Quem sou eu

Minha foto
São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil

domingo, 9 de maio de 2021

HINO PARA MINHA MÃE

 


Hino para minha mãe

 

Mãe querida, neste dia, com sincera gratidão,

E movido de alegria ofereço esta canção.

Tudo em ti me inspira afeto, seu amor, sua atenção,

Seu carinho predileto me alegra o coração.

 

Tão pequeno me levavas, bem seguro em sua mão,

E de Cristo me falavas com fervor, com devoção.

E assim fui aprendendo de Jesus lindas histórias,

Seu amor fui compreendendo, sua morte, suas glórias.

 

Hoje tenho nova vida, tenho paz, amor sem fim,

A você ó mãe querida devo a luz de Cristo em mim.

Quero, sim, seguir seus passos, ensinar aos filhos meus,

Envolvido entre abraços, do maior amor de Deus.

 

Quero, sim, ó mãe querida, minha bênção, minha luz,

Bem-estar e longa vida sempre perto de Jesus,

Imitá-la é meu desejo, minha doce inspiração,

Seu amor é benfazejo, sua vida uma canção.

 

Orlando Arraz Maz

Pode ser cantado com a música do nº 70 de Salmos e Hinos

 

 

terça-feira, 4 de maio de 2021

ÁGUAS DE DEUS

 

 



“Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro, lava-me e ficarei mais alvo do que a neve” (Salmo 51:2,7)




A sujeira nunca foi agradável. A infância é um período da vida onde o banho é recusado. Crianças, na maioria das vezes, lutam contra o banho. Já na adolescência há banho demais. O jovem cuida do seu corpo. Se for homem, após o banho escolhe o seu perfume predileto; se for mulher, os cremes apropriados. Desejam mais estar limpos e asseados para os outros do que para si mesmos.


Quando olho para este Salmo descubro um homem que desejava ser lavado por Deus. A sujeira do pecado o incomodava, tirava-lhe o sono, perturbava, mexia fundo no seu coração. E desejava o lavar de Deus para apresentar-se a Ele limpo de seu pecado.

A lavagem do corpo é necessária. Os ingredientes e os métodos escolhidos são meus. A lavagem da alma, bem como seus critérios, é de Deus. Quando tomamos a iniciativa em usarmos nossos métodos, saímos mais sujos da presença de Deus.

Deus tem condições para me lavar. Quando sinto a sujeira do pecado, e logo o confesso e o abandono, e me entrego à limpeza de Deus, o processo é perfeito e a limpeza é total.

Notem a colocação do verbo no texto: “lava-me” e não “lavo-me”. Quando a iniciativa é de Deus, estou me submetendo a Ele. Devo abaixar-me, devo curvar-me, a fim de que todo o meu ser seja atingido por sua “escova”. Pode doer, mas o sucesso é garantido. As manchas são removidas e a alma fica mais branca do que a neve. Deus deseja ver-me limpo para Ele e só assim posso mostrar-me aos que me cercam.

Que exemplo notável Davi nos deixa. Um homem sujo lavado por Deus, um coração quebrantado, totalmente renovado, uma voz abafada encantadoramente afinada, oferecendo um louvor perfeito a Deus.

O processo de Deus não falha. E Davi experimentou-o como uma das maiores experiências de sua vida.

Anos mais tarde Pedro recusou ter seus pés lavados por Jesus. Em tempo mudou seus pensamentos e os efeitos foram prontamente notados.

Quando Deus nos lava somos usados por Ele e vistos por Ele como dignos de nos assentar à sua mesa e participar das suas iguarias deliciosas.

Mesmo lavados e purificados os homens impõe seus critérios, os preconceitos permanecem e a desconfiança torna-se uma constante. Que conforto saber que Deus não age assim.

Que tal nos mergulharmos na “banheira de Deus”, deixar que suas mãos santas nos lavem, e purificados, voltarmos a Servi-lo de todo o coração.

Humilhar é preciso. Reconhecer o pecado é indispensável e confessá-lo é o único caminho do retorno para Deus.

“Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo”

 Que assim seja.

