longe, seu pai o viu,
encheu-se de compaixão e,
correndo, lançou-se lhe
ao pescoço e o beijou.(Lucas 15:20)


Uma das mais lindas e emocionantes parábolas contadas por Jesus, sem dúvida é a do filho pródigo.  Nela encontramos todos os elementos de um amor extraordinário de um pai por seu filho rebelde e perdulário, que pediu sua herança antecipadamente. Mesmo com o coração dilacerado, abriu mão de sua riqueza, e contemplou sua saída do lar.

Nada sabemos do tempo que passou longe de casa, mas a fortuna acabou, passou a viver uma vida até então desconhecida, e mergulhou fundo na miséria. O melhor que poderia fazer era voltar para o aconchego do lar e atirar-se aos braços do pai. Foi o que fez.

Diz nosso texto: “Levantou-se”. Estava prostrado. E começou a caminhar. Foi para seu pai. “Estando ele ainda longe, seu pai o viu”. Não foi ele  mas o pai que o viu. Reconheceu-o mesmo em trajes imundos, encheu-se de compaixão, e correndo lançou-se lhe ao pescoço e o beijou.

Nesta parábola, em letras gigantescas, encontramos o amor de Deus em busca daquele que se perdeu. Deus, na pessoa de seu filho, ainda corre em busca dos perdidos que se distanciaram da casa paterna. Quer dar o beijo de perdão naqueles que resolvem dar o primeiro passo em sua direção, dispostos a pedir o seu perdão.

Longe do lar o filho só encontrou desilusão, dor, angustia, e assim se dá com aqueles que estão longe de Deus seguindo seus próprios caminhos. Mais do que nunca precisam tomar a mesma atitude do filho pródigo, e reconhecer que na casa do Pai há fartura e tesouros inesgotáveis.  Jesus nos dá plena garantia que todos serão bem recebidos pelo Pai: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (Ev. de João 6:37)

Que o amor do Pai fale e impacte o coração dos que já voltaram, e os que ainda estão distantes do lar que voltem para o calor de seus braços e a bênção do seu perdão.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

  

sexta-feira, 22 de março de 2019

GABRIEL – UMA NOVA ALEGRIA



Gabriel - 20/03/2019


 Os teus olhos viram a minha substância
ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias,
sim, todos os dias que foram ordenados para mim,
quando ainda não havia nem um deles”.(Salmos 139:16)


Olá Gabriel, seja bem vindo ao seio de nossa família.
E que nos traga alegria e muita gratidão ao nosso coração, pois temos um  Deus que é maravilhoso.

Logo que você nasceu passamos a conhecê-lo, mas nosso Deus já o conhecia bem antes, quando não passava de um simples embrião. E no livro de Deus seus dias foram escritos.

Que Deus! Que amor! Quanta sabedoria!

Nossa oração, de todos nós e de seus pais, Priscila e André é que você conheça esse Deus, vindo amá-lo e obedecê-lo de todo o seu coração.

Que você cresça conhecendo suas verdades as quais te conduzirão aos pés do Salvador.

Muita saúde e alegria a você  e  aos seus queridos pais.

E nós, avós, invocamos a bênção de Deus sobre sua vida:

“O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor levante sobre ti o seu rosto, e te dê a paz”.
(Núm.6:24)
Que assim seja
Os avós Orlando e Fátima



sexta-feira, 15 de março de 2019

BASTA DE VIOLÊNCIA



  

Vivemos dias onde o medo é espalhado em toda a parte. Cenas de violência como espancamentos são noticiadas pela televisão e espalhadas nas redes sociais. Agridem com pedaços de paus ou ferros sem quaisquer constrangimentos, e muitos persistem após matarem suas vítimas. Não esboçam qualquer piedade. A naturalidade de tais atos é assombrosa, pois muitos depois dormem um sono tranquilo como se nada tivessem feito.