 Orlando Arraz Maz©

domingo, 25 de abril de 2021

UMA NOVA VISÃO

 

 

Lançando sua capa para o lado,

de um salto, pôs-se de pé e dirigiu-se a Jesus" (Marcos 10:50)

 

Quando Jesus deixava a cidade de Jericó encontrou-se com um cego e devolveu-lhe a luz dos seus olhos. Esmolando à beira do caminho, percebeu que era Jesus quem se aproximava, e assim, começou a gritar implorando misericórdia. Sua situação era deveras triste, pois além de ser pobre e totalmente dependente da ajuda de outras pessoas, era desprovido da visão. Assim, mais do que nunca, precisa  encontrar Jesus, o Filho de Davi, e clamar por misericórdia. E o dia mais feliz de sua vida chegou.

Quantas lições podemos extrair desta passagem e aplicá-las na vida espiritual, não é mesmo? A Bíblia nos ensina que somos nascidos cegos, pobres e dependentes. O pecado roubou-nos tudo, atirou-nos à beira do caminho, sem piedade e sem misericórdia. Este é o serviço de Satanás, pois veio para “matar, roubar e destruir”.  Mas Jesus veio para dar vida e vida plena. (João 10:10).

Jesus ouviu seus gritos implorando misericórdia, embora muitos se incomodaram. Jesus, porém, mandou chamá-lo.

Não há outro recurso para o pecador senão clamar a Jesus e implorar  sua ajuda, mesmo que muitos o impeçam e se incomodem com seu clamor.

Jesus veio para “abrir os olhos aos cegos, para libertar da prisão os cativos e para livrar do calabouço os que habitam na escuridão”. (Isaias 42:7).

Bartimeu, o cego, atendeu prontamente o chamado de Jesus. Primeiro, desfez-se de sua capa, deu um salto, pôs-se de pé e dirigiu-se a Jesus. (Marcos 10:48-50).

Para sairmos da miséria espiritual como Bartimeu, precisamos reconhecer nossa total dependência de Jesus e clamar por sua misericórdia. Mas que ninguém se esqueça: “a capa” de nossa arrogância, de nossos “méritos”, de nosso “eu”, totalmente suja e imprestável, precisa ser deixada no caminho, pois sem dúvida vai nos impedir de alcançar a misericórdia de Cristo.

Por fim, Bartimeu pediu o que mais precisava: “Mestre, eu quero ver”. E imediatamente sua visão voltou e passou a seguir Jesus pelo caminho. Não mais o caminho da miséria que percorreu durante sua cegueira, mas o caminho que era o próprio Senhor Jesus.

Agora que todos sabem que a ”capa” atrapalha, precisam clamar sem demora:” Mestre, eu quero ver”, e sem dúvida os olhos espirituais serão abertos, e a beleza de Cristo será apreciada em sua totalidade.

Jesus ainda passa pelo caminho onde o pecador se encontra caído, e seu desejo é abrir-lhe os olhos. Ajoelha agora aos seus pés, e faça o que manda sua Palavra: “Se com tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo”. (Rom. 10:9).

Sem “capa”, mas com visão dada por Jesus.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

QUAL O TAMANHO DO SEU PASSO ?

 


 

 Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo,

e eu sigo atrás, devagar, no passo dos rebanhos e das crianças,

até que eu chegue ao meu senhor em Seir”. (Gênesis 33:14)

 

Quem diria Jacó andando no passo dos rebanhos e das crianças!  

Desde que saíra de casa há vinte longos anos, sua vida fora bastante agitada. Trabalhara arduamente para seu sogro durante quatorze anos em troca de suas duas mulheres, e mais seis anos cuidando do rebanho. Agora é um homem envelhecido, experiente, com uma família numerosa e uma grande riqueza.

Apesar de suas conquistas era um homem cuja consciência o perturbava noite e dia, pois o engano praticado contra o seu irmão o perseguia constantemente. Agora, a caminho de uma reconciliação, lá estava ele tentando aplacar sua ira com a dádiva de rebanhos.

Como muitos de nós somos parecidos com Jacó!  

Envolvemo-nos profundamente em nossas ocupações, trabalhamos arduamente, frequentamos cursos de aperfeiçoamentos, e o mês se torna pequenino para tanta atividade. E no meio de toda essa correria, abandonamos deveres superiores, relacionamentos quebrados, amizades desfeitas que precisam ser consertadas, perdão que precisamos liberar, e dar assim o alívio necessário para nossa consciência. E qual a solução? Diminuir a velocidade de nossos passos, buscar a reconciliação e dar o abraço restaurador.