Uma das lições deixadas por Jesus foi sobre o amor. Ressaltou a importância de amar a Deus, sem esquecerem de amar ao próximo como alguém ama a si. E para elucidar bem sua lição contou a parábola do bom Samaritano descrita no Evangelho de Lucas (10:30-37)

É impossível amar ao próximo sem primeiro amar a Deus, pois seu amor desce ao coração onde é espalhado, e extravasa sobre todos os que nos cercam.

Portanto, a violência que tanto nos entristece, parte de corações secos do amor a Deus. O apóstolo Paulo escrevendo aos cristãos de Roma, enfatiza: “não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus; sua garganta é um sepulcro aberto, com suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios, cuja boca está cheia de maldição e amargura, e seus pés são ligeiros para derramar sangue” ((Rom. 1:18-32).

Jesus Cristo veio ao mundo para mudar este quadro de dor e miséria, e transformar o coração do pecador, que é um ser sem afeição, para um coração como o coração do Salvador, cheio de compaixão.

Enquanto o ser humano não for transformado pelo Evangelho, “que é o poder de Deus para salvação de todo o que crê”, suas atitudes e agressividades serão as mesmas e sempre piores. Não há instituições humanas, por mais respeitadas que sejam capazes de mudar o coração.

Quando o amor de Deus for derramado nos corações daqueles que crerem em Jesus, não existirão mais agressores, mas, sim, homens e mulheres dispostos a curar as feridas dos que sofrem, tal como Jesus contou na parábola do bom samaritano. ”e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele”.

Que assim seja


Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 8 de março de 2019

MULHERES, PARABÉNS


   
As mulheres no decorrer da antiguidade foram relegadas a uma condição desprezível, equiparada aos escravos e estrangeiros. Entretanto, Jesus mudou sua história, e nas páginas das Escrituras vemos em destaque como as amava.

Enquanto queriam apedrejar a mulher apanhada em adultério, Jesus a acolhia perdoando-a e livrando-a de uma morte cruel.

Mais tarde lemos sobre outras mulheres que o serviam com seus bens, na narrativa de Lucas: “Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze, bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens”.

Ainda podemos lembrar as irmãs da casa de Betânia, onde Jesus tinha prazer em ser hospedado por elas.

E aquelas que permaneceram ao pé da cruz, contemplando uma das cenas mais tristes da história da humanidade: “Também estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o ouvir; entre as quais se achavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”.(Mateus 27:55,56)

E por fim, no domingo da ressurreição, lemos que Maria Madalena, bem cedo foi ao sepulcro: “No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro”.( João 20:1-11)

E nas narrativas do apóstolo Paulo, em suas cartas, notadamente a carta aos Romanos, vemos seu carinho por muitas irmãs na fé, como Febe que ele considerava como sua mãe: “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é serva da igreja que está em Cencréia; para que a recebais no Senhor, de um modo digno dos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque ela tem sido o amparo de muitos, e de mim em particular(16:1-2).

Neste dia dedicado para homenagear as mulheres, quando muitos defendem seus pontos de vista, com mensagens desprovidas da direção de Deus, desejamos animá-las com o amor de Cristo, para que sejam fieis seguidoras de Cristo, como as mulheres de outrora, e que como Maria contemplem a um Cristo vivo.  

Aquelas mulheres se perpetuaram nas páginas da Bíblia, e você também pode se perpetuar na vida de muitas pessoas.

Fiéis a Cristo. Servindo a Cristo. Amando a Cristo.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©



sexta-feira, 1 de março de 2019

A ORAÇÃO QUE DÁ RESULTADO


    
“Vai-te, e te seja feito assim como creste.
E naquela mesma hora o seu criado sarou”.
(Mateus 8:13)


A narrativa bíblica da cura do servo do centurião é rica de ensino, principalmente em nossos dias quando muitos em suas orações exigem de Deus a cura de suas enfermidades e reivindicam direitos, como se estes existissem em criaturas pecaminosas.

O centurião, militar romano, termo equivalente hoje a capitão, ouviu falar de Jesus, notadamente sobre seus milagres, tomou conhecimento da presença de Jesus em sua cidade, e não perdeu tempo em procurá-lo para curar seu servo doente, quase à morte.