Jacó levou muito tempo carregando suas culpas, pelo menos longos vinte anos, mas conseguiu o abraço de seu irmão, cujo relato ainda hoje nos emociona: “Mas Jacó insistiu: Não! Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem!” (Gen. 33:10).

Não precisamos levar tanto tempo como levou Jacó. Hoje mesmo devemos buscar a amizade que ficou distante, consertar ou apagar as palavras usadas que magoaram, e seguir em paz com o nosso coração.  

Ao findar sua viagem Jacó edificou um altar e o chamou: “El Elohe Israel” O Deus de Israel, seu novo nome.

Quando eu e você andarmos “no passo das crianças”, consertarmos todas as diferenças, aliviados, podemos imitar Jacó, edificando um altar de adoração em nosso coração declarando que Deus é o nosso Deus. 

 Que assim seja

 Orlando Arraz Maz© 

terça-feira, 13 de abril de 2021

A PRESENÇA CONSOLADORA DE DEUS

  

Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar;
todos me abandonaram. Que isso não lhes cobrado.
Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças,
para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada,
e todos os gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão. (II Tim. 4:16-17)

 

O texto de nossa meditação nos leva a considerar os últimos dias do apóstolo Paulo. Um guerreiro do evangelho desde a estrada de Damasco até sua última prisão. Sem dúvida, um relato muito triste que descreve sua situação de prisioneiro.

Ele escreve para seu filho na fé, Timóteo, tão distante dele, relatando sua decepção com os que o abandonaram, e ao mesmo tempo seu conforto em saber que o Senhor não o deixou sozinho. Confiava na promessa de Jesus quando disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mat. 28:20).

Quando todos pensavam que por estar aprisionado era bem fraco, declara que era forte e que sua força vinha do Senhor. E com essa força a mensagem do Evangelho era proclamada, levando muitos à conversão ao Senhor Jesus. O cárcere era sua fortaleza e ao mesmo tempo sua plataforma, onde muitos ouviram as verdades do Evangelho. Ao escrever sua carta aos cristãos de Filipos, descobrimos: “Todos os santos lhes enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de Cesar”. (Filip. 4:22) Assim, cumpriu-se o que fora revelado pelo Senhor Jesus à Ananias: “Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel” (Atos 9:15). Cristãos no palácio de Cesar”!

Maravilhoso seu testemunho como prisioneiro para os dias atuais, quando muitos cristãos se sentem sozinhos, desamparados, sem forças para lutar. E entristecidos se esquecem que a presença do Senhor é uma realidade. Outros são levados à depressão profunda, duvidando do poder de Deus em mudar essa situação. Lembremos que o apóstolo Paulo estava preso, acorrentado, em cela por certo em subsolo, um lugar infectado de ratos e outras espécies.

O sofrimento de muitos não se compara com este arauto do Evangelho, e muito menos com a trajetória de perseguições, açoites, fome, frio, nudez, como ele mesmo relata aos cristãos de Corinto: “Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez” (II Cor. 11:27)

Mas, ainda, há um que sofreu o desamparo e o abandono de seu Pai quando morria na cruz, e nossos olhos devem ser abertos para buscar nele as forças que precisamos. O autor da carta aos Hebreus nos ensina que temos um grande sumo sacerdote:” Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou todo o tipo de tentação. Porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade”. (Hebreus 4:14-16)

Então, mais do que nunca, devemos confiar na presença consoladora de Deus, que nos socorre em tempos difíceis, e em quaisquer circunstâncias. Não há lugar mais profundo onde a mão de Deus não nos alcance.  Como Paulo, que possamos afirmar: “O Senhor permaneceu ao meu lado”.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©


segunda-feira, 5 de abril de 2021

COMO FOI SUA PÁSCOA?

 

“Ressuscitou verdadeiramente o Senhor

                                                                              e já apareceu a Simão” (Lucas 24:34). 

Ainda é tempo de refletir sobre a Páscoa, mesmo que já foi comemorada com muita alegria, ovos para crianças e uma mesa farta. São coisas que ficaram para trás e logo serão esquecidas.

Entretanto, a verdadeira Páscoa jamais será esquecida e sua comemoração sempre se renova nos corações dos que conhecem seu verdadeiro significado.   

A Páscoa verdadeira para muitos deixou de ser comemorada, pois ainda permanece desconhecida. Ela nos leva à ressurreição de Jesus e resulta em uma nova alegria, permanente, eficaz e que jamais acaba. É comemorada na terra e será sempre lembrada na eternidade. A verdadeira Páscoa abre os nossos olhos espirituais a fim de que celebremos a Cristo ressuscitado.

Na manhã da Páscoa dois discípulos de Jesus estavam desanimados e tristes pela sua morte. Suas palavras expressavam tal sentimento: “É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro, e, não achando o seu corpo, voltaram dizendo que também tinham visto uma visão de anjos que dizem que ele vive”. E mais ainda: “E alguns dos que estavam conosco (Pedro e João) foram ao sepulcro e acharam ser assim como as mulheres haviam dito, porém não o viram” (Lucas 24: 16 a 24)

Hoje se dá o mesmo, pois muitos não creem que Cristo ressuscitou apesar do testemunho das Escrituras. Naquela ocasião, enquanto caminhavam, Jesus alertou-lhes dizendo que seus olhos estavam fechados, razão porque o desconheceram.

Os discípulos de Emaús descobriram que o forasteiro era o próprio Jesus, e com ânimo redobrado voltaram a Jerusalém e contaram as boas novas aos discípulos: “Ressuscitou verdadeiramente o Senhor e já apareceu a Simão” (Lucas 24:34). “Tiveram seus olhos abertos e o conheceram”, e a alegria voltou aos seus corações entristecidos.

 A verdadeira Páscoa abre os nossos olhos para que vejamos e acreditemos que o túmulo está vazio.  O corpo de Jesus ressuscitado e glorificado está nos céus. Ele deseja que comemoremos com alegria, na esperança de que vai voltar.

Então, que tal continuar comemorando a verdadeira Páscoa, não como aquela de ontem, mas a que nos dá esperança e nos garante vida eterna.

O túmulo está vazio, mas o trono está cheio de glória ocupado por Jesus.

Aleluia, Ele ressuscitou.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 28 de março de 2021

UM DEUS QUE NOS CONHECE

 

 

Senhor, tu me sondas e me conheces.
Sabes quando me assento e quando me levanto;

de longe penetras os meus pensamentos.
Esquadrinhas o meu andar

e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.

 Salmos 139: 1 a 3

 

Um salmo do rei Davi que nos apresenta o conhecimento de Deus sobre cada um de nós. Muitas vezes pensamos que Deus está alheio ao que se passa no mundo, alheio às nossas ações e pensamentos. No entanto é exatamente o contrário como nos revela o salmista.

Deus nos conhece nas pequenas coisas como aquelas que não damos a mínima importância. Por exemplo, conhece quando nos assentamos para descansar, ou quando realizamos algum trabalho. Quantas vezes fazemos isto durante um dia, e muitas vezes nem percebemos. Mas Deus, sim. Da mesma forma conhece nosso andar, deitar e todos os nossos caminhos.

Ele é um Deus que se faz presente e deseja que todos sejam tocados por esta verdade preciosa, pois é através deste conhecimento que nos preparou uma grandiosa salvação na pessoa de seu filho, o Senhor Jesus Cristo. Por nos conhecer profundamente, viu o estado lastimável em que nos encontrávamos, buscando e nos amando na pessoa de seu filho.

Ele é um Deus que nos cerca por trás, pois conhece o nosso passado; pela frente, pois conhece nosso futuro, e sobre nós coloca sua mão. (Salmo 139:5). Conhece nossos pensamentos, e quantas vezes nos envergonhamos deles, e avalia cada palavra e as motivações atrás delas antes que sejam pronunciadas.

Portanto, temos um Deus que nos conhece profundamente, desde quando éramos formados no ventre de nossa mãe.

Resta-nos, portanto, entregarmos nossas vidas aos seus cuidados, e deixá-lo dirigir nossos passos, sabendo que somos amados por ele na pessoa de seu filho Jesus Cristo. E o salmista ressalta esse amor: “Mas o amor leal do Senhor, o seu amor eterno está com os que o temem, e sua justiça com os filhos dos seus filhos”. (Salmos 103:17).  