Notemos seus passos:

Reconheceu o poder de Jesus para curar seu servo.
Agiu imediatamente, pois a situação era grave.
Demonstrou humildade, pois quando Jesus se aproxima de sua casa, sente-se indigno de nela acolhê-lo.
Apresenta uma fé inabalável em Jesus, pois sabe que apenas uma palavra basta para curar seu servo.

Jesus se admira de tamanha fé, e diz “Vai-te, e te seja feito assim como creste. E naquela mesma hora o seu criado sarou”.

Quantas vezes o rumo de nossas orações é errado, e não alcançamos êxito, pois em meio às aflições, não depositamos nossa fé integralmente nas mãos de Jesus. E quando demora sua resposta muitos recorrem a outros meios, que por sua vez não funcionam.

Certa feita Jesus contou uma parábola de dois homens que se dirigiam ao templo para orar. Um era fariseu, que começou sua oração com arrogância e exaltação de sua pessoa. O outro, um publicano, “que nem queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, sê propício a mim, um pecador!”. (Lucas 18:13)


Devemos nos conscientizar que somos inúteis e incapazes, embora cientes de que crendo em Jesus, a obra da cruz nos torna dignos e nos recebe como filhos de Deus. Mesmo assim  devemos entrar em sua presença com humildade, e apresentar nossa  petição com fé sem quaisquer exigências, e Jesus nos atenderá conforme sua vontade no tempo certo.

Para o centurião Jesus disse: “Vai-te, e te seja feito assim como creste. E naquela mesma hora o seu criado sarou”.

Assim, Jesus deseja dizer o mesmo a cada um de nós.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

OLHOS FECHADOS OU ABERTOS?




“E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras
os olhos, para que veja.
E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu;
e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo
em redor de Eliseu”. II Reis 6:17)
  
Quantas vezes trememos na base como costumam dizer, em face de acontecimentos que fogem de nosso controle. São tantas as situações difíceis que nos levam para o fundo do poço, que nos roubam a paz e nosso sono.

E em tais circunstâncias esquecemos de recorrer à oração, ou quando o fazemos é fraquinha nossa fé. E nosso temor persiste. E nada muda.

Certa vez Jesus ensinou seus discípulos dizendo: “Se, pois, Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais vós, homens de pouca fé”.(Lucas 12:28)

Então, no centro do furacão, precisamos elevar nossos olhos aos céus e pedir que Deus aumente nossa fé e nos abra os olhos para vermos suas maravilhas.

O texto desta meditação nos apresenta um homem apavorado quando viu um exército cercando a cidade onde morava. Foi procurar o homem de Deus a quem servia, e disse-lhe “O que faremos”. Em outras palavras, vamos morrer, não há a mínima condição de sairmos com vida. E o profeta Eliseu logo lhe responde: “Não temas; porque os que estão conosco são mais do que os que estão com eles”. (II Reis 6:16). Precisava confiar nesta afirmação, pois o servo via diante de si somente duas pessoas.

“E Eliseu orou, e disse: Ó Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu”. II Reis 6:17)

Os meios de Deus estão à nossa disposição, são incontáveis, mas precisamos ter os nossos olhos – olhos da fé – para vê-los. E o servo de Eliseu viu um cenário que acalmou seu coração: “e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu.” Notem bem a palavra “em redor”, que sugere um cerco de proteção onde será impossível o inimigo penetrar.

O salmista conhecia bem o exército de Deus, pois em diversas circunstâncias seus olhos eram abertos, e sempre confiava: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia.” (Salmos 34:7,8)

Quanto conforto traz ao coração saber que há um exército ao nosso redor, pronto a nos socorrer e enxugar nossas lágrimas, que se acampa ao redor e nos cerca para que os dardos do inimigo não nos atinjam.

Precisamos, sim, confiar mais e pedir a Deus que aplique seu colírio em nossos olhos, o mesmo aplicado na igreja de Laodicéia, pois somente assim podemos ver pela fé. (Apoc.3:18), e encontrar a paz desejada.

Que assim seja
Orlando Arraz Maz©