Que tal, então, entregar nossos corações aos seus cuidados, pois nada melhor do que ele para nos proporcionar tão grande salvação.

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©

 

domingo, 14 de março de 2021

UMA ROCHA NA PANDEMIA

     

 

UMA ROCHA NA PANDEMIA

“Desde o fim da terra clamo a ti, por estar abatido o meu coração; leva-me para a rocha que é mais alta do que eu” (Salmos 61:2)

 

Este salmo é de inestimável valor. É como uma joia rara superior às usadas nas coroas de reis e rainhas. Foi escrito por Davi e cantado por ele com seu instrumento de cordas que tanto amava, provavelmente à época da iminência de perder o trono para seu filho Absalão, um tempo de conturbação e medo. Seu coração estava abatido.

Assim se dá conosco em tempos de tristeza, quando somos açoitados por vendavais sem controle. Quando recebemos uma notícia de alguém que amamos e que nos deixou, ou do conhecimento de uma doença incurável que nos leva à morte prematura. Então, nos abatemos.

Estamos vivendo dias assustadores, onde as notícias nos chegam quais enxurradas, dando-nos conta de que a pandemia alcançou níveis estratosféricos. Hospitais lotados, carência de recursos, e pessoas de todas as classes e idades morrendo, umas bem adultas, outras na flor dos seus anos.

E com razão, trazem seus corações abatidos. Muitas se desesperam e buscam respostas para seus questionamentos, ora culpando a Deus ou as autoridades responsáveis.

Davi resolveu clamar ao Senhor “desde o fim da terra” , pois nada adiantaria procurar ajuda de seus conselheiros. Este deve ser o primeiro passo dado em tempos de corações abatidos. Ninguém, por melhor amigo que tenha, poderá receber alívio de um coração abatido a não ser Deus.

Davi se sente pequenino e olha ao seu redor e vê montanhas gigantescas. Tal era o cenário de Jerusalém, uma cidade de montes escarpados. Então, clama a Deus para levá-lo à rocha bem mais alta do que ele. Sabia da sua fragilidade, e assim, nada melhor deixar-se levar pelas mãos de Deus. Lá estava sua esperança. Em outro salmo expressa sua confiança: “Guarda-me, ó Deus, porque em ti confio. A minha alma disse ao Senhor: Tu és o meu Senhor; não tenho outro bem além de ti” (Salmos 16:1-2)

Davi reconhecia que a rocha era o lugar de segurança.

Então, essa rocha permanece à nossa frente em tempos de lágrimas, quando a nossa fraqueza é reconhecida. A Rocha é o Senhor Jesus, o lugar mais elevado e seguro. Assim, quando mais nada estiver ao alcance dos recursos humanos, Jesus é o lugar ideal onde seus braços nos sustentam. Nossa oração deve levar-nos à nossa total incapacidade, e clamar: “erga-me quando não puder andar; faça por mim o que está além do que posso fazer”. Mais elevado do que nossos esforços é o Senhor Jesus, a rocha daqueles que nele confiam.

Davi tem plena certeza de que Deus é sua rocha. Veja o que escreve em outro salmo: “Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente: deste um mandamento que me salva, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza”. (Salmos 71:3)

Por fim, diante do medo que esta pandemia nos causa, é tempo de buscarmos refúgio na Rocha que é o Senhor Jesus, e só ele trará calma e conforto aos nossos corações.

Davi buscou refúgio na rocha mais alta do que ele, mais alta do que seus problemas, mais altas que suas lágrimas, e lá permaneceu em segurança.

Que haja sinceridade em nosso coração e que o tenhamos aberto para clamar por socorro, pois ele está à disposição para nos abrigar em tempos de aflição, dor e lágrimas.

 Que assim seja.

 Orlando Arraz Maz©

 

segunda-feira, 8 de março de 2021

ALEGRIA QUE PERMANECE


 

 Assim acontece com vocês:

agora é hora de tristeza para vocês,

 mas eu os verei outra vez,

e vocês se alegrarão, e ninguém lhes tirará essa alegria.

(Ev.João 16:22)

 

O coronavírus atacou grande parte da humanidade e com ele vieram profundas modificações no comportamento das pessoas. Os governos estabeleceram sérias restrições, e uma delas foi a proibição do ajuntamento de pessoas em lugares fechados. Mesmo sabendo das consequências funestas, muitos não respeitam tal proibição e promovem festas, buscando alegria que certamente resulta em tragédia.

 Sem dúvida esta é uma alegria insana que custa bem caro. Dinheiro, tempo, horas de sono, cansaço, e ao final muitas frustrações, desenganos e tristezas nos corações que desprezam outro tipo de alegria.

 Quantas vidas serão perdidas com lágrimas derramadas por familiares e amigos. A alegria que buscaram teve um final infeliz, nas palavras do rei Salomão: “Mesmo no riso o coração pode sofrer, e a alegria pode terminar em tristeza” (Prov.14:13)

No texto de nossa meditação Jesus despede-se dos seus discípulos. Eles estão tristes, pois serão privados de sua presença. Jesus vai partir para o Pai e deseja acalmar seus corações, e confortá-los com estas palavras: “Assim acontece com vocês: agora é hora de tristeza para vocês, mas eu os verei outra vez, e vocês se alegrarão, e ninguém lhes tirará essa alegria”. (Ev.João 16:22)

 A alegria da presença de Cristo em nossos corações é uma alegria perene, que para ele custou sua vida, mas para nós é de graça. No dia que o conhecemos como Salvador ela se instala no coração, e nos tornamos filhos e amigos. Os dias se passam e a cada manhã essa alegria é renovada.

 A alegria de Cristo no coração nos dá tranquilidade, pois ele perdoa nossos pecados, nos garante vida eterna, nos dá paz constante e jamais frustrações. Tão diferente da alegria dos grandes “shows” e baladas que ao terminarem desaparecem. 

Então, que tal tomar posse dessa alegria que nos acompanha neste mundo, e prossegue na vida após a morte? É só dar um passo e aceitar a Cristo e confessá-lo como único Senhor e Salvador.

 Que assim seja

 Orlando Arraz Maz©

 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

SAUL, UM REI INFELIZ

 

 

 E aconteceu que jumentas de Quis, pai de Saul,
extraviaram-se.
E ele disse a Saul: "Chame um dos servos e vá procurar as jumentas".

Saul ocupa grande parte do 1º Livro de Samuel e sua vida é repleta de lições para todos nós.

 Seu primeiro contato com Samuel, à primeira vista, parece por acaso. Entretanto, olhando para as Escrituras, vemos claramente a direção do Senhor.

 Muitas vezes Deus transforma uma situação corriqueira, muito comum naqueles dias – o extravio de ovelhas –, e estas pertencentes ao seu pai, que Saul e seu servo foram incumbidos de procurá-las.  Após muita busca em vão, o servo sugere procurar “um homem de Deus que é muito respeitado” (I Sam. 9:6). E assim fizeram, embora Saul não o conhecesse.

 Um dia antes deste encontro, Deus colocou Samuel a par de toda a situação.  Nada escapa aos olhos do Senhor. Para nós, um acontecimento corriqueiro, banal, animais sem importância, mas para Deus não, pois buscava alguém para chefiar seu povo.

 Há um acontecimento semelhante em Atos dos Apóstolos, capítulo 9, logo após a conversão de Paulo. Ainda no impacto da visão da Estrada de Damasco, Deus revela a Ananias a conversão de Paulo. Quando se encontram, Ananias sabia tudo o que ocorrera.

 Deus tinha um plano a ser cumprido, não só na vida de Saul, mas também na vida de Saulo de Tarso. Saul teve Samuel para ajudar-lhe no início de sua carreira; Saulo teve Ananias para fortalecer sua fé. Ambos tiveram os recursos necessários; lamentavelmente Saul não soube utilizá-los, deixando Deus de lado e terminando seus dias de forma trágica; Paulo terminou sua carreira “combatendo o bom combate...”.

 Voltemos aos acontecimentos de nossa meditação.

 Saul e seu servo foram recebidos com honras pelo profeta Samuel, e mais tarde, reservadamente, Samuel revela tudo o que recebera de Deus. E em seguida, unge-o com azeite, como príncipe em Israel, dando-lhe três sinais.

 O primeiro, (I Sam 10:2), seria o encontro de dois homens que lhe dariam boas notícias: as jumentas de seu pai foram encontradas, e ele não mais deveria preocupar-se com elas. O peso foi retirado, o problema foi solucionado.

 Quando Deus deseja usar o servo em seu serviço, remove os empecilhos, tira os obstáculos, a fim de que ele se preocupe somente com as coisas do Reino. Assim fez Deus com Saul, numa tentativa de que seus olhos fossem abertos para os recursos de Deus. Assim Deus deseja fazer com cada servo em sua seara, removendo problemas e preocupações sem conta, ou ensinando-o a descansar nele, a fim de que o trabalho venha a ser executado com sucesso.

         O segundo sinal, (I Sam.10:3), seria o encontro de três homens que subiam à casa de Deus levando oferendas em suas mãos. O primeiro levava três cabritos; o segundo três bolos de pão e o terceiro um odre de vinho. Após o saudarem, um deles lhe daria dois pães. Assim sucedeu.

Além de confirmar sua palavra, Deus desejava ensinar a Saul que em sua nova atividade o povo iria ajudá-lo. Assim sucedia com o rei naqueles tempos, recebendo presentes do povo (I Sam.10:27).

 Assim, Deus desejava mostrar ao seu servo Saul, que toda ajuda material seria enviada por Ele através do seu povo.

O terceiro sinal (I Sam.10:5) seria o encontro de profetas que vinham profetizando com instrumentos musicais. Eram homens alegres que confiavam em Deus e que conheciam seus propósitos.

Assim que Saul os encontrou, o Espírito do Senhor apoderou-se dele, passando a profetizar com eles com um coração totalmente transformado. Que experiência notável.

No primeiro sinal, Deus soluciona seu problema; no segundo Deus supre suas necessidades materiais através daqueles homens, mas neste sinal Deus supre suas necessidades espirituais.

Saul agora deve ser um homem dirigido pelo Espírito do Senhor. Quão diferente era até tão pouco tempo, quando buscava as jumentas perdidas. Não havia nele qualquer iniciativa, deixando as decisões por conta do seu servo, e nada possuía para presentear o profeta (I Sam.9:7).

                Mas agora Saul era outro homem, ciente de que Deus possuía recursos infindáveis para o desenvolvimento de seu trabalho. É deveras triste que tão pouco desfrutou dos recursos oferecidos por Deus, pois são ilimitados.

Hoje Deus age da mesma forma, a fim de que o servo venha a desenvolver com alegria o seu trabalho. Claro que as dificuldades existem, mas Ele deseja estar sempre à frente suprindo as necessidades, quer sejam familiares, materiais ou espirituais.

Como servos, que confiemos nas providências do Senhor, pois assim seu reino se expandirá, e Ele será exaltado.

 Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

domingo, 21 de fevereiro de 2021

PAZ NA PANDEMIA

 

 

Com a minha voz clamei ao Senhor;

ele ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá)
Eu me deitei e dormi; acordei,

porque o Senhor me sustentou. (Salmos 3:4,5)

 

Estamos atravessando um momento histórico, pois a pandemia alcançou quase todo o planeta. Costumes e hábitos foram mudados, famílias mudaram sua rotina, o comércio foi restringido, os ganhos das pessoas despencaram, e a economia sofreu sérias consequências . Além de todas estas circunstâncias maléficas, juntou-se a enfermidade e como consequência muitas mortes. O medo se instalou em quase todos, pois ninguém queria ser contaminado pelo vírus fatal.

Muitas opiniões foram dadas. As de cunho científicos apresentando suas causas e a almejada cura com as vacinas; as de razões religiosas, por sua vez, apontando para o castigo de Deus sobre as pessoas com suas práticas pecaminosas.

Entretanto, o pior aconteceu, tirando a paz e o sono de muitas pessoas, especialmente as que perderam seus familiares e amigos. As aflições, como verdadeiras ondas gigantes, submergiram a todos.

O texto desta meditação nos remete a um outro tipo de preocupação, e que da mesma forma como esta pandemia, tirava a paz do salmista, levando-o a uma situação angustiosa. Fisicamente corria sério perigo, e seu espírito estava tão oprimido pelas zombarias de seus adversários. Mas ele busca proteção em Deus e reconhece-o como seu ajudador. No meio de seus problemas se lembra novamente de que Deus é um escudo para protegê-lo. E depois de um dia de tantas aflições, ele vai para sua cama e ora: “Com minha voz clamei ao Senhor” e com plena convicção afirma: “Ele ouviu-me desde o seu santo Monte” (Salmos 3:4). O salmista sabe que ao clamar o Senhor responde sua oração. Daí vem a sua confiança:” Deito-me e pego no sono”. Vai dormir na certeza de que Deus é quem o ajuda e lhe dá um sono gostoso. E ao acordar, está certo de que foi Deus que o fez dormir com tranquilidade. Sua confiança foi aumentada, e assim tem certeza de que seus inimigos não o amedrontarão.

Hoje nosso inimigo não são adversários, exércitos ou guerreiros, mas uma pandemia que tende a nos abater.

Então, o que fazer? Imitar o salmista na sua fé e depositar total confiança em Deus, e sem dúvida teremos um sono profundo, e ao amanhecer exclamaremos: “acordei porque o Senhor me sustentou”.

Somente assim encontraremos calma e sossego ao atravessarmos esta pandemia e tantas outras adversidades.

Que assim seja.

Orlando Arraz Maz©

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

COISAS NOVAS PARA O CORAÇÃO

 

 

E aquele que estava sentado no trono disse:

Eis que faço novas todas as coisas.

E acrescentou: — Escreva, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.

(Apocalipse 21:5)


 

Sem dúvida ninguém gosta de coisas velhas, mas de novas. Os adultos, uma casa, um carro, uma roupa; já crianças, um brinquedo, e por que não tantas outras coisas, não é verdade? Entretanto, de posse de coisas novas ficamos alegres, eufóricos, tanto adultos como crianças, e estas, muito mais.

Um dia este mundo criado por Deus era bonito e novo. Tudo o que Deus fez era perfeito. As estações chegavam nas épocas próprias, as flores embelezavam os jardins, e Deus, qual excelente jardineiro, cuidava de tudo, fornecendo o orvalho para que não morressem. O casal que nele habitava nada precisava fazer, apenas e tão somente desfrutar de tanta beleza e fartura produzidas naquele imenso jardim.

De repente, Deus se afastou daquele ambiente exuberante, pois o pecado entrou no coração de Adão e Eva, e tudo se tornou velho e feio. O mato cresceu, as árvores e os campos precisavam ser cultivados e o homem devia trabalhar duro para comer. Por sua vez, os animais foram atingidos e a violência passou a tomar conta dos corações, ocorrendo mortes e muitas lágrimas.

Passados muitos anos nada mudou, pois os efeitos do pecado permanecem iguais. Quanto aos homens nas palavras do apóstolo Paulo, notem o que escreveu: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12). Quanto aos animais na mesma carta, escreve: “Porque todos sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (Romanos 8:22).

Entretanto, surge o amor de Deus como uma luz que ilumina o caminho envolvido em trevas, apontando para um futuro totalmente diferente. A morte de Jesus na cruz marcou uma nova fase no coração do ser humano, pois para todos os que creem na sua morte expiatória, e confessam-no como Senhor e Salvador podem desfrutar uma promessa gloriosa: “Eis que faço novas todas as coisas”.

Tais palavras foram reveladas ao apóstolo João exilado na ilha de Patmos. Devemos dar crédito a elas, pois quem as revelou está sentado no trono, e suas palavras são fiéis e verdadeiras. O apóstolo Pedro também nos revela outra promessa quando escreve sua segunda carta: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (II Pedro 3:13).

Talvez muitos pensem: “Quem sabe este mundo melhore”. Esta afirmativa vai de encontro à palavra de Deus, pois na carta que Paulo escreveu a Timóteo, diz o contrário: “Mas os homens maus e enganadores (toda a humanidade) irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (II Tim. 3:13).

Então, há esperança para os que creem em desfrutar coisas novas. As que nos vem nesta vida são inúmeras, como o perdão dos pecados, a paz no coração e a certeza da vida eterna. No futuro, a habitação com Cristo em uma nova terra, onde estaremos para sempre com o Senhor. “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tes.4:17)

Assim, esta meditação deseja levá-lo a crer nas coisas novas preparadas por Deus, e sem dúvida a alegria permanecerá em seu coração, conforme afirma o Senhor Jesus: Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa”. (João 15:11)

Que assim seja

Orlando Arraz Maz©